07.

Fico esperando uns minutos até que ele volte com as coisas e eu possa lhe pagar, olho para os lados tentando encontrar aquele homem, mas infelizmente ou felizmente não o encontrei, eu acho que ele deve ter ido embora, talvez.

Sou tirada dos meus pensamentos com o senhor Zé me chamando.

S.Zé _ aquilo está Dalila.

Dalila _ obrigada, aqui está o dinheiro.

Entrego-lhe o dinheiro e espero o troco, que para minha tristeza só vem os trocadinhos, e pro incrível que pareça o senhor Zé parece que lê a minha mente e fala.

S.Zé _ esse foi o troco que sobrou descontando o que Maria ficou devendo da compra passada.

Dalila _ entendo, então até logo.

S.Zé _ até menina Dalila.

sair com a cabeça cabisbaixa, justamente o dia que tenho a oportunidade de comprar um perfume novo já que o meu acabou faz um mês, o dinheiro simplesmente não dar.

Caminhando pela esquina pensando, coincidência eu acabei de parar em frente a uma lojinha de perfumaria, e para completar minha curiosidade é tanta que acabei entrando, afinal olhar não tira o pedaço.

Comecei a olhar e fiquei maravilhada com todos os produtos que vi, é uma pena que não possuo dinheiro suficiente pra comprar.

a única coisa que encontrei com o valor que tinha em mãos foi um batom que ainda por cima era horrível, então decidir seguir meu caminho é comprar um lanche com o pouco dinheiro que ainda tinha.

Então depois que comprei o lanche sentei num banco que tinha ali perto e comecei a comer, sem perceber que logo em seguida a presença de uma pessoa tomava conta do ambiente.

ouça uma voz familiar e direciono minha atenção a essa pessoa.

Luís _ olá senhorita,posso me sentar?

Era o homem que tinha acabado de conhecer alguns minutos atrás, se percebe acabo falando alto.

Dalila _ você é o homem que eu conheci minutos atrás.

ops, coloco a mão na boca e ele sorrir pra mim.

Luís _ vejo que não esqueceu de mim, mas esperava que você pudesse permitir que eu sentasse já que é uma dama e o banco que está sentada é o único por perto.

Dalila _ oh me desculpe eu não percebi, pode ficar a vontade eu já estava indo embora.

Antes que eu possa me levantar ele fala.

Luís _ Espera! eu não sei o seu nome, e eu já disse o meu.

O olho procurando alguma suspeita de que tem má intenção e no momento eu não encontro, somente o sorriso dele me observando, então decido retribuir o sorriso e dizer meu nome.

Dalila _ meu nome é Dalila, agora se o senhor me der licença eu preciso ir.

Luís _ espere Dalila, eu queria te pedir um favor pequeno, eu preciso ir a um lugar mas não quero levar essa sacola comigo onde contém alguns produtos de beleza pra mulher, que comprei especialmente pra minha namorada, e queria que segurasse pra mim até eu voltar, eu prometo que volto logo.

Eu nem tinha notado que ele tinha uma sacola em sua mão, meio duvidosa com suas palavras decido perguntar.

Dalila _ e porque o senhor não leva?

Ele dar um sorriso e fala.

Luís _ eu não posso, porque eu preciso ir ao um lugar onde um homem faz suas necessidades.

Coloco a mão na boca desacreditando no que eu fiz, então eu digo.

Dalila _ tudo bem senhor eu posso segurar, mas por favor não demore, eu tenho que voltar pra casa.

Luís _ sem problemas, ah e mais uma coisa meu nome é Luís, não me chame de senhor me sinto um velho.

Dalila _ mais não é?

E mais uma vez eu falo em voz alta em vez de falar no pensamento.

Luís _ para sua informação eu não sou tão velho como a senhorita está pensando.

Dalila _ me desculpe eu não quis ofender.

Luís _ tudo bem, agora vou indo e não demoro.

Ele simplesmente foi embora , e eu fiquei segurando sua sacola e as compras de casa.

sem perceber meus olhos vão em direção a sacola do homem e vejo que ele comprou os mesmos produtos que eu queria, mais infelizmente não tive dinheiro , que sorte a namorada desse homem tem.

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