10.

Dalila narrando.

acordo com muita dor no meu pescoço, tanta dor que não consigo falar direito.

Quando minha visão pega foco, vejo que estou no meu quarto e que Maria está aqui comigo.

Dalila _ Ma..ria, cof, cof.

Maria _ shiu, não fala menina, sua garganta tá inchada.

aceno positivo com a cabeça e ela me entregar um copo com água , que quando tomo desce queimando minha garganta.

Maria _ eu sei que deve estar doendo muito, mas prometo que vou cuidar de você e isso vai passar.

Minhas lágrimas caem, e eu agradeço muito a Maria por estar do meu lado nesse momento quando percebi que não importa o que eu faça o meu pai nunca irá me vê como uma filha, o único parentesco que a gente tem é o sobrenome.

E isso me machuca muito saber que meu pai não se importa comigo, não liga pra mim, e a única pessoa que demonstrou pena pelo meu estado foi Maria a nossa empregada.

Maria _ não chora criança tudo isso vai passar, quem sabe um dia você não encontre um Prince encantado que te resgate dessa masmorra.

Ah Maria se eu pudesse falar, lhe diria que isso é um sonho bem distante de mim.

Dou um sorriso para ela que retribuir.

Duas semanas depois.

Dalila _ Maria, Maria, Maria.

Entro na cozinha atrás de Maria a chamando.

Maria _ o que aconteceu Dalila?

Ela vem na minha direção enxugando suas mão no guardanapo e me analisando com seus olhos.

Dalila _ eu queria saber onde estão minhas coisas que ganhei.

Maria me olha com seu olhar de pena e fala.

Maria _ eu sinto muito minha menina, mas a senhora Ester tomou conta de tudo, e disse que são produtos caros demais para uma moça como você usar.

Abaixo minha cabeça em sinal de decepção, poxa vida deu um enorme trabalho conseguir convencer o moço a me dar, para no final Ester ficar com tudo.

Maria _ não fique assim menina, espere um pouco.

Ela foi pra cozinha e voltou com uma caixinha pequena.

Maria _ aqui, eu sei que não é o que você está acostumada em usar mas te garanto que é de coração.

Ela me entregou a caixinha, e quando eu abri vi que era um perfume, meus olhos se encheram de água e eu simplesmente abracei Maria.

Dalila _ oh Maria obrigada, e eu te garanto que gostei muito mesmo.

Depois de agradecer a Maria, logo em seguida meu pai chega na cozinha e me olha com desdém e fala.

Alberto _ roubando de novo Dalila?

Abaixo minha cabeça com seu comentário sobre mim.

Maria _ não senhor, fui eu quem dei a ela esse perfume.

ele me olha novamente e vai embora sem dizer mais nada.

Eu não sei porque eu ainda espero que meu pai me trate bem, deve ser porque eu não tenho uma base de afeto com ninguém, agora que tenho Maria, mas não é a mesma coisa, claro não significa que eu não goste de Maria, pelo contrário eu a considero demais, mas eu esperava mais do meu pai.

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