Capítulo 20

Ao sair do escritório do meu pai, fui perguntar o que tinha acontecido com a duquesa, e a criada que contratei há anos me disse que ela não saía do quarto há muito tempo e não deixava ninguém entrar... Pergunto-me como ela estará agora... Depois disso,

dirigi-me à minha estufa. Ao entrar, vi as flores mais lindas que já vi, tão brilhantes que, ao vê-las, comecei a liberar magia para que pudessem se alimentar.

Irei e recusarei o compromisso e, além disso, aproveitarei para ver em que parte da história estou. Não penso em ser a vilã desta história...

(No dia seguinte)

- Já estou pronta, Sara, vamos - disse.

- Sim, senhorita, mas não pense em cobrir seu cabelo - disse ela, referindo-se ao meu cabelo roxo.

- Não, não farei - disse. - Não me casarei com aquele príncipe porque seria obrigada a fazê-lo.

- Como a senhorita desejar - disse ela.

Assim, saímos em direção à saída da mansão para poder subir na carruagem que nos levaria ao palácio...

Ao entrar, pude ver muitas coisas luxuosas, coisa que só se podia esperar do palácio.

Ao descer da carruagem, um soldado se aproximou de nós e nos conduziu à sala do trono, onde teria uma audiência com o imperador.

- Entre, por favor, senhorita. O imperador já a aguarda - disse um mordomo que estava em frente a uma grande porta.

- Obrigada - disse.

Então, vi como a porta se abria, revelando um enorme trono e um tapete vermelho. Assim que coloquei os pés lá dentro, as portas começaram a se fechar, deixando-me sozinha com o imperador e a imperatriz, que estava ao seu lado.

- Saudações ao sol deste império e à lua deste império - disse, fazendo uma reverência diante dos dois.

- É um prazer conhecer a senhorita Dennis - disse a imperatriz.

- Então você é a famosa Dennis, filha prodígio da família Farent - disse o imperador. - Aproxime-se.

- Não sabia que era tão famosa a ponto de chegar aos ouvidos do imperador - disse, aproximando-me.

- Bem, nosso filho, o príncipe, nos falou muito de você, sem mencionar o acidente há cinco anos e que você estuda na academia mais exclusiva de todos os impérios - disse a imperatriz.

- Bem, isso não importa... Só quero ir direto ao ponto desta reunião - disse. - Claro, se me permitem.

- Claro... Senhorita, certamente seu pai, o duque, já lhe contou sobre um compromisso com meu filho - disse o imperador.

- Sim.

- Bem, queríamos saber sua opinião sobre o assunto - disse a imperatriz. - Tenha certeza de que, se aceitar, terá o título de princesa herdeira.

- É algo que não me importa. Vim aqui apenas para dizer-lhes que, com todo o respeito, recuso o compromisso com o príncipe - disse. - Talvez fôssemos amigos há muitos anos, mas não somos mais, e a última coisa que quero é ter um compromisso e um casamento com ele.

- É assim então? - disse o imperador, surpreso.

- Sim.

Vi como os imperadores pareciam um tanto surpresos.

- Bem, senhorita Dennis, se essa é sua decisão, tudo bem, mas também deve saber que sua família e a família imperial têm um acordo - disse o imperador com seriedade.

- Não compreendo, Imperador. Pode me explicar a que se refere? - perguntei.

- Então seu pai não lhe disse que sua família deve um favor à família imperial? - disse ele, olhando-me fixamente.

- Não queremos obrigá-la, mas podemos pedir que se comprometam por cinco meses e, se nesses cinco meses não sentir nada pelo príncipe, poderá romper o compromisso - disse a imperatriz.

- ... Vou pensar no assunto. Espero que me concedam um dia para poder pensar - disse. Por que meu pai não me contou nada?

- Não há nada em que pensar, mas lhe daremos esse dia - disse a imperatriz novamente. - Aguardamos sua resposta.

Que resposta, se me colocaram entre a espada e a parede? Pedi esse dia para poder assimilar o que está por vir.

- Se não há mais nada, eu me retiro - disse. Fiz uma reverência e me virei, toquei a campainha duas vezes e abriram, saí de lá.

- Maldição! Se eu soubesse disso, teria vindo preparada!... Maldito príncipe!!! Para que me quer se já vai se apaixonar pela protagonista? - comecei a gritar quando saí da sala do trono, certificando-me de que não havia ninguém por perto que pudesse me ouvir, mas nem isso adiantou porque havia alguém ali.

- Por que uma senhorita estaria aqui gritando sozinha? Aconteceu algo, senhorita? - disse um homem de cabelo branco e mais alto do que eu, não muita diferença, mas enfim, havia.

- Não lhe diz respeito. Só estou desabafando, é tudo - disse friamente.

- Parece que não lhe agradou - disse ele com um sorriso. Agora que penso nisso, ele se parece com alguém que já vi antes.

- Bem, não o conheço, então não sei que tipo de pessoa você é para poder me agradar - disse, olhando para ele.

- Hmm, tem razão, mas talvez você não me conheça, mas talvez eu a conheça - disse ele com um sorriso.

- A que se refere? Olha, não estou para brincadeiras, então, com licença, vou indo - disse, tentando ir embora.

- Bem, isso não é uma brincadeira... Espero vê-la novamente, senhorita - disse ele, aproximando seu rosto do meu.

- Não acredito - tão rápido quanto disse isso, saí correndo. Quem diabos era ele? Por que parece que ele me conhecia e por que meu coração está acelerado e a marca no meu pescoço começou a doer?

Não importa agora, o importante é sair daqui sem encontrar o bendito príncipe.

- Dennis!

- Mas o quê...?

- Finalmente te encontrei, Dennis! Senti tanto a sua falta, você não faz ideia - disse o príncipe, parado na minha frente.

- Que pena que não sinto o mesmo por você - disse com uma voz fria e olhando-o com um olhar igualmente frio.

- Bem, eu... em breve estaremos prometidos, então é melhor nos darmos bem, não acha? - disse ele, aproximando-se de mim.

- Nem pense nisso. Farei todo o possível para romper o compromisso, se ele acontecer - disse.

- ... Por que está ressentida comigo? Diga-me e farei todo o possível para remediar - disse ele.

- É algo que não posso dizer, mas o que você fez foi muito ruim - disse. Agora eu disse com a suspeita e o pensamento de que foi ele quem fez isso comigo.

- Eu...

Não o deixei terminar porque comecei a andar de novo, agora mais perto da carruagem que me trouxe ao palácio.

O que diabos farei com esse compromisso? Como vou rompê-lo?... É mais fácil esperar cinco meses e romper o compromisso, mas tenho certeza de que Alice já está aqui... Não mencionei antes, mas aquele homem de cabelo branco era nada mais, nada menos que o imperador do Reino de Roussel, o cara que se apaixona por Alice e declara guerra em nome dela. Isso só significa que ela já está aqui e não preciso esperar muito tempo para que esses três se conheçam...

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