Capítulo 20

Roma

Já havia se passado uma semana desde o episódio com o Senhor William e desde do dia que tentei fugir de William, tento a todo custo não encará-lo, e quando o encontro por obra do destino tento ao máximo bem longe e sai discretamente.

Me lembro como se fosse nesse momento William berrando na minha porta falando que me ama. Meu coração soltou e estremeceu quando ele se aproximou e me puxou da janela me fazendo entender que ele é só pensa em si mesmo. Fala que quer meu bem que corro perigo, mas até agora não me falou o porquê. Hoje faz uma semana do meu primeiro beijo. Levanto pela manhã e graças a Deus estou sozinha em casa.

A noite chegou e recebi um comunicado do Senhora Catharina governanta da casa, que o William não viria para jantar, ao mesmo tempo que fiquei aliviada, também fiquei intrigada por ele não vir. Mas logo esqueci isso é continuei com a rotina.

Janto sozinha como faço a maioria das vezes, subo para meu quarto, me deito sobre a casa e penso em minha vida, todo que já vive, só tenho 18 anos e já perdi minha família toda, já fui sequestrada e quase estuprada, Jesus.

Às vezes eu me perguntava se tudo que eu estava vivendo já não era castigo o suficiente. Questionei-me, mais de uma vez, se todo aquele azar não deveria ser uma dívida cármica, só isso para explicar a sequência de tantas coisas que andavam acontecendo em minha vida, e para acabar de completar William estava obcecado em casa comigo, será que ele não pensa em meus sentimentos? Eu não posso casar com alguém que não sei se amo ou odeio, sou grata por tudo que ele me fez, mas essas últimas ações suas tem me deixando com os pés para trás.

_ Toc – toc

Clara

Jesus quem pode ser? Ora, quem pode ser, lógico que é William Clara, falo para mim mesma ajeitando a camisola que estava dobrada pela forma que estou deitada na cama_ Pode entrar.

Foto da camisola de Clara

Clara_, Pois não, senhor, deseja algo? Falo de forma irônica quando William entrar no me quarto.

William_ só informa que iremos à fazenda amanhã. Arrume suas coisas.

Clara_ Nossa, pensei que não iríamos folga pra fazenda tão cedo.

William _ Só vamos passar uns três dias, Gregory resolveu fazer uma freira agropecuária para movimentar a região e ajudar a comunidade que fica aos redores das fazendas. E bom. Eu falo pegando no meu cabelo. Eu trouxe essas roupas para você, vai precisar para usar nas festividades.

Clara_ Ô, muito obrigada seu William, isso é perfeito.

William_ Não me chame de seu por favor, só se quiser que realmente seja seu. O rosto lindo de Clara atinge um intenso tom de vermelho porque nós dois sabemos que ela está muito tímida.

Dou um passo para a frente, nem um pouco disposto a deixá-la escapar, seja de respostas ou fisicamente.

O meu rosto paira sobre o dela e Clara ergue os olhos para mim.

Clara

Seu perfume marcante invadiu os meus sentidos e eu quase fechei os olhos para apreciar aquele cheiro incrível. Como se já não bastasse William ser, de longe, o homem mais bonito e misterioso que eu já conhecera, ele também era o mais cheiroso e sedutor. Quando fico na sua presença, meu cérebro não funciona.

William_ Você não quer pombinha, mas também senti atração por mim, da mesma forma que eu ardo por você. Falo isso para Clara em quase um sussurro.

O que ela faria se eu lhe desse um beijo?, pensei enquanto nossos olhares continuavam duelando silenciosamente naquele momento.

Levei uma mão à sua nuca e agarrei sua cintura com a outra com força apertando-a mais contra mim, então esperei que ela se afastasse, mas Clara continuou parada no mesmo lugar, como se estivesse hipnotizada por meus atos.

Abaixei o rosto rapidamente e quando minha boca se aproximou da dela, tracejei seus lábios

Clara gemeu deliciosamente e aquilo foi o estopim para mim. Invadi sua boca com vontade, deixando minha língua passear de um lado ao outro. Logo seu corpo ficou mole em meus braços e tive vontade de tormá-la ali mesmo, de jogá-la na cama e abrir suas pernas para mim. Involuntariamente esfreguei minha ereção contra ela e isso foi o suficiente para quebrar o encanto, Clara deu um pulo para trás, me senti um cafajeste, ela é muito inocente não deveria ter feito mais aconteceu.

Mas não sou nenhum louco, sabia que Clara nunca que iria tão longe comigo, não naquele momento. E logo depois Clara abriu os olhos e percebeu oque estava fazendo, espalmou as mãos em meu peito e me empurrou com toda a força que conseguiu reunir. Ela entrou no banheiro como uma louca e trancou a porta. Eu ri de sua ação, talvez estivesse só com medo de seu alto controle. Cheguei próximo a porta e falei.

William— Foi só um beijo Clara, não se martelize por isso, estou saindo te esperando amanhã às (07:00h) não se atrase.

Clara— Isso não poderia ter acontecido. falo exasperada e arrependida. Esfrego uma mão no peito e depois a levou aos cabelos arrumando os fios soltos.

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