Capítulo 18

Oliver

É horrível ver o amor da sua vida num estado que não pode fazer nada, eu não desejo isso a ninguém. Aqui estou eu já de alta e trocando as flores do vaso que tem ao lado da cama da minha esposa.

Helena: Oliver? Vai pra casa descansar, quando ela acordar nós te avisamos.

Oliver: Não dona Helena, eu não quero ficar longe dela... Eu quero estar aqui a todo segundo por ela.

Helena: Eu sei querido, mas já fazem exatamente três dias que ela está desacordada, como o médico falou, agora é ela acordar naturalmente sem eles aplicarem adrenalina nela.

Respiro fundo e solto o ar que estava pesado, balanço a cabeça concordando, ela está certa, eu só saio de perto da Ivina para comprar flores novas, até roupa eu já tenho aqui e tomo banho aqui, não me alimento direito com medo de não estar perto dela nesse momento. Vou até minha esposa depositar um beijo na testa dela, agora já não tem mais a faixa, os pontos ainda estão presentes, mas já começaram a cair alguns graças a cicatrização rápida dela, olho para ela mais uma vez e saio do quarto acompanhado da minha sogra, do lado de fora está Ariel dispersa, eu me despeço delas e sigo para fora do hospital. Está uma chuva forte, talvez ali eu consiga realmente soltar todas as lágrimas que eu estava segurando esse tempo todo, dispenso chamar um táxi ou um motorista e vou andando pela calçada me molhando com a chuva, elas lavam as minhas lágrimas e minha alma também.

Oliver: Deus, eu não sei se Você realmente me escuta, se pode realmente me ajudar... E se pode, por favor, trás ela de volta pra mim.

Me jogo no chão de joelhos e levanto meu rosto ao céu, a chuva começa a diminuir a sua força onde eu consigo até abrir os olhos.

Oliver: Por favor Deus, por favor...

Após a minha súplica me levanto, volto a caminhar e um carro para ao meu lado.

Homem: senhor Oliver, está todo molhado, por favor entre, vamos levá-lo para casa.

Ao olhar para trás vejo que é o motorista do senhor Salvatore, concordo e entro no carro, durante o trajeto fico vendo as pessoas vivendo suas vidas naturalmente sem nenhum problema ao olho nu. Chegando na minha casa já, sigo para a entrada e o motorista parte em seguida, ao entrar o perfume dela invade minhas narinas, então as lágrimas voltam a cair pelo meu rosto. A culpa está me corroendo por dentro, eu prometi que sempre ia proteger ela e falhei miseravelmente.

Oliver: Desculpa Ivina, minha pequena, me desculpa por não ter te protegido e por não ter ficado nessa situação. Você não merece isso meu amor, não mesmo.

Sigo para o banheiro, as roupas estavam geladas demais, tomo um banho permitindo a água quente esquentar meu corpo por alguns minutos. Terminando meu banho, parece até que estava combinado, meu celular toca.

Oliver: "Alô?"

Helena: "Oliver, a Ivina acordou e está perguntando de você"

Ao ouvir isso senti meu coração explodir, ela está acordada e está perguntando de mim, apenas desligo o telefone correndo para colocar outra roupa, já pronto rapidamente corro para meu outro carro e dirijo até o hospital.

Oliver: Obrigado Deus, muito obrigado, ela está acordada, muito obrigado...

Dirijo o mais rápido que posso, porém com cuidado, pois a chuva deixou as estradas bem molhadas, chego no hospital e já entro falando com a assistente

Oliver: Ivina Bianchi Tate.

Ela aponta para outro quarto, mostrando que ela realmente já foi mudada de quarto, ao chegar no corredor vejo seu pai, seus avós e sua irmã.

Ariel; Mamãe está ajudando ela a tomar um banho, logo poderemos entrar.

Concordo e sorrio aliviado, minha pequena finalmente está acordada.

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