Capitulo 6

Logan entra na sala de jantar, eu estou ali esperando por ele, meio sem graça pelo que acabou de acontecer em seu quarto, ele abaixa o olhar.

Sinto pena dele, mas, ao mesmo tempo, um desejo fulminante por ele que reflete em minhas partes baixas.

Tentando me controlar, eu me aproximo dele, percebo que ele abaixa a cabeça para não me olhar nos olhos.

Com a ponta dos meus dedos eu levanto o seu queixo para que ele olhe para mim.

Sem jeito, ele me olha nos olhos, e eu percebo que apesar do que aconteceu entre nós em seu quarto, ele ainda é inocente e inexperiente. Eu quero lhe ensinar tudo o que eu sei, quero prepará-lo para ser meu amante mafioso e meu segundo na máfia, sei que vai levar tempo para ele entender, a gravidade da situação em que ele estava, eu o comprei para salvar a vida dele. 

Sei que ele continua chocado pelo que seu pai fez a ele, infelizmente nem todos os pais são como os meus que me aceitaram como eu sou e não se metem em minha vida, e eu consigo gerenciar a máfia sem essa preocupação para a minha mente.

— Ei Logan, sei que está chocado ainda pelo que seu pai te fez, nem todos os pais aceitam a condição homossexual de seus filhos, uns fingem que não sabem, esses são os piores cegos, outros não aceitam e muitas vezes expulsam seus filhos de casa, não entendem que essa medida não o deixarão de ser pais, e outros aceitam, pois são mente aberta e sabem que ser gay não é doença.

Logan me olha com intensidade, eu percebo que ele continua assustado, essa situação toda é novidade para ele.

Com a ponta de meu dedo indicador eu desenho o contorno de seus lábios.

Percebo que a pele de Logan arrepia com esse toque delicado.

Não resisto seguro em sua nuca e pouso meus lábios nos dele.

A princípio ele não cede ao beijo, mas com a minha experiência eu o estímulo com minha língua contornado a sua boca através do beijo, Logan deixa uma pequena abertura para o movimento de nossos lábios.

Devagar vou empurrando ele até encostá-lo na parede e quando o encosto torno o beijo mais intenso, nossas línguas se encontram e Logan tenta dominar com sua língua o beijo, sem sucesso, pois ele tem muito o que aprender ainda.

Enquanto disputo a dominância do beijo com o Logan, eu seguro em seu punho esquerdo e levo até o meu membro que já está em ponto de estourar em desejo.

A princípio ele tenta puxar a mão, mas não consegue, eu sou mais forte e o faço segurar.

Prenso Logan na parede e passo a me esfregar em sua mão.

Sinto o corpo de Logan perder o equilíbrio e me toco que estou lhe roubando o ar.

Finalizo o beijo e me afasto de Logan, ele me puxa para si e tenta me beijar, eu coloco meu braço entre nós, crio uma distância segura.

— Não, Logan temos tempo para isso, agora você vai tomar o café da manhã e depois vamos para a sala de treino, quero te treinar para ser o meu marido e segundo na máfia.

Logan apenas me olha em silêncio e me lembrou a mim mesmo, quando eu tinha a idade dele, naquela época eu tinha me assumido para os meus pais e na sala de treinos eu ordenei a meu pai que não pegasse leve comigo por eu ter me assumido.

" Tenho a alma feminina, num corpo de homem, com a força de um homem e posso treinar como um homem"

Foram essas palavras que disse para o meu pai, e assim ele me treinou, duro como treinava os seus "soldados" de guerra.

— Não quero que pegue leve comigo, Henrique no treino na França com meu pai eu treinava duro.

— Não vou pegar leve Logan pode ter certeza, te ensinarei a ser um mafioso de verdade, mas primeiro você vai tomar o café da manhã.

Acompanho Logan até a mesa, e o vejo se servir da mais saborosa salada de frutas.

Me sento a seu lado e o observo tomar café da manhã sem dizer uma palavra.

— Tão sério Logan!

— Oh! Não esquente com isso é que na França ficávamos as refeições em silêncio, meu pai sempre disse que a hora das refeições são sagradas e que devemos agradecer há Deus prestando as devidas condolências em silêncio.

Achei um absurdo nas refeições em minha casa, meus pais conversavam e dividiam sonhos, discutiam planos para pegar os inimigos da máfia inglesa, e isso sempre depois da oração de agradecimento, silêncio em minha mesa eu não vou aceitar.

— Logan aqui você é livre, podemos conversar depois que fizermos a oração para agradecer, em minha casa criaremos um hábito diferente da sua casa antiga, então pode se manifestar e conversar comigo.

Logan sorri para mim com o olhar e eu lhe dou uma colherada de salada de frutas.

— Obrigada, Henrique, você realmente é surpreendente.

— Você ainda não viu nada, Logan, eu te mostrarei esse mundo novo.

— Por que me salvou do meu pai Henrique?

— Não gosto de injustiças, Henrique e quando vi a sua foto e te vi pessoalmente percebi que você é meu companheiro ideal.

— Queria saber onde você enxergou isso Henrique não acho que eu seja o companheiro ideal para um homem experiente da máfia.

Sorrio para ele, vou ensinar quase tudo o que eu sei para ele, não ensinarei tudo, pois tenho que ter defesa caso ele resolver dar uma de esperto e me trair, mas não vou dar chance para ele pensar nisso, eu conquistar o coração de Logan e sua confiança.

— Eu sou muito novo, Henrique e você merece alguém que tenha experiência também.

— Eu tenho trinta anos e não sou tão mais velho que você, deixa que eu resolvo se você é ideal para mim ou não Logan.

Observo ele terminar de tomar café e afirmo.

— Logan me acompanhe a sala de armas, quero te dar um presente.

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