A Ilha Encantada
#Isac#
*Após os meus bisavós perdem as suas almas humanas numa guerra, vagaram anos pelo norte, com o seu filho, Nael. Selene teve compaixão de ambos, então criou uma ilha encantada, onde ela abrigou, não só os meus bisos e o meu avô, como também outros lobisomens que também perderam a alma. Quando a nossa espécie chegou a ilha era apenas plantas e animais. O clima era sempre o mesmo o ano todo, inverno e neve de um lado, primavera do outro. Os reinos foram divididos, onde metade escolheu viver do lado do inverno, enquanto o outro permaneceu na primavera. O meu nome é Isac, tenho 26 anos, sou totalmente preto, assim como os meus olhos, dizem que sou parecido com o meu biso, Alex. Sou um lobisomem sem alma humana, e todos na ilha são assim. Não existem humanos, ou nada que venham deles aquí! Não existe mais a divisão Beta, Ômega e Alfa, como antigamente. Agora somos apenas lobisomenss e o seu líder, não existe desigualdade no nosso reino. Sou o primeiro na linha de sucessão, enquanto os meus irmãos mais novos, Cris e Max, não se importam com os afazeres do reino. Ainda não tenho uma Luna, os meus pais dizem ser Selene quem a escolhe, então estou a esperar.*
#Lana#
*Após a minha família chegar na ilha, escolheram o inverno, e até hoje permanecemos assim. Infelizmente, a ganância do meu avô afastou o reino vizinho, hoje eles tentam uma aliança, mas, por enquanto somos proibidos de entrar lá. Sou Lana, tenho 19 anos, a caçula de três irmãs, Agár e Neila. Todos por aquí somos parecidos, lobisomenss brancos, cinzas e pouquíssimos grisalhos. Chega a ser chato ter que ver tantos iguais, queria poder ver alguém do outro lado, sempre vou à fronteira, na esperança de ver alguém, mas nunca vi. Sou uma loba branca, meus olhos são azuis, não são a maior loba da alcateia, mas também não sou a menor. Sou a mais fraca dentre as minhas irmãs, devido a minha frágil saúde. Como costumam dizer, sou o elo fraco da família, uma negociação está próxima, imagino que eu vá, pela primeira vez, no reino vizinho.*
— Iai pirralha? (Agár diz-me, entrando na minha toca.)
— Quem deixou você entrar? (Digo, realmente brava.)
— Sou sua futura líder, não preciso de autorização! (Agár sempre fazia isso...)
— Irei dizer a papai! (Eu tento tirá-la da minha toca.)
— Calma aí fedelha! Vamos comigo até a fronteira? (Agár chama-me, mas fico bem desconfiada, ela nunca me chama para nada.)
— O que você quer na fronteira? Se o nosso pai descobrir vamos apanhar até o verão chegar! (Eu digo, saindo da toca.)
— Até parece que eu não sei que você vai, diariamente! (Ela olha-me com olhar ameaçador.)
-Eu odeio-te, sabia disso? (Ela convence-me através das ameaças, então eu terei que ir.)
— Sabia... (Ela diz, gargalhando.)
— Já se perguntou como era morar em casas humanas, correr com duas patas? (Pergunto, adoro descobrir mais sobre o outro mundo, mas ninguém nunca me diz nada.)
— Não seja tola, Lana, não existe nada de bom em ficar presa! Sempre que vamos nas alcateias humanas é um desespero, a gente dorme ao relento, por que eles não têm toca! (Agár diz, irritada.)
— Os nossos antepassados viviam como eles! (Digo, ainda estou muito curiosa.)
— Corre! Quero chegar rápido... (Agár diz-me, correndo rápido, aproveitando-se do fato de eu não ser tão rápida quanto ela.)
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#Isac#
— Pai! Eu não acho justo... (Digo, completamente possesso.)
— Mas, filho, você ainda não tem ninguém, não custa conhecer a moça... É para o bem do povo!
— E se a minha companheira aparecer? Como vou rejeitá-la?
— Filho, você pode fazer um contrato nupcial, onde você só irá acasalar até ter o seu herdeiro, depois você pode ficar com a sua parceira!
— Você quer que eu a peça para largar a sua família, seus sonhos, para se tornar uma concubina?
— Filho... essa aliança irá evitar guerras futuras, garantir fartura para ambos os reinos!
— Eu sei pai, mas, precisa sacrificar a minha felicidade para isso?
— Filho... Só conhece a moça, a família, se você não gostar, acho outro jeito de formar a aliança!
— Vou dar-te essa oportunidade, mas saiba que estará matando a minha chance de ser feliz! (Digo, saiu para correr nas margens do rio, era meu lugar favorito.)
*Corro muito, pois isso me ajudava a espairecer, me sentia livre, já que na alcateia eu era o futuro líder. Mas na mata, eu era apenas eu, um insignificante pontinho preto em meio a tanto verde. Chego ao rio, finalmente, mergulho nele, lavando a minha alma, mas, não tirando o vazio que eu sentia por ainda não ter a minha companheira ao meu lado. A maioria dos lobisomens acham suas companheiras na adolescência, mas eu, já sou um adulto, estou quase assumindo a alcateia e até agora nada dela.*
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Atualizado até capítulo 24
Comments
Ane Camile
oi
2023-10-17
2
Maria Izabel
começando a ler ❤️
2023-10-13
1