Capítulo 10 - Decepção

Allison

O telefone celular que Scott tinha comprado para mim estava no bar da cozinha quando saí do meu quarto.

Era a terceira vez esta semana que ele o deixava e, algum lugar para eu encontrar. Desta vez, ele tinha uma nota anexada. Eu o peguei. Pense sobre o bebê. Você precisa disto para emergências.

Isso foi um golpe baixo. Sorrindo peguei o telefone e o coloquei no bolso. Ele não ia desistir até que eu aceitasse. Hoje era minha segunda consulta médica.

Eu disse a Scott sobre ela em nosso terceiro encontro na segunda á noite.

Ele estava muito determinado a me levar a encontros a semana toda. Ontem á noite, eu implorei a ele para apenas ficar em casa e assistir a um filme. Ele tinha feito o seu ponto.

Todos na cidade tinha nos visto juntos. Eu tinha certeza de que todos eles estavam cansados de nos ver juntos por horas. O pensamento me fez abri um sorriso ainda maior.

Tirei o telefone do meu bolso. Esqueci de lembrar ao Scott sobre a consulta de hoje na noite passada. Agora eu tinha um telefone assim podia ligar para ele.

Seu nome era o primeiro na minha lista de contatos favoritos. Eu não fiquei surpresa. O telefone tocou três vezes antes de responder.

📱

-Ei, eu preciso chamá-la de volta.

Disse a voz do Scott em um tom irritado.

-Ok, mas...

Eu comecei a dizer quando ele abafou o telefone para falar com alguém. O que estava acontecendo?

-Você está bem?

Ele retrucou.

-Sim, estou bem, mas...

-Depois ligo de volta para você.

Ele me interrompeu antes que eu pudesse terminar, então ele terminou a chamada. Sentei lá e olhei para o telefone.

📱

O que tinha acontecido?

Talvez devia ter perguntado se ele estava bem.

Quando ele não ligou de volta nos próximos dez minutos decidi que seria melhor me vestir para a minha consulta. Certamente ele chamaria de volta antes que fosse hora de sair.

Uma hora mais tarde e ele ainda não tinha ligado de volta. Eu debati em chamá-lo ou não.

Talvez ele tivesse esquecido que eu havia chamado. Eu sempre podia pegar o carro de Yngrid e ir para a minha consulta. Na segunda-feira, quando disse a ele sobre isso ele parecia animado em ir. Não podia deixá-lo.

Apertei o seu numero novamente.

📱

O telefone tocou quatro vezes.

-O que?

A voz de Giovanna me assustou.

Ele estava na casa da Giovanna?

-Uh, hum...

Não estava certa sobre o que dizer a ela. Eu não podia dizer a ela sobre a minha consulta.

-O Scott está?'

Perguntei, nervosa.

Giovanna soltou uma risada dura.

-Inacreditável. Ele disse que iria chamá-la de volta. Por que não lhe dá algum espaço para respirar? Scott não atende suas carências. Ele está visitando sua família. Minha mãe e meu pai estão aqui e estamos nos preparando para ir a um almoço de família. Quando ele estiver pronto para falar com você que ele vai.

Então ela desligou.

📱

Afundei na cama.

Ele estava tendo um almoço em família com sua irmã, mãe e meu pai. Foi por isso que ele desligou na minha cara? Ele não queria que eu soubesse que ele estava com eles.

Seu almoço de família vinha antes de mim e do bebe. Isso era o que eu esperava, mas então ele vem sendo tão doce e protetor. Eu estava sendo carente?

Não era uma pessoa carente, mas tinha me transformado em uma. Não tinha?

Levantando-me, coloquei o telefone na casa. Não quero mais isso.

O ódio na voz de Giovanna quando ela me disse que eles estavam comendo com o seu pai me provocou.

Peguei minha bolsa. Tinha tempo para caminhar até os escritórios e pegar emprestado o carro da Yngrid.

Estava suando no momento em que chequei aos escritórios. Tanta coisa para parecer bem para o meu compromisso.

Isso realmente não importava. Era o menor dos meus problemas. Subi as escadas e Carla me encontrou quando ela estava saindo.

-Você não trabalha hoje.

Afirmou, quando ela me viu.

-Eu sei. Eu preciso pedir emprestado o carro da Yngrid. Eu tenho uma consulta médica em Destiyijn que eu... uh... esqueci.

Odiava mentir, mas dizer a verdade para ela era apenas mais do que eu poderia suportar.

Carla me estudou por um momento, em seguida, enfiou a mão no bolso da calça e tirou as chaves.

-Tome meu carro. Vou estar aqui o dia todo. Não preciso disso.

Queria abraçá-la, mas não o fiz.

Não tinha certeza se estaria confortável com esse tipo de reação a uma simples consulta médica.

-Muito obrigada. Eu vou colocar gasolina nele.

Eu a assegurei. Ela assentiu e acenou-me. Desci correndo os degraus e subi em seu carro em direção a Destiyijn.

A unidade não era ruim e só tive que esperar 15 minutos antes de me chamarem de volta para a sala de exame.

A enfermeira era toda sorrisos quando ela puxou uma máquina com uma pequena tela nela.

-Você está apenas com 10 semanas de modo que para ouvir o coração do bebê vamos precisar fazer um ultrassom. Devemos ouvir os batimentos cardíacos e ver um bebezinho lá, também.

Explicou.

Ia ver o meu bebe e ouvir seus batimentos cardíacos. Isto era verdadeiro. As poucas vezes que imaginei este dia, não imaginava estar sozinha. Tinha pensado que alguém estaria comigo.

E se eles não conseguirem encontrar um batimento cardíaco? E se algo estiver errado? Não queria ficar sozinha com isso. O médico entrou com um sorriso reconfortante.

Você parece assustada. Este é um momento feliz. Todos os seus sinais vitais estão bons. Não há necessidade de estar tão nervosa.

Assegurou-me.

-Agora deite de volta.

Fiz o que ele instruiu e a enfermeira colocou minhas pernas nos estribos.

-Você não está com muito tempo para poder fazer o exame externamente e ser capaz de ver ou ouvir o bebê. Precisamos fazer um ultrassom transvaginal o que significa que precisamos fazer pela vagi%&na. Isso não machuca. Você vai sentir um pouco da pressão da varinha, isso é tudo.

Explicou a enfermeira. Eu não estava os assistindo. A ideia dele enfiar uma varinha só fez isso pior. Eu me concentrei na tela.

-Ok, aqui vamos nós. Fácil, fique tranquila.

O médico instruiu. Eu assistia a tela em preto e branco, esperando pacientemente por algo que se assemelhasse a um bebê.

Um pequeno som batendo encheu a sala e parecia que meu próprio coração tinha parado de bater.

-Isso é...

Perguntei, de repente, incapaz de dizer qualquer outra coisa.

-Está tudo bem. Batendo também. Bom e forte.

Respondeu o médico.

Eu olhei para a tela e a enfermeira apontou para o que parecia ser uma pequena ervilha.

-Lá está, ele ou ela. Tamanho perfeito para 10 semanas.

Eu não conseguia engolir o caroço na minha garganta. As lágrimas rolaram pelo meu rosto, mas eu não me importava.

Eu apenas sentei paralisada olhando para o pequeno milagre na tela enquanto o seu batimento cardíaco enchia a sala.

-Você e o bebê estação excelentes.

Disse o médico enquanto ele lentamente puxava o instrumento de dentro de mim e a enfermeira puxava meu vestido e me dava a mão para levantar-me.

-Um pouco de secreção tingida de sangue é perfeitamente normal após este procedimento, portanto, não se assuste.

Disse o médico, levantando-se e indo até a pia para lavar as mãos.

-Continue a tomar as vitaminas pré-natais e volte para me ver em quatro semanas.

Balancei a cabeça. Ainda estava assombrada.

-Aqui está.

A enfermeira disse, entregando-me pequenas fotos do meu ultrassom.

-Estas são as minhas?'

Perguntei, olhando para as fotos do meu bebê.

-É claro que elas são.

Ela respondeu com um tom divertido.

-Obrigada.

Disse enquanto olhava para cada uma delas e, encontrei a pequena ervilha que, eu sabia estava viva dentro de mim.

-De nada.

Ela deu um tapinha no meu joelho.

-Você pode se vestir agora. Tudo parece ótimo.

Balancei a cabeça e limpei outra lágrima que tinha caído livre e estava rolando pelo meu rosto.

                                                                

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