Capítulo 5 - A Verdade

Scott

Allison me empurrou para trás e pulou do balcão antes que eu pudesse colocar minha cabeça no lugar depois daquele orgasmo.

-Espere, eu preciso te limpar.

Disse a ela. Realmente só queria limpá-la.

Adorava fazer isso. Não, eu absolutamente amava fazer isso.

Sabendo que estive dentro dela estava cuidando dela fazia algo comigo.

-Você não precisa me limpar. Eu estou bem.

Respondeu enquanto estendeu a mão para seu vestido descartado e colocou-o de volta sem fazer contato visual comigo. Mer*#&a. Será que eu tinha entendido errado?

Pensei que ela quisesse isso. Não. Eu sabia que ela queria. Ela tinha estado tão incrivelmente faminta pro isso.

-Ali, olhe para mim.

Implorei.

Parando, ela respirou e levantou os olhos para encontrar os meus. A tristeza. presente em seus olhos estava misturada com outra coisa. Constrangimento?

Certamente não. Estendi a mão e segurei seu rosto.

-O que há de errado? Eu fiz algo que você não queria? Porque eu estava tentando não perder o controle. Estava realmente tentando fazer o que você queria.

-Não. Você... você não fez nada de errado.

Ela baixou os olhos dos meus novamente.

-Eu só preciso pensar. Eu preciso de algum espaço. Eu não... eu não estava... Não devíamos ter feito isso.

Esfaquear o meu peito teria sido menos doloroso. Queria puxá-la para mim e dar uma de homem das cavernas alegando que ela era minha e não podia me deixar.

Mas, então, não podia perde-la. Não podia passar por isso novamente. Tinha que fazer isso da maneira dela. Deixei minha mão cair do rosto dela e dei um passo para trás para que ela pudesse sair.

Allison levantou o rosto para olhar para mim de novo.

-Sinto muito!

Sussurrou, em seguida abriu a porta e fugiu.

Ela tinha acabado de mandar meu mundo para o espaço com se*%%^xo incrivelmente quente e ela sentia muito. Fantástico.

Quando finalmente sai do banheiro Allison tinha ido embora. Cooper sorriu e Yngrid criou justificativas para ela. Não queria mais estar ali, também.

Depois de ter certeza de que tudo pesado tinha sido removido e de que a mala e a caixa da Allison tinham sido embaladas, fui embora. Não podia ficar ali, enquanto os dois me observavam. Eles tinham nos ouvidos.

Allison não tinha sido discretas. Não estava vergonhado, estava apenas cansado deles me olhando e esperando que eu dissesse alguma coisa para explicar a saída de Allison.

Dei a Allison alguns dias para ela vir até mim. Ela não tinha vindo. Não fiquei surpreso. Mas ela tinha pedido espaço e eu tinha dado a ela todo o espaço que poderia aguentar.

Não chamei ninguém para jogar uma partida de golfe comigo. Não queria ninguém por perto quando Allison aparecesse. Nós precisávamos conversar. Sem distrações ou desculpas para ela fugir.

Isso tinha soado como um plano seguro, mas depois de seis barracos e sem nenhuma garota do carrinho eu estava começando a questionar. Assim que estava prestes a ir para o próximo buraco ouvi o som do carrinho.

Parei e me virei. O sangue que tinha começado a bombear em minhas veias com a ideia de ver Allison aqui, e te-la sozinha parou, quando percebi que era aquela menina loira que eu vi treinar algumas vezes com Yngrid. Me*&$da.

Balancei minha cabeça e a dispensei. Eu não queria uma bebida dela. Ela sorriu e seguiu em frente para a próxima parada.

-Está quente aqui fora. Tem certeza que você não quer alguma coisa?'

A voz da Brenda perguntou e eu olhei para trás para vê-la andando até mim vestida com uma saia de tênis branca e polo.

Há dez anos atrás ela também tinha tido muito interesse em tênis.

-Garota do carrinho errado.

Respondi e esperei até que ela me alcançasse.

-Você só compra de uma?

-Sim.

Brenda pareceu pensativa e depois assentiu.

-Entendo. Você tem uma queda por uma garota do carrinho.

"Uma queda'' nem chegava perto.

Coloquei meu saco de golfe em cima do meu ombro e comecei a caminhar para o próximo buraco.

Não ia responder a esse comentário.

-E ele fica irritado quando se fala sobre isso.

Brenda brincou. Isso me irritou.

-Ou apenas não é da sua conta!

Ela deixou escapar um assobio baixo.

-Então é mais do que uma queda!

Parei e nivelei o meu olhar com o dela. Só porque ela tinha sido minha primeira tran*%#a não significava que tínhamos qualquer tipo de vínculo ou amizade. Isso estava me irritando.

-Esquece isso.

Avisei.

Brenda pós as mãos nos quadris e seu queixo caiu.

-Oh meu Deus... Scott McLean se apaixonou. Pu*^%%a me*^%%rda! Eu nunca pensei que veria o dia.

-Você não me vê há dez anos, Brenda. Como diabos você saberia alguma coisa sobre mim?'' O rosnado irritado na minha voz nem ao menos a fez recuar.

-Ouça, McLean. Só porque você não me viu em dez anos não significa que não tenha visto ou ouvido falar de você. Estive de volta á cidade várias vezes, mas você estava sempre festejando na casa dos McLean e ferrando cada modelo com corpo perfeito que vinha na sua direção. Eu não vi razão em aparecer de volta na sua vida. Mas sim, eu vi você e como o resto desta cidade eu sei que você é um belo jogador rico, que pode ter quem você quiser.

Soava superficial. Não gostava da imagem que ela tinha pintado de mim.

Será que Allison me via desse jeito? Não só, ela não confia em mim para escolhe-la e protege-la, mas ela também deve pensar que vou simplesmente seguir em frente quando alguém aparecer. Certamente ela sabe que não é verdade.

-Ela é incrível. Não... ela é perfeita. tudo nela é simplesmente perfeito.

Falei em voz alta, em seguida, voltei o meu olhar para Brenda.

-Eu não apenas a amo, ela me possui completamente. Eu faria qualquer coisa por ela.

-Mas ela não se sente da mesma forma?

Brenda perguntou.

-Eu a machuquei. Não do jeito que você está pensando também. A maneira como eu a machuquei é difícil de explicar. Há tanta dor no que aconteceu  que não sei se jamais conseguirei te-la de volta.

-Ela é uma garota do carrinho?

Ela estava realmente encucada com a coisa da garota do carrinho.

-Sim, ela é.

Parei e me perguntei se eu deveria dizer-lhe exatamente quem era Allison. Dize-lo em voz alta para alguém e admitir isso poderia me ajudar a colocar as coisas no lugar e fazer sentido delas.

-Ela e Gi tem o mesmo pai.

Eu não quis dizer isso desse jeito.

-Mer*##&&da!

Brenda murmurou.

-Por favor, me diga que ela não é nada como a sua irmãzinha do mal.

Gi tinha poucos fãs. Eu nem sequer recuei com a acusação de que ela era do mel. Ela trouxe isso para si mesma.

-Não. Ela não tem nada a ver com Gi.

-Por que não vamos almoçar e você pode me contar tudo sobre esta situação muito estranha, e vou ver se consigo chegar a algum conselho sábio, ou pelo menos a um conselho feminino.

Eu precisava de qualquer conselho que eu pudesse receber. Não havia mulheres na minha vida a quem eu pudesse pedir ajuda.

-Sim, tudo bem. Parece bom. Você me dá qualquer conselho que eu possa usar e o almoço é por minha conta.

Allison

Este foi o segundo dia que acordei sem passar mal. Até deixei Yngrid fritar bacon para me testar antes de vir para o meu turno do almoço. Pensei que se eu podia sobreviver ao bacon, então poderia fazer isso.

Meu estômago se revirou e tinha ficado enjoada, mas não tinha vomitado. Eu estava melhorando.

Liguei para Fernando e lhe assegurei que ficaria bem. Ele me disse para vir, porque eles estavam com a equipe reduzida e ele precisava de mim. Diego estava de pé na cozinha sorrindo quando entrei trinta minutos antes do turno do almoço.

-Aí está a minha garota. Fico feliz que o vírus estomacal foi embora. Está parecendo que você perdeu dez quilos. Quantos tempo você ficou doente?

Fernando havia dito a Duncan e a qualquer outra pessoa que perguntou que eu tinha umvírus e estava me recuperando. Só tinha trabalhado em dois turnos no período e nunca me deparava com os funcionários da cozinha enquanto estava no campo com o carrinho.

-Provavelmente perdi algum peso. Eu tenho certeza que vou ganhar de volta em breve.

Respondi e o abracei.

-É melhor que você ganhe mesmo ou vou empurrar rosquinhas garganta abaixo até que eu possa colocar minhas mãos em torno de sua cintura e os meu dedos não possam se tocar.

Isso pode ser mais cedo do que ele pensa.

-Uma rosquinha agora seria de grande valia.

-É um encontro. Depois do trabalho. Você, eu, e um pacote de doze rosquinhas. Metade coberta com chocolate.

Duncan disse e me entregou meu avental.

-Parece bom. Você pode vir ver minha casa nova. Eu vou ficar com a Yngrid em um apartamento na propriedade do clube.

As sobrancelhas de Duncan levantaram.

-Não me diga. Vejo só, veja só se não temos uma pretensiosa aqui?'

Amarrei meu avental e coloquei minha caneta e um bloco no bolso da frente.

-Eu pego o primeiro round, se você preparar as saladas e fizer o chá doce.

Duncan piscou.

-Fechado.

Eu saí para o salão e felizmente os únicos clientes era dois cavalheiros mais velhos que eu tinha visto antes, mas que eu não sabia os nomes. Anotei seus pedidos e servi para ambos uma xícara de café antes de voltar para verificar as saladas.

Duncan já tinha duas feitas para mim e as estava segurando quando eu caminhei de volta para a cozinha.

-Aqui vamos nós, coisa gostosa.

Ele disse.

-Muito obrigada, lindo,

Respondi pegando as saladas e indo em direção ao salão.

Entreguei as saladas e anotei os pedidos de bebidas dos clientes novos. Então voltei para pegar a água com gás e a ága mineral com limão deles.

Ninguém nunca pedia água por aqui.

Duncan estava saindo pela porta da cozinha quando cheguei lá.

-Acabei de atender as duas mulheres que parece que saíram das quadras de tênis. Eu acho que eu vi a Diana. Não é ela a recepcionista hoje? De qualquer forma acho que a vi conversando com mais clientes por isso deve haver uma mesa esperando para ser atendida.

Ele me saudou e voltou para o salão.

Rapidamente terminei de pegar as águas especias e coloquei os dois pedidos de bisque de caranguejo, que os homens haviam pedido, na minha bandeja e então retornei para o salão quando a expressão de pânico de Duncan chamou minha atenção.

-Eu levo isso.

Ele disse, estendendo a mão para pegar a minha bandeja.

-Você nem sabe onde levar. Eu posso carregar uma bandeja, Duncan.

Respondi revirando os olhos. Ele nem sabia que eu estava grávida e ele estava sendo tolo...

Então eu o vi... ou eles. Duncan não estava sendo tolo. Ele estava me protegendo.

A cabeça de Duncan estava inclinada para frente enquanto ele falava sobre algo que causava uma expressão intensa e séria no rosto dele.

A mulher tinha longos cabelos escuros.

Ela era deslumbrante. As maçãs do rosto dela eram altas e perfeitas. Longos e pesados cílios delineavam seus olhos escuros.

Eu ia passar mal. Minha  bandeja sacudiu e Duncan estava tomando ela de mim. Eu deixei. Eu estava prestes a deixá-la cair.

Ele não era meu. Mas... eu estava carregando o bebê dele. Ele não sabia. Mas, ele tinha feito amor comigo, não ele tinha me ferrado, no banheiro da Yngrid há apenas três dias atrás. Isso machucou tanto.

Engoli em seco, mas senti minha garganta quase fechada. Duncan estava dizendo algo para mim, mas eu não poderia compreende-lo. Eu era incapaz de fazer qualquer coisa a não ser olhar para eles. Ele se inclinou tão perto dela como se ele não quisesse que ninguém ouvisse o que ele estava dizendo.

Os olhos dela desviaram de Scott e encontraram os meus. Eu a odiava. Ela era linda e refinada e tudo o que eu não era.

Ela era uma mulher. Eu era uma garota. Uma garota patética. Que precisava dar o fora daqui e parar de fazer uma cena. Mesmo que fosse uma cena em silencio, eu ainda estava congelada de pé olhando para ele.

Ela me estudou e um pequeno franzido surgiu em sua testa. Eu não a queria perguntando ao Scott sobre mim e me apontando. Eu me virei e fugi do salão.

Assim que eu estava fora da vista dos clientes, comecei a correr e corri direto para o peito duro de Fernando.

-Calma aí bebê! Para onde você está correndo? Ainda é muito para você?

Perguntou colocando o dedo embaixo do meu queixo e levantado minha cabeça para que ele pudesse ver meu rosto.

Balancei minha cabeça e uma lágrima escapou. Eu não ia chorar por isso, droga. Eu tinha pedido por isso. Eu o afastei.

Eu tinha ido embora depois do se*%#^&xo incrível.

O que eu esperava? Que ele fosse por ai sentado ansiando por mim? Definitivamente.

-Desculpe, Fernando. Só me de um minuto e eu vou ficar bem. Prometo a você. Eu só preciso de um momento para me recompor.

Ele concordou com a cabeça e correu a mão dele para cima e para baixo no meu braço de uma maneira confortante.

-O Scott está lá?

Perguntou quase hesitante.

-Sim'!

Disse de forma sufocada, forçando as lágrimas que enchiam meus olhos a irem embora. Respirei fundo e pisquei, mandando as lágrimas embora. Eu não ia fazer isso. Eu estava indo controlar minhas emoções loucas.

-Ele está com alguém?

Fernando perguntou.

Apenas assenti. Não queria dizer isso.

-Você quer ir ao meu escritório e relaxar um pouco? Esperar até que eles tenham ido embora?

Sim. Eu queria ir me esconder disso, mas eu não podia.

Eu tinha que aprender a conviver com isso.

Scott ficaria em Roseville por mais um mês. Eu tinha que aprender a lidar com isso.

-Eu posso fazer isso. Foi apenas uma surpresa. Isso é tudo.

Fernando levantou o olhar e uma expressão fria tomou conta do seu rosto.

Vá embora. Isso não é o que ela precisa agora.

Fenando disse em um tom irritado e duro.

-Tire a droga das suas mãos dela.'

Scott respondeu.

Eu me afastei do abraço de Fernando e mantive meus olhos para baixo.

Eu não queria vê-lo, mas também não queria que ele e Fernando brigassem. Fernando, parecia pronto para lutar pela minha hora. Eu não tinha ideia de como Scott parecia, porque eu não iria olhar e verificar.

-Estou bem. Fernando. Obrigada. Vou voltar a trabalhar.

Murmurei e comecei a voltar para a cozinha.

- Allison, não. Converse comigo.

Scott pediu.

-Você já fez o suficiente. Deixe-a em paz, Scott. Ela não precisa disso vindo de você. Não agora.

Fernando gritava.

-Você não sabe de nada.

Scott rosnou e Fernando deu um passo na direção dele.

Fernando ou iria deixar escapar que eu estava grávida e deixar muito óbvio que ele sabia sim de alguma coisa ou ele ia começas a trocar socos com Scott.

Mais uma vez era a hora de eu supera isso e corrigir as coisas.

Eu me virei e fui ficar na frente de Scott. Olhei para Fernando.

-Está tudo bem. Só me de um minuto com ele. Vai ficar tudo bem. Ele não fez nada de errado. Eu estava apenas sendo emotiva isso é tudo.

Disse a ele.

A mandíbula de Fernando se moveu para frente e para trás conforme ele rangia os dentes.

Manter a boca fechada foi bastante difícil para ele. Ele finalmente concordou com a cabeça e afastou-se.

Eu tinha que enfrentar Scott agora.

-Allison..

Scott disse suavemente enquanto ele estendeu a mão e pegou a minha.

-Por favor, olha para mim.

Eu podia fazer isso. Tinha que fazer isso. Virei-me deixando Scott continuar segurando a minha mão na dele. Devia removê-la, mas eu ainda não podia.

O tinha visto com uma mulher que provavelmente estava mantendo a cama dele quente á noite, enquanto eu continuava a afastá-lo, eu estava perdendo ele.

Assim como o nosso bebê também o estava perdendo. Mas então, nós realmente alguma vez o tivemos?

Ergui os olhos e encontrei o olhar preocupado dele. Ele não gostava de me chatear. Eu amava isso nele.

-Está tudo bem. Exagerei. Estava apenas, hum, surpresa. É tudo. Deveria saber que você já teria seguido em frente. Eu só...

-Pare com isso.

Scott me interrompeu e me puxou contra ele.

-Eu não segui em direção alguma. O que você acha que viu, você não viu. Brenda é uma velha amiga. Isso é tudo. Ela não significa nada para mim. Eu vim aqui procurando você. Eu precisava ver você e fui jogar golfe. Você não estava lá. Esbarrei com Brenda. E ela sugeriu que almoçássemos. É isso. Eu não tinha ideia que você estava aqui trabalhando. Eu nunca teria feito isso. Mesmo não tendo feito nada. Eu te amo, Allison. Só você. Eu não estou com ninguém. Eu nunca vou estar.

Queria acreditar nele.

Mesmo isso sendo egoísta e errado como era, queria acreditar que ele me amava o suficiente para não precisar de ninguém. Mesmo se eu estivesse o afastando para longe de mim. Estava mentindo para ele. Eu odiava mentirosos. Ele iria me odiar também se não dissesse para ele em breve.

Não queria que ele me odiasse. Mas não podia confiar nele. Será que mentir fazia disso algo certo? Mentir alguma vez era certo? Como ele poderia confiar em mim?

-Estou grávida.

As palavras saíram de mim antes que eu percebesse o que estava fazendo. Cobri minha boca com horror enquanto os olhos do Scott se arregalavam. Então me virei e corri como uma condenada.

                                                                           

Scott

Meu pé estava cimentado ao chão. Mesmo enquanto eu assistia Allison correndo de mim não pude me mexer. Eu tinha sonhado isso? Era isso uma alucinação desesperada? Eu estava ficando mal assim?

-Se você não for atrás dela, eu vou.

A voz de Fernando quebrou meus pensamentos e sai do meu estado de choque.

-O que?

Perguntei, encarando-o. Eu o odiava. Bater na cara dele era uma coisa que eu de repente fantasiei.

-Eu disse que se você não for atrás dela, eu vou. Ela precisa de alguém agora. Por mais que eu não queira que seja você, porque você não a merece, precisa ser você.

Ele sabia que ela estava grávida? Meu sangue começou a ferver. Ela tinha contado a Fernando que ela estava grávida e não tinha me contado?

-Eu estava aqui na primeira manhã que ela sentou trabalhar o cheiro do banco a mandou cambaleando para o banheiro para vomitar. Então sim eu já sabia. Tire esse olhar louco e possessivo e vá alcançá-la.

O tom de Fernando estava atado com desgosto.

-Ela tem estado ruim?'

Eu não sabia que ela estava ruim. Meu peito doeu. Ela tem estão ruim sozinha. Eu a deixei sozinha e ela tem sofrido. O ar não estava chegando aos meus pulmões.

-'Sim, Seu estúpido de merda, ela tem ficado ruim. Isso acontece a situação dela. Mas ela está ficando melhor. Agora estou prestes a me virar e ir atrás dela. Se mexa.

Fernando alertou. Quebrei-me numa corrida.

Não foi antes de sair atrás do prédio e olhei para cima na colina que a achei.

Ela ainda estava correndo. Estava através dos condomínios. Ela estava voltando para a casa.

Fui atrás dela. Ela estava grávida. Não deveria estar correndo jeito? E se for ruim para o bebê? Ela precisava diminuir o ritmo.

Allison, pare. Espere.

Gritei quando estava perto o suficiente. Ela diminuiu o passo e finalmente parou quando a alcancei.

-Desculpe-me.

Soluçou com as mãos no rosto.

-O que você está se desculpando?

Perguntei, encurtando a distancia entre nós e a puxando contra mim. Eu não estava mais preocupado de assusta-la. Eu não a deixaria ir a nenhum lugar.

-Isso. Tudo. Eu estar grávida.

Sussurrou, dura em meus braços.

Ela estava pedindo desculpas. Não. Ela não iria pedir desculpas por isso.

-Você não tem nada que pedir desculpas. Nunca mais me peça desculpas de novo. Você me escutou?

Alguma tensão de seu corpo aliviou e ela apoiou-se contra mim.

-Mas eu não te contei.

Não, ela não tinha me contado mas eu entendi. Era uma merda, mas entendi.

-Queria que você tivesse me dito. Nunca iria deixar você passar mal sozinha. Eu teria tomado conta de você. Eu irei tomar conta de você agora. Eu vou te compensar. Eu juro.

Allison balançou a cabeça e se afastou de mim.

-Não, eu não posso. Nos não podemos fazer isso. Não te contei por uma razão. Nós... Nós precisamos conversar.

Eu queria cuidar dela e, ela não estava me deixando. Mas se ela precisava conversar sobre isso, então eu ia conversar.

-Ok. Vamos para sua casa já que estamos mais perto.

Allison assentiu e virou-se para andar através do condomínio no qual estava correndo antes.

Cooper tinha dito que Fernando tinha as deixado ficarem ali pelo mesma quantia do velho apartamento da Yngrid.

Ele pensou que Fernando estava pensando em usar isso para cancelar imposto ou alguma coisa assim. Eu entendi agora.

Ele estava fazendo isso pela Allison.Ele estava tomando conta dela.

Agora ele não iria mais. Eu vou cuidar do que é meu do aluguel nesse lugar. Fernando não estava cuidando de Allison . Ela era minha.

Eu a vi se abaixar e pegar a chave embaixo do tapete. Esse era o pior lugar para se esconder uma chave.

Eu iria lidar com isso mais tarde também.

Não conseguiria dormir á noite sabendo que ela tinha uma chave escondida debaixo do tapete da porta da frente para qualquer um entrar.

Allison abriu a porta e deu um passo para trás.

-Entre.

Entrei e peguei a mão dela comigo quando passei por ela.

Ela poderia querer me dizer todas as razões que nós não poderíamos ficar juntos, mas eu iria ficar tocando nela enquanto ela falasse.

Precisava saber que ela estava bem. Tocando sua mão me acalmava.

Ela fechou a porta e me deixou puxa-la  para o sofá. Sentei-me e puxei-a para o meu lado.

Eu queria colocá-la no meu colo, mas fiquei preocupado, seu olhar nervoso me parou. Ela precisava falar e eu iria deixar.

-Deveria ter te contado. Estou arrependida de não dizer. Eu iria falar; talvez não do jeito que fiz hoje, mas eu iria te contar. Eu só precisava de tempo para decido onde eu iria depois e o que eu iria fazer da minha vida Eu queria economizar e recomeçar em algum lugar novo. Pelo bebê. Mas eu iria te contar..

Ela iria me contar e depois me deixar? O pânico me agarrou. Ela não poderia fazer isso.

-Você não pode me deixar.

Disse o mais direto que pude. Ela precisava entender isso. Allison deixou cair seu olhar intenso do meu e estudou suas mãos. Entrelacei meus dedos com os dela.

Era tudo o que me deixava calmo nesse momento.

-Scott..

Ela disse suavemente.

-Não quero que o meu bebê se sinta indesejado.

Sua família...''

Ela ficou para trás e seu rosto ficou pálido.

-Minha família vai aceitar o que eu falar para aceitar. Se  não, eu irei pegar você e meu bebe e deixá-las pagar suas malditas contas sozinhas. Você vem primeiro, Allison!

Ela balançou sua cabeça e arrancou sua mão da minha e levantou.

-Não. Você diz isso agora, mas não é  verdade. Não foi verdade á um mês atrás e não é verdade agora. Você sempre irá escolher elas á mim. Ou pelo menos Giovanna. Tudo bem. Entendo, só não consigo viver com isso. Não posso ficar aqui.

Não falar para ela do seu pai vai me assombrar pelo resto da minha vida.

Minha necessidade de proteger a Gi tinha estragado a única coisa importante para mim.

Eu me levantei e andei em direção a ela e ela foi indo para trás até se encostar a parede.

-Ninguém. Vem Antes. De você.

Os olhos dela se encheram de lágrimas e ela balançou a cabeça.

Odiava que ela não acreditava em mim.

-Eu te amo. Quando você entrou na minha vida eu não te conhecia. Gi era a minha prioridade. Mas você mudou isso. Você mudou tudo. Eu iria te contar, mas minha mãe chegou em casa muito cedo. Eu estava morrendo de medo de perder você, e acabei de qualquer jeito. Nada irá te afastar de mim novamente. Eu passarei o resto da minha vida provando pra você que eu te amo. Você e esse bebê..

Toquei sua barriga e ela tremeu.

-Vem primeiro.

-Eu quero acreditar em você.'

Disse através de um soluço.

-Deixa eu provar isso pra você. Se você me deixar eu não posso provar. Você tem que ficar comigo, Ali. Você tem que me dar uma chance.

Uma lágrima escorreu por sua face.

-Eu irei ficar grande e gorda. Bebês choram a noite toda e custam dinheiro. Eu não serei a mesma. Nós não seremos os mesmos. Você irá se arrepender.

Ela realmente não tinha uma pista. Não importava quantas vezes eu falava, ela não acreditava em mim.

Ela perdeu todo mundo que amou e confiou em sua vida.

Porque ela deveria acreditar em mim? O único homem de sua vida a abandonou. Traiu-a. Ela espera nana mais que isso.

-Esse bebê te trouxe de volta para mim. É uma parte de nós. Eu nunca irei me arrepender. E você pode ficar grande como uma baleia e irei amá-la do mesmo jeito.

Um pequeno sorriso arrancou de seus lábios.

-É melhor eu não ficar tão grande quanto uma baleia.

Encolhi os ombros.

-Não importa.

Seu pequeno sorriso saiu rapidamente.

-Sua irmã. Ela irá odiar isso. Eu, o bebe.

-Eu irei lidar com ela. Se ela não puder aguentar então te pegarei, e o bebê, e iremos pra algum lugar longe da minha irmã.

-Acredite em mim vou proteger você e te colocar em primeiro lugar.

Allison fechou os olhos e então assentiu. Meu peito inchou e eu queria gritar para o mundo que essa mulher era minha. Mas ao invés peguei-a no colo.

-Onde é seu quarto?''

Perguntei.

-O último comodo da esquerda.

Andei para lá. Não poderia fazer amor com ela agora mesmo mas eu precisava segurá-la por um tempo. Abrir a porta e congelei.

O quarto era de um tamanho legal para um condomínio, mas o espaço vazio no chão com um único travesseiro era só mais um choque contra mim. Quando as mudei deveria saber que Allison não tinha uma cama. Ela estava dormindo no sofá. Mas estava tão enrolado em consegui-la de volta que, não pensei sobre ela precisar de uma cama.

-Não consegui uma cama ainda. Poderia simplesmente dormir no sofá, mas queria dormir no meu próprio quarto.'

Allison resmungou, tentado sair dos meus braços.

Não estava deixando-a ir. Segurei-a apertado cotra mim.

Ela estava dormindo no chão duro ontem á noite enquanto eu estava dormindo na minha cama King size. Me*#$rda

-Você está tremendo, Scott. Coloca-me no chão.

Allison disse, saído com esforço do meu braço.

Sem coloca-la no chão, girei em volta e voltei para a sala, depois para fora da porta.

Batendo a porta atrás de mim tranquei e coloquei a chave no meu bolso. Não iria colocar de volta em baixo do maldito tapete.

-O que você está fazendo?

Allison perguntou.

Meu carro não estava aqui. Então eu a carreguei morro abaixo e para o meu carro.

-Estou levando você pra comprar uma cama. Uma cama de traseiro grande. Uma que custe uma merda de uma fortuna.

Rosnei. Estava furioso que perdi essa questão maior. Não é de se imaginar que Fernando estava tomando conta dela. Eu falhei. Não iria falhar com ela novamente. Iria ter certeza que ela tinha tudo.

-Eu não preciso de uma cara cara. Logo irei comprar uma cama.

-Sim, muito logo, essa noite.

Então dobrei minha cabeça e beijei o seu nariz.

-Deixe-me fazer isso. Eu preciso fazer isso. Eu preciso de você encolhida na melhor cama que o dinheiro possa comprar. Ok?'

Um pequeno sorriso arrancou de seus lábios.

-Ok.

Allison

Não exigi mais do que uma cama de tamanho normal. No entanto, Scott recusou-se a comprar nada menos do que uma cama King size, duas mesas de cabeceira e uma comoda com um lindo espelho combinando.

Cometi o erro de olhar muito tempo para uma colcha lavanda, bonita com as fronhas combinando.

Antes de eu saber o que estava acontecendo, ele estava comprando o jogo de cama completo, com lençóis e travesseiros novos.

Argumentei o tempo todo, mas ele agiu como se eu não estivesse falando. Apenas piscou para mim e continuou colocando seus pedidos e dando  direções ao vendedor.

Quando voltamos do nosso jantar, pelo qual também estava determinado a me alimentar, os móveis já estavam sendo entregues.

Yngrid estava parada na porta sorrindo quando chegamos com o carro. Ela estava amando isso.

-Obrigado por me deixar fazer isso hoje. Eu precisava. Você pode não entender, mas eu precisava fazer isso.

Scott disse antes que eu abrisse a porta do carro.

Olhei de volta para ele.

-Você precisava me comprar um quarto inteiro e roupa de cama cara?

Perguntei, confusa.

-Sim, eu precisava.

Não entendi, mas acenei com a cabeça. Se ele precisava fazer isso eu iria apreciar o gesto. Ainda não podia acreditar que era tudo meu. Iria me sentir como uma princesa no meu quarto.

-Bem, obrigada por tudo isso. Não esperava nada mais que um colchão. Não estava preparada para ser mimada.

Scott se inclinou e pressionou um beijo em minha orelha.

-Isso não está nem perto de mimar você. Mas eu tenho a intenção de te mostrar exatamente o que é ser mimada

Estremeci e espremi a alça da porta.

Não iria deixar ele me comprar mais nada. Eu tinha que parar com isso, mas os beijos ao redor da minha orelha fizeram ficar difícil me concentrar.

-Vamos ver como é que ficou.

Ele disse enquanto se inclinava de volta.

Espaço. Precisava de um pouco de espaço. Eu estava pronta para pular nele agora.

Não é uma boa coisa. Controle. Os hormônios da gravidez queriam assumir.

Scott estava correndo ao redor da frente do carro quando abri a minha porta e comecei a sair.

Ele estava na minha frente pegando minhas mãos e me ajudando antes que eu pudesse descer por conta própria, como se eu fosse indefesa.

-Eu posso sair sozinha, você sabe.

Falei para ele.

Ele sorriu.

-Sim, mas qual a graça nisso?

Rindo, passei por ele e fiz o meu caminho em direção a Yngrid que estava nos assistindo como se nós fossemos seu drama de televisão favorito.

-Parece que a Wermelyn Woods decidiu descarregar o ultimo carregamento no seu quarto.

Scott disse, sorrindo como uma criança numa loja de doces.

-Posso dormir com você nessa cama enorme hoje á noite? O colchão é inacreditável!

-Não, ela precisa descansar. Nada de camaradas na cama.

Scott disse, andando atrás de mim e passando um braço protetor ao redor da minha cintura.

Os olhos da Yngrid caíram para a minha cintura e depois voltaram para Scott.

-Você sabe.

Ela disse parecendo muito contente.

-Sim, eu sei.

Ele replicou e ficou tenso atrás de mim.

Eu me senti horrível. Mais uma pessoa a quem tinha contado sobre a minha gravidez antes de contar a ele.

Ele tinha tudo pra se sentir magoado. Eu era uma mentirosa. Ele iria descobrir isso e me deixar agora?

-Bom.

Yngrid disse e saiu da frente, deixando o caminho livre pra entrarmos.

-Por que você não vai ver se eles estão colocando tudo onde você quer?

Scott me disse quando entramos.

-Boa ideia.

O deixei lá e fui chegar a mobília. Se ele estava bravo comigo, ele teria tempo para se acalmar.

Os caras da entrega estavam fazendo um bom trabalho com a colocação que eu nem os incomodei.

Fiquei feliz onde eles estavam colocando as coisas. Andando de volta para a sala de estar, ouvi Yngrid sussurrando e parei.

-Ela está melhor. Ela ficou muito doente, mas nas duas últimas manhãs ela não vomitou.

-Você me liga no segundo que ela parecer que vai ficar ruim.

Scott conseguiu que seu sussurro soar como uma ordem.

-Sim, vou ligar. Eu não estava feliz com a ideia de 'não contar ao Scott' Você fez isso com ela. Você precisa estar presente pra ela.

-Eu não irei a lugar algum.

Ele replicou.

-É melhor não.

Scott riu.

-Se ela não vai viver comigo, então, pelo menos ela tem você para protege-la.

-Isso mesmo. Não pense que não a ajudaria a desaparecer se você ferrar com ela de novo. Se machuca-la, ela irá embora.

-Nunca machucaria ela de novo.

Meu peito doeu. Queria acreditar nele. Queria confiar nele.

Este era nosso bebê. Tinha muita coisa que seria muito difícil de perdoar, mas precisava aprender como.

Realmente o amava. Eu tinha certeza que sempre amaria.

Eu entrei na sala e sorri.

-Eles estão colocando as coisas certinhas, onde eu queria que colocassem.

Scott me alcançou e me puxou para seus braços.

Ele estava fazendo isso bastante ultimamente. Ele não disse nada. Apenas me segurou.

Yngrid saiu da sala e amarrei meus braços ao redor dele e nós ficamos parados assim por um longo tempo. Era a primeira vez que que não me sentia sozinha em muito tempo.

Scott não tinha pedido para ficar esta noite. Fiquei surpresa.

Ele não tinha feito nada além de me beijar antes de ir embora. Isso não tinha feito muito para refrescar meus sonhos.

Acordei mais uma vez antes de chegar a um orgasmo, muito frustrada. Joguei meu coberto e me sentei. Tinha o turno do almoço novamente hoje.

Tinha ligado pro Fernando ontem á noite e pedi desculpas sobre fugir dele, mas ele entendeu e me perguntou se as coisas estavam bem.

Scott ficou ali, ouvindo tudo o que eu estava dizendo, então fiquei com pressa de desligar o telefone. Iria pegar Fernando sozinho hoje e falar com ele. Ele estava sendo muito compreensivo.

Tinha me colocado na sala de jantar o resto da semana.

O único dia que ele tinha-me no curso foi no sábado por causa do torneio. Todo mundo deveria trabalhar do lado de fora.

Quando finalmente fui para a cozinha fui acolhida com uma caixa de donuts. Um pequeno recado estava preso na tampa.

Sorrindo, peguei e li.

"Senti sua falta ontem á noite. Eu não pude comer isso sozinho. Espero que as coisas estejam melhores. Com amor Duncan."

Mer*@a!

 Eu acabei esquecendo o encontro do donut.

Outra pessoa a quem eu precisava pedir desculpas.

Mas primeiro eu queria um pouco de leite e donuts.

                                                                                         

                                                                 

                                                               

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