O início de uma noite caótica

— Não vai cumprir sua promessa? — Insistiu com minha boca bem perto da boca dele.

— Ela vai morrer agora, mas até que durou muito. — Ouvi alguém falando.

— Ela não sabe que não pode tocar em sua a Majestade? Será que ela não tem amor pela vida? — Os comentários continuavam.

— Como uma imperatriz pode ser tão despreocupada. Olha o tipo de coisa que ela faz em público, merecia mesmo ter sua cabeça cortada e jogada para os cachorros. — As pessoas realmente parecem querer minha cabeça rolando. A mão de Ícaro desceu a mão até a espada. — É agora que começa o espetáculo.

— Minha querida esposa, você não pode tirar meu cinto aqui. Não seja apressada, por favor. — O imperador disse segurando minha mão que estava no seu cinto.

— O imperador de falar "por favor"? Eu estou delirando? — Todos do baile só falavam sobre nós.

— Ele aceitou o toque ou o pedido dela? Será que os boatos são verdadeiros. Essa mulher deve ser uma verdadeira bruxa. — Os comentários não paravam, Ícaro fingia que nada estava acontecendo.

— A culpa não é minha — Falei fazendo bico — Você veio o caminho todo falando que tinha algo que iria me surpreender. Você ousou mentir para mim? Não, né? Você disse que iria me dar o maior tesouro do império. Não estou vendo nada de valioso aqui.

— Minha querida, não fique nervosa. O maior tesouro do reino são nossos súditos. Deixo que você faça o que quiser com eles. São todos seus. — O Imperador disse.

— Eles? Mas são tão feios e sem graça. Não tem qualquer utilidade para mim. Quero algo que realmente tenha valor ou não acha que sua esposa merece tudo que queria? — Me afastei e cruzei os braços.

— Esposa, essas pessoas podem ser usadas para qualquer coisa. Vão fazer tudo que ordenar a elas se quiserem continuar vivas. Eles são como gado, trabalhará sem parar até que a morte pelo império. Não acha que pode usar eles mesmo como alvos para praticar a mira. Você disse que queria aprender a atirar, certo? Pode usar qualquer um deles. — O Imperador disse para o desespero de todos ali.

— Era mesmo isso que você disse que iria me dar se eu saísse para ver essa gentinha? Ah! Me poupe. Vou voltar para o meu quarto, não vou perder meu precioso tempo com essas pessoas. Cansa minha beleza. — Falei me afastando dele. Tinha que sair logo antes de ter uma crise de riso, a cara de todos do evento era impagável.

— Minha imperatriz, me perdoe. Você sempre é tão impaciente, mas não tem como evitar, faz parte do seu charme. — O Imperador disse me puxando novamente pela cintura para perto dele.

— Como ela ainda está com a cabeça presa no corpo? — Os comentários eram burburinhos.

— A majestade está mesmo dominado pela imperatriz? — Os súditos estavam exatamente como Ícaro previu. A reação era esperada.

— Ah! Não sei. Não estou a fim de fingir simpatia com essas pessoas de baixo ninguém. — Fiz careta.

— Espera só um pouco. Prometo que vai valer a pena. — O Imperador insistiu.

— Para! Você é um idiota. Me deixa ir. Aqui é muito chato. Prometeu que me daria um tesouro e seria divertido. Não gosto de mentiras. — Faleim Cruzando os braços.

— E você é uma linda! Ainda mais quando está chateada. — Ícaro disse. — Te deixo fazer qualquer coisa. Desde que você fique feliz. Te darei tudo, mas ainda assim, poderia me deixar trazer o que preparei para você?

— Sério? Posso pedir qualquer coisa? Então quero que todos que estão aqui hoje percam suas cabeças. Pode me dar isso? Não gostei de nenhuma das pessoas e estou entediada— Olhei nos olhos deles enquanto falava. Houve um pequeno tumulto, várias pessoas fugindo do salão. — Posso escolher qual será o primeiro a morrer? Melhor, eu posso cortar a cabeça dele? Será como cortar a cabeça de uma galinha?