Capítulo 14

Ivina

Eu poderia suspeitar de todo esse romance com o Oliver, mas não consigo negar que estou me entregando para ele de olhos fechados, fiz minha mãe mudar de ideia e marcamos um jantar na casa dos meus avós. Fomos em direção a casa dos meus avós, se mamãe e papai estavam brigados, certamente ele não estará presente, é o que eu acho.

Chegando lá vejo que Oliver está nervoso e seguro sua mão.

Ivina: Ei.. Você está praticamente suando.

 Ele sorri levemente mostrando seu nervosismo, mas ele sabe muito bem como esconder, então puxa minha mão a beijando.

Oliver: Estou bem, apenas um pequeno nervosismo, sempre soube que sua mãe é mais complicada que seu pai.

Sorrio concordando com ele, realmente de toda a relação minha mãe sempre foi a peito de aço, como falava meu pai. Ao abrir a porta me assusto vendo a tia Aurora.

Ivina: Tia?!

Ela me olha e vem praticamente correndo com a sua barriga de grávida já bem nítida, já perto ela me envolve num abraço.

Aurora: Minha linda Ivi, como você está? Esse cara aí não te machucou né?

Ela olha de forma mortal para Oliver que arregala os olhos, logo o tio Paulo vem até nós.

Paulo: Aurora, não assuste o rapaz, você acha mesmo que a Ivi estaria aqui com ele se realmente fosse machucada?

Ele faz sua famosa cara de "sua tia é doida" me fazendo dar risada.

Ivina: Está tudo bem tia, ele não me machucou... Muito pelo contrário.

Oliver sorri e me abraça de lado pela cintura me puxando pra perto, depositando um beijo em minha cabeça. Tia Aurora e o Tio Paulo se olham como cúmplices, logo ouço uma voz muito familiar.

Helena: Ele não é louco de machucar minha filha.

Me viro e encontro minha mãe, na mesma hora me solto dos braços de Oliver e corro para ela que me abraça forte.

Ivina: Ah mãe, que saudade.

Helena: Eu também estava meu amor...

Continuamos abraçadas por um tempo, até chamarem a gente para jantar. Na mesa minha avó conta as histórias da família para Oliver conhecer todos e sempre que pode seus olhos encontram os meus, me fazendo sorrir, estamos de frente um para o outro e Ariel está ao meu lado.

Ariel: Notavelmente a química de vocês, só falta nos sufocar...

Cutuco ela com o braço e sorrio, quando olho para ele novamente ele sorri e eu olho para meus avós que conversam animadamente.

Erick: Ninguém me esperou para jantar?

Um silêncio é tomado na mesa, mamãe que estava sorrindo, logo muda seu sorriso para uma cara fechada e fria, Ariel respira fundo.

Salvatore: Filho, bom você sempre está trabalhando que resolvemos não te atrapalhar, afinal estávamos conhecendo bem o novo integrante da família.

Ana: Eu não te chamei realmente por você ser um tapado que fez isso com sua filha, o lado positivo é que o rapaz é um homem de bem e está fazendo ela muito feliz, ao contrário de você que magoou sua esposa que nem pra casa quer voltar.

Helena: Está tudo bem, não precisam comentar sobre isso, Erick se quiser se juntar ao jantar fique a vontade, mas é apenas isso.

Mamãe volta a comer me deixando chocada, realmente eles não estão morando mais um com o outro, tudo isso por que papai sempre pensa no que é melhor para a máfia e para a empresa. Papai se dirige até a cadeira vazia e se senta, ele não está bem, é nítido, o amor dele pela mamãe foi conturbado desde o começo, mas a única coisa que mudou é que a intensidade aumentou. Olho para Oliver e ele pressiona os lábios sentindo a tensidão no ar.

Ariel: Precisamos fazer algo

Ariel sussurra para mim e eu concordo.

Ivina: Você com a mamãe e eu com o papai?

Ela concorda.

Ivina: Bom, já que estamos todos aqui... Pai, eu gostaria de conversar sozinha com o senhor após o jantar no escritório do vovô... Tenho algumas coisas para conversar sobre a máfia.

Ele quase se engasga e me olha.

Erick: Claro filha, podemos sim.

O jantar segue normalmente, o melhor dessa família é que mesmo com o clima pesado conseguimos seguir a conversa calmamente. Quando terminamos, meu pai segue para o escritório juntamente comigo.

Erick: Então o que queria conversar sobre a máfia filha? Vai finalmente assumir?

Ivina: Então pai...

Logo a porta se abre, mamãe entra junto com a Ariel e eu me retiro com a Ariel trancando os dois lá dentro.

Ariel; O vovô disse que as armas não ficam mais aí.

Ivina: Então eles não vão se matar.. ótimo, vamos tomar um vinho lá na sala e depois a gente vem abrir a porta.

Seguimos juntas para a sala de braços dados, ao chegar todos entendem o que fizemos e Oliver me puxa para sentar em seu colo.

Oliver: Você e sua irmã trancaram eles lá?

Ariel: Sem sombra de dúvidas..

Sorrio da minha irmã para o meu marido, dou um beijo em sua bochecha que o faz sorrir, enquanto eles ficam lá conversando, nós tomamos um vinho e meus avós começam com as histórias de novo, a minha favorita é a da que meu avô matou seu irmão gêmeo e se passou por ele para salvar a tia Aurora. Eu me orgulho de ter nascido na máfia, mas uma máfia que a família é prioridade.

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