06

Dalila narrando.

A frieza que meu pai fala comigo me faz pensar o que eu devo ter lhe feito de tão ruim para me odiar a esse ponto.

Espanto meus pensamentos para bem longe e sigo em direção à saída da mansão para ir a cidade fazer as compras.

Assim que me afasto sinto um vento de liberdade no meu rosto e meu sorriso é de felicidade.

Faz tanto tempo que não me sentia assim, papai praticamente me mantia presa dentro daquela casa, dizia que o mundo lá fora era perigoso de mais pra mim.

Estou indo a pé já que não tenho mordomia o suficiente para que o motorista me traga até a cidade, e confesso que prefiro assim, é tão bom sentir o vento, os cheiros das flores, me faz lembrar o quanto minha mão faz falta, oh mãe espero que esteja bem onde estiver.

Demoro um pouco para chegar na cidade, a mansão do meu pai é bem afastada da cidade, minha mãe quis assim, ela não queria viver perto dos carros barulhentos ,ela queria paz.

Mas confesso que sinto falta desse barulho todo.

Saio dos meus pensamentos quando acidentalmente esbarrei em alguém e acabei caindo de bunda no chão.

Me levanto de imediato e começo a me limpar e digo.

Dalila _ desculpe senhor, eu me distrair peço desculpas.

quando consigo alcançar os olhos do homem, vejo que estava estressado parecia que iria falar algo de ruim, mas sua feição mudou logo após dos nossos olhos se cruzar.

Ele dar um sorriso lindo por sinal e diz.

Luís _ sem problemas senhorita, está perdida?

Fico por um tempo analisando as palavras e me dou conta que não seu onde fica o mercadinho do seu Zé.

Dalila _ na verdade sim e não.

Ele me olha com a expressão de que não está entendendo.

Dalila _ desculpe senhor, mas se não fosse incomodar eu gostaria onde fica o mercadinho do seu Zé?

Ele volta a sorrir e eu acabo de perceber que eu não me informei com Maria que direção poderia seguir para chegar ao mercadinho.

Saio dos meus devaneios com a voz do homem.

Luís _ eu posso te levar lá.

Fico o olhando e caiu a fixa que ele é um estranho pra mim, e eu não posso confiar em pessoas estranhas, já ouvi muitos casos de Joana contando que houve relatos de várias mulheres serem sequestrada por pessoas estranhas que encontraram na rua, e isso me assusta.

Dalila _ não obrigado, eu não posso confiar em pessoas estranhas, com licença.

Antes que eu saia eu me pergunto em qual direção seguir, fico olhando para todos os lados e ouço uma voz atrás de mim.

Luís _ vejo que não conseguirá achar o caminho, mas responde você, eu não sou estranho meu nome é Luís Vincenso, e azar seu porque eu estou indo para lá nesse exato momento.

Ele simplesmente saiu andando me deixando no meio de pessoas mais estranhas ainda pra mim.

Não faz mal seguir uma pessoa né? afinal eu não vou estar indo com ele, só seguindo e eu acho que ele não vai perceber né?

vejo a direção que ele foi e acabo indo atrás dele o seguindo discretamente.

Depois de alguns minutos ele entrou num estabelecimento que parece ser um mercadinho.

Resolvi entrar também, e assim que entro vejo pessoas me olhando e sigo direto para o balcão onde se encontra um senhor de idade, decido perguntar se ele é o seu Zé.

Dalila _ oi, seu Zé?

ele olhou pra mim e abriu um sorriso de um bom senhor.

S.Zé_ menina Dalila, que bom que chegou já estava ficando preocupado.

fico confusa quando ele fala meu nome.

Dalila _ o senhor me conhece?

S.Zé _ claro criança, Maria me informou que você viria, agora cadê a lista para eu providenciar as coisas pra você?

Pego a lista do meu bolso e entrego pra ele.

que pega e logo vai buscar as coisas que está na lista

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