Capítulo 13

Kaleb

Ansioso? Não, eu estou uma pilha de nervos! O motivo... saudades!

Estou aqui, nessa pista, vendo o jatinho que está trazendo meus amores, pousar lentamente.

Aguardo os minutos mais longos... não, os mais longos foram os minutos que tive que aguardar quando a minha esposa fez o teste de gravidez! Poh@!

Acho que eu nunca fiquei tão agoniado... se bem que, no nosso casamento, botaram tanta pilha!

Tio Nick falou que o Agustín, aquele idiota, tinha conseguido convencer minha mulher a fugir, vê se pode?!

Pior foi o Davi, aquele primo traíra! Atrasou a noiva, disse que ainda estavam terminando de arrumar as flores, e a minha Lupe acreditou e esperou quase meia hora para entrar. Eu já estava a ponto de invadir a casa, mas meu pai e meu irmão não deixaram.

E tudo isso porque eu fiz a Diana dar um cansaço nele no dia do casamento deles. Mas eu não tenho culpa se a Diana entrou na brincadeira!

Enfim, quase tive um treco, mas no fim, meu amor e eu nos unimos, e ela se casou pura, como sonhou. Foi tão lindo ver a felicidade nos olhos da minha pequena, e o orgulho nos olhos da abuela, que infelizmente nos deixou, meses depois, pois já estava bem fraquinha, idosa e debilitada.

E então eu sou a família, o apoio e o porto seguro da minha Guadalupe, minha tica.

Assim que o jatinho abre a porta, vejo um pequeno avião pousando também... família grande! Fretamos um avião para trazer os outros.

Caminho apressado até o jatinho, e para minha felicidade, a primeira a sair é ela, a mulher da minha vida!

- Mi amor! - ela abre aquele sorriso que eu tanto amo, e desce os degraus correndo, para o meu desespero, que quase pulo e a agarro nos meus braços, abraçando ela com força. - Que saudades, cariño! - ouço sua voz embargada.

- Mi amor, não pode descer correndo desse jeito. - reclamo, mas a aperto bem forte. - Que saudades, minha vida!

Nos afastamos centímetros, somente para nos unirmos num beijo cheio de saudades.... Minha mão em sua nuca, meu braço envolvendo seu corpo, suas mãos em meus cabelos, e nossas línguas se enroscando numa necessidade ímpar.

Durante o beijo, sinto meu coração quase rasgar o peito, tamanha a força que pulsa. Amo tanto essa pequena que chega a doer a constatação da falta que ela me fez em tão poucos dias longe.

Quando nos afastamos, vejo o sorriso mais lindo do mundo nos lábios da minha Lupe. Os mesmos lábios que estão inchados e parecem extremamente convidativos a um beijo ainda mais voraz.

Lupe: Sentimos tanta saudades, mi amor. - faço carinho em seu rosto. Meu marido é tão lindo. Como eu amo esse meu coreano.

Kaleb: Ah, meu amor. - sorrio e me abaixo, beijando a barriguinha da minha esposa. - Oi amor do papai! Eu estava com tantas saudades. - me emociono. - Você cuidou bem da mamãe? Quero saber se ela se comportou direitinho esses dias e te deu muitas coisas gostosas para comer.

Lupe: Seria impossível não comer! - sorrio, fazendo carinho nos cabelos do meu marido lindo. - Amor, seus pais me fizeram comer por 5!

Kevin: Nosso neto ou neta precisa ficar forte! - desço do jatinho, segurando a mão da minha esposa. - Cuidado com o degrau, minha loira.

Helena: Pode deixar, meu bem. - sorrio para o meu Coelhão. - Lupe, nós tivemos um certo trabalho para fazer você comer, não é mesmo mocinha? - vejo minha nora encolher os ombros.

Kaleb: Mi amor, porque não queria comer? - me levanto e cumprimento meus pais, mas sem deixar de abraçar minha tica. - Sentiu mais enjoos?

Lupe: Também... - torço o lábio e sinto meus olhos arderem. - Era saudade...

Kaleb: Oh, minha princesa, vem cá. - abraço ela mais forte. Sei que os hormônios agora estão uma loucura e ela está sensível demais. - Eu estou aqui com vocês, meu amor. - beijo seus cabelos e ela chora baixinho, agarrada a mim.

A Lupe sempre foi muito doce, mas é forte feito uma Rocha quando necessário. Só que, depois de engravidar, ela está mais vulnerável, frágil e a sensibilidade está muito alta. Os nervos estão aflorados e preciso ser paciente, afinal são muitas mudanças que ainda estão por vir.

Helena: Filho, porque não vão na frente? Leve a nossa menina para descansar, vamos logo atrás de vocês, só aguardaremos sua tia Maya, seu tio Nicolas, e os outros desembarcarem.

Kaleb: Tudo bem! A vó Alice e o vô Brian...

Kevin: Vieram junto com a gente no jatinho. Mas estão dormindo e não quisemos acordá-los, então vamos dar um tempinho para eles, o tio Aaron e a tia Sofy. A viagem foi muito longa, e para eles é bem mais cansativo.

Kaleb: Entendo. Certeza que não vão precisar de mim?

Kevin: Vai tranquilo, meu filho. Nós vamos já já. Vai cuidar da nossa nora e do nosso neto, e avisa ao seu irmão que estou chegando para puxar a orelha dele. - finjo estar bravo, mas por dentro, estou explodindo de felicidade por ver meu filho se abrindo para ser feliz de novo.

Helena: Amor, não precisa fingir, nós todos sabemos o quanto você está feliz com essa atitude do nosso coelhinho mais novo. - abraço meu marido, que continua lindo e cheiroso, mas ainda mais atraente.

Kevin: Eu tenho uma postura de pai sério a zelar, Coelhinha.- resmungo. - Vou chegar lá e o Samir Harmud vai estar todo sério, tenho que me impor também!

Maya: Ih, então você já começou errando no apelido, maninho. - me aproximo, vendo meu irmão mais novo revirar os olhos. - Para de graça, Coelhão! Você me ama, sou sua irmã favorita.

Kevin: Você é a única que eu tenho, Maya! - bufo.

Maya: Aí, viu?! Eu sou ÚNICA! Palavras suas. - dou de ombros e meu marido me abraça por trás.

Jacob: Deixa seu irmão fingir que é um pitbull, minha tempestade. - beijo o pescoço da minha esposa. - Nós sabemos que ele é dócil como um Golden. - sorrio de lado.

Helena: Jake, Jake.. não fala isso do meu Coelhão! - finjo estar brava. - Você é o Coelhão mais bravo do mundo, meu amor. - dou um selinho no meu marido, que me abraça, mas faz língua para a irmã e o cunhado.

Nicolas: E aí, família Buscapé! - já chego rindo, de mãos dadas com a minha morena, é claro. - Mari, olha só onde nosso sobrinho foi arrumar uma noiva? E eu que achei que a doidinha da família era a Lenora, porque puxou as doideiras da mãe.. - olho de rabo de olho e a Maya revira os olhos.

Lenora: Eu ouvi isso, hen tio Nick! - resmungo. -'Tia Mari, olha seu marido... - faço bico, abraçada ao Cadu.

Mariana: Amor, para de falar assim da minha pitica. - reclamo. - Vem cá, amor da tia. - Lenora vem toda dengosa.

Maria Isis: Olha isso, Brad! - não contenho o riso. - Lenora fazendo manha.

Brandon: Morena, manha é quase marca registrada de vocês. Lá em casa você e a Judy me deixam doido!

Aaron Jr. - Eu que o diga, né pai. - resmungo. - Mãe, não é por nada não, mas a senhora e a Judy juntas fazendo manha...

Judy: Que calúnia! - faço cara de ofendida.

Maressa: Ok, duplinha. Não dá para negar... as Donartti são manhosas! - todas caímos na risada e os homens só meneiam a cabeça.

Alice: Ei, tem alguns velhos aqui que precisam de ajuda! - falo, rindo e logo os rapazes se amontoam para nos ajudar a descer do jatinho da família.

Kevin: Cuidado mãe, um degrau por vez. - Seguro ela com cuidado. - Jake, firma bem o meu pai.

Jacob: Estou fazendo isso! - resmungo. - Sr. Brian, o seu filho está ficando velho e chato.

Brian: Melhor não deixar ele ouvir isso.. - falo baixo. - Mas eu concordo!

Kevin: Eu ouvi isso, pai. - Seguro a risada, mas minha mãe sorri com gosto.

Aaron: Nicollas, ajude a sua mãe primeiro, eu consigo descer sozinho! - resmungo.

Allan: Nem pensar! Eu estou aqui de enfeite?! Pode parando, Sr. Blake! Vai descer comigo! - Seguro a mão do meu velho, que resmunga, mas desce se apoiando em mim.

Sofy: Ai, aí... seu irmão puxou a teimosia do seu pai. - digo, devagar, pois a idade já está avançada. - E você, puxou a empatia... E a beleza. - sorrio ao ver meu menino todo sem jeito.

Nicollas: A beleza eu puxei da senhora, e não ter nascido da sua barriga é só um mero detalhe. - olho com carinho para a minha velhinha. - Mãe...

Sofy: Eu sei, meu filho. - suspiro, assim que chegamos e meus pés tocam o chão. - Mas tudo tem início e um fim. - aperto, com o máximo de força que ainda consigo, a mão do meu menino. - Mas olhe só, veja como crescemos...

Admiramos juntos tantos rostos felizes, as novas gerações de Donartti, Blake, Choi, Stewart e tantos outros que se juntaram a nossa família no decorrer dos anos.

- Viemos aqui celebrar mais uma união de um membro da nossa numerosa família! - respiro fundo. - Vamos nos focar no hoje!

As árvores perdem suas folhas no outono, mas na primavera lá estão elas, lindas, com uma nova folhagem e flores! Assim é a vida, e quando minha hora chegar, que seja bem vinda! Porque tudo tem o seu tempo de acontecer,mas na estação certa, a vida se renovará e trará novamente abundância, beleza e cor!

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Feliz Natal minhas meninas! Deus abençoe abundantemente o lar de cada uma de vocês!

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