Capítulo 3

Enquanto isso, o general foi levado de volta à sua cela, ainda não sabia quando seria sua execução, mas ao menos implorava por ver sua família novamente e despedir-se, dizer a eles o quanto os amava e o quanto estava agradecido por tê-los ao seu lado.

Os guardas levaram exatamente três dias para chegar às terras dos Brucks. Na entrada, foram detidos, pois não era permitido a entrada de qualquer um.

—Quem são vocês e o que vieram fazer aqui? — questionou um dos soldados que faziam guarda naquele momento.

—Em nome de Sua Majestade Imperial, viemos pela família do General Johann, ele foi acusado de traição e sua sentença foi a execução—

respondeu um dos guardas que haviam ido buscar o restante dos Brucks. Isso deixou os soldados presentes em choque, pois sempre foram tratados da melhor maneira pelo seu general e sua família, embora já tivessem falado dias antes com os soldados que retornaram por ordens de seu general, não pensavam que as coisas chegariam tão longe. Obedecendo à última ordem de seu senhor, permitiram a entrada dos guardas e, com a cabeça baixa, resignaram-se ao que aconteceria.

Ao chegarem à mansão dos Brucks, Miran, a senhora da casa, já estava lá fora para recebê-los.

—Fui informada que vieram por minha família, pelo que me disseram essas foram as ordens de Sua Majestade—

—É correto, Dona Brucks, todos os membros da sua família terão que vir conosco—

Respondeu um guarda, informando sobre a situação.

—O ex-General Brucks encontra-se em uma cela neste momento, sua sentença já foi dada, só falta que vocês, como membros de sua família, cheguem à capital para que a sentença seja executada—

De repente, apareceram Asher e Ossian, ambos abraçaram sua mãe, que pela notícia recebida, estava prestes a desmoronar.

—Mãe, tudo ficará bem se estivermos juntos— dizendo isso, Asher deu um beijo na testa de sua mãe

—O pequeno está certo, mãe, somos uma família e como tal enfrentaremos isto— dessa vez foi Ossian quem falou, apesar de ser o mais velho, era ele quem mais se abalava ao ver sua mãe sofrer.

—Meus queridos filhos, amo tanto vocês. Quisera que as coisas não tivessem acontecido desta maneira, por favor nos perdoem—

Com lágrimas nos olhos, Miran baixou a cabeça diante de seus dois filhos.

No momento em que estavam prestes a levar os meninos e sua mãe, Sasha chegou a cavalo, pelo visto ela tinha saído.

—O que está acontecendo aqui?— enfurecida e sacando sua espada, perguntou

—Sasha, abaixe essa espada, agora!— gritou Miran.

Ela explicou tudo à sua filha e foi então que Sasha verteu muitas lágrimas. Seu pai era seu ídolo e o simples fato de pensar no que estava acontecendo apertava seu coração.

—Sasha, você pode fugir. Segundo as ordens de seu pai, os soldados têm a ordem de protegê-la, mesmo que custe a vida deles. Filha, por favor, salve-se—

Suplicava Miran, pelo visto ainda não conhecia bem sua filha. Ela seria incapaz de deixar sua família sozinha e menos ainda perder a oportunidade de ver seu pai novamente.

—Irei na frente, se não se importarem—

Adiantando-se, Sasha dirigiu-se à carruagem que os levaria, mas antes de poder subir, ficou surpresa com o que seus ouvidos escutavam.

—Viva os Brucks, viva o General Johann!, Viva os Brucks, viva o General Johann!—

A uma só voz, os soldados faziam reverência à família e lhes prestavam seus respeitos. Independentemente de as acusações contra os Brucks serem verdadeiras ou não, eles só viam a forma como haviam sido tratados e os respeitavam acima de todas as coisas.

—Se não fosse pela última ordem do general, eu seria capaz de matar esses malditos guardas—

Dizia em voz baixa um dos soldados que estava à frente das fileiras. Claramente muitos mais afirmavam o dito, mas o respeito que tinham pelo seu general era muito grande e a palavra do general era sagrada para eles, por essa razão não fariam nada que fosse contra os seus desejos.

Enquanto isso, os Brucks subiram à carruagem e partiram rumo à capital.

—Mãe, você acha que vão nos matar?—

Curiosa, perguntou Sasha.

Ao ver que dos olhos de sua mãe começaram a sair lágrimas, perceberam que era óbvio seu destino, o único consolo era que estavam juntos como a família que sempre foram.

—Lamento muito, meus pequenos, não posso acreditar que meu filho mais velho só tenha vivido vinte e cinco anos, meu segundo filho apenas vinte e dois e minha pequena apenas alcançou os dezesseis—

Ainda chorando, Miran se lamentava.

—Sabe, mãe, esses foram os melhores vinte e cinco anos da minha vida, tive os melhores pais e irmãos maravilhosos, não poderia ter pedido por uma família melhor. Amo todos vocês—

Ossian, desabafava e suas palavras confortaram sua mãe. Quase toda a sua vida foi o mais responsável, o mais obediente, nunca deu problemas aos pais, além de sempre respeitá-los acima de todas as coisas

—O que meu irmão disse é verdade, sou grato por ter nascido filho de vocês e de meu pai, foram os melhores para mim. Amo você mamãe e amo vocês, irmãos—

Dessa vez foi Asher quem falou, sempre foi muito extrovertido, mas muito responsável em tudo o que fazia.

—Acho que agora é minha vez de falar, certo?. Bem, mãe, irmãos; talvez pensem que amo mais o papai pela minha conexão com ele, bom, é verdade, mas também amo vocês, são minha razão de viver e entre viver sem vocês ou morrer ao lado de vocês, prefiro a segunda opção. Lamento não ter feito muitas coisas com você, mãe, ou com vocês, meus irmãos mais velhos, por isso peço perdão. Apesar de tudo, sempre os quis e sempre os quererei—

Embora a situação fosse para lamentar, a família Brucks não se deixava abater até esse momento, eram mais fortes do que seus inimigos pensavam.

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