Esse Corpo É Meu
Isabela Jones, 20 anos, a mulher que traz a magia da Disney para a vida real, encantando crianças em um parque de diversões com suas vestimentas de princesa. Ela não era apenas uma mulher fantasiada, mas sim a própria Cinderela, Ariel, Bela e todas as outras princesas que se possa imaginar, tudo em uma só pessoa. Seu trabalho era mais do que apenas um meio de ganhar dinheiro, era uma forma de trazer alegria para as crianças e, ao mesmo tempo, manter viva a chama da inocência.
Isabela tinha um sonho, que brilhava em seus olhos cada vez que ela pegava uma agulha e linha. Ela queria ser uma estilista, mas não qualquer estilista, mas uma mundialmente conhecida. Ela sonhava em ver suas criações nas passarelas de Paris, Milão e Nova York, e em vestir as maiores celebridades do mundo. Ela mesmo que criava as fantasias de princesa que ela trabalhava, dando todos os detalhes perfeitos as roupas.
Isabela só tinha um probleminha, gastava mais do que podia, e vivia endividada. Seus cartões de créditos já estavam todos estourados, e seu telefone recebia mais cobranças de banco do que o padre da igreja para pedir a benção.
Mas, um dia, uma oportunidade surgiu para ela sair de todo esse sufoco. A estilista da Fashion Model, uma das maiores empresas de moda do mundo, foi demitida por ter tido um caso com o chefe. Isabela viu isso como sua chance de ouro. Ela pegou seu currículo, sua pasta de desenhos, e foi até a empresa se oferecer para a vaga. Mas, ao chegar lá, o dono da agência nem sequer deu o trabalho de falar com ela, mandou a própria secretária dizer que não estavam contratando ninguém.
Isabela voltou para casa arrasada, mas não desiludida. Ela jogou sua pasta em cima do sofá e se jogou ao lado dela, como uma criança que não ganhou o presente de Natal que tanto queria. Mas, mesmo nesse momento de desapontamento, ela não perdeu a esperança. Ela sabia que seu sonho ainda estava vivo, e que ela faria de tudo para torná-lo realidade. E quem sabe, talvez o chefe mimado da Fashion Model se arrependesse de não ter contratado a futura maior estilista do mundo.
Isso era o que ela precisa, ela e as contas que estavam espalhadas, pedindo socorro para serem pagas. Enquanto o dinheiro não sobrasse, ela deixava lá, enfeitando a sua mesa da cozinha como uma toalha de mesa.
Thiago Aiken, 25 anos, o herdeiro milionário que tinha mais dinheiro do que bom senso. Ele era o dono de uma agência de moda, um império que herdou de seus pais após uma tragédia misteriosa que ainda deixava a polícia local coçando a cabeça. Seus pais lhe deixaram tudo, até mesmo a importância de ser um ser humano decente, mas parece que essa parte ele esqueceu no fundo do poço.
Thiago era movido pelo dinheiro e pelos prazeres da carne, e considerava tudo o que não se encaixava nesses dois critérios como uma perda de tempo. Parques de diversões, por exemplo, eram o seu pesadelo. Se dependesse dele, todos seriam banidos do país e substituídos por clubes de strip ou boates.
A única diversão de Thiago era colecionar conquistas amorosas como se fossem troféus. Não importava quem fosse, desde que fosse bonita, ela já estava na lista. Sua última conquista foi a estilista da agência, mas ela se tornou tão grudenta que ele decidiu demiti-la e substituí-la por outra. Para ele, as mulheres eram como ônibus: se você perdesse um, outro viria em cinco minutos.
Thiago tinha um amigo e sócio que discordava completamente de sua filosofia de vida. Ele era mais ligado aos sentimentos e adorava se divertir. Um dia, ele entrou na sala de Thiago com um sorriso de orelha a orelha. Eles haviam feito uma aposta e Thiago havia perdido. E a punição? Ele teria que andar em um carrossel em um parque de diversões. A expressão no rosto de Thiago ao ouvir isso foi impagável. Ele parecia um gato prestes a tomar banho.
— Pronto para irmos?
— Pelo amor de Deus Pedro, me dê outra penitência, essa é besteira de mais para mim.
— Certo, ou anda de carrossel, ou ficará um ano sem tocar em mulher nenhuma. E aí?
— Golpe baixo, muito baixo. Tá, eu vou no carrocel, mas só vou quando faltar poucos minutos para o parque fechar.
— Hoje é domingo, você nem deveria está aqui na agência, veio só para fugir da aposta. Mas tá valendo, você vai ver que depois que andar de cavalinho, nunca mais vai esquecer.
Thiago revira os olhos para o amigo, e se escora na cadeira. Eles saem da agência exatamente na hora que o Thiago falou que iria para o carrossel. Faltando dez minutos para fechar o parque.
Depois de um dia cansativo, onde Isabela diverte todas as crianças, ela segue para o carrossel, onde sempre anda antes de ir para casa, afinal, a princesa também precisa se divertir.
Ela senta em um cavalo rosa, enquanto Thiago do outro lado, se senta em um cavalo marrom. Olha para o seu amigo, e balança a cabeça negando.
— Aperta o play Beto, bota esse carrossel para girar. — Thiago escuta a voz doce de Isabela, e tenta olhar para ver a mulher, até que ela é linda, mas está parecendo uma criança de vestido azul, e uma tiara na cabeça. Ele balança a cabeça achando aquilo ridículo.
O carrossel começa a girar, lentamente no começo, e os cavalinhos começam a saltar, levemente.
— Que palhaçada, se eu fosse uma criança isso teria sentido, mas eu como um homem adulto, é palhaçada de mais. — Thiago fala reclamando de está naquele brinquedo.
— Não reclama homem, muitas pessoas queriam está no seu lugar, e não podem. Liberta sua alma, e seja feliz. — Isabella fala do outro lado, ao ouvir ele reclamar, e reconhecer ele das fotos dos jornais, ela sabia quem era aquele homem, que ela taxava como um mimado.
E então, sem aviso, o carrossel começa a acelerar. Tudo começa a girar em um borrão de cores e luzes, e os gritos de Thiago e Isabela se misturam com o som do vento e da música do carrossel.
Eles se agarram aos seus cavalos de plástico como se suas vidas dependessem disso, o que, considerando a velocidade do carrossel, não estava muito longe da verdade, e eles podem sentir o estômago revirando.
De repente, uma luz se acende no meio do borrão, tão brilhante que parece o sol. O carrossel para de uma vez, lançando os dois no ar como se fossem bonecos de pano. Eles caem no chão com um baque surdo e desmaiam na mesma hora...
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Atualizado até capítulo 62
Comments
Christina Lúcia
Eu nunca li história de fantasia. Mas, como essa é escrita por Dai Castro, vou ler, pois com certeza vem coisa boa por aí!!!!🥰🥰🥰
2024-08-25
3
eliete Silva
De início já tô gostando começando ler no dia 24/ 05/2024
2024-05-24
1
Ana Carolina Figueiredo
kkkkkkkkkkkkkkkk
2024-05-21
0