| O ritmo da música

Horas antes...

Valentina: Acordo cedo, bem disposta e vou correr. Gustavo não me acompanha, ele tem plantão hoje no hospital. Corro até chegar a exaustão, estava tensa e fico mais leve. Me sento um pouco e observo o nascer do sol, uma cena espetacular, que me tira o fôlego. Souza fica a uma certa distância de mim e a Mirna passa por ele, fazendo a ronda. Observo ela tocar sutilmente a mão dele com um sorriso discreto. Desvio o olhar me sentindo mal por odiar essa troca de carinho deles. Fico um tempo sentada e caminho até o jardim secreto desanimada. Observo os meus avós sentado no balanço, eles são extremamente carinhosos e unidos. Tiro uma foto deles, essa cena é algo que quero me lembrar com riqueza de detalhes. Deve ser incrível envelhecer ao lado da pessoa que ama.

Vó...

(Daniela, 75 anos e Bruno, 77 anos. Principais da obra "Simplesmente Ela É Demais". A foto é só para recordarem dos personagens).

Daniela: Que carinha é essa meu amor?

Valentina: Me sento entre os meus avós e recebo um cafune deles.

Não é nada.

Bruno: Nada é? Algo que diz que tem um coração sofrendo aqui.

Valentina: É o mal do século. Quem nunca sofreu por amor? Mas, não é nada de mais. Como estão?

Daniela: Vendendo saúde.

Valentina: Ótimo. Aqui é tão tranquilo.

Bruno: Bernardo acertou em cheio com o jardim secreto, ganhou a Júlia e a sua bisavó.

Valentina: Os meus avós me contam sobre os meus bisavós Márcia e Humberto. Queria ter conhecido eles. Fico tempo com eles, recebo uma ligação do Lucca e fico animada por saber que está tudo certo para empresa que gostei ser minha. Me despeço dos meus avós e corro até a minha casa. Paro na porta para falar com o Souza.

Vamos sair em uma hora, tudo bem?

Souza: Tudo certo senhorita Valentina.

Valentina: Banho, me visto e tomo café da manhã.

Mãe, volto só a noite.

Lorenzo: Aonde pensa que vai?

Valentina: Vou a minha empresa, depois almoçar, depois vou a uma loja de móveis planejados, logo em seguida a uma loja de decoração e se der tempo a uma galeria. Quando finalizar tudo vou a uma balada comemorar.

Lorenzo: Uma balada sozinha Valentina?

Valentina: O Souza vai me acompanhar pai, só quero dançar, nada de mais. Quer ir comigo?

Lorenzo: Não ia em balada nem quando era novo, quem dirá agora.

Valentina: Então meu velho, não sabe o que perdeu. Me deixe ser feliz pai, sabe que sou responsável!

Beijo o meu pai e escuto as suas milhões de recomendações.

Alice: Lorenzo, tá bom.

Lorenzo: Anjo, a nossa princesa é muito inocente.

Valentina: Vou ser sempre a sua princesa pai.

Lorenzo: Valentina sai apressada. Mando mensagens para o Souza não tirar os olhos dela

Valentina: Souza está de óculos escuro, não faço ideia de para onde ele está olhando. É um homem sério e isso o deixa terrivelmente sexy. Balanço a minha cabeça em sinal de negação, não faço ideia da onde estou com a cabeça, para ter um pensamento desses. Entro no carro, e fico encarando o Souza, ele tem algumas manias e parece que vive sobre pressão e estresse.

Souza...

Souza: Senhorita Valentina, posso ajudar?

Valentina: Se vai ser a minha sombra, acha que faria mal sermos amigos?

Souza: Não seria apropriado senhorita. A tratarei de modo respeitoso, exatamente como um funcionário trata uma patroa.

Valentina: Suspiro frustrada, terei um dia agitado e com o Souza em silêncio, será uma tortura.

Tudo bem, obrigada Souza.

Souza: Valentina fica encarando a paisagem, observo ela atentamente durante o trajeto. Meu celular desperta e mando mensagem para Miriam.

Não vai se repetir.

Valentina: O quê?

Souza: Esqueci de colocar o celular no silêncio senhorita Valentina.

Valentina: Não me incomoda Souza, é o meu guarda-costas, mas sei que tem vida pessoal e família. Não precisa deixar o celular no silêncio.

Souza: Chegamos a empresa e uma equipe chega logo em seguida. Valentina começa a dizer como quer tudo, mostrando rabiscos. As pessoas parecem falar a língua dela e agem como se estivessem entendendo tudo.

Valentina: Consigo resolver quase tudo, a minha mãe já está cuidando da contratação dos funcionários que vão atuar na empresa e consigo fechar os móveis planejados com um prazo maravilhoso. São tantos detalhes que fico louca e só paro para almoçar.

Vamos comer?

Souza: Senhorita Valentina...

Valentina: Paro e interrompo o Souza.

É um almoço, uma refeição que vamos fazer no mesmo espaço. Se isso é porque te ataquei, não vai se repetir Souza. Se quer ser tratado como um funcionário é assim que trato os meus funcionários.

Souza: Vamos almoçar.

Valentina: Obrigada!

Entramos num restaurante local, Souza está desconfortável. Ele entra mudo e sai calado do restaurante. Seguimos até loja de decoração e faço as minhas compras. Vou até uma galeria de artes e não gosto de nada, ligo para Ana e pergunto se ela pode me ajudar. Ela anota tudo que quero e me dá um prazo maravilhoso para mandar os quadros para empresa. Termino tudo e sigo até uma boate muito tranquila que já fui algumas vezes. Me sento no bar e peço um drink, um garçon fala com o que está me atendendo e ele começa a preparar um drink diferente do que eu pedi.

Garçon: Ele drink foi um cavalheiro que pediu para preparar. É diferente do que temos no cardápio e ele acredita que vai gostar.

Valentina: Não quero, obrigada. Vou ficar com o que pedi.

Prometi ao meu pai que não aceitaria nenhuma bebida de estranhos e vou cumprir. O meu drink fica pronto, bebo dois goles e vou dançar um pouco. Danço até cansar, o Souza não deixa ninguém se aproximar e me divirto sozinha.

Souza: Valentina tem uma sensualidade que duvido que tenha conhecimento. Ela se movimenta de vagar com os olhos fechados seguindo o ritmo da música, sem se importar com ninguém. Fico a ponto de matar um e não deixo ninguém se aproximar dela.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***