Capítulo 14 - Notícia Ruim

Allison

O rosto de ficou pálido. Segurei a mão dele, mas ele não reagiu. Ele ficou sentado ali ouvindo a pessoa do outro lado da linha, sem falar nada. Quanto mais eles falavam mais branco ele ficava. Meu coração estava disparado. Algo terrível havia acontecido. Fiquei esperando que ele dissesse alguma coisa. Qualquer coisa. Mas ele não disse.

-Eu estou indo.

Ele disse em uma voz sem emoção antes de deixar cair o telefone no seu colo e mover a mão da minha para segurar o volante.

-O que há de errado, Scott?

Perguntei, com mais medo agora do que quando ele estava no telefone.

-Vá para dentro de casa, Allison. Eu tenho que ir. A Gi sofreu um acidente. Algum maldito valeiro.

Ele fechou os olhos com força e murmurou uma maldição.

-Só preciso que você saia do carro e vá para dentro. Ligo para você quando eu puder, mas tenho que ir agora.

-Ela está machucada? Posso ir com você?

-NÃO!'

Rugiu, ainda olhando para frente.

-Não pode ir comigo. Por que você se quer perguntaria isso? Minha irmã está na UTI e inconsciente. Eu preciso ir até ela e eu preciso que você saia do carro.

Ele estava sofrendo e com medo. Eu entendia isso. Mas eu queria estar lá com ele. Eu o amava e eu não o queria sofrendo sozinho.

-Scott por favor, me deixe ir com você.

-SAIA DO CARRO!

Gritou tão alto que doeu meus ouvidos.

Atrapalhei-me com a maçaneta da porta e peguei minha bolsa.

Ele ligou o motor e continuou olhando para frente, enquanto seus dedos ficaram brancos de segurar o volante com tanta força, assim como o seu rosto. Eu queria  dizer algo mais, mas ele estava tão chateado que eu estava com medo do que ele iria fazer. Ele não queria me ouvir falar nem se quer olhar para mim.

Não queria chorar na frente dele. Ele não precisava disso agora. Eu saí do carro o mais rápido que pude.

Antes que pudesse fechar a porta totalmente, ele deu ré e manobrou o carro para estrada.

Permaneci ali e o observei enquanto ele ia embora. Não poderia ajudá-lo. Não era desejada lá.

As lágrimas corriam livremente pelo meu rosto agora.

Ele estava sofrendo. Meu coração se partiu por ele. Quando ele chegar lá e a visse, ele iria me ligar. Tinha que acreditar nisso.

Queria ligar para ele e faze-lo conversar comigo, mas meus ouvidos e meus coração ainda doíam por causa das palavras dele.

Finalmente me virei para olhar para casa. Era grande, imensa e escura. Nada era acolhedor nela sem Scott. Não queria ficar aqui sozinha, mas não tinha um carro para dirigir até Yngrid.

Não devia ter me mudado do apartamento de Yngrid. Tinha sido rápido demais. Tudo com Scott havia acontecido muito rápido. Agora, tudo estava prestes a ser testado.

Eu não tinha certeza se estava pronta para esse teste. Ainda não.

Ligar para Yngrid e dizer a ela que precisava de uma carona para o trabalho e que Scott havia ido embora não era algo que estava disposta a enfrentar nessa noite.

Ela iria encontrar algo de errado nisso e iria me fazer sentir ainda pior. Entendi o medo de Scott e a maneira como ele reagiu e foi embora, mas Yngrid não entenderia. Pelo menos eu achoque ela não entenderia.

Scott tinha aos olhos dela, ganhado alguns pontos a favor dele, quando ele colocou o anel no meu dedo, E queria manter as coisas assim.

Abri minha bolsa para pegar as chaves quando percebi que não as tinha trazido. Scott tinha me lavado para o trabalho. Não tinha pensado que eu iria precisar delas.

Olhando para a casa escura estava quase aliviada de que não teria que fiar lá sozinha esta noite.

O clube ficava apenas cinco quilômetros daqui. Podia andar isso. E então o apartamento da Yngrid ficava a apenas uma caminhada curta do clube.

A brisa da noite e o tempo não estava tão ruim. Coloquei minha bolsa de volta em meu ombro e comecei a descer a entrada de tijolos em direção á estrada.

Demorou cerca de uma hora e quinze minutos para chegar até Yngrid.

Seu carro não estava no estacionamento. Havia uma boa chance de ela estar com Cooper esta noite. Acho que deveria ter pensado nisso. Parei e olhei para a porta do apartamento.

Não tinha energia para voltar atrás. Minha teimosia em não ligar para pedir uma carona estava me  irritando.

Abaixei-me e levantarei o tapete. Lá na laje de cimento estava a chave esteva.

Ela deve ter colocado de volta depois que me mudei. Ela só tinha parado de esconder a chave ali porque eu tinha pedido.

Hoje á noite ela tinha sido de muita valia. De qualquer maneira, duvidava que ela voltasse para casa até amanhã.

Pelo menos não teria que dizer a ela sobre tudo o que aconteceu, hoje á noite.

Carreguei a chave para dentro comigo e em seguida, fui para o meu banheiro para tomar um banho.

Scott tinha insistido que ela mantivesse a cama que ele tinha comprado no segundo quarto, em vez de levá-la quando eu me mudei.

Outra coisa que eu importei ser grata esta noite.

                                                                            

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