Capítulo 18 - A festa

A empresa Bitencourt, todos os anos no dia das crianças realizava uma festa muito divertida, com muitos brinquedos, algodão doce, pipoca, cachorro quente e sorvete para os filhos dos funcionários.

Cada funcionário poderia levar seus filhos e a festa era muito animada, com músicas e palhaços.

Henry disse a Alice que fazia questão que ela fosse para levar Miguel seu neto, apesar que Miguel agora só com dois meses não entendia quase nada, mais tanto Henry como Camila fazia questão de sua presença na festa.

Alice não queria magoar os avós de Miguel que tanto fazia por ele e por sua família, mais ao mesmo tempo só em pensar encontrar com Renato, que com certeza estaria lá, ficava horrorizada.

Mais ela sabia que teria que vencer esses temores de encontrar Renato, e ir nessa festa para satisfazer Camila e Henry.

— Filha eu sei que é uma situação difícil para você, mais ignore o Renato pai de seu filho, e pense no que Camila e Henry tem feito por nós e pelo menino, vai nessa festa com a cabeça erguida. — Disse Wilson.

Maria também concordou com ele dizendo:

— Sim Alice, você não tem que ter vergonha de nada, o safado que tem que ficar envergonhado e o Renato.

— Não se trata de ter vergonha , mamãe é que eu não me imagino tendo que encarar este homem na minha frente eu odeio ele com todas as forças do meu coração.

— Filha, esqueça esse sentimento de ódio, se liberte disso, isso não e bom para você.

— Eu sei papai, mais só de pensar que ele desprezou e despreza ainda o Miguel, faz eu sentir ódio dele, Miguel é uma criança inocente, não merece isso de ninguém, ainda mais do pai dele.

— Quer um conselho filha, escute a voz da experiência, vista se muito bonita, arrume seu filho bem bonito, levante a cabeça e vai, e te digo mais, ignore ele todo tempo.

— Sua mãe tem razão, sabe aquele papel higiênico que descartamos quando usamos, pense que ele é um lixo igual esse papel.

Alice e Maria riram muito da comparação que Wilson fez de Renato com o papel.

E Alice entendeu que seus pais tinham razão ela não tinha nada que temer nem do que se envergonhar, estava decidido ela iria nesta festa.

Domingo chegou e com ele o dia da festa.

Com cuidado e dedicação, Alice se preparava para a tão esperada festa das crianças na empresa dos avós de seu filho. Hoje era um dia importante, não apenas pelo evento em si, mas também porque ela estava determinada a surpreender Renato, e a todos, mostrar como ela era forte por ter encarado a vida e a ser uma mãe solteira.

Enquanto olhava para o espelho, Alice escolheu cuidadosamente sua roupa para a festa. Optou por um vestido vermelho vibrante, que destacava o brilho em seus olhos e a determinação em seu coração. Os cabelos soltos caíam suavemente sobre seus ombros, como cascata de fios reluzentes.

Em seu rosto, ela aplicou uma maquiagem suave, ressaltando sua beleza natural. O coração batia acelerado, misturando ansiedade e emoção. Ela sabia que, mais do que apenas uma festa, aquele momento seria um marco em sua história, uma oportunidade de mostrar a todos o quanto ela era melhor que Renato.

Miguel estava muito fofo em um macacão azul, com uma gravatinha branca, e um boné na cabeça.

Pronto Alice agora se sentia pronta tanta física como emocionalmente, para enfrentar tudo o que tivesse que enfrentar.

— Você está linda minha filha, e o Miguel muito fofo.

Alice e Miguel entraram no carro que Henry mandou para busca Los.

Quando ela chegou a festa foi recepcionada por Henry e Camila, que a acolheram com muito carinho.

Ela estava passeando com Miguel, tentando mostrar a ele os brinquedos e a grande quantidades de crianças que brincavam alegres e felizes.

Miguel apesar de muito novinho ainda, ficava olhando e aquelas cores chamavam a atenção dele.

Alice parou perto de um carrossel onde os pequenos cavalos de madeira rodavam em círculos.

Ela ficou imaginando Miguel ali quando fosse maior.

Um homem todo empolgado seguia um garotinho que estava montado em um cavalinho.

Ele gritava com o garoto:

— Cuidado Lucas, segure para não cair, o titio está te esperando aqui.

Alice viu que o garoto era sobrinho dele.

De repente o homem começou a observar Alice e perguntou?

— Parece que eu te conheço de algum lugar!

— Sim, agora me lembro de você, eu nunca poderia me esquecer, você foi muito bom comigo um dia.

O rapaz era Guilherme que estava cuidando de seu sobrinho, enquanto a irmã dele foi ao banheiro.

Guilherme ficou sem entender, ele sabia que Alice não lhe era estranha, mais ter sido bom com ela, ele ficou intrigado e perguntou:

— Sei que te conheço, mais não me lembro de onde, por favor refresque minha memória.

— Um dia eu estava trabalhando em um restaurante, eu estava grávida e você me deu uma quantia de dinheiro que me ajudou muito.

Guilherme agora lembrou de Alice.

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