Capítulo 7

Thiago pega o papel com uma expressão de raiva estampada em seu rosto. Ele o amassa com força, como se quisesse descontar toda a sua frustração naquele pequeno pedaço de papel. Enquanto faz a higienização da sua intimidade, ele solta uma enxurrada de palavras ofensivas e xingamentos direcionados ao carrossel que o fez passar por esse momentos de humilhação.

Com um suspiro raivoso, Thiago deixa o quarto para trás e caminha em direção à cozinha. Ao passar pela sala, seus olhos se deparam com os três patetas que haviam passado a noite juntos, estão esparramados no sofá da sua sala, dormindo um em cima do outro, todos tortos.

Parecem verdadeiros trapos humanos, como se não tivessem casa para dormirem. Thiago observa cada um deles, notando como seus corpos estão jogados de forma desajeitada, com a boca e os olhos meio abertos.

— Que cena mais ridícula, como podem dormir assim?

Nesse momento, a empregada da casa, passa direto para a cozinha, pronta para começar o preparo do café da manhã. Porém, ao se deparar com uma mulher desconhecida de frente para ela, seu rosto se enche de surpresa e confusão.

Thiago, ainda tomado pela irritação, ordena que ela faça apenas o seu café, sem se importar com a confusão que causou. A empregada, sem entender o que está acontecendo, fica parada na porta, tentando processar a situação inesperada.

— Anda, faça o meu café logo, que eu preciso resolver alguns problemas. — Ele fala já se sentando na mesa.

— Desculpa senhora, mas aqui eu só recebo ordens do meu patrão, o Senhor Aiken.

Thiago se irrita com ela, porém não pode fazer nada, não estando no corpo de Isabela. Mas ainda sim, sente seu corpo formigar de raiva, só pelo jeito que ela o tratou. Com um suspiro irritado, ele se dirige à sala, determinado a acordar os três idiotas de forma mais elegante possível.

Thiago liga o som da sala em um volume ensurdecedor, preenchendo o espaço com uma música estrondosa. O som invade cada canto da sala, sacudindo o ar e fazendo as janelas vibrarem. É como se uma explosão sonora tivesse acontecido ali.

O impacto do som é tão intenso que Isabela, que estava dormindo profundamente, dá um pulo tão grande que acaba perdendo o equilíbrio e caindo em cima de Pedro, que estava ao seu lado no sofá. Pedro, surpreso com a queda repentina de Isabela, se esforça para segurá-la e evitar que ela caia no chão. Nesse momento de proximidade inesperada, seus rostos quase se encontram em um quase beijo.

Thiago, ao presenciar essa cena, sente um sentimento estranho. Sem pensar duas vezes, ele corre em direção a Isabela e a puxa com força, separando-a de Pedro. Seus olhos transmitem uma mistura de raiva e desespero, enquanto ele luta para controlar suas emoções diante da situação.

— Vai beijar meu sócio estando com o meu corpo? Vai me dar a fama de gay também?

Thiago olha para Isabela com uma mistura de raiva e desconfiança estampada em seu rosto. Ele cruza os braços, demonstrando seu descontentamento, enquanto ela se observa, vendo como ela fica quando está com raiva.

— Eu não ia beijar ninguém, eu caí do sofá com o barulho que você causou. Ai meu pescoço. — Thiago ainda mantém a postura defensiva, não acreditando nela.

— Não ia? É claro que ia, se eu não tivesse te puxado, ia sair a coisa mais ridícula do mundo.

— Vai devagar Thiago, eu não sou gay, e jamais te beijaria cara, tá me confundindo é? — Pedro fala tentando acalmar a situação.

— Tá com ciúmes do seu corpo, relaxa, vou me divertir muito com ele se você sair da linha comigo. Então, se comporta, pois agora você é uma mulher. Onde é o banheiro? Essa coisa dura entre minhas pernas está me incomodando, como você sobrevive com isso?

Essa situação está sendo de mais para Thiago, parece que eles estão fazendo isso mais para deixar ele irritado. E o pior, estão conseguindo. Pedro já sabe como ele é, que ele não gosta desses tipos de brincadeiras, mas parece que está com Isabela, está afetando a memória de seu amigo.

— O banheiro fica ali, no final do corredor. E, é bem melhor ter um päu entre as pernas, do que isso que você tem, com esse aí você mija, balança e pronto. Aqui ainda tem que passar o papel para não sair pingando nas pernas.

— Bom senhor Aiken, você com certeza só dava falar as mulheres na hora que estavam na cama, sua fama revela isso. Talvez isso tenha acontecido só pra te mostrar que mulheres são bem mais que uma transa casual, vamos ver se com o passar dos dias, você não vai aprender a dar mais valor as mulheres.

— Você não me conhece, não sabe nada da minha vida para falar se eu dou valor ou não a uma mulher. Isso é praga sua, foi culpa sua e não minha.

— Eu nunca tratei homem como objeto, então essa praga não é minha não.

Ele abre a boca para retrucar, aquele menina está tirando o resto de paciência que ele tinha. Ele prefere se calar, e aponta o dedo para o banheiro.

Isabela abre a porta, e está com o membro duro, ela nem tocar nele direito ela consegue. Ela levanta a tampa, e segura com dois dedos, para mijar.

— Que humilhação, Deus, espero que seja por uma boa causa que o senhor tenha feito isso, porque é castigo de mais para uma mulher como eu.

Depois que ela faz a higiene, ela sai do banheiro, e o Thiago já está na porta esperando por ela.

— Vai até a empregada, e manda ela fazer um café preto sem açúcar, do jeito que eu gosto.

— Não, eu odeio café, ainda mais sem açúcar, Credo. Agora já sei porque você é amargurado, isso não é coisa de ser humano beber não.

— Não é para você, é para mim. Anda, que ela não faz o que eu mando, por está no seu corpinho delicado de princesinha.

— Olha senhor Aiken, é melhor você falar comigo com respeito e sem ironia. Conheço muitos clubes da cidade, e um deles é um clube Gay. Se você não se comportar, eu vou levar esse seu corpinho lindo até lá, e pagar para um negão te desflorar. Ah, e ainda vou gravar tudo, só para deixar de recordação para você repetir a cena quando vezes você quiser, mas acho que você não quer isso, ou quer?

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