XX

Gardenzio descobre que Trent estava se beneficiando de uma droga para fazer com que ele vivesse um romance com a própria filha. E vai saber o que mais ele tem feito ao longo dos anos com outras famílias. Quanto mais pensava nisso com mais raiva ficava.

O homem estava tão sedento por vingança que nem estava pensando direito. Estava se preparando para sair e confrontá-lo no hospital, contudo uma ligação interrompeu seus movimentos. Era Hans, que notando seu amigo nervoso, pediu que se encontrassem na frente de sua casa.

E assim eles fizeram. Gardenzio e Hans trocaram aperto de mão para então começarem a conversa:

O que tá rolando, porra? Você não é assim. O loiro fala.

O que eu descobri... cara... hoje vou matar alguém. Era um pensamento inevitável.

Quem? Hans ficou surpreso com aquela afirmação.

O cara que tá fazendo todo mundo de marionete, Trent! Gardenzio afirma com convicção.

E como vai fazer isso? Aqui na ilha Paradise não tem armas. O amigo lembrou um ponto importante.

Eu não vou precisar de armas. Estou tão puto que minha força será suficiente. E ele sai.

Espera. Por que não chamá-lo para vir pra cá? Assim, pelo menos, ficará longe de encrenca e de quem tentará te impedir, ora porra. O loiro mostra sensatez mesmo com essa má atitude.

Então Gardenzio percebe que, no hospital, a chance de conseguir efetivamente matar Trent era pequena, porque outras pessoas iriam tentar impedi-lo. Sabendo que o doutor fica até meia noite no hospital, o homem foi pra casa e mandou uma mensagem: Doutor, preciso de um remédio daquele com urgência. Pode vir deixar aqui em casa?

Minutos depois, Trent responde com a seguinte mensagem:

Claro, meu irmão. Meia noite e meia estarei aí.

Gardenzio deu um sorriso ao ver a mensagem e pediu para sua família dormir cedo. Deu meia noite no relógio e o homem ficou sentado na grama do jardim, aguardando o doutor chegar. E quase na hora combinada lá vinha Trent, a pé. O dono da mansão acenou e ele acenou de volta. Os dois ficaram literalmente no meio da rua.

Achou que ia fazer tudo que faz e nunca ia dar nada, não é? Gardenzio começa furioso.

Gardenzio? Meu bom, o que tá... Antes que Trent pudesse terminar de falar já foi levando um soco que o fez cair no chão.

O doutor nem havia terminado de se recuperar, enquanto arrumava seu queixo já foi levando um soco do outro lado do rosto. Hans chega gritando:

Ei, porra. Faz isso não! Espera aí. E segurou o amigo.

Eu vou matar esse... Não falou, porém deu um chute na barriga que o deixou em posição fetal.

Hans continuou segurando Gardenzio até que ele se acalmasse. Só então Trent conseguiu se levantar e disse:

Eu não tô entendendo nada. Parecia confuso.

Eu vou te explicar... Cerrando os punhos, o dono da mansão falou expondo todo seu ódio.

Gardenzio, espera, caralho. Eu sou o responsável por isso. Hans faz uma revelação que deixa todos em choque.

É uma grande reviravolta e o loiro trata de explicar:

Eu consegui fazer essa droga e estava entrando no corpo de Trent para te usar. Eu não nego. Somos criminosos, somos bandidos! Você estava ficando mole e eu precisava fazer alguma coisa nessa merda. Na cabeça dele foi suficiente.

Tá me dizendo que Trent era inocente todo esse tempo? Que era você dentro dele? Achei que ele fosse imune ao remédio. Gardenzio relembra do que ele o doutor havia dito.

Eu o fiz dizer isso para te impedir de entrar nele. Se tivesse tentado ia ver que dá certo com todo mundo. Eu menti algumas vezes, no fim tive sorte que você não teve curiosidade para acessar toda a minha memória. Hans revela, todavia sem remorso.

Gardenzio fica embasbacado. Senta-se no asfalto gelado e coloca as duas mãos na cabeça, cobrindo parcialmente o rosto, sem acreditar que isso estava acontecendo. É a vez do doutor falar:

Essa pancada toda doeu. Agora alguém pode explicar pra mim o que tá acontecendo? Trent estava desorientado.

Eu explico. Hans fala para o médico e depois para seu melhor amigo: Podemos por favor esquecer tudo isso e viver normalmente? Vou continuar te fornecendo a droga e você usa se quiser ou não. Eu produzo nos finais de semana, por isso é uma quantidade praticamente infinita. E aguarda um sinal positivo de seu vizinho.

Porra. Tá beleza. Só não invade mais ninguém da minha família, tá? Deixa a gente viver por conta própria e se você falhar nisso eu vou saber e não terá perdão. Gardenzio falou e voltou para casa. Foi direto dormir. Era muita informação para sua cabeça.

Hans levou Trent para casa e explicou ao seu modo o que estava acontecendo para o falso doutor e pediu sigilo sobre tudo, especialmenten no que havia acontecido naquela noite e sobre a existência de tal droga. O doutor negou-se, mesmo com o loiro oferecendo propina e presentes, o médico queria revelar tudo aquilo para todo o mundo e o fabricante daquela droga se viu sem outra alternativa que não fosse matar Trent. Para isso ele usou as próprias mãos e conseguiu enforcá-lo e depois o enterrou em seu quintal. E mais uma vez deu a sorte de todos esses fatos ficarem no oculto, ninguém viu nada. Gardenzio também nunca mais procurou Trent e ninguém mais o procurou, porque não tinha família naquele lugar.

Os dias foram passando e os dois melhores amigos, Gardenzio e Hans, ficaram um tempo sem contato. Só depois de um mês que os dois retomaram a amizade que tinha. Gardenzio continuava vivendo seu harém incestuoso e Hans seguia aprontando aventuras em Paradise Island por meio de invasões graças ao efeito da droga. De vez em quando o dono da mansão também tomava aquele remédio e vivia aventuras, tanto de modo oculto como por meio do corpo de outra pessoa.

E assim seguia-se a vida na Ilha Paradise, também conhecida como a Ilha do Prazer... no fim das contas até há habitantes safados, porém são forças ocultas que trazem ainda mais luxúria para esse lugar.

Fim.

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