O CIÚMES

Guilherme vilar

 Tenho três dias trabalhando com Elisa ela tem estado diferente desde que falou sobre aquele tal de Deivid, eu pesquisei a vida do cara, mas não descobrir muito, Sandro falou que pelo que ele viu nas redes sociais, é um cara legal e extrovertido que aparenta ter muitos amigos e se da bem com todos ao contrário de mim que sou mais que revesado, ainda não posso tirar da cabeça a ideia de que tem algo a incomodando, e que outro cara está sondando a mente dela, olhei e a vejo sentada em  frente ao computador muito concentrada. Levanto e vou até à mesa dela.

— Oi! Elisa.

— Oii chefinho! Precisa de algo, como está o projeto? Vejo que você, está com uma cara de cansado.

— Tudo bem, queria que você fosse almoçar comigo.

— Vamos sim! vou chamar o pessoal. Ela disse empolgada.

Não queria almoçar com eles, mas se a Lis vai estar eu suporto esses colegas dela.

Ela volta com o tal do Júlio e outra menina que anda com ele, provavelmente trabalham com a divulgação.

— Sandro agora decide ir também, porém resolvo dirigir e quase atropelo o Matheus, que vem com inúmeras papeladas, cheias de problemas para resolver. Peço para entrar no carro, ele estudou comigo e entrou na empresa como estagiário, mas pense no cara ‘nerd’, vovó até hoje convida ele para passar o final de semana lá em casa se não estamos jogando ele esta falando de trabalho.

— Bem aonde vamos? Perguntou o tagarela.

— A minha amiga tem uma churrascaria que a comida é maravilhoso. Disse Elisa.

— Mais aquele…

— Vamos para onde Elisa disse.Falei interrompendo.

Todos ficaram calados até chegar na tal churrascaria, onde uma moça ruiva veio nos atender, ela abraçan a Lis qundo entramos no lugar excêntrico.

Tudo era horrível, muita gente falando matheus começou a discutir com a ruiva, enquanto a Elisa parecia estar se divertindo na maior conversa com o tal do Júlio, eu sair par tomar um ar, e alguém me seguiu.Olho e vejo a garota que trabalha na divulgação.

— Algum problema chefe? Acho que não sabe o meu nome, sou a Isabela.

— Bem, estou ótimo Isabela.

— Eu sei que não estar, pessoas como nós nunca conseguem se inturmar nesse tipo de ambiente, na verdade eu vim com o juju, mas desde que ele conheceu a Lis eu pareço está sobrando, eu gosto dela.

— Mas não da amizade que há entre eles. Completei a frase dela e um sorriso de satisfação paira em meu rosto.

— Acho que tenho uma aliada? Ela olha e assente com a cabeça, em seguida apertou a minha mão e não precisávamos de muitas palavras.

— Vocês estão aí, sobre o que estavam conversando? Pergunta Lis.

— Nada. Ela responde nervosa.

— Assunto pessoal. Completo.

— Certo. Lis fala virando o corpo e saindo.

Volto para mesa para encarar uma Elisa imburrada.

— Preciso falar com você. Diz a ruiva olhando para mim.

Eu a sigo, entramos numa sala pouco espaçosa cheia de Cadeiras.

— O quê você fez com a minha amiga dessa vez?

— Nada. Respondo.

— A Lis foi te procurar e voltou embirrada.

Eu sorrio, será que ela ficou com ciúmes, penso.

--- A Elisa é minha funcionaria, apesar que estamos no horário de almoço, porém não vejo motivo para lhe contar os meus assuntos pessoais.

— Não estou ligando que você é chefe dela ou o príncipe da Macedônia, se você machucar a Lis, vou fazer você se arrepender quatro olho.

— Você era propicia a fazer ‘bullying’ nos tempos da escola, mas comigo não funciona. Disse e sair sorrindo.

Algo nela me faz querer irritá-la.

Ao voltar não havia mas ninguém na mesa , olhei uma mensagem da Lis " pegamos um táxi"

Entrei no carro vou atrás de minha garota, ela fica linda com ciúmes.

Ao sair observo que o trânsito está bem movimentado, provavelmente irei entrar num engarrafamento.

Penso em Elisa, imagino a cara que ela ira fazer quando eu contar que eu e a Isabela na verdade, estávamos conversando sobre ela.

Há muito tempo que eu não tinha olhos para mulher nenhuma, mas ela me faz querê-la de uma forma surreal, sem ter um motivo óbvio.

Meu avô foi contra o contrato quê eu fiz com ela, mas eu não vou aceitar um não como resposta, e vou provar-lhe que ela é a pessoa certa.

Olho o celular e vejo uma mensagem do Sandro, informando que Lucas Santiago está na empresa, e gostaria de falar comigo.

Como assim ele aparece justo no momento que eu não me encontro na empresa? Também a Lis deveria ter-me esperando, ela voltou sozinha.

Mil coisas passão na minha mente, até porque ela havia dito que não queria vê-lo, e não me falou nada mas sei que foi uma experiência traumática pela reação dela quando tocamos no assunto.

Se esse cara for perigoso? Se ele fizer algum mal a ela? A sensação de impotência invadi-me novamente, e recordo dos meu pai num leito de hospital, lembro que eu brigava com todos para não sair de perto dele, eu já tinha perdido a minha mãe eu só queria que ele ficasse comigo, mas ele apertou bem a minha mão como quem não quisesse ir e deu o último suspiro. Eu fiquei desesperado o meu avô só dizia que eu tinha que ser forte, mas como ser forte quando a vida leva tudo que você tem.

Lembro que encontrei uma menina que estava chorando, tínhamos conversando durante toda a semana que o meu pai ficou internando, o pai dela também estava lá.

— Ele está na cirugia. Ela falou.

Eu não conseguir segurar as lágrimas nos abraçamos e choramos, foi meu único consolo, numa família que só repetia que eu tinha que ser forte.

Volto ao presente e tento mandar uma mensagem para o Sandro, até porque não sei quem esse cara é o do que ele é capaz, ele não me responde e nem tão pouco a Elisa, respiro tento mim acalmar.

O meu pior pesadelo é perder alguém que eu amo novamente, sem poder fazer nada para mudar isso.

O trânsito enfim se movimenta, me fazendo voltar a respirar normalmente.

Quando chego na empresa alguém estacionou na minha vaga, só para mim deixar mais contrariado. Após deixar o carro eu pego o elevador e vou para direto para o escritório sem falar com ninguém. De longe vejo o cara segurando o braço de Elisa. Eu aceitei fazer o evento por causa de minha vó e o respeito que ela tinha a mãe dele, mas agora ele tinha ultrapassado uma linha e terá que sofrer as conseqüências.

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