...ADAM MILLER 🛡...
Los Angeles
Atualmente...
Deixar as forças especiais nunca esteve nos meus planos. Mas, olhando para trás, sei que se não tivesse largado a carreira há dois anos, eu não estaria vivendo nada disso. Hoje tenho uma empresa de segurança bem-sucedida em Los Angeles, responsável por proteger celebridades e empresários de peso. Não sou milionário, mas tenho estabilidade. Tenho uma casa confortável, minha filha estuda na melhor escola da cidade e, no fim das contas, não posso reclamar.
Isadora. Sete anos. Minha filha, meu orgulho, meu mundo.
Ela nasceu de um relacionamento conturbado com Katherine, uma enfermeira do exército. Namoramos por alguns meses, mas assim que descobriu a gravidez, ela largou a carreira e, anos depois, largou também a própria filha. Há três anos, me entregou a guarda definitiva de Isadora, dizendo que a menina havia “estragado sua vida”. Nunca mais a vimos. Para minha sorte e para a sorte dela, Isa não sente falta da mãe.
Minha filha puxou tudo de mim: cabelos ruivos, olhos azuis e uma esperteza que às vezes me surpreende. Ela mora comigo e com a minha mãe, que cuida dela sempre que preciso me ausentar.
Ouço batidas na porta do meu escritório.
— Entre.
Minha secretária surge acompanhada de ninguém menos que Henrique Cooper, o dono da maior empresa de tecnologia do mundo.
— Sr. Henrique, bom dia!
— Bom dia, Miller. — a expressão dele é séria, quase sombria. — Estou precisando dos seus serviços com urgência. E preciso que você aceite.
— Por favor, sente-se. Espero que minha empresa esteja à altura do que o senhor busca.
Ele inspira fundo e apoia as mãos sobre a mesa.
— Minha filha, Chloe, assumiu o cargo de CEO há quase dois anos. Mas junto com o poder, vieram os inimigos. Na última semana, ela recebeu várias cartas de ameaça. E... — ele engole em seco — foi atacada recentemente.
— How! — solto, surpreso. — Senhor, minha empresa conta com os melhores guarda-costas. Posso indicar alguém de total confiança.
— Não quero ninguém. Quero você. — ergo a sobrancelha. Ele só pode estar brincando. — Por favor, Miller.
— Eu não posso aceitar. Mas posso enviar um dos meus homens, como disse.
Sem me dar tempo de recusar de vez, ele abre uma pasta e coloca várias cartas sobre a mesa. Pego a primeira. Meus dedos quase tremem. Vinte milhões ou a cabeça da garota.
— Sr. Henrique, por que não acionar a polícia?
— Continue lendo.
Viro mais páginas. Em uma das cartas, os criminosos são claros: se a polícia for envolvida, Chloe pagará o preço. Respiro fundo, encaro o homem à minha frente. Ele moveria céus e terras para proteger a filha, isso está estampado no rosto dele.
— A cliente sabe que terá um guarda-costas?
— Ainda não. Por favor, entre em contato assim que decidir.
Nos despedimos. Não posso aceitar algo desse nível sem antes conversar com minha mãe. Esse trabalho exige que eu more na casa da cliente até a ameaça passar.
Curioso, jogo o nome dela no Google. Chloe Cooper.
As fotos dela lotam a tela. Caralho... eu esperava encontrar uma menina mimada, mas o que vejo é uma mulher linda. Linda e perigosa de um jeito que não tem nada a ver com ameaças.
Os comentários sobre ela são divididos: alguns a chamam de arrogante, insuportável; outros, de genial, empoderada. Não sei quem está certo, mas sei que o velho Cooper não vai desistir enquanto eu não aceitar.
Meu celular vibra sobre a mesa.
📩 Caso aceite minha proposta, esteja amanhã às 7h30 na minha residência.
Respiro fundo. O preço é bom, mas não posso decidir sem pensar em Isadora. Esse trabalho muda nossa rotina inteira.
Chego em casa e minha filha vem correndo pela sala, os olhos azuis brilhando.
— Papai!
A pego no colo e beijo sua bochecha.
— Oi, princesa. Cadê a vovó?
— Tô aqui — minha mãe aparece.
— Mãe, podemos conversar?
Deixo Isa no chão e ela corre para terminar a lição de casa. Eu e minha mãe vamos para meu escritório. Fecho a porta.
Conto tudo a ela. As cartas. O pedido. A proposta.
— E então, mãe? O que a senhora acha?
Ela me encara firme, como sempre fez quando queria que eu tomasse juízo.
— Filho, você não pode recusar uma oferta só porque não gosta da cliente. Na vida, vamos lidar com gente difícil todos os dias. O importante é lembrar que você foi chamado para proteger, não para gostar.
— Eu sei. Mas dizem que ela é insuportável.
— Então que seja. Ela vai ter que entender que precisa de alguém. E você é esse alguém.
Fico em silêncio, pensando. Ela tem razão. Não posso escolher clientes por afinidade. Chloe Cooper pode ser uma mimada arrogante do caralho... mas é minha possível próxima missão.
E, pelo olhar desesperado do pai dela, talvez a missão mais perigosa da minha vida.
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Atualizado até capítulo 54
Comments
Paula Cristina
Alba Farias,eu tabom gosto de de história com fotos e também quando tem o nome da pessoa antes da conversa acho que fica melhor a identificação
2024-12-20
0
Alba Farias
gosto de ler história que tenha foto fica melhor eu tou Amando essa história mais a Autora podia colocar foto delas
2024-11-28
3
Claudia
mas, pq ele não gosta? nem conhece a moça, não entendi autora🤔🤔
2024-12-11
1