CAPITULO 14.

O PRIMEIRO DIA APÓS A MUDANÇA PARA CASA DE ERIC.

Brenda e Isabella ficaram abismadas ao adentrarem o apartamento de Eric.

Foram recepcionadas por Joana, a governanta que zelava pela residência com eficiência e discrição.

Joana mantinha uma postura elegante e formal, sem demonstrar muita emoção ou intimidade; essa atitude refletia seu estrito profissionalismo.

Era uma mulher esguia e de estatura média, com traços faciais delicados e um nariz pontudo.

Essa é Joana.

— Sejam bem-vindas! — cumprimentou Joana, com formalidade. — Sou Joana, a governanta e irei conduzi-las aos seus aposentos e apresentar as instalações.

Joana conduziu-as pelo apartamento.

Brenda e Isabella exploraram os cômodos, maravilhadas com a beleza e o requinte que as envolvia.

Cada detalhe transmitia uma sensação de conforto e sofisticação.

A sala de estar principal era o ponto central do apartamento, com seu designer elegante e acolhedor.

Um tapete macio cobria o piso de madeira, enquanto sofás confortáveis proporcionavam um ambiente aconchegante.

Essa é a sala de estar.

A sala de jantar adjacente era um espaço refinado, com uma mesa de vidro e cadeiras estofadas em tecido.

Um lustre pendia sobre a mesa, e uma parede espelhada refletia o ambiente.

Essa é a sala de jantar.

A cozinha possuía bancadas de mármore branco em contraste com os armários de madeira escura.

Cozinha.

Os banheiros tinham um acabamento refinado, com revestimentos de mármore e detalhes dourados.

A banheira com hidromassagem oferecia conforto, enquanto chuveiros amplos garantiam uma boa ducha.

Espelhos iluminados e pias modernas davam um toque de sofisticação aos banheiros.

O apartamento também dispunha de um escritório para eventuais necessidades de trabalho remoto.

E, na cobertura, havia uma sala de entretenimento com um telão, jogos de mesa (Totó e sinuca), churrasqueira e piscina.

Por fim, as meninas foram levadas aos seus quartos.

Primeiro ao quarto de Eric, onde Brenda ficaria.

O quarto, integrado com uma suite, era espaçoso e elegantemente decorado, com móveis de madeira escura e uma cama ‘king’ coberta por lençóis de seda.

Havia um closet espaçoso onde Brenda poderia guardar suas roupas e pertences pessoais.

Em seguida, Joana levou-as ao quarto que seria de Isabella.

O quarto dela também era confortável e bem decorado, com tons suaves e móveis elegantes.

Havia uma cama de casal, uma escrivaninha, e um armário para guardar suas roupas.

— O Dr. Eric nos avisou que teve um imprevisto e não vai poder participar do jantar, mas a refeição será servida na sala principal às 20h. Vocês precisam de alguma coisa, senhoras? — perguntou Joana, cordialmente, demonstrando sua disponibilidade para ajudar.

Brenda e Isabella se entreolharam e perceberam que não estavam com vontade de jantar na sala principal.

Elas queriam aproveitar um momento de sossego e intimidade em seus aposentos.

— Sabe, Joana, nós estamos um pouco cansadas e preferimos jantar no quarto da Isabella. Será que você poderia nos trazer um lanche leve e uma bebida refrescante? Vamos ficar esperando lá — sugeriu Brenda, com delicadeza e educação.

Joana assentiu com um sorriso compreensivo.

— Com certeza, senhoras. Providenciarei o jantar de vocês o mais rápido possível, conforme solicitado. Se precisarem de mais alguma coisa, é só me avisar.

Brenda e Isabella agradeceram a Joana e se encaminharam para o quarto da Isabella, onde aguardaram o jantar.

Em menos de 20 minutos, os lanches e as bebidas chegaram, deixando as meninas surpresas com a rapidez e a qualidade do serviço.

— Isa, estou tão nervosa. Terei que dormir no mesmo quarto e na mesma cama que o insuportável do Eric — desabafou Brenda, sentindo a ansiedade tomar conta dela.

— Fique tranquila e pense nas mudanças que esse acordo trará para a sua vida. Todos os seus sonhos serão realizados — encorajou Isabella.

O telefone de Brenda tocou e ela olhou para o visor, não reconhecendo o número, mas decidiu atender, assim mesmo.

— Brenda, sou eu, Eric! Coloque um apelido carinhoso no meu contato e eu farei o mesmo. Estou quase aí! Você vai me receber com um beijo e um abraço apaixonados, ok? Temos que fazer todo mundo acreditar. Alguma pergunta? — disse Eric, com sua típica arrogância.

Brenda sentiu um frio na barriga, imaginando como seria ter que fingir estar apaixonada por alguém tão arrogante e mimado.

— Não! — Ela respondeu, com tom áspero, tentando esconder suas verdadeiras emoções.

Brenda ficou ansiosa, sabendo que teria que encenar sua primeira demonstração de amor por Eric.

Eric estava chegando e ela teria que se preparar para abraçá-lo e beijá-lo apaixonadamente, como se fossem um casal perfeito saídos de um conto de fada.

A situação era desafiadora e Brenda sentia-se apreensiva.

— Que cara é essa, Brenda? — perguntou Isabella, notando a expressão de preocupação da amiga, depois que ela desligou o telefone.

— Vou ter que fazer minha primeira ceninha de namorada apaixonada. Eric já está quase chegando — respondeu, desanimada com a situação.

Isabella lembrou-se de Lila, a personagem que Brenda fazia quando se apresentava em seu show de stripper. E sugeriu:

— Lembra-se da Lila? Então, faça igual aqui! Use todo o seu talento de atriz para enganar a todos. Você é capaz! — disse Isabella, com um sorriso otimista e encorajador.

Brenda respirou fundo e decidiu encarar o desafio.

Estava disposta a fazer o que fosse preciso para cumprir o acordo e realizar seus sonhos.

— Você tem razão, Isa! Estou aqui, então tenho que fazer meu papel nessa farsa. A vida não é fácil, né? — disse Brenda se enchendo de coragem.

Brenda, com um sorriso forçado e um olhar de falsa paixão, aguardava por Eric, pronta para cumprimentá-lo com um beijo ardente e um abraço que deveria transparecer amor e carinho.

Sentia-se dividida entre o desejo de concluir seu plano e a dúvida de estar fazendo a coisa certa, ela se questionava se valeria mesmo a pena.

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Brenda teria que enganar a todos com sua atuação de namorada apaixonada. Será que ela seria persuasiva o bastante?

Como eles iriam lidar com os efeitos desse acordo?

Estavam brincando com fogo.

Como diz o ditado, “coração é terra que ninguém pisa”.

CONTINUA…

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