18 (Minha história)

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Analu…

Eu não me sentia bem um sentimento estranho já faziam alguns dias que eu tava sendo ameaçada ao longo do dia eu recebia várias mensagens anônimas com todo tipo de coisa quando não eram ameaças eram aviso.

Já estava na beira do abismo sem saber o que fazer eu me via encurralada ou eu não fazia nada e deixava algo acontecer com ele, ou me entregava e tudo ficaria bem pelo menos era o que eu pensava.

Eu ia tomar uma decisão, mas aí ele viu as mensagens e eu não me segurei e cai no choro contei tudo para ele que apenas falou que tudo ficaria bem.

Adormeci sentindo seu cheiro eu estava tão cansada e nem sabia acordei ouvindo barulho de coisas quebrando desci os degraus apressada sem entender o que estava acontecendo não vir ninguém apenas senti algo gelado na minha nuca e apaguei.

Acordei ouvindo gritos parecia de uma mulher ela estava ao telefone e muito alterada.

— NÃO QUERO SABER ACHA ESSA PIRRALHA QUERO ELA MORTA AINDA HOJE! – Ela gritava estava possessa de raiva já havia quebrado várias coisas eu a encarava sem expressão alguma até que ela se virou para mim.

— Olha só a princesa acordou!

— Quem é você? – perguntei.

— Sou a fiel do terror a primeira dama do morro e acho bom ficar quietinha.

— Você é louca isso sim – falei e acho que coloquei gasolina no que já tava pegando fogo.

— Louca? Eu não sou louca apenas esperta, mas me fala você sabe quem é o cara que tá namorando? Ele é um monstro sabia?

— Ele não é um monstro – falei e ela deu uma gargalhada sombria.

— Você sabia que ele tem uma filha? – fiquei chocada com essa notícia quer dizer ele me contaria não?

— Sabia que ele matou a própria mãe e mantém a filha longe, mas eu não entendo ele não me deixar matá-la já que ele também odeia ela – eu não conseguia acreditar nas palavras dessa louca ele seria capaz de sentir raiva de uma criança inocente?

— Olha eu…

— Xiu cadela fica calada caso contrário estouro tua cabeça – fiquei calada os minutos se passavam e ela parecia mais transtornada até que ele apareceu eles começaram a conversar e eu percebi que realmente existe uma criança mais por que ele não me falou?

Ela esfregava o cano da arma no meu rosto e eu pedia para Deus para que nada acontecesse meu medo era da arma disparar e eu ia de americanas.

— Quero voltar a ser sua só eu e você sem aquela pirralha e nada para atrapalhar. – Ela falou e ele me olhou meus olhos estavam ardendo e eu não conseguia controlar as lágrimas me sentia uma inútil.

— Eu aceito! – ele falou e ela correu até ele e pulou no colo dele eu não acreditava que ele tinha realmente aceitado isso.

— Eu sabia amorzinho sabia que sentia minha falta – ela falou sorrindo e ele estava sério foi tudo muito rápido ele deu um soco nela que caiu no chão com a boca sangrando ela tentou alcançar sua arma, mas não adiantou ele deu outro soco nela a fazendo desmaiar.

Terror…

Tive que fingir aceitar as merdas que selene me propôs e ela pulando no meu colo facilitou tudo dei um soco nela sou contra agredir mulher, mas essa aqui merece isso e muito mais.

Ela caiu para um lado e a arma pro outro ela até tentou alcançar, mas dei outro soco um dos fortes e ela apagou olhei para Luiza que me encarava seria fui até ela e a desamarrei já esperava que ela pegasse suas coisas e sair afinal eu menti para ela, mas pelo contrário ela olhou nos meus olhos e me abraçou.

— Quando vai me contar?

— Vou resolver o resto dos bagulhos e quando voltar te conto pode ser?

— Sim – ela desfez nosso abraço e foi em direção à escada.

— Breno!

— Sim amor?

— Se mentir para mim de novo corto teu pinto- ela falou e eu engoli em seco.

Chamei dois vapores e mandei levar a vadia pro forninho voltei pra boca peguei outro fuzil e fui ajudar os moleque a recolher os corpos avisar a família enquanto izak cuidava dos preparativos dos enterros.

Cheguei em casa tava tudo arrumado subi pro quarto e ela tava vendo filme fui direto pro banheiro confesso que se dependesse de mim não saia desse banheiro prefiro enfrentar 50 verme do que ela, mas fazer o que né tenho opção não.

Sai do banheiro e ela já tava sentada e me encarava coloquei uma Box e uma bermuda.

— Pode começar- ela disse e eu concordei sentando ao lado dela.

— (Quando meu coroa ainda tava no comando eu vivia em festa e não tava nem aí pra nada ia em várias revoadas e nos bailes daqui da favela eu virava a noite foi em um desses bailes que conheci ela selene é filha de um CEO e sempre foi mimada pelo pai

No primeiro dia que nos conhecemos já ficamos e foi ficando sério até ela virar minha fiel comecei a criar juízo meu pai não gostava dela muito menos minha mãe eu enfrentei eles por ela eu era doido por ela mais nunca foi amor isso eu sei.

Teve um dia que a minha mãe veio até mim falando que selene tinha tentado matar ela acabei brigando com a minha mãe um tempo se passou e selene ficou grávida eu fiquei felizão em ser pai eu não me importava se fosse menino ou menina, mas ela queria loucamente um menino 

Quando deu o dia do nascimento veio a Angélica minha princesa, mas selene não suportava nem olhar na cara da menina então quem ficava aqui cuidando era a minha mãe.

Em certo dia eu tava cheio de coisa pra fazer lá na boca e quando cheguei em casa  vi minha mãe caída no chão corri até ela, mas ela já estava sem pulso eu lembro que naquela hora eu só sabia chorar fiquei ajoelhado do lado do corpo dela até que ouvi risos subi a escada correndo entrei no quarto e nada fui pro banheiro e selene estava afogando Angélica que não tinha nem 3 meses de vida na banheira eu dei um tapa nela e peguei a menina prestei os primeiros socorros, foi quando o cigano e o meu pai chegou eu tava desesperado cigano levou minha filha pro hospital e eu fiquei do lado do corpo frio da minha mãe.

Meu pai chorava tanto quanto eu levamos minha mãe para o hospital queríamos saber a causa da morte.

Descobrimos que ela foi envenenada quando cheguei em casa a vagabunda já tinha fugido foi impossível achar ela já que além do pai dela ser muito rico também tava envolvido no tráfico então também tinha poder eu fiz de tudo até fazer ele perder tudo, mas o maldito armou uma invasão e mataram meu pai ali perdi tudo mandei minha filha pra um internato e desde então comando o morro não gosto muito de falar sobre esse assunto por que me trazem memórias tristes que quero esquecer sinto que a morte da minha mãe e do meu pai é culpa minha ela tentou falar comigo, mas eu tava tão cego e não quis ouvir – falei tudo e já estava chorando podem falar o que for, mas não sou menos homem por chorar.

— Meu Deus – foi a única coisa que ela falou antes de me abraçar.

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