O Adrian se encontrava completamente dominado, quando Penélope se inclinou ao ouvido dele e disse em tom suave outra vez:
— Eu sei dos seus planos, Sr Stone. Não sou idiota, jamais irei me render a um babaca, insignificante feito você. É verdade que o senhor tem uma ótima autoestima, mas, seria bom abaixar a bola um pouco, você não é tão atraente quando pensa!
Após mencionar as palavras, penélope piscou para ele, se levantou bruscamente e retornou ao seu assento, enquanto Adrian sentiu-se humilhado outra vez.
— Isso vai ser mais difícil do que pensei.
Pensou, ele.
— "Mas, não me conhece Penélope, não desisto dos meus objetivos facilmente!"
Alguns minutos se passaram e o silêncio reinou dentro da cabine até que, ela colocando o avião, novamente no piloto automático, perguntou:
— Você pode ficar de olho por aqui? Preciso de um café!
— É inacreditável!
Adrian falou desacreditado.
Penélope: O quê? Vai começar a reclamar?
— Eu não poderia ficar no comando?
Penélope: Não! Confio mais no piloto automático. Mas, acredito que você consegue me avisar caso alguma coisa dê errado!
— Minha nossa, que honra, ela acredita em minha capacidade de comunicação!
Ele falou irônico.
Penélope: Deveria se sentir honrado por isso!
— Me conformo sabendo que não sou o único nesse avião em quem você não confia!
Penélope: Do que você está falando?
- A Júlia, você também não confia nela!
Penélope: Não seja tonto, por que eu não confiaria em minha melhor amiga?
Adrian: Me diz você, por que não pediu para ela trazer o seu café?
— Eu mesma gosto de prepará-lo.
Ela respondeu já começando a sair da cabine, mas de repente parou, virou-se para ele e perguntou:
— Adoro um forte. Você quer?
— O quê?
— Um café, retardado!
Ela disse impaciente.
Ele (disfarçando) "O quê? Você, me oferecendo um café?"
Ela permaneceu séria. Sem graça, ele respondeu:
— Ok, aceito um forte também!
— Já volto, não nos mate!
Ela provocou e saiu. Adrian respirou fundo e retirando o blazer preto de uniforme, ficando apenas com a camisa social branca que estava por baixo, permaneceu pensativo.
— Tem carinha de anjo, enfeitiça feito uma bruxa, parece uma fada, mas é perversa feito um demônio. O que de fato ela é? Não sei. Que p*rr* de mulher!
E minutos depois...
Penélope: Tudo normal por aqui?
Falou entrando novamente na cabine, segurando uma xícara, num pires.
— Tudo nos conformes!
— Seu café, trouxe gelado, espero que goste!
Ela disse e antes que ele lhe respondesse, empurrou o pires contra o seu peito, fazendo a xícara virar propositalmente derramando todo o café sobre o seu uniforme branco reluzente.
_ Filha da p…
O palavrão começou a sair automaticamente, mas foi freado quando Adrian recobrou a consciência se dando conta que a mesma era sua chefe. Ele lhe direcionou um olhar fulminante, fervendo de ódio, mas logo fechou os olhos e tentou respirar fundo, enquanto ela, dissimulada, sentou-se sobre a sua poltrona e começou a falar:
— Desculpa é que, o seu odor não está nada bom. Eu precisava criar uma situação para que você trocasse pelo menos essa camisa. Por favor, não me entenda mal, eu prezo pela segurança dos meus passageiros e o que seria deles se eu morresse por causa desse seu mau cheiro?
O Adrian, que é extremamente vaidoso e obcecado por limpeza e higiene pessoal, abriu os olhos e a encarou mais uma vez. Ele não disse nada, mas, saiu da cabine feito uma fera, completamente irritado. Enquanto a Penélope começou a rir.
— Pior que o perfume dele era bom!
Pensou, ao se recordar de quando o sentiu de perto, enquanto o provocava. Ela se perdeu no pensamento por um momento, mas, logo recobrou a consciência e recriminou-se. Ao sair da cabine, Adrian deu de cara com a Júlia no corredor.
— O que houve?
Ela perguntou ao ver o uniforme do amigo todo sujo.
— Aquela... Aquela...
Ele começou a falar completamente nervoso, mas, precisou se conter devido aos passageiros. Sua vontade era chutar tudo e xingar a Penélope alto, mas, engoliu suas palavras, virou às costas para Júlia e saiu frustrado em direção ao seu sarcófago de descanso, a fim de trocar de roupa.
— Ué, o que será que deu nele?
Júlia se perguntou e seguiu atrás do mesmo. Adrian entrou no sarcófago cheirando suas axilas.
— "Caramba, estou cheirando tão mal assim?"
Se perguntou.
— "Mas, eu tomei banho, usei desodorante e passei perfume antes de sair de casa!"
Exclamou para si, ainda em pensamentos, começando a retirar sua camisa para sentir o odor de perto.
Júlia:(do outro lado da porta) : Adrian, o que aconteceu, você está bem?
Adrian cheirou sua camisa antes de abrir a porta.
— Vem cá Julia, sente o odor dessa roupa, realmente o cheiro está tão ruim assim?
Júlia contraiu as sobrancelhas e o encarou confusa.
_ Sente?
Obedecendo-o, ela encostou o nariz na peça e puxou o ar.
— O perfume é bom, apesar de estar se misturando com o cheiro de café, mas não estou te entendo!
— "Maldita! Está realmente jogando comigo não é Penélope? Mas, você vai me pagar com juros por tudo isso. Ah se vai!
Adrian pensou com a adrenalina da raiva ainda circulando por suas veias. Em seguida, perguntou astuto:
— Júlia, desde quando você conhece a Penélope?
Júlia: Sei lá, vários anos. Por quê?
— Aposto que conhece todos os medos e defeitos dela!
Júlia: Sim e as qualidades também, sei tudo sobre ela assim como ela sabe tudo sobre mim!
Adrian fixou o seu olhar sobre a amiga e ela se dando conta de que ele estava tramando alguma coisa, perguntou:
— A Penélope te provocou?
Adrian: Sim!
— Ela te deu um banho de café, não é?
Adrian: Sim!
— É por isso que você está tão furioso?
Adrian: Obviamente!
— Hum, deixa eu adivinhar. Agora você quer se vingar dela?
— Certamente!
Júlia: E quer contar com minha ajuda para isso?
— Um rum!
Adrian resmungou acenando com a cabeça.
— Esquece!
Júlia disse sem pensar duas vezes, já virando às costas para sair do sarcófago.
— Júlia, por favor!
Júlia: Adrian, vocês declararam guerra um para o outro, mas, ambos são meus amigos, o que significa que eu ficarei do lado de quem?
Adrian: Do meu?
Júlia: Resposta errada, de ninguém!
— Júlia?
Ele implora com os olhos, juntando às mãos.
— Nem me venha com essa carinha de pobre coitado, eu já te ajudei muitas vezes, mas, dessa vez não vai rolar. Além disso, ela também é minha chefe e arriscar perder meu emprego por sua culpa? Eu lamento, mas não vai dar!
Júlia disse abrindo a porta do sarcófago. Ela saiu em seguida.
— Amiga da onça!
Pensou ele, frustrado. Em seguida, começou a procurar uma camisa limpa para usar.
E minutos depois...
Adrian entrou novamente na cabine do avião, sentou em sua poltrona e Penélope lhe direcionou um olhar esnobe.
— Eu sei que não me suporta capitã, mas, tenho uma péssima notícia para você, pelo menos até esse vôo acabar terá que me engolir!
Disse ele, sorrindo em provocação. Penélope não o respondeu, apenas continuou ignorando-o como se não houvesse mais ninguém naquela cabine.
Os últimos raios solares davam lugar ao anoitecer, quando os radares meteorológicos informam as instabilidades de uma determinada área, apontando que iriam passar por uma zona de turbulência.
— Tudo bem, você está no comando agora!
Penelope disse para o Adrian, que sorriu ao perceber que estava sendo subestimado. Obedecendo-a ele tomou imediatamente o controle da aeronave e se preparou para o que viria, enquanto ela, transmitindo sua voz calma e autoritária aos passageiros, começou a falar:
— "Boa tarde, senhoras e senhores. Aqui é a capitã Penélope Valência, falando diretamente da cabine de comando. Gostaria de informar a todos que estaremos entrando em uma zona de turbulência nos próximos minutos. Por favor, permaneçam em seus assentos e mantenham os cintos afivelados."
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Luisa Nascimento
Tomara que ele tire de letra! 😁😁
2024-02-18
3
Juliana Vicentina Da Vo
Só quero ver a hora que ela cair aos encantos dele.
2024-02-06
1
Luciana Guiroto
sinceramente ela se acha de mais vai cair do cavalo
2024-01-09
2