Capitulo 18

Saímos para almoçar num dos restaurantes, mais cobiçados da Inglaterra e muito famoso, o Devine Restaurant Coffee Bar.

Estava tudo perfeito, animado, eu apreensivo com a carreira que o Henrique me impôs, mas segundo ele mesmo me disse tenho que dançar conforme a música.

A Ingrid fez várias fotos de mim em vários cenários e posições diferentes, trocas de roupas eu fiz várias e me pergunto qual terá sido o resultado de tantas fotos tiradas de minha pessoa.

— Logan você tem grande potencial para modelo.

Cada vez que o Henrique diz isso eu sinto o meu corpo gelar, e me dá um certo mal-estar, pois o mundo da máfia não é nenhuma novidade para mim, mas o mundo da modelagem esse, sim, é novidade.

— Logan vamos fazer um brinde a seu sucesso como modelo.

Henrique enche duas taças de vinho e me entrega uma.

— Ao seu sucesso, Logan, e a nós.

Encostamos nossas taças na boca e bebemos um gole de nosso vinho cruzando as taças, ou seja eu bebi da taça de Henrique e ele bebeu da minha.

Até que eu escuto uma voz que fez meu corpo inteiro tremer e minha pressão caiu.

— Ora, ora, ora-veja quem está aqui o meu filho maricas e seu protetor, a bicha mor!

Henrique percebe o meu desconforto e convida o homem que se diz meu pai para sentar-se conosco.

— Olivier Roy, que surpresa te encontrar aqui no Devine Restaurant Coffee Bar.

— Vim tratar de negócios, afinal assim como você eu também possuo os meus negócios obscuros.

— Conseguiu tornar o meu filho homem?

Quando meu pai pergunta isso, eu lembro de tudo o que passei, a minha fuga pela floresta, o parar para descansar e meu pai me capturando.

Meu pai não agiu como um pai de verdade e fez tudo que não deveria ser feito há um filho.

— Olivier, o que eu faço ou deixo de fazer com o seu filho não cabe a você saber, afinal eu o comprei e paguei bem por ele, mas se se interessa tanto vou dizer que sim, eu o tornei meu homem, tirei sua virgindade e tivemos uma foda selvagem como dois animais no cio, está satisfeito com a minha resposta?

Meu pai empalidece, e me olha com ódio, sim, ódio, eu nunca vi meu pai com tanto ódio estampado no olhar.

— Não me recrimine Olivier, não era isso que você queria? Agora ele é meu homem, mas isso não deve interessar a você, afinal você disse que se ele voltar a França ele será morto.

— E mantenho a minha palavra, você segura essa mulherzinha que você fodeu e tornou sua, se ele aparecer na França ou em qualquer cidade, ou estado do país, ele morre, você está avisado Henrique.

Henrique pede licença e diz que vai até o, toalete.

— Espero que vocês dois se comportem, não quero ter que arcar com prejuízos de mesas e cadeiras quebradas.

Ele sai e ficam somente eu e meu pai na mesa.

Meu pai olha para mim e sorri de canto.

— Eu nunca pensei que você fosse descer tão baixo Logan.

— Como assim, papai, você me vendeu para o Henrique, um homem experiente mais velho do que eu, o que esperava que fosse acontecer?

Meu pai se aproxima de mim e sussurra as palavras que me doeram e rasgaram a minha alma.

— Eu queria que ele abusasse de você, para você sentir que esse é um lado que não deve ser tocado, eu queria ver a dor estampada em sua face, eu queria que ele lhe rasgasse as pregas internas, abusando de você dia após dia, assim você voltaria para casa pedindo arrego para mim, e eu como seu pai te tornaria homem.

Fiquei em choque e sem palavras como um pai pode desejar que aconteça tanto mau a seu filho, as palavras de meu pai apunhalaram o meu coração.

Tento manter a indiferença em minha face e olho para ele, Olivier Roy, tentando demonstrar desprezo.

— Hoje você me olha com desprezo, mas amanhã pedirá arrego a mim, quando ele se cansar de você e te deixar morrer em um tiroteio, ou mesmo te trocar por um rapaz mais novo daqui a alguns anos.

Como assim me deixar morrer em um tiroteio? O que o meu pai sabe de Henrique que eu não sei? Não, meu pai está tentando me manipular com informações falsas, não vou entrar em conflito com o homem que me salvou.

— Olivier Roy, você deixou de ser o meu pai hoje, um pai de verdade e compreensivo não ofende o filho e muito menos o vende para outra pessoa.

Ele me olha com mais ódio ainda e sussurra em meu ouvido.

— Você pode afirmar o que quiser, mas não deixará de ser o sangue do meu sangue.

Ele ia grudar em meu pescoço, só não o faz, porque o Henrique retorna para a mesa.

— Espero que tenham se comportado e não tenham se ofendido 

— Não, Henrique, o Logan sabe respeitar o homem que contribuiu para o gerar, bem eu tenho que ir para a mesa que me foi reservada, tenho que tratar de meus negócios, volto para a França ainda hoje, sorte em seus negócios Henrique.

Meu pai se afasta e caminha até a tal mesa.

Henrique e eu terminamos nosso vinho, ele deixa o dinheiro da conta e vamos embora.

— Notei que você, está tenso, Logan, o que aconteceu entre você e seu pai?

— Nada de mais, ele me ofendeu como sempre, a partir de hoje ele deixou de ser meu pai.

Henrique me olha e ajeita a gola de minha camisa.

— Logan tem que tomar cuidado, o seu pai pode atentar contra a sua vida, ele se sente ofendido com o que fizemos e pode querer lavar sua honra com sangue, o seu sangue.

— Ele não tem esse direito Henrique você não compreende, ele me vendeu.

— Logan você ainda tem muito o que viver, ele é mafioso e homofóbico, ele não aceitará o nosso relacionamento tão facilmente.

Me lembro do que o meu pai disse:

"Amanhã pedirá arrego a mim, quando ele se cansar de você e te deixar morrer em um tiroteio, ou mesmo te trocar por um rapaz mais novo daqui a alguns anos."

O que será que ele quis dizer?

Mais populares

Comments

Maria Helena Pereira

Maria Helena Pereira

Odeio este velho escroto

2024-05-19

1

Elenilda Soares

Elenilda Soares

a velhote dos inferno

2024-05-19

0

Puto do Itachi

Puto do Itachi

Te odeio seu velho lazarento 😡😡😡

2024-01-04

8

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!