CAPÍTULO 2

CHEGANDO AO APARTAMENTO DE ISABELLA — SEU NOVO LAR.

Às 11h, Brenda chegou ao apartamento com suas malas sendo recebida por Isabella, vestindo pijama e o rosto amassado de sono.

Parecia ter acabado de acordar. Brenda achou estranho, mas fingiu naturalidade.

— Bom dia, Brenda! — Isabella cumprimentou, sorrindo ao abrir a porta. — Venha, entre e coloque suas coisas no seu quarto. Tomaremos um cafezinho para nos conhecermos melhor. O que acha?

Brenda concordou, achando ainda mais estranho.

A sua companheira de apartamento estava de pijama e a convidou para tomar café às 11h da manhã.

Pensou na hora: “Aposto que os seus pais mandam dinheiro para ela se manter.

Nossa, quem dera ter pais para me ajudar enquanto estudo.”

Quarto de Brenda.

Conforme combinado, Brenda deixou as suas coisas no quarto e se dirigiu à pequena cozinha.

Ao entrar, encontrou uma mesinha quadrada de quatro lugares, onde havia café, leite, suco, bolo e pão.

Cozinha.

— Não sabia do que você gostava… mas sei que bolo de chocolate é unanimidade, né? — disse Isabella, puxando a cadeira para que Brenda se sentasse.

— Bolo de chocolate é um clássico! — respondeu Brenda, sorrindo — Vou comer só um pedacinho, já tomei café.

— Que tonta eu sou! Claro, já é hora do almoço! Desculpa, Brenda, meus horários são todos trocados, eu trabalho durante a noite. — Disse Isabella, tomando um gole de café.

— Entendi! Onde você trabalha? — perguntou Brenda, curiosa.

— Trabalho na ‘Golden Night’ (casa noturna). — respondeu Isabella, sem constrangimento.

— Sério? Nem parece! — comentou Brenda, sem qualquer resquício de ironia ou preconceito.

Brenda não tinha o hábito de julgar os outros, pois acreditava que cada um sabia de si.

No entanto, não conseguia deixar de se incomodar com a vida que sua mãe levava, envolvendo-se com homens casados e fazendo uso excessivo de álcool.

— Não, não… não desse jeito! — exclamou Isabella, tendo um acesso de riso. — Sou garçonete e improviso com os drinks.

Brenda contraiu-se envergonhada por pensar que Isabella pudesse trabalhar como acompanhante e ficou receosa de que se sentisse ofendida.

— Desculpa… eu não quis… mas é que…

— Pare com isso! Estamos nos conhecendo hoje, sou tranquila, está tudo bem. — interrompeu Isabella, ainda rindo — Mas fale de você, o que faz?

Brenda abriu-se com Isabella, contou sobre o seu trabalho num escritório próximo e o seu sonho de ser advogada.

Desabafou sobre os problemas com a mãe, mas expressou estar muito animada com a oportunidade de morar naquele apartamento.

Isabella ouvia com atenção; a sua personalidade era alegre e acolhedora. 

Ela também conversou sobre a sua vida, dizendo que foi criada pela avó carinhosa e que herdou o apartamento dela.

As duas se deram bem. Brenda sentiu-se acolhida e confortável no apartamento; o ambiente era bem mais leve e agradável do que quando vivia com a sua mãe.

MESES DEPOIS.

Brenda já estava morando com Isabella há alguns meses e nunca recebeu a visita ou ligação de sua mãe.

Quando tentava ligar, as chamadas nunca eram atendidas e em algumas ocasiões em que foi pessoalmente até sua mãe, era tratada com indiferença e logo dispensada com alguma desculpa.

Brenda chegou a acreditar que ela mesma fosse o problema, mas como sempre costumava ser forte e positiva, logo descartou aquele pensamento.

A sua mãe era o problema e não era a falta de amor, mas sim o amor excessivo que tinha pelas bebidas e festas.

Resolveu dar espaço e respeitar o afastamento que Daniele buscava.

Apesar disso, todo o mês depositava um dinheiro para ajudar a pagar as contas, mesmo que ela estivesse enfrentando dificuldades para arcar com as suas próprias despesas.

A FACULDADE E AS DIFICULDADES.

As aulas na faculdade já haviam começado, mas Brenda sentia o peso das despesas.

Não era apenas a mensalidade, mas também os livros, os trabalhos acadêmicos e as roupas sociais que precisava usar nas aulas.

O sonho do diploma estava constantemente ameaçado pela falta de recursos.

— Isabella, está tão complicado manter as despesas com a faculdade. Será que não tem uma vaga de garçonete nos finais de semana na boate onde você trabalha? — perguntou Brenda, buscando uma alternativa.

— Brenda, você é muito bonita e talvez isso seja a sua saída! Na boate abriu uma vaga para dançarina de stripper. Você só trabalharia de sexta a domingo e o salário é ótimo, com certeza bem mais do que você ganha no escritório. — respondeu Isabella.

— O quê? Sou virgem! Não posso fazer programas. — disse Brenda, achando graça da sugestão.

Isabella também riu da inocência da jovem.

— Não é programa, você só dançará! Porém, tem um problema: terá que tirar toda a roupa durante a apresentação. Mas, sendo virgem, suponho que não queira, é evidente!

— Estou nervosa… meu Deus! Imagina, peladona na frente de todo mundo? — disse Brenda, receosa.

— Hoje é sexta, se quiser, podemos conversar com o proprietário, ele mesmo quem faz as contratações. — sugeriu Isabella.

Isabella compreendia a posição de Brenda e ficava em silêncio, preferindo não opinar. Era uma decisão delicada.

A sua virgindade, um detalhe intocável na sua alma, tornava a decisão ainda mais angustiante.

Após um momento de silêncio, ela decide: enfrentaria o desafio, seria uma decisão ousada.

— Se não me tocarem, que se dane! Quero terminar minha faculdade e realizar meu sonho de ser advogada. — Concluiu Brenda, disposta.

Isabella olhou firme para Brenda e explicou a situação.

Procurando ver nas expressões de Brenda se ela havia entendido e estava ciente do que se tratava.

— Brenda, preste atenção: a vaga é para stripper. Terá que se despir totalmente nas apresentações! — Isabella fez uma pausa e continuou — Você não precisará fazer sexo com ninguém, exceto se quiser. Entendeu? — Isabella perguntou, reforçando que foi entendida.

— Nasci pelada, roupas são invenções dos homens — declarou Brenda, com um sorriso nervoso, mas também com firmeza. — Vou com você na boate, tentarei a vaga!

Brenda, com apenas 18 anos, mostrava confiança e atitude.

Além de ser uma jovem bonita, era uma força capaz de transformar o seu próprio caminho.

Desistir não era uma opção.

‿︵‿︵ʚɞ(◔◡◔)ʚɞ‿︵‿︵

Ousadia poderia ser o seu sobrenome!

Uma virgem fazendo ‘stripper’, no mínimo, chocante.

Brenda realmente teria coragem?

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Comments

Maria De Lourdes Gonçalves

Maria De Lourdes Gonçalves

historia muito boa
amandoooo

2024-05-12

0

Elza Teodoro

Elza Teodoro

será 🙏

2024-05-12

0

Killer ԅ

Killer ԅ

Que loucura se despir na frente de pessoas estranhas, Brenda é muito corajosa por aceitar esse trabalho.👍😉

2024-04-12

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