Portão da residência de Harun Wicaksana…
Bayu chegou mancando ao portão da imponente casa à sua frente. Olhou em volta, mas não viu ninguém. Dirigiu-se então à guarita, que também estava vazia.
"Nayaa..." gritou Bayu.
"Nayaa... sou eu, Naya, saia."
"Naya, eu estou bem... Naya, por favor, saia."
A casa continuava vazia. Finalmente, Bayu decidiu ir para a Empresa BOF de táxi. Na empresa de Naya, o segurança proibiu terminantemente Bayu de entrar no arranha-céu.
Bayu não desistiu. Esperou em frente ao portão da empresa, esperando por aquela pessoa tão importante em sua vida, mesmo que fosse apenas para vê-la e matar a saudade. O sol forte deu lugar ao entardecer, a noite chegou e Bayu continuava em frente ao prédio, observando o movimento de funcionários que saíam um a um, até que o arranha-céu ficou deserto.
Bayu já estava pálido e acabou caindo inconsciente. Naya soube do ocorrido através do relatório de Farah, sua secretária, e das imagens de segurança da empresa, que mostravam Bayu esperando por ela. Naya não conteve as lágrimas em sua sala. "O que eu devo fazer?...", pensou angustiada.
Bayu estava de volta ao quarto do hospital. A tia Nia, que cuidava dele, ficou com pena ao ver seu estado debilitado. De vez em quando, Bayu delirava em seu sono, chamando por Naya. Naya, por sua vez, ao saber que Bayu havia desmaiado em frente à empresa, também sofreu.
Naya voltou para sua nova casa. Entrou e caminhou pela casa com passos lentos. Subiu as escadas massageando as têmporas. Estava com febre. A governanta, vendo a situação, ajudou-a a chegar ao seu quarto.
"Senhora, vou chamar um médico. A senhora está com febre alta."
Naya apenas assentiu. Adormeceu e chamou por Bayu. O médico particular a acordou para iniciar o tratamento. Todos os equipamentos médicos que ele havia trazido estavam agora conectados a ela.
"Parabéns, Senhora Naya, a senhora está grávida."
"Grávida, doutor?!"
"Sim, com três semanas de gestação."
Naya começou a chorar ao ouvir a notícia que a deixou tão feliz. "Bayu, vamos ter um filho".
"A Senhora Naya precisa tomar cuidado com a gravidez, pois nessa fase é comum ocorrer abortos espontâneos."
"Certo, doutor, obrigada."
"Vou receitar um medicamento para fortalecer a gravidez. Além disso, a senhora precisa se alimentar bem, descansar e evitar o estresse, pois isso também pode aumentar o risco de aborto."
"Obrigada, doutor."
"Com licença."
Naya apenas assentiu e afundou o rosto no travesseiro, chorando. "Querido, você precisa ser forte por mim e pelo papai, que está lutando para ficarmos juntos. Obrigada por ter vindo. Pelo menos não estou sozinha, tenho você aqui comigo", murmurou Naya, acariciando a barriga ainda lisa.
...***...
Na manhã seguinte, Naya decidiu não ir para a empresa. Preferiu descansar em casa, conforme recomendação médica. Estava entusiasmada com a gravidez e preparou alguns lanches nutritivos para o bebê. De repente, a governanta a informou que havia visitas.
Naya levantou-se e desceu as escadas. Viu seus pais e Nikol sentados na sala, com expressões sérias e olhares intimidadores.
"O que fazem aqui?", perguntou.
"É verdade que você está grávida?", perguntou Nikol.
"Sim, é verdade!", respondeu Naya.
"Naya, eu não quero me casar com uma mulher grávida."
"E você acha que eu quero me casar com você?"
"Mas não tínhamos um acordo?"
"Pai, o senhor se lembra do nosso acordo? Era só um noivado, não um casamento", disse Naya.
"Naya!", gritou Nikol.
"É esse tipo de genro que o senhor quer? Ele está gritando comigo na sua frente!", disse Naya ao pai.
Ao ouvir isso, Nikol tentou se controlar e sentou-se novamente.
"Então, o que você quer?", perguntou o Sr. Harun.
"Quero manter meu bebê. Mas não se preocupe, pai, continuarei trabalhando na empresa."
"Certo, a decisão está tomada. Então descanse. Vamos para casa, mãe", disse o Sr. Harun.
Sem dizer mais nada, todos saíram, deixando Naya sozinha. "Estranho, tudo parece fácil demais. Tenho certeza de que estão tramando alguma coisa. Preciso ter cuidado", pensou Naya.
...***...
No hospital, Bayu lutava não só contra a dor, mas também para recuperar o ânimo. Repetia várias vezes o desejo de ver Naya, de pedir que ela voltasse, de ter uma explicação. Tia Nia, pacientemente, o incentivava a não se precipitar. "Meu filho, como você vai encontrar a Naya nesse estado? Você precisa se recuperar totalmente antes de lutar por ela", disse Tia Nia.
Bayu refletiu sobre as palavras da tia. Ela estava certa. Se ele se precipitasse, não conseguiria nada. Decidiu então se concentrar na recuperação e passar mais alguns dias no hospital.
...***...
Na Empresa BOF.
Naya estava sentada em sua cadeira, com o rosto cansado. Brincava com uma caneta, pensativa. Queria contar a novidade para Bayu, mas sabia que ele devia estar a par de seu noivado com Nikol devido ao acordo com o Sr. Harun.
Naya acariciava a barriga com a outra mão e cantarolava para o bebê.
"Owek..."
"Owek..."
"Aconteceu alguma coisa, senhora?", perguntou Farah, sua secretária.
"Não, Farah. Qual é a minha agenda para hoje?"
"A senhora tem reuniões com três empresas internacionais e mais três com clientes VIP. Eles querem apresentar algumas propostas."
"Certo. Prepare tudo e, antes disso, vá ao hospital e fale com o Dr. Handoko. Diga que você é minha secretária, ele vai entender."
"Sim, senhora."
No hospital, a saúde de Bayu melhorava gradativamente. A dor na barriga havia passado, mas ele ainda precisava de tempo para recuperar as energias. Tia Nia voltou a trabalhar em sua barraca, mas sentia falta da alegria de Bayu em casa.
Drrrrtttttt…
Drrrrttttt…
"Alô, Bayu, aconteceu alguma coisa?"
"Tia, você pode me fazer um favor?"
"Claro, meu filho. O que você precisa?"
"Você pode pegar uma caixa pequena que está atrás do armário do meu quarto, na sua casa?"
"Atrás do armário?"
"Sim, tia."
"Certo."
Alguns minutos depois, Tia Nia encontrou a caixa, como Bayu havia pedido. Era uma caixa preta de alumínio de tamanho médio. Ao movê-la, ela ouviu um pequeno barulho de algo se chocando lá dentro.
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Atualizado até capítulo 96
Comments
Marcia Cristina Carneiro
Tem que ser uma coisa que vai transformar A vida dele 19/02/25/
2025-02-19
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