Um Destino... O Amor! "Amor Impossível"

Um Destino... O Amor! "Amor Impossível"

01

Minha vida parecia um redemoinho, eu sentia que ia cair a qualquer momento se não tivesse alguém para me segurar, como se o chão fosse se desfazer debaixo dos meus pés e o que tinha lá embaixo iria me sugar para um lugar preto e branco num loop infinito; sem cor, sem gosto, sem aromas, sem vida.

Acordei com o barulho do despertador, aquilo sempre me deixava nervosa, eu sempre mudava a música para não me estressar, mas a nova música sempre se tornava motivo de raiva.

— Vai acabar quebrando. – abri os olhos com dificuldade e avistei meu pai entrando no quarto e vindo em minha direção. Ele pegou o despertador e o desligou.

— Seria ótimo se quebrasse. – bufei e afundei minha cabeça no travesseiro.

— Você deveria usar seu celular como despertador, aposto que teria mais cuidado e não desejaria o mal. – acabei rindo com isso e ele deu um beijo no topo da minha cabeça. – Bom dia. – ele caminhou pra fora do quarto enquanto eu me ajeitava na cama.

— Bom dia nada, eu quero dormir. – disse me sentando e ajeitando o meu cabelo que parecia lutar com o vento inconstante do meu quarto.

Ele deu uma risada e saiu do quarto fechando a porta vagarosamente, eu até pensei em voltar a dormir, mas aquilo faria com que fosse mais doloroso quando eu acordasse.

Me levantei da cama e quando fiquei em pé, acabei ficando meio tonta. Me segurei na cabeceira da cama e respirei fundo. “Você consegue, Victoria.” Disse pra mim mesma e fui andando em direção ao banheiro. Entrei debaixo do chuveiro e quase adormeci ali mesmo, a água estava morna e o som que ecoava na minha mente parecia uma canção de ninar. Terminei de tomar meu banho e escovei meus dentes. Sequei meu cabelo rapidamente e passei uma maquiagem básica. Escolhi uma roupa normal, calça jeans clara e uma regata branca. Calcei meu all star preto e peguei um casaco fino. O cheirei e respirei fundo. Eu sabia que não tinha mais o cheiro da minha mãe, mas era bom fantasiar. Peguei minha mochila e desci as escadas vagarosamente, com passos longos e preguiçosos.

— Não vai comer? – meu pai disse enquanto terminava de colocar a mesa.

— Estou sem fome. – disse dando um sorriso forçado. Ele me olhou arqueando as sobrancelhas e eu suspirei. – Não estou afim de comer, pai, só isso. – dei de ombros e passei por ele, dando um beijo em sua bochecha.

Peguei as chaves do carro e minha bolsa que estava em cima do sofá.

— Não vai comigo? – escutei a sua voz quase se engasgando com o leite, na pressa de falar.

— Não estou afim de chegar atrasada novamente. – respondi dando uma risada fraca e ele assentiu com a cabeça enquanto sorria, parecendo concordar. Soltei um beijo no ar e fechei a porta, indo em direç

O último ano no colégio parecia uma coisa assustadora, e realmente era.

Normalmente eu sempre conhecia os novatos do meu colégio, mas dessa vez eu seria a novata, e isso me deixava cada vez mais tensa.

Parei no sinal fechado e encostei minha cabeça no banco, fechando os olhos.

Mil paranoias pairaram na minha mente e eu tentei me livrar de cada uma, mas a minha ansiedade sempre gritava mais alto.

O sinal abriu e eu continuei a dirigir até o tal colégio. As aulas já haviam começado há mais ou menos uma semana, mas eu decidi ir só mais tarde, talvez pra camuflar a minha ansiedade que só fez aumentar.

Meu pai teve que se mudar por conta do trabalho, algo que eu não entendi direito mas preferi ficar na minha. Ele vivia falando que aqui seria melhor, que eu faria amizades melhores... Como se eu tivesse amizades na minha antiga cidade. Eu não sou tão antissocial assim, só que as pessoas no meu antigo colégio eram tão superficiais que me davam nojo; não gosto de pessoas rasas, gosto daquilo que me transborda.

Consegui chegar ao colégio e estacionei o carro em uma das vagas. Fechei os olhos, respirei fundo e suspirei.

— Seria mais fácil se a senhora estivesse comigo... – eu disse segurando o pingente do meu colar, era um coração pequeno, meu pai disse que minha mãe tinha comprado antes de eu nascer e queria que eu usasse sempre. Eu queria que ela me visse usando. Perdi minha mãe no parto, enquanto eu nascia, ela lutava para sobreviver. Meu pai disse que ela ainda olhou nos meus olhos e disse que me amava, mas uma hemorragia grave a impediu de continuar conosco.

Aquilo tudo parecia um mundo, eu já havia visitado o colégio quando cheguei na cidade, mas não imaginei que com todas aquelas pessoas tudo aquilo parecesse tão assustador.

Peguei minha bolsa no banco do passageiro e saí do carro sem receio. Tranquei o mesmo e comecei a andar em direção à entrada.

As pessoas ficavam olhando para mim o tempo todo, não sei se era por causa de eu parecer uma esquisita por ir uma semana depois do início das aulas, por ser novata no último ano do colégio ou apenas pelo jeito de andar de cabeça erguida. Eu podia ser a pessoa mais insegura do mundo, mas eu não deixava isso transparecer na minha aparência.

Entrei pela porta principal e avistei um corredor lotado de pessoas, era até difícil de andar. Peguei o papel na minha bolsa que também tinha a senha do armário e vi que minha sala era no segundo andar pela sua numeração. Fui até meu armário e o abri com dificuldade.

— Você é nova aqui? – olhei pra direita e vi uma menina de cabelo preto e olhos escuros.

— Sou. Está tão perceptível assim? – sorri.

— É que durante a semana passada não vi ninguém mexendo no armário vizinho, então... – ela disse arqueando as sobrancelhas.

— Ah bom. – forcei um sorriso e peguei o livro de história.

— Roberta. – ela deu um sorriso e eu assenti com a cabeça.

— Victoria, prazer. – ela pegou uns cadernos no armário e depois o fechou.

– Você sabe se a sala 45 é mesmo no primeiro andar? – disse piscando um olho com receio.

— Não, não, é nesse mesmo, é bem no fim do corredor. – ela pegou um papel e depois olhou pra mim. – Quer ir comigo? Também é a minha matéria.

— Claro. – sorri sem jeiro e a acompanhei.

(...)

Entramos na sala e esperamos o professor, enquanto isso conversamos sobre assuntos diversos e ela me apresentou para os seus amigos.

— Esses são Luke, Finn, Van e Carol. – cumprimentei todos e percebi que o assunto ali não acabava.

Não sou de ficar corada, mas senti minhas bochechas ferverem quando notei que o Finn me encarava... O papo até que estava bom, mas a turma toda ficou em silêncio quando um grupo de garotos entrou na sala.

Holy shit.

Não sou do tipo que baba o garoto mais bonito do colégio ou algo do tipo, muito menos do que dá bola só porque algum é bonitinho, mas... meu Deus, por favor, controla os meus pensamentos.

Uns quatro garotos atraíram todos os olhares, principalmente os das garotas. Um era loiro, estatura média, entrou sorrindo, diferente dos outros que mantinham uma fisionomia séria. Um usava uma bandana e o cabelo pro lado, o outro era baixinho e loiro dos olhos azuis, enquanto o que estava do seu lado era alto e moreno.

— Quem são? – falei baixinho pra Roberta, tentando não demonstrar interesse, mas ela percebeu.

— Eu sabia que você ia perguntar. – ela disse rindo e eu sorri sem jeito. – São considerados os piores do colégio.

— Piores? – perguntei rindo.

— Digamos que o maior não é flor que se cheire. – ela deu de ombros.

— Qual o maior? – Perguntei confusa, eles já haviam se sentado e não dava pra diferenciar a altura.

— Aquele é o Matthew... – ela apontou para o loiro. – Que por ironia do destino é meu irmão. – ela disse rindo. – Taylor... – ela apontou pro que estava usando uma bandana. – Jack G e Jack J, o loirinho é o J, a Carol é louca por ele.

— Roberta! – a Carol deu um tapa fraco em seu ombro e ela riu.

— Oh... – eu disse olhando melhor pra cada um. — E qual é o que não é flor que se cheire?

— Falando nele... – ela olhou pra frente e eu avistei um garoto bem alto entrando na sala. Ele vestia uma calça preta, blusa branca e uma jaqueta preta.

Uau.

Meu olhar subiu para o seu rosto e eu percebi o quão branco ele era. Seus olhos eram de um mel lindo, suas bochechas estavam rosadas, acho que por conta do frio. Ele estava sério e se sentou junto com os meninos, sem olhar para ninguém no seu percurso até a mesa.

— Quer um lenço? Acho que você babou um pouquinho aqui. – a Van disse olhando pro meu queixo e eu ri.

— Que nada... – eu disse disfarçando. – Oh, espera aí, ele é seu namorado?

— Que? – ela revirou os olhos rindo. – Não, meu grupinho não é esse.

— Como assim? – franzi o cenho.

— Prefiro os inimigos deles. – ela arqueou as sobrancelhas.

— Do que você está falando?

— Do grupo do Dallas. – ela disse piscando o olho e eu arqueei as sobrancelhas. – Mas o Dallas deixa a Roberta feliz feliz...

— Cala a boca, Van! – ela disse jogando um papel nela e nesse momento eu espiei pro tal garoto “perigoso” que eu ainda nem sabia o nome. – O meu lance é com o Reynolds. – Sua expressão tornou-se maliciosa e eu ri com isso.

— Eu não sei quem é quem...

— Aposto que você quer saber quem é o que entrou agora. – o garoto loiro amigo da Roberta, Luke, falou enquanto sorria pra mim, me deixando sem jeito.

— Ih, ela quer mesmo. – a Roberta disse sorrindo.

Olhei sem graça pro Finn e ele deu um sorrisinho, eu dei de ombros e olhei pra Carol.

— Shawn. – ela disse sem rodeios. – Shawn Mendonça

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Comments

Dayanne Fleury

Dayanne Fleury

não tem o livro do Itan e do Kai mais não

2023-08-26

4

Alayne Dantas

Alayne Dantas

gostei

2023-08-06

1

Maria Isabelly

Maria Isabelly

até agora já amei

2023-08-02

0

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