Capítulo 7 - O nascimento de Miguel

Camila estava tentando se mostrar calma, mais estava muito nervosa.

Ela levou Alice para um hospital particular, chegando lá Camila recebeu todo o atendimento necessário.

Mais o médico tranquilizou tanto Alice como Camila dizendo:

— Não aconteceu nada de grave, está tudo bem com você e o bebê, mais você terá que ser encaminhada para sala de parto, pois já está em trabalho de parto, esse garotão está apressado.

— Doutor esse hospital é particular, não tenho dinheiro para cobrir as despesas.

Camila a tranquilizou(sorrindo).

— Fique calma, eu vou bancar com todas as despesas, e você tem que avisar alguém, o pai do bebê, ou outra pessoa que o bebê já vai nascer?

— Eu tenho que avisar minha mãe, pois ela já deve estar preocupada com minha demora.

— Ela tem telefone para que eu possa ligar avisando?

Alice passou o número para Camila ligar e em seguida foi conduzida para o centro cirúrgico.

Apesar de todo aquele transtorno, Alice estava calma só ansiosa por conhecer Miguel.

Camila então ligou para mãe de Alice, deu o endereço do hospital que Alice estava, e tranquilizou ela dizendo que estava tudo bem.

Maria mãe de Alice deixou uma vizinha cuidando do esposo e tomou um táxi e correu para o hospital.

Quando ela chegou na recepção para ter informações, Camila percebeu que ela devia ser a mãe de Alice.

— Senhora você deve ser a mãe de Alice, estou certa?

— Sim, sou eu mesma onde minha filha está, ela está bem?

— Sim ela está bem, com certeza logo o médico vem anunciar que o bebê nasceu.

Camila ficou ali na recepção do hospital conversando com Maria, explicando a ela tudo o que aconteceu com Alice.

Maria agradeceu Camila pela atenção com Alice.

— Você não tem que agradecer nada, estou cumprindo com minha obrigação.

Elas continuaram conversando por algum tempo, Maria contou sobre sua luta por ter que cuidar de Wilson seu esposo acamado.

E contou também sobre a gravidez de Alice, onde o pai é um milionário e não quiz saber do filho.

— Mais Alice poderá exigir deste safado uma pensão para o bebê, ele é obrigado a ajudar ela, ainda mais sendo milionário como você diz.

— Sabe Camila, eu penso como minha filha, se o pai recusou em assumir está criança é melhor deixar de lado, tanto eu como Alice pensamos que o amor tem que ser espontâneo, este homem não sente amor por esta criança, é besteira querer obrigar ele a reconhecer este bebê.

— Eu ainda acho que Alice tem que procurar os direitos dela e do bebê.

— Nós somos pobres na verdade, mais com muita força para lutar, não vamos deixar faltar nada para o bebê.

Alice já estava anestesiada, e o médico optou por fazer uma cesariana, a bolsa tinha se rompido mais Alice não tinha dilatação para um parto normal, e para evitar que o bebê entrasse em sofrimento, a cesárea era o mais certo a fazer.

Em poucos minutos Alice pode ver eles tirando o bebê.

Ela viu quando o médico estava tentando fazer Miguel chorar.

Alice ficou nervosa ao ver que seu filho não chorava e estava ficando roxo.

— Meu filho está bem doutor?

— Calma mãezinha, está tudo bem!

Eles aspiraram Miguel, o médico virou Miguel de cabeça para baixo e bateu nele.

Nesse instante Alice ouviu um choro forte, e ficou aliviada seu filho estava bem.

A enfermeira levou Miguel até Alice, que se sentiu emocionada.

Alice com seu amor incondicional por seu filho, não conseguiu perceber que Miguel era um pouco diferente.

O médico foi até a recepção informar Camila que o bebê tinha nascido e que ele e a mamãe estavam bem, e que em uma hora já poderiam entrar para vê los.

— Só quero lhes dizer uma coisa, o bebê nasceu com síndrome de down.

— Doutor minha filha já sabe dessa condição do bebê? —Maria perguntou preocupada.

— Eu acredito que não, pois levamos o bebê para ela ver, ela não percebeu, mais deixa passar o efeito da anestesia ai eu converso com ela e explico.

Camila abraçou Maria entusiasmada, ela estava feliz por tudo ter dado certo, e que o acidente não prejudicou em nada Alice e o bebê.

— Maria, fica calma conheço algumas crianças com síndrome de down, vivem uma vida normal.

— Sim Camila esse bebê vai ser muito amado.

— Sabe Maria eu estou muito curiosa para conhecer este bebê, se você não se importar eu queria ficar.

— Como eu poderia me importar, você nos ajudou muito, trazendo Alice para este hospital particular, e bancando com as despesas, sei que deve ficar uma fortuna.

— Dinheiro não é problema Maria, o importante e que deu tudo certo.

Maria estava muito surpresa em como uma jovem senhora tão fina e elegante, estava ali disponibilizando do seu tempo para conhecer seu neto.

Uma enfermeira veio até elas dizendo que elas já poderiam subir para o quarto onde Alice iria ficar internada.

As duas senhoras então foram acompanhadas pela enfermeira.

Chegando ao quarto Alice já estava deitada sobre a cama, ainda sobre efeito de anestesia, nao conseguindo sentir suas pernas.

Logo a enfermeira trouxe Miguel, e Maria e Camila ficaram encantadas pois apesar de Miguel ter síndrome de down era uma criança linda.

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