04.

Caleb narrando.

Voltei de viagem assim que soube que Beatriz faleceu após me mandar uma carta me pedindo perdão e para que eu cuidasse de Dalila minha afilhada.

Eu fiquei muito triste por ter chegado tarde demais, triste por não ter dito adeus e um último eu te amo.

Cheguei quando já tinha enterrado ela, e eu me ajoelhei em seu túmulo e pedir perdão por te falhado, por ter desistido de nós, chorei como uma criança e não tive vergonha dos meus homens que estavam me olhando, porque eu perdi a mulher da minha vida porque eu não larguei a vida que eu levava para ficar com ela.

Eu e Beatriz tivemos uma história muito linda e apaixonada, mas quando lhe contei que era sob chefe da máfia, ela pediu para que eu largasse e ficasse com ela, mas eu disse que não podia, e foi a pior coisa que eu fiz na minha vida, porque no dia seguinte ela me deixou uma carta dizendo que não aceitaria essa vida perigosa, que não podia dormir tranquilamente sabendo que poderíamos morrer a qualquer momento vítima de outras Máfias, sem contar na vida dos nossos futuros filhos.

Semanas depois do nosso término, ela apareceu casada com Alberto, e meses depois já estava grávida, e isso foi o suficiente para eu seguir minha vida e construir minha própria família.

Isso até que deu certo tive dois filhos, na verdade um casal, Damião de 18 e Stella de 17, mas o pior que Beatriz temia aconteceu, estava fora de casa a negócios quando recebi a triste notícia que invadiram minha casa e mataram minha esposa, voltei imediatamente, encontrando a cena de minha mulher com várias perfurações no corpo, e por sorte ela escondeu nossos filhos muito bem, mas eu prometi pra mim que isso não ficaria assim, depois de muito procurar consegui vingar a morte da mãe dos meus filhos.

Depois do acontecido passei redobrar a segurança dos meus filhos e nunca mais arrumei outra mulher pra ocupar o lugar que já era ocupado por uma mulher, e eu não estou falando da minha falecida esposa, mas sim do amor da minha vida.

Então eu voltei para cumprir minha promessa a Beatriz de que cuidaria de Dalila e lhe daria toda assistência possível.

Então depois que me recuperei da dor do vazio que ficou em mim, decidi ir vê Dalila.

quando cheguei na propriedade levantei a sobrancelha ao notar que a mansão de Alberto não é mas a mesma, estava toda em decadência e como eu sou de casa devido ser padrinho de Dalila não preciso tocar a campainha e vou logo entrando.

Acho estranho não vê ninguém, mas assim que ando mas um pouco vejo uma moça vindo na minha direção parencendo distraída e como suspeitava ela acabou esbarrando em mim e logo se desculpou, e quando vi que a reconhecia logo trocamos algumas palavras antes de eu notar a roupa que usava e o que estava vestindo, quando perguntei uma mulher sem escrúpulos a tratou como se fosse uma empregadinha e isso me fez entender porque Dalila se encontrava naquela situação, quando a mulher agarrou seu braço mandando que se retirasse eu estava pronto pra reagir quando Dalila se retirou e logo em seguida a porta foi aberta e Alberto entrou por ela.

Alberto _ Caleb? o que faz aqui?

Caleb _ muito bom te vê também Alberto.

Ester_ vejo que se conhecem então vou deixar vocês à sós.

Caleb _ espere, quero que fique e escute muito bem o que vou falar aqui.

Ela como uma mulher oferecida logo se sentiu no sofá e abriu um grande sorriso.

Alberto _ o que te traz aqui velho amigo.

Alberto vem na minha direção apertando minha mão e se sentando ao lado da mulher que suponho que seja sua nova esposa.

Caleb _ você sabe muito bem o que eu vim fazer aqui.

Vejo que engole em seco e começa a ficar nervoso, e a mulher sempre mantendo seu sorriso superioridade.

Alberto _ Dalila?

Balanço a cabeça em afirmativo e vejo a mulher com olhar sem entender melhor.

Caleb _ o que foi isso que acabei de presenciar aqui alguns minutos antes de você chegar?

Alberto _ Do que está falando?

Caleb _ essa coisinha aí do seu lado estava tratando Dalila como se fosse uma empregada.

Vejo a mulher continuar seu olhar de superioridade como se tivesse certa.

Ester_ ela é uma empregadinha aqui, e você pensa que é quem pra ...

Alberto _ CALE A BOCA ESTER.

Caleb _ é isso mesmo que eu ouvir? Dalila minha afilhada está sendo tratada como empregada sabendo que ela é uma dama?

Alberto _ não é muito bem isso, estamos passando por momentos financeiros e tivemos que cortar gastos, então tivemos que colocar Dalila para ajudar Joana, já que Ester está grávida.

Caleb _ está bem se é esse o problema eu vou doar uma quantia razoável para manter a despesa da casa até você conseguir se estabilizar financeiramente novamente, e darei uma quantia a mais para que minha afilhada compre roupas novas e produtos de higiene pessoal.

Vejo os brilhos nos olhos de sua mulher quando falo em dinheiro.

Antes de sair da casa me viro e digo.

Caleb_ Antes que eu me esqueça, não quero vê mais minha afilhada trabalhando de empregadinha, segundo não quero vê ela machucada, lembre-se Alberto eu tenho olhos e ouvidos em todos os lugares.

Alberto _ eu entendi.

Caleb_ espero que sim, ainda mais porque não íamos querer uma desgraça na família né?

Alberto _ claro que não.

Vejo ele engolir em seco, coloco meu chapéu e sigo em direção ao meu carro, prometendo a mim mesmo que voltarei.

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