Capítulo 6 - O acidente

Enquanto trabalhava, Alice pensava em seu pai doente e na dedicação incansável de sua mãe. Ela admirava a maneira como sua mãe encontrava forças para cuidar de seu pai e sustentar a família. Inspirada por seu exemplo, Alice decidiu que também seria forte, não apenas para si mesma, mas para todos que dependiam dela.

No final do dia, Alice voltou para casa com o corpo dolorido, mas com um sentimento de realização. Ela sabia que tinha superado mais um dia difícil. Ao entrar em sua casa ela encontrou sua mãe cuidando de seu pai com carinho. Os olhares se encontraram, e um sorriso cheio de amor e compreensão foi compartilhado entre mãe e filha.

Sentando-se ao lado de sua mãe, Alice compartilhou suas lutas e seus triunfos daquele dia. Sua mãe segurou suas mãos e disse com ternura:

—Você é uma guerreira, minha querida. Tenho orgulho de você. Juntas, enfrentaremos tudo que vier pela frente.

Naquela noite, enquanto Alice descansava, ela sabia que o caminho à sua frente seria árduo, mas ela também sabia que tinha dentro de si a força necessária para superar cada obstáculo. Ela estava determinada a ser a melhor mãe que podia ser, a proporcionar um futuro brilhante para seu filho.

Certo dia Renato foi com um amigo tomar um café no restaurante, ele nem lembrava mais que Alice trabalhava ali.

Alice levou um susto ao ver Renato ali, mais logo se compôs e foi até a mesa para atender.

— Boa tarde vocês já querem fazer o pedido?

Renato ao ver Alice, se sentiu incomodado pois já não mais lembrava que Alice tinha engravidado dele.

Então ela insistiu mesmo naquela gravidez, pensou ele.

— Eu quero um croissant e um capuccino, e você Renato vai querer oque?

— Pode me trazer o mesmo também.

Assim que Alice saiu para preparar o pedido deles, Guilherme comentou:

— Coitada dessa jovem, grávida com uma barriga enorme e ainda trabalhando, esse pai é um irresponsável deixando ela se esforçar tanto assim.

— Será mesmo que ela sabe quem é o pai dessa criança, essas mulheres são todas irresponsáveis.

Alice chegou nesse momento com o pedido de Guilherme e de Renato.

— Obrigado moça, de quantos meses de gravidez você está mesmo?

— Estou de seis meses, indo para sete.

— Mais mesmo com essa barriga você tem que trabalhar?

— Sim, vou ser mãe solteira, mais obrigado pela preocupação eu estou bem.

— Espero que não leve a mal, eu senti no meu coração de te ajudar, toma esse dinheiro para ajudar com o enxoval do bebê.

— Na minha situação não posso ser orgulhosa moço, eu te agradeço muito.

Eles foram embora e Alice pode então ver a quantia de dinheiro que tinha no envelope que Guilherme lhe deu.

Ela até chegou a se assustar pois ele havia deixado cinco mil reais.

Aquele dinheiro para ele talvez não significasse muita coisa, mais para ela era muito dinheiro.

O tempo estava passando muito rápido, Alice estava contando os minutos para conhecer Miguel seu filho.

Alice agora já estava entrando no nono mês de gravidez, se afastou do seu trabalho no oitavo mês.

Ela resolveu sair para comprar o que ainda faltava para para completar o enxoval do bebê.

Sua mãe pediu que ela se cuidasse pois Miguel poderia nascer a qualquer instante.

Ela já no centro da cidade, entrou em uma pequena loja e depois de ter feito as compras saiu satisfeita pois agora sim estava completo, tudo o que Miguel precisava para ser recebido nesse mundo ele tinha.

Foi com muito esforço e como a ajuda de Guilherme que lhe deu os cinco mil reais ela conseguiu comprar tudo.

Ao atravessar a rua Alice não prestou atenção no carro que estava vindo e infelizmente o carro bateu de leve nela, mais Alice caiu no chão.

Uma senhora muito elegante saiu do banco de trás do carro desesperada

ao ver que seu motorista tinha atropelado aquela moça.

— Você se machucou, Oh meu Deus você está grávida?

— Fique tranquila senhora eu não estou machucada, eu me desequilibrei por isso cai.

— Você consegue se levantar, vou te levar ao hospital para ver se está tudo bem com você e o bebê.

— Não precisa senhora estou realmente bem.

— Eu insisto preciso te levar ao hospital só assim ficarei tranquila, Douglas por favor ajude a moça a se levantar.

— Pois não madame, e me desculpe realmente não foi minha culpa, voce entrou na frente do carro.

— Sim moço a culpa foi minha eu não vi o carro.

Quando Douglas ajudou Alice a se levantar, a bolsa dela se rompeu, deixando Camila muito preocupada.

— Vamos urgente Douglas, a bolsa se rompeu, tomara que o bebê esteja bem.

Alice que até aquele momento estava calma começou a se desesperar.

— Senhora, por que estou perdendo todo esse líquido?

— E sua bolsa que rompeu, deve ter sido por causa da queda que você levou, mais fique tranquila, o hospital é aqui perto vai dar tudo certo.

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