Enquanto meu pai não se intrometer no que vou fazer, vou ignorá-lo, mas quem eu não vou ignorar é a Rebeca e as empregadas, como esquecê-las?
- Senhorita, o que o seu pai lhe disse? pergunta Sara
- Não é nada, Sara, vamos continuar com o trabalho. Recentemente, temos dedicado nosso tempo a um novo projeto, já conseguimos venenos e curas, também consigo controlar meus poderes, mas agora acabei de descobrir que há milhares de anos houve uma profecia sobre uma batalha das mais poderosas que já existiu, onde o bem e o mal, a luz e as trevas lutaram.
Onde o bem foi declarado vencedor, mas assim que o vencedor foi anunciado, as catástrofes começaram, pondo fim à era de glória do antigo império.
Esta é a profecia de que falo no romance, a qual não se cumpriu... mas ao investigar mais e lembrar do romance...
Supõe-se que quem lutaria contra o mal seria Alice, a protagonista do romance...
mas se a profecia se cumprisse... quem é a deusa do mal... e quem é a deusa do bem?
É isso que me mantém ocupada, claro, e outras coisas mais, como os chás da tarde para os quais às vezes sou convidada e onde a única coisa que falam é de vestidos, classe e riqueza, eles se acham tão superiores...
(toc toc)
- Pode entrar...
- Senhorita, trouxeram este convite do palácio. diz Sara
- Ah, e o que é? Você já leu? perguntei pegando o convite em minhas mãos
- Não li, senhorita, mas ouvi dizer que é um baile, o convite chegou para os duques e para a segunda senhorita da casa. diz Sara
Abri-o com cuidado e comecei a ler: "Convidamos cordialmente a senhorita Dennis Farent Willson para o aniversário de 18 anos do nosso príncipe herdeiro, Ciril Danés Parak... uma festa que acontecerá no palácio com o tema reis mascarados, onde haverá convidados não só deste império, mas também do império vizinho."
- O que diz, senhorita? pergunta Sara com curiosidade
- Diz que haverá um baile em homenagem aos 18 anos do príncipe e que é um baile de máscaras... interessante, mas eu não vou... Diga ao meu pai que eu não vou comparecer. digo, não vai me servir de nada ir a um baile, muito menos se for daquele príncipe
- Sim senhorita. vejo Sara sair do quarto
É melhor ficar em casa e me preparar para a vingança... vamos ver qual é a fraqueza da Rebeca, seus vestidos, suas joias ou talvez seu rosto e seu corpo...
Acho que já sei por onde começar...
(toc toc)
- Pode entrar...
Vejo Sara entrar, fechando a porta atrás dela.
- O que foi, Sara? Eu não disse para você dizer ao meu pai que eu não iria? eu disse enquanto a observava
- Sim, eu disse a ele, senhorita, mas ele disse que quer vê-la e que a espera em seu escritório. diz Sara
- Você sabe por quê? perguntei sem nenhuma curiosidade, eu sabia que isso iria acontecer
- Acho que é sobre o baile... quando eu disse a ele, ele não gostou nada da ideia. diz Sara
- Bem, vamos lá. eu disse
E assim fomos para o escritório do meu pai, bati na porta duas vezes e entrei sozinha, Sara ficou do lado de fora me esperando.
(no escritório)
- Você queria me ver, duque? perguntei enquanto meu olhar era neutro
- Dennis, que história é essa de que você não quer ir ao baile? diz o duque, que me olha com um olhar de pura seriedade... e não de raiva
- Bem, pai, não me parece nada interessante ir ao baile do meu assediador. digo, pois todos já sabem que o príncipe não para de me procurar
- Mas esta é uma oportunidade de você se abrir para a sociedade... Dennis, eu sei que você começou a sair mais, mas isso é só da sua residência para a floresta, também sei que você tem ido a diferentes chás da tarde. ele diz enquanto se levanta Mas esta ocasião será maior e mais benéfica.
- Bem, duque, já que o senhor insiste tanto que eu vá... por que não... proponho um acordo. digo, esta é a minha chance, há muito tempo que quero pedir isso, mas não tive a oportunidade
- Tudo bem, diga-me o que você quer. ele diz, me olhando com uma cara de quem parece mais esperto do que eu
- Bem, eu gostaria que o senhor contratasse um professor de defesa pessoal e de espada, ah, e que dentro de dois meses o senhor me mandasse para a academia de magos lá no império vizinho... eu disse sem esperar mais, eu sei o que quero, então não tenho porque hesitar
- Mas isso...
- Se o senhor quer tanto que eu vá a essa festa maldita, cumpra com o que eu peço e assunto resolvido. eu disse olhando em seus olhos
- ... Você sabe jogar bem suas cartas... igualzinha à sua mãe... Tudo bem, eu farei isso. diz o duque
- Ótimo. eu disse dando um sorriso astuto
- Vá à cidade buscar um vestido novo, encomende tudo o que quiser e coloque na conta do Duque Farent. meu pai me diz, nunca pensei que meu pai seria tão benevolente
- Tudo bem... eu vou com a Sara... com sua permissão, eu me retiro, duque. e assim eu fui, pensei que conseguiria o que queria ficando em casa, mas parece que não, embora, afinal, eu tenha conseguido algo que queria
Depois de um tempo, eu me arrumei com a Sara para podermos ir à cidade, ao sair da mansão, encontrei duas carruagens, uma era minha e a outra era da minha irmãzinha Rebeca...
- Irmã mais velha... você também vai à cidade? ela diz se aproximando de mim com um sorriso mais forçado
- Vou sim... eu disse com uma voz séria
- Quer que eu te leve? Podemos ir juntas. ela diz com gentileza
- Não, obrigada, eu tenho a minha própria carruagem... além disso, espero não dar de cara com você em nenhuma loja. digo com certa irritação
- Claro que não vai, eu só vou a lojas exclusivas. ela diz com arrogância Afinal, papai sempre me dá mais.
- Claro, como queira... irmã mais nova. eu disse a última parte com irritação
Fui embora, não ia aguentar mais um segundo com ela, então subi na carruagem junto com a Sara, que estava ao meu lado.
(na cidade)
Ao chegar na cidade, vi muita gente de um lado para o outro, estava mais movimentado do que da última vez que vim, então decidimos deixar a carruagem e ir andando.
Colocamos algumas capas para passar despercebidas e nos misturarmos com os outros, eu não me importo com os camponeses ou plebeus, somos todos iguais, a única diferença é que nascemos em diferentes tipos de conforto...
Enquanto continuávamos andando, esbarrei em alguém que também usava capa.
- Olha por onde anda... eu disse, a pessoa apenas olhou para mim e se virou Idiota...
E assim seguimos nosso caminho até chegar a uma área que era só de vestidos e acessórios, havia várias lojas, desde pequenas até grandes, algumas lojas famosas, mas outras não.
- Senhorita, para qual loja iremos? pergunta Sara
- Olho para cada uma das lojas, cada loja tem um mostruário de suas peças e, ao passar os olhos por cada uma, nenhuma me chamou a atenção até que vi uma loja pequena com lindos vestidos.
- Vamos entrar ali, Sara. eu disse, indo em direção à entrada da loja.
- A loja não parece muito pequena, senhorita? diz Sara
- Bem, não importa o que está do lado de fora, o que importa é o que está do lado de dentro... venha. E assim, puxei o braço de Sara e entramos, fomos recebidas por vários vestidos lindos de várias cores, tons, bordados e rendas.
- Bem-vindas, senhoritas. diz uma senhorita de não mais de 27 anos, com um lenço cobrindo metade do rosto.
- Bom dia. eu disse
- O que as senhoritas desejam? Têm algum pedido a fazer? ela diz
- Eu queria saber se os vestidos aqui são feitos pela senhora. eu disse
- Claro, senhorita, todos estes designs são meus. ela diz
- Bem... eu quero encomendar um vestido para um baile. eu disse me aproximando
- Sente-se e diga-me os detalhes do vestido que deseja e para que ocasião é. ela diz, enquanto pega um caderno de desenho.
- O vestido será para um baile de máscaras. comecei a descrever
- Diga-me como você o quer.
- Eu o quero nas cores azul e branco... assim passei a tarde conversando com a moça sobre o vestido
- Já tenho a imagem e o design, estará pronto em uns 5 dias, volte aqui na loja que nós lhe entregamos. diz a moça
- Farei isso, a propósito, qual é o seu nome? perguntei
- Meu nome é Clary, senhorita. ela diz A senhorita poderia me dizer o seu nome?
- Claro, eu sou Dennis Farent e esta é a Sara. eu disse, apontando para a Sara, que está ao meu lado.
- A senhorita é a Dennis, filha do primeiro duque do império? ela parecia um pouco surpresa
- Sou sim. não gosto de me apresentar com esse nome, mas é o código
- Perdoe a minha falta de respeito, senhorita, mas eu...
- Não se preocupe.
- O que uma senhorita tão refinada como a senhorita faz em uma loja humilde como esta? pergunta Clary
- Bem, eu vi seus lindos vestidos, então não me importei que fosse uma loja pequena.
- Obrigada, senhorita, pelo elogio.
- Não se preocupe, espero que ainda possa fazer o vestido para mim.
- Com muito prazer, senhorita.
- Bem... então embrulhe aqueles vestidos ali e eu os levarei. eu disse me levantando
- Tem certeza, senhorita? diz Clary
- Claro que sim, eu gostei deles, então não consegui resistir, coloque na conta do duque e mais tarde um guarda virá pagar. eu disse com naturalidade
- Sim, senhorita, farei isso imediatamente...
E assim Clary correu de um lado para o outro, pegando vestidos e colocando-os em sacolas...
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Atualizado até capítulo 87
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