XIII

Gardenzio, agora no corpo de Hans, fica admirado com esse efeito do remédio. Para se testar o quanto ele é outra pessoa agora, o homem concentra-se para tentar lembrar de algo que aquele corpo viveu... e lembra algo que só Hans sabia!

Era uma memória sexual. O envolvimento entre Hans e sua filha mais nova, Lundy. Gardenzio teve que interromper esse momento de concentração ao ouvir:

Amor, a Ida ainda não chegou, vai ter que buscar a Lundy. Era a esposa de Hans falando com o marido, ou algo assim.

Gardenzio percebeu que seria ruim ficar fora de si por tanto tempo e largou Hans no banheiro. Rapidamente conseguiu se desfazer do corpo e a alma de Hans retornou ao corpo original. O homem que tinha tomado a pílula ficou observando para ver qual seria a reação do seu melhor amigo, aproveitando-se do modo fantasminha e Hans apenas parecia confuso. Não sabe o que viveu enquanto esteve fora do próprio corpo.

Aliviado por isso, Gardenzio voltou para sua casa e tentou voltar para seu corpo... e conseguiu com sucesso.

Amor, que sono pesado. Já te chamei três vezes. Shara entrou no quarto e lhe deu uma bronca.

Desculpa, foi... o remédio novo que o doutor passou. Eu vou lá buscar a Lundy, certo? Gardenzio respondeu como se ainda fosse Hans e nem se deu conta.

Vai buscar a filha do vizinho, amor? Geralmente é a irmã dela que vai ou então o pai dela. A esposa expõe a confusão daquela frase.

Amor, não... eu quero dizer a Scarlett, desculpa. Melhor eu ir logo. E levantou-se para sair antes que se complicasse mais.

Shara o obrigou a lavar o rosto antes de sair e assim ele fez e finalmente foi dirigir para a escola, para buscar sua filha caçula. E logo veio em mente que teria que lidar com o tema incesto.

Gardenzio sentia-se acabado. Tentara de tudo e nada funcionou. Ele concluiu que isso tudo estava acontecendo porque não era ele que precisava de alguma coisa, mas talvez Scarlett. Resolveu que teria a conversa a partir disso.

Já Scarlett estava confiante que seu pai não lhe escaparia. Ela ficou o aguardando e não demorou muito até que ele chegou. Estava parado na parte de trás do colégio. Foi até lá saltitante.

Era a hora da verdade e não havia mais o que acontecer que não fosse conversar sobre aquele envolvimento moralmente errado. Scarlett entra no carro e Gardenzio a observa. Os dois trocam boa tarde e finalmente tem início aquela conversa que mais parecia uma disputa:

Filha... eu pensei, isso que você quer é muito errado... que tal buscar ajuda? Gardenzio segue seu script.

Como assim ajuda? Pai, na ilha Paradise isso é muito comum. Pode ser errado em outro lugar, mas aqui? Scarlett argumenta.

Só que esse tipo de relação é egoísta, não podemos nem ter crianças, porque viriam deformados ou já sem vida ao mundo. O homem apela até para a biologia.

Não precisamos ter nossas crianças, eu vou sempre ser sua criança. Ela o seduz.

Você não é fácil, sabia? O pai vai se rendendo.

Para o meu papai eu sou. Com um sotaque sexy a jovem responde.

Gardenzio coloca as mãos sobre o volante do carro e abaixa a cabeça para evitar olhar para sua filha e para que ela não veja seu rosto. Scarlett fica sorridente e começa a se mover. O balanço do carro faz o homem olhar e ele vê... a garota tirou toda a parte de cima de sua roupa, está com os pequeninos seios à mostra.

Eu sou virgem, mas sei que carinho aqui é bom... Scarlett mostra determinação.

Eu desisto. Iremos viver esse romance, mas terá regras... Gardenzio se rende e fala olhando para os olhos dela... depois concentra seu olhar naqueles mamilos rosinhas.

E eles tiveram a primeira experiência de incesto. O homem se abaixou e começou a chupar os seios da sua filha ali, na parte de trás do colégio onde ela faz o primeiro ano, com o risco de outras pessoas verem. Ela geme gostoso, nunca havia sentido algo tão bom... depois de dar carinho nos dois mamilos ele para e fala:

Agora se veste... essas regras vão ficar para outro dia. Sua ideia é ganhar tempo para pensar melhor nesse romance, contudo é inegável que gostou do que aconteceu.

Scarlett obedece e coloca a camisa da farda e Gardenzio volta a dirigir para a mansão onde eles moram. O Mazda já estava ali, então as outras filhas também já haviam chegado. Aproveitando-se disso o homem fala:

Só falaremos de novo desse assunto quando estivermos a sós tá. Juízo. Foi a maneira dele pedir sigilo.

A jovem só sorriu e saiu do carro... foi direto ao banheiro e se aliviou sozinha. O homem foi para o quarto e mandou uma mensagem para o homem que lhe deu aquelas pílulas incríveis: Amanhã de manhã preciso que passe aqui.

Gardenzio não queria ir até a praia de nudismo novamente e ainda precisava saber mais sobre aquelas pílulas. Ainda não estava claro exatamente como aquilo funcionava, os limites e principalmente os efeitos colaterais. A única coisa que ficou clara foi a leve confusão, tanto para quem ingere o remédio como para o dono do corpo invadido.

E, seja como for, tudo que Gardenzio tentou para não viver nada incestuoso falhou... então era o momento de explorar outras possibilidades com esse potente remédio e, quem sabe, parar por aí com essa loucura de ter um romance com a própria filha.

Cansado por tudo de diferente que viveu naquele dia, o homem foi dormir sem nem sequer ver a resposta de Trent. Scarlett conversou com sua melhor amiga quanto ao ocorrido por mensagem e ambas estavam animadas com o progresso da relação.

Na manhã do dia seguinte foi a vez de Gardenzio sugerir a troca de turnos com Shara, por conta da visita de seu amigo e ela aceitou. Poucos minutos depois todas as garotas saíram e nesse meio tempo o Doutor Trent chegou para ter a conversa com o dono da mansão.

Os dois trocaram aquele aperto de mãos e foram para a sala. Gardenzio serviu whisky para ambos e logo falou:

Esse remédio é insano. Quero saber tudo sobre ele. E estava determinado em conhecer mais sobre aquela pílula que o fez viver temporariamente fora de seu próprio corpo.

Trent fica em silêncio, pensativo se realmente deve expor tudo ou não.

Continua...

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