Conversa com Sam.

Após chorarem a morte do Lion tem comemoração, pois falam que em pouco tempo foram eliminados cinco rivais forte que planejavam contra a base.

Nem parece que momentos atrás estavam sentidos com a morte de um soldado que para eles era importante, acredito se desconfiasse do que eu fiz, com certeza iria ser punida de alguma forma.

O Coronel nesse momento está feliz, bebendo e até mesmo contando piada, é como se uma grande ameaça estivesse sido neutralizada e que finalmente pudesse respirar aliviado.

Então no meio de tanta bebedeira e farra, encontro o momento perfeito para falar com o Sam, sem levantar suspeitas, saio de fininho e sigo em direto do consultório.

Não abro a boca assim que entro, faço gesto para a sala secreta e o Sam me acompanha de bom grado.

Já sabendo que precisar responder as minhas perguntas.

- Ava sei que você está muito curiosa, em relação ao que me perguntou da última vez que conversamos.

-Aquilo o coronel já me respondeu, quero saber por que ninguém na base sabe que o velho é seu avô? E até mesmo você não o trata com carinho e respeito como uma família deveria se trata, tipo nunca tive uma família porém imaginava uma relação totalmente diferente da que vocês têm, até parece que ele te odeia.

-Minha família toda é voltada para postos militares, tanto família materna como paterna, todos morreram em favor da pátria, porém eu não quis isso para minha vida, preferi virar um médico depois cientista, meu avô nunca gostou dessa decisão minha e tipo que menospreza as minhas habilidades, mesmo elas dando a compatível para seu exército.

-Ele te ameaça?

-Ele ameaça desde que cheguei aqui, chegou até mesmo a matar um cientista da minha equipe, tenho pessoas que considero uma família e tenho também uma namorada e seus avós, estou preso na base Ava minha equipe conseguiu voltar para casa se eu me comportar e fazer tudo o que o coronel quer todos ficarão bem.

 -Um avô que não tem consideração pelo neto que trágico.

-Ele só pensa em posição, tem o general um chefão que não vêm aqui onde acontecem as torturas e treinamentos dos agentes ou soldados como preferir os chamar, ele ganha os méritos pelas missões de vocês é o meu avô quer esse mérito.

Balanço a cabeça concordando com o que ele está falando.

-Por que o coronel pediu que Lion matasse a Ayla? Por que eles suspeitaram que você pudesse ter ajudado ela a ter acesso a essa pasta? com as informações de Poliana Soares.

-Poliana Soares é alguém de suma importância para a base se a identidade dela vier a tona muita coisa desastrosa podem acontecer, na verdade, um massacre.

-Então essa Poliana foi algum experimento que não deu certo?

-Ayla descobriu isso quando foi ao meu consultório e pegou a ficha, acredito que ela queria divulgar a notícia, porém foi pega e teve o seu fim, foi numa missão que não existia para Lion matar ela longe da base.

-Ai seu avô pensou que poderia está envolvido mandaram-te bater, quando descobriu que não tinha nada haver com o que Ayla fez te liberou, como se não tivesse acontecido nada.

- Ava como você sabe de tudo isso? Se o coronel descobre que você sabe disso vai querer te matar antes da hora.

-Sério? Como ele planeja fazer isso?

-Ele ainda está planejando junto com o comandante, sei que queira que te desse todas as informações de quem é Poliana Soares e a ligação dela com a base, mas precisa acreditar em mim, eles querem que eu fabrique uma bomba que quando explodir vai confundir os seus sentidos, não sei quando eles vão fazer isso, porém se já estão pedindo uma arma contra você não vai demorar de acontecer.

-Poderia simplesmente me deixar morrer.

-Você terá uma vida fora daqui Ava, só esperer, todos que eu amo vão esta seguros e não medirei esforços em te ajudar.

-Vai ajudar uma assassina?

-Todos aqui são, todos tem uma vida fora daqui para desfrutar menos você minha querida, quando você ler todas as informações longe daqui entenderá, agora volta para fora e tome cuidado para que ninguém te veja, no dia que a base comemorar a sua morte, será uma nova vida para você.

Saio da sala secreta e uso as minhas habilidades para observar se tem alguém próximo quando vejo que não tem ninguém saio e sento numa cadeira e fico olhando o local onde passei os últimos anos.

Só a ideia de sair por aí sem precisar reportar a ninguém, muito menos contar como foram todos os meus passos, não tinha percebido que esse lugar era a minha prisão até o Sam falar daquela forma, o único momento que saio daqui de dentro é para matar pessoas que eles me pedem.

Não terei serventia daqui para frente, pois depois que todos os nomes da lista forem mortos, eles não terão mais inimigos até as crianças foram mortas, para não ter vingança no futuro.

Pergunto quem das minhas versões pode ser mais sangue frio, eu com a vida de ladra e assassina indo para onde eu bem entendesse ou a compatível que mata sem saber exatamente quem são os seus alvos e o real motivo de suas mortes.

Foram poucos os que eu soube da sua vida e do que faziam as escondidas.

-No que tanto pensa?

-Oi Zian, não é nada só estava aqui admirando a base.

-Ta passando mal? Quer que eu te leve até o médico?

-Para de ser idiota.

-Só você mesmo para admirar o local onde ficamos confinados por tanto tempo, sem ter uma rotina normal como o restante das pessoas normais.

-Talvez seja pelo motivo de não ter uma rotina aqui, nunca fugi uma vez sequer daqui, para olhar a cidade eu sozinha, percebo agora que eu sou totalmente mecânica.

-Para eles você é algo muito valioso para sair por aí sem saber exatamente onde você está o que está fazendo e se isso pode expor quem você realmente é, o medo deles de dizer ao mundo que possui uma arma em forma de mulher, que é letal poderosa e pode destruir muitos homens bem treinados sozinha, eles não querem que todos saibam disso Ava, você é algo que deve ser mantido em segredo, é o triunfo deles.

Olho para Zian que está todo sério, falando com tanta convicção, se ele soubesse que essa arma que diz ser tão valiosa, está com os seus dias contado.

-Não me importo de ser uma arma que me usem para se livrar de seus inimigos, o pensamento que eu tinha é que ainda estou viva e que posso sentir a adrenalina no meu corpo enquanto luto para alcançar a minha meta.

Ficamos calados observando o pessoal voltando para seus quartos depois da comemoração.

-Nem parece que teve um velório. Zian fala com desgosto.

-Sim, pelo visto eles tem mais coisas para comemorar, do que ficar de luto por uma peça do seu xadrez. Falo com um sorriso zombeteiro, tinha pensado nisso, algumas horas atrás.

Os únicos que provavelmente devem está de luto, são os familiares, que nem mesmo podem enterrar o seu ente querido.

Pelo menos será menos um para poder lidar.

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