MEU TERRITÓRIO

Elisa Calmon

Eu estava farta, ele me chama para almoçar e fica com o rosto de paisagem, quando me levantei para proucura-lo, estava no maior papo com a Bela, os dois mal falam, se acharam assunto é porque estão, combinado para fazerem aquilo, a imagem tenta surgir na minha mente, mas lanço para longe a última coisa que quero pensar, quando volto para mesa todos querem saber porque mudei derrepente. Não respondo, logo após ele iniciar outra conversa me retiro, perdi o apetite.

Ao retornar, entro no escritório e caminho para minha mesa, não quero ver a cara dele, quando estávamos no carro no meu primeiro dia de trabalho, ele disse: — Não quero esquecer Elisa, blá blá, blá blá. Falei, batendo a caderneta na mesa.

— Olá desculpa encomodar, essa é a sala do Senhor Guilherme Vilar?

Não eu que pensava que o dia não poderia ficar pior, viro-me para ver Deiv, me encarando.Ele reconhece-me de imediato.

— Não será possível receber clientes nesse momento, volte outra hora ou agende um horário.

— Lisinha! Você cresceu garota, quase não lhe reconhece.

— O senhor deve ter me confundido.

— Vai fazer cerimónia só porquê trabalha aqui, não me diga que você ainda tem raiva de mim?

Ele fala se aproximado, agora perto demais eu sinto uma angústia o meu corpo não reage, à náusea que ele me causa é terrível.

— Eu gosto de você Elisa sempre gostei e sei que você ainda gosta de mim.

Essas palavras foram o combustível que me faltava, eu acertei ele onde não passa o vento, isso mesmo, bem lá nos Países baixos com toda raiva desses oito anos.

Ele fica de joelhos com os olhos lacrimejando.

— O quê você pensa que está fazendo, a sua pu%$#.

Ele recompôs-se e me olhou cheio de raiva, dando um passo na minha direção segura o meu braço, apenas para ser pego por meu chefe que o ergueu pela camisa.

— Eu que pergunto o que você acha que esta fazendo na minha empresa com a minha garota?

— Quem é você? Não se mete no assunto.

Guilherme ergue os punhos eu intervenho, não Guilherme não faça isso, ele não merece nem mesmo a sua raiva.

— Saia daqui antes quê eu acabe com você. Ele grita.

Ele solta Deiv que sai praguejando, eu ainda estou trémula, ele toma-me nos seus braços e senta na poltrona. Não sei o que pensariam se alguém entrasse e visse eu deitada no colo do meu chefe, mas eu estou precisando dele, e nesse momento é o que importa.

Abracei-o e chorei, era a segunda vez ele estava me acostumado mal, fiquei ali bastante tempo então dormir, acordei com ele acariciando o meu cabelo.

— Oi! Falei sorrindo.

— Então como está se sentindo? Guih pergunta.

— Estou bem, queria me descupar só tenho causado problemas desde que entrei nessa empresa.

--- Nada disso. você não tem culpa Lis.

--- Quero que saiba o que realmente aconteceu entre mim e o Deiv, mas ainda não estou pronta para falar sobre isso.

— Fique tranquila, eu não irei te pressionar.

— Hum! Eu ainda estou chateada com você. falei levantando de súbito.

Porquê você esta chateada? Ele falou e me prendeu contra parede com um sorriso lindo e eu esqueci que estava brava, e que ele é meu chefe eu fiquei na ponta do pé, mas ele levantou o rosto para me provocar eu passei os braços por cima dos ombros dele, ele tomou-me pela cintura.

— Você não tem ideia do que você faz comigo Elisa.

— Hum! rum! Sandro aparece para destruir o momento mais uma vez.

Nos afastamos e ficamos sem jeito, não sei o que acontece comigo quando estou com ele.

— Desculpa atrapalhar, mas temos uma solicitação para organizar dois eventos de grande porte. Entre eles um casamento.

— Peça para equipe secundária realizar a formatura dele em memória da sua falecida mãe, que foi funcionaria da minha avó, mas ele não merecia nem isso.

— Não fica assim, não vale a pena se irritar com ele.

--- O seu avô está solicitando uma reunião para programar a viagem para organizar o evento na ilha Narva. Disse Sandro.

— Não precisa responder nada, estou indo assim que terminar de organizar as coisas aqui.

Sandro sai da sala nos deixando sozinho.

— Eu tenho que ir princesa, você vai ficar bem?

— Não com você me chamando assim e me olhando desse jeito.

— Então como eu devo Lhe chama para você se sentir bem?

— Acho que deve me chamar pelo meu nome gato.

— Gato é? Ele me pergunta enquanto se inclina para mim.

Eu desvio-me dele, sorrindo.

— Desculpa eu errei o seu nome Senhor Guilherme.

— Quê pena gostei de ser chamado assim.

— Vá trabalhar e pare de flertar com as funcionarias.

— A funcionaria. Ele corrigi-me.

Ele sai e fico pensado, o quanto ele é incrível, superprotetor e lindo.

Mas encontar o Lucas depois de tanto tempo foi uma supresa horrível eu revivi cada momento daquele dia, cada segundo de horror, ele deveria esta preso isso sim tanto pelo que ele fez comigo quanto pela Priscilla.

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