cap 7 Watanabe ou Suzuki?

Os dedos de Yumi, deslizavam sobre a tela amarela, com manchas. Uma palma maior que a dela estava posta sobre o desenho e também haviam gotas de humidade que estavam ao lado da mancha vermelha.

Os seus olhos tremiam, junto a mãos, os pelos dos braços se arrepiavam, quando um barulho a fez se virar rapidamente e viu.

Shin, na entrada, ele apoia-se na porta e a encara com um olhar frio. Algo que não era surpresa para ela, afinal, desde que se conheceram, ele mantinha aquele olhar posto nela.

Yumi, sentia que algo estava errado e isso ficou comprovado quando minutos depois, dentro da casa ele lançou um folheto sobre a mesa de centro.

O folheto era de pessoa desaparecida e tinha o nome escrito junto a uma foto de Yumi. Shin, cruzou os braços parecendo esperar uma explicação por parte da adolescente que pegou o papel.

— Agora estou a esperar uma explicação, por quê mentiu pequena?_ ele perguntou em tom sério.

- Eu não menti_ respondeu a encará-lo nos olhos.

Shin, franziu a testa.

— Tem certeza, porque aí está escrito o seu nome, à e também tem uma foto.

Yumi, balança a cabeça.

— É verdade que sou eu mais…

— Mais_ juntou os dedos das mãos_ é bom que me dê um motivo para ter escolhido este lugar e justamente por estar a usar outro nome.

— Ugh!_ depositou a folha na mesa ainda a manter postura reta_ a verdade, a verdade é que eu gostei dessa casa desde o instante que eu a vi.

Shin, ficou confuso do nada ela não parou de falar da casa que ele morava ser um lugar encantador para ela. Não sabia se ela estava a mentir, porém, os olhos da jovem brilhavam quando ela falava da propriedade.

Ela estava a tratar de enrola-lo ou só queria mesmo engana-lo o fazendo querer lhe dar um voto de confiança a ela. Ela poderia dar-lhe uma facada nas costas se ele não tomasse cuidado.

— E sobre o meu nome, eu não menti_ terminou a mudar o assunto, fechou os punhos_ se quiser pode ver no registro familiar o meu nome não é Watanabe e sim Suzuki.

— Isso não é o que a sua mãe contou para o grupo de investidores do grupo de pessoas sobrenaturais.

Yumi, suspira e olhando para os lados parecia pensar em alguma coisa.

— Ah! _ mexeu os lábios _ então, tenho uma pergunta. O senhor faz parte do grupo especial não é?

— Bom eu treino os novatos, ajudo nas missões e faço mais algumas coisas.

— Então o senhor sabe como funciona a organização, certo?_ ele encolheu os ombros em reposta _ nesse caso deve saber o que significa fazer uma denúncia de desaparecimento na organização, não é mesmo?

A pequena era inteligente, pensou Shin, a apertar os dedos que estavam entrelaçados. Em casos de desaparecimento era natural os pais irem à delegacia de polícia. Mas nesse caso eles foram direto a organização sobrenatural.

Não que eles não procurassem por pessoas desaparecidas. Óbvio que eles faziam este trabalho, contudo, não eram vivos e sim mortos que eles procuravam. Na lei deles, quando um desaparecia era caso de ter virado um traidor ou simplesmente a pessoa acabou morta em algum trabalho, ou desafio de se provar ser forte.

Shin, sabia disso. E ao escutar as perguntas da jovem, isso lhe abriu os olhos a ver que a mãe dela não fez o documento para procurar a filha. A mulher só queria saber se encontraram o corpo da garota.