Aisha: Sinto meu rosto esquentar com as palavras do meu... noivo?!
- Você... me quer?
Bento: Muito! - Seguro sua mão com carinho e faço pequenos círculos com meu polegar, massageando, mas sem deixar de reparar como a mão dela é pequena e delicada, e a minha é enorme se compararmos, e sem deixar de notar que ela fecha os olhos enquanto recebe o carinho.
- Aisha, eu não esperava me sentir atraído novamente por alguém. Me fechei, sofri, me isolei e não deixei mulher nenhuma de aproximar. Mas aí, eu vi uma moça linda, correndo do escritório porque eu vi os cabelos dela, e acredite, eu mal olhei seus cabelos, eu olhei nos seus olhos...
Aisha: Agora posso confessar... seu olhar não saiu da minha mente. - desvio o olhar. - Mas senti medo e culpa por pensar em alguém que não era meu prometido.
Bento: Pois então não sinta! Agora eu sou o seu noivo, seu futuro marido, então você pode e deve, pensar muito em mim. - sorrio de lado vendo o quanto certas palavras a afetam.
- Mas, ainda não recebi minha resposta. Eu quero ouvir o seu sim, mas quero que diga, olhando nos meus olhos. - ela enfim me olha, mas é tão linda assim, corada...
Aisha: Eu quero! - tento ser o mais firme que consigo, apesar da vergonha que sinto com a intensidade desse olhar sobre mim.
Bento: Que bom, então agora precisamos conversar sobre o casamento... - começo a falar, mas meu telefone toca. - Só um minuto, princesa. - ela tenta puxar a mão, mas eu entrelaço nossos dedos. - Já foi difícil pegar na mão da minha noiva, não vai ser uma ligação que vai me privar disso, mocinha. - aperto levemente seus dedos entre os meus. - Eu posso atender com a outra mão. - sorrio de lado e aceito a chamada de vídeo.
- Oi mãe, estou com saudades! - digo ao ver a imagem da dona Helena.
Helena: BENTO CHOI! MENINO, O QUE VOCÊ FOI FAZER?! COMO VOCÊ ME ARRUMA UMA NORA, UMA NORA GAROTO, E NEM SEQUER ME COMUNICA ANTES?! VOCÊ VAI CASAR!
Bento: Mãe, como a senhora... - nem termino a frase e vejo meu irmão, de pé um pouco distante, se acabando de rir... então foi ele?!
- Mãezinha, por favor, se acalma ou vai fazer minha futura esposa desistir antes mesmo do casamento. - tento soar calmo, mas Aisha já está quase saindo correndo e quase arrancando minha mão de tanto que puxa, tentando se soltar.
Helena: Ela... ela está aí? Porque não disse antes, garoto atrevido!
Bento: Talvez porque a senhora não deixou?! - faço cara de óbvio. - Espere... - viro o telefone e vejo minha noiva ficar ainda mais vermelhinha, toda envergonhada em conhecer a sogra que grita!
- Mãe, essa é a Aisha, minha noiva e sua NORA. Aisha, essa é Helena Choi, minha mãe que eu amo demais. - tenho que fazer uma média.
Aisha: Muito... muito prazer, senhora Choi. - faço uma breve reverência e vejo o sorriso da mulher loira, de olhos claros e muito, muito bonita.
Helena: Prazer, minha querida! - sinto uma afeição imediata pela mocinha. - Você é tão linda!
Aisha: Obrigada. - encolho os ombros. - A senhora também é muito bonita.
Helena: Bento! - meu filho vira a tela e vejo o sorriso... tanto tempo que não vejo ESSE sorriso no rosto do meu filho. - Tem certeza? - é a única coisa que pergunto.
Bento: Tenho, mãe! - afirmo. Sei bem o que minha mãe quer dizer.
Kevin: Estamos surpresos. - afirmo, encarando meu filho caçula. - Mas estamos com você!
Bento: Obrigado pai! - respiro fundo e agora sou eu quem sinto um leve aperto na minha mão, então encontro o olhar carinhoso e tímido da minha noiva, que me faz sorrir e dou uma piscadinha de leve, fazendo- a corar novamente... acho que não é só meu pai que tem o efeito Kevin.
Acabo de descobrir o efeito Bento!
Helena: Quanto tempo temos, meu filho? Alguns meses?
Bento: Cinco dias!
Helena: Cinco dias?! Mas isso é um casamento relâmpago! Como vou ter tempo de chegar ao Qatar e organizar tudo nesse tempo, meu filho?! - fico nervosa.
Bento: Fique calma, mãe. A família da Aisha é quem organiza o casamento, porque tem os costumes e tradições deles, mas nós podemos falar disso mais tarde? - vejo como Aisha está desconfortável com essa conversa.
Helena: Claro, temos muito que acertar. - respiro fundo. - Estou feliz que esteja se permitindo, meu filho. - sorrio para ele. - E... Aisha não é? - questiono e meu filho assente. - Seja bem vinda a nossa família, minha querida!
Aisha: Obrigada, senhora Choi. - sorrio fraco.
Sei que é tudo muito repentino. Temo que a família do Bento acabe não aceitando com tanta facilidade nossa união.
Kevin: Não se preocupe, minha nora. - Observo a moça atentamente, vendo a dúvida em seu olhar. - Se meu filho a escolheu, ele sabe o que está fazendo. - sorrio, carinhoso. - Vou ligar para o seu pai. Eu e Samir temos que cuidar dos arranjos do casamento e acertar os detalhes.
Bento: Obrigado, pai!
Kevin: Amo você e seu irmão, a felicidade de vocês vem acima de tudo! - me despeço do nosso filho e vou para o escritório.
Helena: Nos falamos mais tarde! Amo você!
Bento: Também te amo, mãe! - me despeço e encerro a ligação.
- Sua mão está suando... - ela solta a mão da minha lentamente, e a falta da sensação do nosso contato me incomoda. - Ficou triste com as palavras da minha mãe? - inclino a cabeça levemente.
Aisha: Eu sei que ela está certa. É inesperado e muito rápido. - dou um suspiro desanimado.
Bento: É minha decisão, Aisha! - sou firme. - Você precisa saber, vai se casar comigo, e infelizmente, eu não posso deixar meu trabalho e me mudar para o Qatar.
Aisha: Eu imaginei. Também nunca te pediria isso, o dever da esposa é seguir o marido, deixando sua família de origem e construindo sua própria. Então aceito a mudança... mas peço que seja paciente. Eu nunca estive em um país tão distante. Já viajei com meus pais, mas somente para Dubai e para a Suíça. Então não conheço seus costumes... mas vou me esforçar para me adaptar. - falo, apressada.
Bento: Acima de se adaptar, quero que seja feliz ao meu lado! - olho em seus olhos. - Queria tanto poder acariciar seu rosto, Aisha... - chego a erguer minha mão, mas ela parece assustada. - Não se preocupe, não vou agir de forma imprópria.
Aisha: Pode... segurar minha mão? - estendo a mão, ainda tímida com o toque que fez meu coração disparar, instantes atrás.
Bento: Sempre que quiser. - deslizo meus dedos pela palma da mão pequena e delicada, macia e com perfume suave, que me faz sentir algo tão bom e calmo...
Entrelaço nossos dedos, olhando em seus olhos, e a sensação de estar em paz é o que me invade, e o pequeno choque em nosso toque é sentido por ambos, apenas confirmado quando vejo os pelos do braço da minha princesa se arrepiarem levemente.
Vejo, sinto e entendo o temor dela. Tudo é novo, tudo é inesperado e intenso. Cada sensação se tornando única... E tudo, absolutamente tudo, ela irá sentir comigo!
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Atualizado até capítulo 64
Comments
Elizangela Cristina Ferreira Rosa
nossa que casamento mas rápido com cinco dias,ela vai se assustar com a mudança de vida dela
2025-03-25
0
Priscila Caetano
Eu acho legal casamentos assim só os que dão mais certo
parabéns autora pela história
2025-03-31
0
Lourdes Lima
gostando muito da história
2025-01-18
2