CAPÍTULO 18.

CHEGANDO À EMPRESA.

Eric chegou à empresa e foi direto para sua sala. Seu pai, Marcos, estava sentado em sua mesa, aguardando-o.

— Pai, hoje preciso me concentrar. Não tenho tempo para conversas agora. A Brenda virá à tarde e preciso adiantar as demandas da manhã — disse Eric, com um tom de urgência.

Marcos assentiu, compreendendo a situação.

— Ótimo, parece que vocês estão seguindo o acordo. O que tenho para falar é rápido. Chamei seu primo Adriano para vir à empresa esta manhã.

Eric, parado ao lado do pai na intenção de que ele lhe cedesse lugar para se acomodar em sua mesa, disse confuso:

— Adriano? Mas o que Adriano virá fazer aqui na empresa? Ele já disse que não planeja seguir na área e nem fazer parte do corpo da empresa.

Marcos passou de um semblante animado para sério num instante.

Ele se levantou, e Eric ocupou seu assento. Marcos puxou outra cadeira e se sentou de frente para Eric.

Eric, ignorando o semblante e a mudança de humor repentina do seu pai, começou a mexer em arquivos no seu computador e a abrir as

gavetas pegando documentos.

Fazendo com que Marcos ficasse ainda mais estressado.

— Eric, você sabe que o Adriano é de confiança e faz parte da nossa família. Precisamos formalizar esse casamento o mais rápido possível. Ele virá para garantir que nenhuma brecha ocorra durante esse casamento e que, de alguma forma, Brenda consiga ter acesso ao nosso patrimônio.

Eric demonstra desinteresse, querendo se distanciar das questões do casamento, falou:

— Que Bom que esteja cuidando disso. Eu não havia me atentado para a urgência. Se puder resolver todas as questões, como a data e o tipo de cerimônia, ficarei grato. Tenho muitos assuntos para resolver por aqui.

— Providenciarei toda a papelada e burocracia para o casamento. Estou cogitando fazer uma cerimônia apenas no civil, mais intimista, alegando que Brenda é uma pessoa simples e de família humilde. Assim, evitamos qualquer exposição desnecessária.

Eric continuou concentrado em sua mesa, acessando e-mails e lendo documentos, sem dar atenção ao assunto.

Marcos, curioso e temeroso, decidiu perguntar sobre a primeira noite de Eric com Brenda.

Ele sabia que Brenda era uma mulher atraente e temia que Eric se envolvesse emocionalmente.

— E então, como foi a primeira noite com Brenda? Vocês se deram bem?

Eric, que antes respondia sem dar atenção, de repente parou e olhou para o seu pai.

Tentando disfarçar o desconforto da pergunta, ele respondeu:

— Tudo ocorreu como deveria. É um contrato como outro qualquer, há cláusulas seguidas, nada mais.

Porém, Marcos, sendo um homem experiente, percebeu a inquietação do filho.

— Hum, sim, entendo… é assim que deve ser em um contrato, rigorosamente seguido. Espero que você não confunda as coisas. Há muitas mulheres bonitas por aí, não há necessidade de complicar as coisas. — Marcos disse se levantando e deixando a sala.

Eric, ainda se sentindo incomodado, evitou encará-lo enquanto ele se retirava.

A CHEGADA DE ADRIANO À EMPRESA.

Adriano era conhecido por ser baladeiro e adorava curtir a vida.

Ele tinha 27 anos, era um advogado qualificado, registrado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Mas, escolheu não seguir a profissão, optando por uma vida confortável como herdeiro da empresa da família.

Seu pai é irmão de Marcos e é um dos sócios da empresa.

Assim como Eric, ele gostava de sarcasmo e provocações, porém de forma menos ácida.

Tinha uma personalidade comunicativa, tranquila e relaxada.

ESCRITÓRIO DE MARCOS.

Marcos estava sentado atrás de sua mesa quando Adriano, seu sobrinho, entrou em seu escritório.

— Adriano, que bom que chegou! Precisamos resolver essa situação rapidamente — disse Marcos.

Adriano sentou-se em uma cadeira na frente de Marcos e perguntou:

— Tio, você me chamou aqui para supervisionar o contrato de casamento entre Brenda e Eric. Com o que especificamente você está preocupado?

— Adriano, sei que você é da família e tem a mente aberta. Preciso de alguém em quem possa confiar para garantir que não haja problemas e que Brenda não receba nenhuma parte do dinheiro após o divórcio. Eu e seu pai, construímos esta empresa com muito esforço.

— Ah, entendo, tio! Mas me diga, por que você escolheu essa Brenda para firmar esse acordo?

— Bom, conheci a Brenda na minha boate. Ela é stripper lá — revelou Marcos.

Adriano arregalou os olhos, surpreso.

— Você está falando sério, tio? Brenda é stripper?

— Sim, é verdade. Mantenho essa informação em segredo de Eric. Ele não aceitaria se soubesse. Ele me culpa pelo que aconteceu com Stella (esposa de Marcos e mãe de Eric).

— Você confia nela? — perguntou Adriano.

— Ela fazia seu show escondendo a sua identidade, e essa vantagem fará com que ela tenha algo a perder. Ser exposta é algo que ela não quer. Adriano, Eric não pode saber da profissão dela. Vamos manter isso em segredo, ok?

— Tudo bem, tio, prometo não contar ao Eric. Mas você sabe, se Brenda for atraente, você pode ter uma stripper na família, hein? — Adriano falou provocando em tom de brincadeira.

— Adriano, você sabe a importância disso para a família. Não podemos correr riscos. Brenda é uma peça temporária. Não quero que Eric se envolva mais do que já está. Ela pode ser adequada para o contrato, mas não é a mulher ideal para Eric.

— Tio, você acha que Brenda não é adequada para Eric devido a sua profissão?

— Sim, exatamente. Não quero que ele seja prejudicado ou que sua reputação, seja afetada.

— Tio, isso é um tanto arcaico, não acha? Eric pode cuidar de si. Eu não me importaria, se ela fosse gostosa e interessante, eu aceitaria. Hoje em dia ninguém é santo, apenas finge ser.

— Então deixe-o encontrar alguém que finja ser santa. Na realidade, ninguém quer se casar com uma prostituta.

— São épocas diferentes, mas deixa isso para lá. Você confia em mim para cuidar disso. Então, vamos trabalhar. — disse Adriano, encerrando o embate de opiniões.

— Isso mesmo, Adriano. Confio em você para cuidar disso, sem ocorrer risco financeiro.

‿︵‿︵ʚɞ✍️(◔◡◔)ʚɞ‿︵‿︵

Essa história já começou errada, cheia de mentiras.

CONTINUA…

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