Ataque

 Ágata acorda extremamente feliz, e vai até o rio antes mesmo dos seus carrascos acordarem. Ela se senta na margem do rio e aguarda Docinho chegar, e lá estava o seu amigo.

— Oi, Docinho! Como que tá meu garoto? (Ela diz acariciando seu pelo e se jogando em cima dele, que já estava deitado em seus pés.)

— Que menino sedentário você é! (Ela fala, ainda em cima dele.)

Tal qual não é a sua surpresa, quando ele se levanta com ela ainda em cima.

— Docinho, você vaie derrubar!!! (Ela grita na tentativa de fazê-lo parar.)

 Nael pula no rio, deixando Ágata com apenas metade do corpo submerso. Eles brincam bastante alí, até que ela percebe que se atrasaria, caso não fosse embora naquele momento.

— Desculpa, Docinho! Mas eu tenho um encontro agora... Amanhã eu te conto como foi! (Ela fala, enquanto corre na mata.)

Nael corre para casa, devolvendo o controle para Alex, que dessa vez teve que correr para limpar a bagunça de Nael. Subiu correndo, tomou banho e perfumou-se. Queria estar perfeito para quando ela chegasse.

 Ágata chega na sua casa, toma um banho bem demorado para tirar o cheiro da água. Dessa vez ela veste um vestido midi, e uma rasteirinha.

 *Quero ficar um pouco mais feminina hoje.*

Ágata coloca um colar de cristal que ela tinha desde criança, ela amava aquele colar; e segue para a casa de Alex, a pé mesmo.

 Quando Ágata andava pelo caminho quase deserto, onde só se via árvores, um lobo enorme de pelagem ruiva para na sua frente e rosna para ela; a deixando muito nervosa, afinal, nem todas eram o Docinho.

*Meu Deus, se daquela vez eu não morrí, dessa vez eu morro.*

 O lobo começa a grunhir ferozmente, ameaçando avançar em Ágata, que por sua vez, estava com muito medo, ao ponto de ter uma de suas crises de pânico. Ágata como em um impulso corre em disparada em direção a casa de Alex, gritando por socorro. Alex nesse momento sente uma angústia, e seu lobo se contorce dentro dele como se esmurrasse Alex de dentro pra fora.

*Nossa!!*

*Agora não, Nael!*

*Ela tá em perigo, babaca!*

 Nesse momento Nael não espera mais nada, assume o controle, despedaçando as roupas de Alex e pulando a janela. Corre o mais rápido que pode e encontra Ágata, correndo e muito ofegante, enquanto Nala, a loba de Amanda, perseguia Ágata. Imediatamente Nael pula por cima de Ágata, que cai imediatamente no chão, avançando sem dó nem piedade em Nala, que apesar de grande, não chegava aos pés de Nael.

*Minha!!*

*Solte-me!*

*Se você se aproximar novamente dela, eu te mato!!*

 Nala corre em meio a floresta, ainda mancando. Nael cheira Ágata, e a cutuca com focinho, mas ela estava ainda muito ofegante, não conseguia respirar direito; parecia ter toneladas no seu peito, que a impossibilitava de respirar. Então alí mesmo ela apaga.

*Onde eu estou? Como eu cheguei aquí?

— Oi? Tem alguém aí?(Ágata diz, levantando-se da cama, onde tinha um aroma idêntico ao de Alex, que não passa despercebido por seu olfato.)

— Oi, pequena… (Alex diz, entrando no quarto, a abraçando de forma nessecitada.)

— Oi, Alex! Como eu vim parar aquí? (Ágata retribui o abraço, aproveitando para cheirar o pescoço de Alex, que por sinal, estava muito cheiroso.)

— Te achei caída na estrada, quando fui te buscar na sua casa! (Ele diz, ainda abraçado a ela.)

— Eu estava sozinha? (Ela pergunta.)

— Sim... O que aconteceu? (Ele se faz de desentendido.)

— Nada, foi só uma crise de pânico, eu não tinha fazia um tempo! (Ela responde, ainda abraçada a Alex, desfrutando do seu aroma.)

— Da próxima vez me espera! Não quero que saia sozinha assim! (Ele diz e rouba-lhe outro selinho.)

"Meu Deus, já estamos nesse nível? Estranha essa sensação, sinto-me tão segura, poderia morar nesses braços, aliás que braços!" (Ela pensa.)

Alex rir de felicidade dos pensamentos de Ágata.

— Venha comigo, fiz algo pra você! (Ele diz, a puxando pela mão.)

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