Capítulo 2 - Recomeço

Scott

Bati uma vez antes de abrir a porta do apartamento da Gi e entrei.

Seu carro estava estacionado do lado de fora. Eu sabia que ela estava aqui. Só queria ter certeza que ela soubesse que eu estava aqui.

Uma vez eu cometi o erro de entrar sem bater e vi a minha irmã enlaçada á cintura de um cara. Eu queria derramar água sanitária nos meus olhos e cérebro após essa experiência.

-Gi, sou eu. Precisamos conversar.

Chamei, então fechei a porta atrás de mim. Entrei na sala e o som de mais de uma voz baixa e passos vindos do quarto principal quase me fez virar e sair.

Mas eu não ia. Isto era mais importante. Seu convidado para a festa do pijama precisava ir para casa agora mesmo. Passava das onze.

A porta do quarto abriu e fechou. Interessante. Quem estivesse aqui iria ficar. Nós precisaríamos ir á varanda para conversar.

Eu não discutiria sobre Allison na frente de ninguém. Provavelmente eu conhecia o cara naquele quarto. Seria a única razão pela qual ela o manteria lá escondido.

-Nunca ouviu falar de ligar antes de vir?

Gi retrucou quando entrou na sala vestida com um pijama de seda curto. Ela perecia mais e mais com nossa mãe conforme ia ficando mais velha.

-É quase hora do almoço, Gi. Você não pode manter o homem na cama o dia todo.

Eu respondi e abri as portas que davam para a varanda com vista para o golfe.

-Eu preciso falar com você e eu não quero faze-lo onde seu amigos de quarto possa nos ouvir.

Gi revirou os olhos e saiu.

-Acho estranho que venho tentando há semanas fazer você falar comigo e, agora que você quer falar se intromete como se eu não tivesse uma vida. Pelo menos eu ligo primeiro.

Ela estava começando a soar como nossa mãe também.

-Sou o proprietário deste apartamento Gi. Entro a qualquer maldita hora que eu queira.

Eu a lembrei. Ela sairia daqui meados de agosto para voltar a sua casa de fraternidade e sua ainda indecisa carreira. A faculdade era uma função social para ela. Ela sabia que eu pagaria suas contas e matrículas. Eu sempre cuidei de tudo para ela.

-Muita gentileza. O que é isso? Eu nem tomei o emu café ainda.

Ela também não tinha medo de mim. Eu não queria que ela tivesse, mas era hora dela crescer. Eu não a deixaria expulsar Allison. Em um mês, Gi iria embora. Normalmente eu iria também. Não este ano. Eu continuarei em minha residencia em Roseville.

Mamãe teria que escolher outro local. Ela não teria á casa livre o resto do ano.

-Allison está de volta.

Eu disse a ela sem rodeios. Eu tive tempo para ver as coisas de outro ângulo. Eu não sentia como se a Gi fosse uma vítima disso por muito tempo.

Quando criança, ela foi, mas depois disso foi Allison. Gi ficou tensa então seus olhos brilharam como ódio que deveria ser dirigido ao seu pai, em vez de Allison.

-Não diga nada. Deixe-me falar primeiro ou vou tirar o seu amigo da festa do pijama do meu apartamento. Eu tenho o poder aqui Gi. Nossa mãe não tem nada. Eu sustento vocês duas. Eu nunca te pedi nada. Nunca. Mas agora vou pedir... não, vou exigir que você me ouça e você vai seguir os meus termos.

A raiva da Gi havia desaparecido e agora a menina mimada estava lá olhando para mim. Ela não gosta que lhe digam o que fazer. Eu não podia culpar a minha mãe por seu comportamento, não inteiramente. Eu fiz isso também.

A compensação excessiva tinha arruinado Gi.

-Eu a odeio.

Ela fervia.

-Eu disse para me ouvir. Não pense que estou blefando Gi. Porque dessa vez você fodeu com algo que eu me importo. Isso me atingiu, então cala a boca e me escuta.

Seus olhos se arregalaram com o choque. Eu tinha certeza de que nunca tinha falado com ela daquela maneira. Eu estava até um pouco surpreso comigo mesmo. Ouvir o ódio em sua voz dirigido a Allison me deixou fora de mim.

-Allison está ficando com a Yngrid. Fernando devolveu a Allison seu emprego. Ela não tem nada no Wakers. Ela não tem ninguém. O pai que vocês duas compartilham é inútil. para ela, ele poderia muito bem estar morto. Ela está de volta para descobrir onde ela se encaixa e o que fazer em seguida. Ela estava fazendo isso antes, mas quando a verdade veio á tona seu mundo ruiu, então ela fugiu. É uma droga de um milagre ela estar aqui de volta. Quero ela de volta aqui, Gi. Você pode não querer ouvir isso, mas eu a amo. Vou fazer de tudo para ter certeza que ela está segura. Que está salva e ninguém, e eu quero dizer ninguém, nem mesmo a minha irmã, vai faze-la se sentir indesejada. Você vai partir em breve. Você pode manter o seu ódio equivocado, se você quiser, mas um dia espero que você cresça o suficiente para perceber que há apenas uma pessoa a odiar aqui.

Gi afundou-se em uma das cadeiras que mantinha aqui para expor e ler livros. Eu a amava muito. Eu venho protegendo-a toda a minha vida.

Dizer-lhe isto e ameaçá-la foi difícil, mas eu não podia deixá-la machucar Allison mais. Eu tinha que parar com isso. Allison nunca iria me dar outra chance, enquanto Gi estivesse atormentando sua vida.

-Então, você está escolhendo ela a mim.

Gi sussurrou.

-Isto não é um concurso, Gi. Pare de agir como se fosse. Você ficou com o pai. Ela o perdeu. Você ganhou. Agora deixa para lá.

Gi levantou os olhos e as lágrimas grudaram em seus cílios.

-Ela fez você me odiar.

Droga de drama maldito. Gi viveu uma novela em sua cabeça.

-Gi me escute. Eu te amo. Você é minha irmãzinha. Ninguém pode mudar isso. Mas sou apaixonado por Allison. Pode se um grande engate em seus planos de conquistar e destruir, mas Baby, é hora de deixar seus problemas paternos irem embora.

Há três anos ele voltou. Preciso de você para deixar isso para trás.

-E quanto á família em primeiro lugar?

Ela engasgou.

-Não vá por aí. Nós dois sabemos que a coloquei em primeiro lugar toda a minha vida. Você precisava de mim e eu estava lá. Mas somos adultos agora, Gi.

Ela enxugou as lágrimas que haviam rolados fora de seus olhos e se levantou.

Eu nunca poderia dizer se as lágrimas eram verdadeira ou falsas. Ela poderia chorar por capricho.

-Tudo bem. Acho que vou voltar para a escola mais cedo. Você não me quer aqui de qualquer maneira. Você optou por ela.

-Sempre quero você por perto, Gi. Mas desta vez quero que você jogue limpo. Pense em alguém para uma mudança. Você tem um coração. Eu já vi isso. Agora é hora de usá-lo.

A espinha de Gi endureceu.

-Se já terminamos aqui, você poderia por favor, sair do seu apartamento?

Balancei a cabeça.

-Sim, eu já acabei.

Respondi e caminhei de volta para dentro. Sem outra palavra saí pela porta da frente. Agora o tempo iria me dizer se eu teria que seguir com minhas ameaças para ensinar minha irmã uma lição. Eu realmente esperava que eu não tivesse que fazer.

Allison

Eu precisava de minhas coisas e precisava vender minha caminhonete.

Ele nunca iri chegar tão longe novamente. Igor tinha verificado para mim na semana passada depois que ele quebrou e disse que poderia consertá-lo temporariamente.

O custo para consertar tudo o que estava errado com ele custaria mais do que eu poderia dar-me ao luxo de gastar.

Ligar e pedir a vovó ou a Louis para enviar minhas coisas e vender meu carro parecia errado.

Eles mereciam uma explicação ou, pelo menos, Vovó Sonia merecia.

Ela me deu um teto, uma cama e me alimentou por três semanas. Eu ia ter que voltar para Suntall para pegar minhas coisas e dizer adeus a vovó.

Fernando havia me dado alguns dias para me instalar antes de recomeçar no trabalho.

Yngrid tirou o dia de folga ontem para me levar para solicitar o seguro saúde.

Era a hora de eu ver um médico, mas eu exigiria o seguro em primeiro lugar. Hoje por acaso eu a tinha ouvido dizer a Cooper que estava esperando ansiosamente pelo seu compromisso de hoje.

Eu estava monopolizando todo o seu tempo desde que ela me pegou. Eu estava começando a me sentir como se estivesse dando um monte de trabalho. Eu odiava esse sentimento. Eu poderia pegar um ônibus.

Era acessível e não seria um fardo para Yngrid. Abri o laptop da Yngrid para ver no Google o horário do ônibus.

Uma batida na porta interrompeu meus pensamentos. Eu parei minha busca por uma estação de ônibus e, fui abrir a porta. Scott ali com as mãos enfiada na frente da calça jeans e uma de suas camisetas apertadas não era o que eu estava esperando. Ele estendeu a mão e tirou os óculos.

-Ei, eu vi Mel na sede do clube. Ela disse que você estava aqui.

Explicou Scott. Ele estava nervoso. Eu nunca tinha visto Scott nervoso.

-É... Hum, Fernando me deu dois dias para trazer minhas coisas de Suntallantes de voltar ao trabalho.

-Você tem que ir buscar as suas coisas?

Eu balancei a cabeça.

-Sim. Deixei-as lá. Eu só trouxe comigo uma bolsa para noite. Eu não tinha exatamente pensado em ficar.

Louis franziu a testa.

-Então, como é que você vai chegar lá? Eu não vejo a sua caminhonete.

-Eu estava agora mesmo procurando estações de ônibus para ver onde fica a mais próxima daqui.

A carranca do Scoot se aprofundou.

-É 40 minutos de distancia. Depois de Foret Eut Beach.

Isso não era tão ruim quanto eu temia.

-Um ônibus não é seguro, Allison. Não gosto da ideia de você pegar um ônibus. Deixe-me levá-la. Por favor. Eu vou chegar lá mais rápido e é de graça. Você pode economizar o seu dinheiro.

Ir com ele? Todo o caminho para Suntall e voltar? Isso era uma boa ideia?

-Eu não sei...

Eu parei porque sinceramente eu não sabia. Meu coração não estava pronto para isso, para Scott.

-Não precisamos nem falar ou podemos, se quiser. Eu vou deixar você escolher a música e não vou reclamar.

Se eu voltasse com o Scott, então Louis não faria uma batalha.

Ou então, Talvez, ele o fizesse de novo. Ele poderia dizer a Scott sobre a gravidez.

Mas, ele falaria? Nunca confirmei a Louis que estou grávida.

-Eu sei que você não pode perdoar as mentiras e a mágoa. Eu não estou pedindo isso. Você sabe que eu sinto muito e se eu pudesse voltar atrás e mudar as coisas eu faria. Por favor, Allison, apenas como um amigo que quer ajudar e mante-la a salvo de homens loucos que poderiam feri-la em um ônibus, deixe-me levá-la.

Eu pensei o quanto era improvável que eu me machucasse no ônibus.

E então eu pensei sobre o fato de que eu não estava apenas me mantendo mais segura. Eu tinha uma outra vida dentro de mim para proteger.

-Certo. Sim. Eu gostaria de uma carona.

Allison

Cooper estava esparramado na grande cadeira azul de pelúcia que ficava na sala da Yngrid com os pés apoiados sobre a poltrona e Mel enrolada em seu colo.

Eu estava no sofá me sentindo como um experimento científico. pois ambos me encararam em confusão.

-Então você está bem com o Scott te levando para Suntall amanhã para pegar suas coisas Quer dizer que você não se senti estranha ou...

Yngrid sondou.

Seria estranho. Eu sofria só de estar perto dele, mas eu precisava de uma carona. Yngrid precisava trabalhar, não teria outro dia de folga para me ajudar essa semana.

-Ele se ofereceu. Eu precisava de uma carona, então eu disse que sim.

-E foi assim tão fácil? Por que não estou comprando isso?'

Perguntou Yngrid.

-Porque ela está deixando de fora as partes onde ele implorou e suplicou.

Cooper disse, com uma risada.

Puxei o casaco sobre meus ombros. Eu estava com frio. Eu estava sentindo muito frio ultimamente o que era estranho, porque era verão na Fliemts.

-Ele não implorou.

Eu respondi, sentindo um desejo de defender Scott. Mesmo que ele chegasse a implorar, não era da conta do Cooper.

-Sim, certo. Se você diz.

Cooper tomou um gole do chá doce que Yngrid tinha preparado para ele.

-Não é problema nosso. Deixa ela em paz, Cooper! Precisamos decidir o que fazer sobre o aluguel desta casa que vence em uma semana.

Não ficarei aqui por muito tempo. Eu disse isso a ela. Mudar para um apartamento mais caro não foi uma boa ideia. Minha metade do aluguel não seria coberta depois que eu saísse e ela ficaria com tudo.

Cooper beijou a mão da Yngrid sorriu para ela.

-Eu disse que cuido das coisas. Se você apenas me deixar.

Ele piscou para ela e eu virei minha cabeça. Eu não queria vê-los.

Scott e eu nunca tínhamos sido assim. Nosso relacionamento foi curto. Intenso e breve. Eu me perguntava qual seria a sensação de ter a liberdade de me enroscar nos braços de Scott quando quisesse.

Para saber que eu estava segura e que ele me amava. Nós nunca tivemos essa oportunidade.

-E eu disse que não vou te deixar pagar o meu aluguel. Desculpe. Novo plano. Oh, Ali, por que não vamos á caça de apartamento amanhã?

Uma batida na porta me interrompeu antes que eu pudesse concordar. Então Gustavo abriu a porta e entrou.

-Você não pode apenas entrar no apartamento das minhas meninas sem permissão. Uma delas poderia estar nua.

Cooper rosnou para Gustavo.

Gustavo revirou os olhos, em seguida, abriu um sorriso em minha direção.

-Eu vi o seu carro aqui, idiota. Acalme-se. Estou aqui para ver se consigo convencer Allison a dar um passeio comigo.

-Você está tentando ter o seu traseiro chutado?

Cooper perguntou, Gustavo ssorriu e balançou a cabeça antes de olhar para mim.

-Vamos Allison, vamos dar um passeio e colocar o assunto em dia.

Gustavo estava a par da mentira? Certamente ele sabia disso.

Eu poderia dizer a ele que não. Ainda que ele soubesse que tinha sido a primeira pessoa legal que eu encontrei aqui. Ele encheu meu tanque com gasolina.

Ele se preocupou comigo dormindo sob as escadas. Eu balancei a cabeça e levantei-me.

-De qualquer jeito, estes dois precisam de um tempo sozinhos.

Eu respondi, olhando para Yngrid. Ela estava me observando de perto. Eu dei-lhe um sorriso tranquilizador e ela pareceu relaxar.

-Não deixe por nossa conta. Precisamos decidir onde vamos morar em uma semana.

Disse Yngrid enquanto eu caminhava até a porta.

-Vocês podem falar sobre isso depois, Yngrid. Allison esteve fora por quase um mês. Você tem que compartilhar.

Gustavo respondeu, abrindo a porta para eu sair.

-Scott vai enlouquecer.

Cooper gritou pouco antes de Gustavo fechar a porta abafando tudo o que Yngrid ia começar a dizer. Descemos as escadas em silêncio.

Uma vez que estávamos na calçada olhei para Gustavo.

-Você só sentiu saudade de mim ou há algo que você quer me dizer?

Perguntei.

Gustavo sorriu.

-Eu senti sua falta. Eu tive que aturar o mal humor do Scott. Então acredite em mim eu senti uma saudade do inferno de você.

Eu poderia dizer por seu tom de provocação que ele queria fazer uma piada.

Mas pensar sobre Scott chateado não me fez sorrir. Isso me fez lembrar de tudo.

-Desculpe.

Murmurei. Não tinha certeza que mais dizer sobre isso.

-Estou feliz que você esteja de volta.

Eu esperei. Sabia que havia mais que ele queria dizer. Podia sentir isso. Ele dando um tempo e percebi que ele estava tentando decidir exatamente como dizer fosse o que fosse que ele queria me dizer.

-Eu sinto muito pelo que aconteceu. Como isso aconteceu. A Gi. Ela parecer como a maior cadela mimada do mundo, mas ela teve uma infância difícil. Isso a confundiu ou algo assim. Se você tivesse vivido com a Julia como sua mãe você entenderia. Scott era um menino estão para ele não era tão ruim, Mas Gi, droga, seu mundo estava ferrado. Não é uma desculpa para ela, apenas uma explicação.

Não respondi. Eu não tinha nada a dizer sobre isso. Não sinto simpatia alguma pela Giovanna. Obviamente, os homens em sua vida sentiam. Deve ser legal.

-Independentemente de tudo isso. o que ela fez foi errado. Como isso foi escondido de você realmente foi asneira. Desculpe-me, por eu não fizer nada, mas, honestamente, eu nem sabia que entre você e Scott tinha alguma coisa acontecendo, até a noite no clube quando ele deu uma dica. Notei que ele estava atraído por você, mas também a maioria dos homens nesta cidade estavam. Imaginei que ele era o único cara que não faria um movimento até você por causa da sua lealdade para com Gi e, bem, o que você representou para ambos.

Gustavo parou de andar e me virei para olha-lo.

-Eu nunca o vi assim. Nunca. É como se ele estivesse oco. Eu não posso chegar até ele. Ele não sorri. Ele nem mesmo finge que não aproveita mais na visa. Ele está diferente desde que você o deixou. Mesmo que ele não seja honesto e pareça estar apenas protegendo Gi, vocês simplesmente não tiveram tempo suficiente. Gi foi sua responsabilidade desde que ele era criança. Isso era tudo o que sabia. Então você entrou em seu mundo e, aparentemente, abalou-o durante a noite. Se ele tivesse mais tempo, ele teria dito. Eu sei que ele teria. Mas ele não fez. Não foi justo com ele. Ele estava se apaixonando por uma garota que ele sempre tinha pensado que tinha sido a razão pela qual sua irmã estava sem um pai. Seu sistema de crença estava mudando, mas também era difícil para ele trabalhar com isso.

Eu só olhava para ele. Não porque eu não concordasse. Eu já havia trabalhado tudo isso na minha cabeça.

Entendia o que ele estava dizendo. O problema era que isso não mudava as coisas. Mesmo se ele tivesse me dito, não muda quem ele era ou quem era Giovanna.

O que eles representaram para mim. Os últimos três anos da minha mãe nesta terra tinham sido um inferno enquanto eles viviam em suas casas extravagantes e esvoaçavam de um evento social para o próximo. Sua crença nas mentiras que eles me disseram era a única coisa que eu acho que não poderia superar.

-Droga. Eu provavelmente vou massacrar essa porcaria. Eu só queria falar com você e certificar-me que você sabia que o Scott... Ele precisa de você. Ele está arrependido. E eu acho que ele nunca vai seguir em frente. Se ele tentar falar sobre isso amanhã, pelo menos ouça-o.

-Eu o perdoei, Gustavo. Eu simplesmente não consigo esquecer. O que fomos ou o que poderíamos ter sido acabou. Nunca será novamente. Não posso esquecer, Meu coração não me permite. Mas eu sempre vou ouvi-lo. Eu me preocupo com ele.

Gustavo soltou um suspiro cansado.

-Eu acho que é melhor do que nada.

Era tudo que eu tinha para oferecer!

Scott

Scott veio saindo do apartamento da Yngrid segurando duas xícaras de café antes que eu pudesse sair do carro.

Abrir a porta e saí do Range Rover. Seu cabelo estava solto. O short que ela usava cobria as pernas e isto tornaria difícil me concentrar quando ela estivesse sentada no meu carro. Ele iria subir nas coxas.

Eu rasguei meus olhos das pernas e encontrei seu olhar firme. Ela estava forçando um pequeno sorriso.

-Eu trouxe um pouco de café já que você saiu da cama tão cedo por mim. Sei que madrugar não é sua cara.

Sua voz estava insegura e suave enquanto falava. Seria minha missão mudar isso nesta viagem. Eu a queria confortável comigo novamente.

-Obrigado.

Respondi com um sorriso que esperava que aliviasse os seus nervos, então abri a porta do passageiro para ela.

Eu tinha sido incapaz de dormir desde s três da manhã. Estava ansioso.

Tinha certeza ter traçado dois potes de café desde então. Eu não contaria a ela esse pensamento. Ela me trouxe café. Puxei meus lábios em um sorriso verdadeiro enquanto fechava a porta e voltava para o meu lado.

Ela estava segurando a xícara perto da boca tomando pequenos goles, quando olhei para ela.

-Se você quiser musica, eu prometi que é todo seu.

Eu a lembrei. Ela não se mexeu, mas ergueu os cantos dos lábios em um sorriso.

-Obrigada. Confie em mim, eu lembro. Estou bem agora. Você pode ouvir alguma  coisa, se você quiser. Eu preciso acordar primeiro.

Eu não me importava com o rádio. Eu só queria falar com ela. O que falaríamos não era importante. Falar com ela era tudo o que importava.

-Então, qual é o plano? Louis sabe que nós estamos indo pegar suas coisas?

Perguntei.

Ela se ajeitou na cadeira e eu me forcei a manter os olhos na estrada e não nas suas pernas.

-Não. Eu queria explicar para ele e sua avó, vovó, sobre isso. Eu também preciso convence-lo a vender meu carro e me enviar o dinheiro. Isso fará com que eu não volte novamente.  Ele está em má forma.

Sua caminhonete era velha. A ideia de que ela não estaria dirigindo pela estrada era um alívio. No entanto, eu estava louco por ela não ter um carro.

Como diabos eu deveria corrigir isso, não sabia. Ela nunca aceitaria que lhe desse um carro. Talvez sua caminhonete pudesse ser reparada e ficar segura.

-Posso levá-lo e fazer uma verificação, enquanto você está fazendo as malas. Pode ser só um par de coisas que precisariam ser feitas nele.

Ela suspirou.

-Obrigada, mas não se incomode. Louis já levou e verificou. Ele já tinha consertado para que eu pudesse chegar a cidade, mas ele disse que era um conserto temporário. Ele precisa de mais conserto do que eu posso pagar.

Segurei mais apertado no volante. A ideia de que Igor estava tomando conta dela me deixava louco.

Eu odiava que ele tinha sido o único a levar sua caminhonete para o conserto.

Que foi sua família que a ajudou quando ela mais precisou. A minha tinha fodido muito a vida dela. Eu não estava lá para ela chamar quando precisou de ajuda.

-Então você e Louis estão...?

Que diabos eu estava fazendo? O que eles eram? Dane-se! Eu não queria ouvir isso.

-Nós somos amigos, Scott. Temos sido toda a nossa vida. Meus sentimentos sobre ele não mudaram.

Aliviei meu domínio sobre o volante e corri uma das minhas palmas das mãos suadas em meus jeans. Maldição, ela me deixava louco. Se eu queria deixá-la de novo confortável comigo então eu precisava me acalmar.

Eu iria explodir com o Louis quando eu o visse.

Antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa Allison inclinou-se e ligou o rádio. Ela encontrou uma estação country no rádio e, em seguida, recostou-se no banco e fechou os olhos.

Eu tinha avançado demais. Ela estava pedindo educadamente para que calasse a boca. Eu poderia pegar a diga.

Trinta minutos de silêncio se passaram antes do meu telefone tocar. O nome da Gi apareceu na tela do meu painel. Droga.

O Iphone foi programado para o meu carro. Normalmente, isso vai a calhar e deixava as mãos livres. Mas ter Allison vendo o nome da Gi não foi legal. Eu não queria um lembrete. Meu plano era fazer este dia livre de lembrete.

Cliquei ignorar e o rádio começou a tocar novamente.

Não olhei para lua, mas senti seus olhos em mim. Foi realmente difícil não encontrar o seu olhar.

-Você poderia ter falado com ela. Ela é sua irmã.

Allison disse em voz tão baixa que quase perdi na música.

-Ela é. Mas ela representa coisas que não quero que você pense hoje.

Allison não parava de olhar para mim. Isso estava levando todas as minhas forças para manter isso casual.

Encostar o carro e agarrar seu rosto e dizer a ela o quão importante ela era e quanto eu a amava, Não era o que ela precisava agora.

-Estou melhor, Scott. Eu tive tempo para entender tudo. Lidar com isso. Vou ver Giovanna no clube. Estou preparada para isso. Você está me ajudando hoje. Você poderia estar fazendo qualquer outra coisa, mas você optou por tirar o dia para me ajudar. Eu não quero impedi-lo de atender telefonemas de pessoas com quem você se preocupa. Eu não vou.

Dane-se. Tanta coisa para manter isso casual e fácil. Eu puxei para o lado da estrada e parei o carro em um estacionamento.

Eu mantive minhas mãos em mim, mas dei toda a minha atenção para Allison.

-Escolhi levá-la hoje, porque não há nada que eu prefira fazer mais que estar perto de você. Estou levando você, porque sou um homem desesperado que vai levar todo o inferno quando se trata de você.

Cedi e estendi a mão para passar o meu polegar sobre sua bochecha, em seguida, para o cabelo sedoso que tinha me fascinado desde que eu coloquei os olhos nela.

-Farei qualquer coisa. Qualquer coisa, Allison só para estar perto de você. Não posso pensar em outra coisa. Não consigo me concentrar em nada. Por isso, nunca acho que você está me incomodando. Você precisa de mim, estarei lá.

Eu parei. Eu soei patético mesmo para os meus próprios ouvidos. Tirando a mão de sua cabeça, botei o Carro em marcha e puxei de volta para a estrada.

Allison não disse nada. Eu não a culpo. Eu soava como um homem louco. Ela provavelmente estava com medo de mim agora. Inferno, eu estaria.

Allison

Meu coração estava batendo tão forte que eu tinha certeza de que ele podia ouvir. Esta viagem tinha sido uma má ideia.

Estar perto dele era tão confuso. Era fácil esquecer quem ele era. Te-lo me tocando, mesmo que fosse apenas meu rosto, me fez sentia falta dele.

Tudo sobre ele, e eu estaria mentindo se a ideia de estar tão perto dele o dia todo não tivesse me mantido acordada a maior parte da noite.

Scott ligou o rádio de volta quando eu não disse nada. Eu deveria dizer alguma coisa depois disso, mas o que? Como é que eu respondo isso sem causar mais tanta dor a nós dois?

Dizendo-lhe que eu senti falta dele e isso seria apenas mais difícil. Desta vez, quando o telefone tocou, olhei a tela do computador em seu carro e o nome do ''Gustavo" brilhou.

Scott pressionou algum botão e, em seguida, pegou seu telefone celular.

-Ei.

Disse ele ao telefone. Arrisquei um olhar para ele já que seu foco não estava mais em mim. As linhas de expressão dura em seu rosto me deixou triste. Eu não queria que estivessem lá.

-Sim. Nós estamos no nosso caminho.

Ele respondeu ao telefone.

-Não acho que seja uma boa ideia. Eu te ligo quando voltar.

Sua mandíbula se apertou e eu sabia que o que Gustavo estava dizendo estava o deixando louco.

-Eu disse que não.

Ele rosnou e terminou a chamada antes de jogá-lo em seu porta-copos.

- Você está bem?

Perguntei antes que eu pudesse pensar nisso. Ele sacudiu a cabeça para olhar para mim. Era como se ele estivesse assustado que eu estivesse falando com ele.

-Uh, sim. Estou bem.

Ele respondeu em um tom muito mais calmo então voltou seus olhos de volta na estrada.

Esperei alguns minutos, em seguida, decidi dizer algo sobre o que ele disse para mim. Se eu não começasse a falar sobre isso com ele sempre teríamos este silencio constrangedor entre nós. Mesmo que depois de quatro meses nunca mais o visse.

Não, eu iria vê-lo novamente. Eu teria, não teria? Eu poderia realmente nunca contar a ele sobre o bebe? Empurrei o pensamento. Eu ainda não tinha ido ao médico.

Cruzaria essa ponte quando chegássemos a ela. Mesmo que eu tivesse vomitado novamente esta manhã quando abri o compactador de lixo e sentir o cheiro do resto do peixe frito que Coopee tinha jogado na noite passada. Eu normalmente não era tão sensível.

O chá quente de gengibre que eu estava bebendo quando Scott me pegou tinha ajudado a aliviar o meu estômago. Eu poderia fingir que o teste de gravidez estava errado ou encarar a verdade.

-Sobre o que você disse. Eu, uh, eu realmente não sei como responder a isso. Quer dizer, sei como me sinto e como eu gostaria que as coisas fossem diferentes, mas elas não são. Quero que nós... Eu quero que encostremos uma maneira de talvez sermos amigos. Eu não sei. Isso soa tão coxo. Depois de tudo.

Parei porque minha tentativa de falar com ele sobre isso soava como uma bagunça incoerente. Como podemos ser amigos?

Essa tinha sido a forma como tudo isso começou e aqui estava eu apaixonada e grávida de um homem que eu não poderia construir um futuro com ele.

-Eu vou ser o que você me permitir ser, Ali. Só não me exclua novamente. Por favor.

Balancei a cabeça. Certo. Eu daria a coisa do tempo a esse amigo. Então... então eu diria a ele sobre o bebê.

Ou ele vai correr como o inferno ou querer ser uma parte da vida do nosso bebê. De qualquer forma eu precisava de tempo para me preparar. Porque eu não deixaria meu filho ter alguma coisa a ver com a sua família, nunca. Isso estava fora de questão.

Eu odiava mentirosos... mas estava prestes a tornar-me uma por um tempo. Desta vez era eu que tinha um segredo para manter.

-Ok.

Eu respondi, mas não disse mais. Meus olhos foram ficando pesados e a falta de sono da noite passada e o fato de que eu não podia beber cafeína para me acordar estava me pegando. Fechei os olhos.

-Tranquila, doce Ali. Sua cabeça está caindo e você vai ter uma cãibra e tanta em seu pescoço. Estou apenas colocando de volta no seu lugar.

Um sussurro quente profundo fez cócegas na minha orelha e eu tremi.

Eu me virei para ele, mas eu ainda estava com tanto sono que não conseguia acordar completamente. Algo macio roçou meus lábios, então eu caí para trás em meus sonhos.

-Precisa acordar, dorminhoca. Estou aqui, mas não tenho ideia para onde ir.

A voz de Scott acompanhada de sua mão apertando suavemente meu braço me acordou. Esfreguei meus olhos e os abri. Eu estava deitada de volta.

Olhei para Scott e ele sorriu.

-Eu não poderia fazer você sustentar o seu pescoço. Além disso, você estava dormindo tão pesado. Eu queria que você se senti-se confortável Ele desafivelou e chegou através de mim lidando com um botão na lateral do meu assento. Ela suspendeu calmamente e eu podia ver o semáforo de Suntall, Wakers na minha frente.

-Eu sinto muito. Dormi todo o caminho. Isso tinha que ser um passeio chato.

-Tenho que controlar o rádio para que isso não seja um fracasso.

Scott respondeu com um sorriso e, em seguida, olhou para o semáforo.

-Para onde eu vou a partir daqui?

Allison

-Reto até ver a grande placa de madeira que está pintada de vermelho e diz: 'Produtos Frescos e Lenha para venda' e, em seguida, vire á esquerda. Vai ser a terceira casa á direita, mas é cerca de um quilometro e meio por esse caminho. A estrada vai se transformar em brita após cerca de um quarto de milha.

Scott seguiu minhas orientações e não falou muito. Eu ainda estava acordada e meu estômago estava se sentindo enjoado.

Sabia qual era o problema, não tinha comido ainda. Eu tinha bolachas de água e sal na minha bolsa que Yngrid tinha me dado, mas colocar uma dessas na boca na frente do Scott era uma má ideia. Crackers eram um grande dádiva.

No momento em que entramos na garagem da vovó eu tinha rompido em um suor frio. Eu ia ficar doente se não comesse alguma coisa. Abri a porta para sair antes que Scott pudesse ver meu rosto. Eu provavelmente estava verde ou, no mínimo pálida.

-Você quer que eu vá com você ou é melhor se eu ficar aqui?

Ele perguntou.

-Oh, hum... talvez você devesse ficar aqui.

Eu respondi.

A caminhonete do Louis estava aqui, então isso significava que ele provavelmente também estava. Não queria mais Scott e Louis entrando em qualquer briga. Também não confiava em Louis para manter a boca fechada sobre o teste de gravidez.

Fechei a porta do carro e me dirigi para a casa.

Igor abriu a porta de tela e saiu antes mesmo que eu chegasse ao último degrau. Seu rosto era uma mistura de preocupação e raiva.

-Por que ele está aqui? Ele te trouxe para casa, agora ele pode sair.

Rosnou, olhando de mim em direção a Scott.

Sim, foi realmente uma boa ideia Scott ficar no carro. Meu estômago revirou e eu lutei contra a náusea.

-Porque ele está me dando uma carona de volta. Acalme-se, Louis. Você não vai entrar em nenhuma briga com ele. Você é meu amigo. Ele é meu amigo. E você e eu vamos entrar. Eu preciso pegar minhas coisas.

Louis se afastou e me deixou passar por ele, então ele me seguiu deixando a tela bater se fechando atrás dele.

-O que quer dizer que você vai voltar com ele? Esse teste deu positivo? Você agora corre de volta para ele mesmo que ele tenha quebrado seu coração aos pedaços e que você tenha vindo aqui há três semanas, uma bagunça? Vou cuidar de você, Allison. Você sabe disso.

Levantei minhas mãos para detê-lo.

-Isto não é sobre eu estar grávida, Louis! Ele é um amigo que me deu uma carona. Sim, nós éramos mais que amigos antes... as coisas aconteceram, mas agora não estamos. Não estou fugindo com ele. Estou começando meu trabalho de volta em Roseville e morando com a Yngrid por um tempo.

Então eu vou para outro lugar e começar de novo. Eu simplesmente não consigo mais ficar aqui.

-Porque você não pode ficar aqui? Inferno, Ali! Vou casar-me com você hoje. Sem perguntas. Eu te amo. Mais do que a minha vida. Você tem que saber isso. Eu errei quando éramos mais jovens e essa coisa com a Thais, ela não significa nada. Ela é apenas uma garota que me distrai. Você é tudo que eu quero. Tenho dito isso durante anos. Por favor, me escute.

Ele estava implorando.

-Louis, pare com isso. Você é meu amigo. O que tínhamos morreu há muito tempo. Corri até você e você estava fazendo coisas em uma menina que você não deveria ter feito. Naquela noite tudo mudou. Eu te amo, mas eu não sou apaixonada por você e eu nunca serei novamente. Preciso fazer as malas e seguir em frente com minha vida.

Louis bateu a mão contra a parede.

-Não diga isso! Isso não terminou. Você não pode simplesmente fugir do seu próprio lugar, Não é seguro!

Ele fez uma pausa.

-Você está gravida?

Ele perguntou. Não respondi. Em vez disso, caminhei de volta para o quarto que tinha ficado enquanto eu estava aqui e comecei a arrumar a minha mala.

-Está.

Disse ele, seguindo-me para o quarto. Eu não respondi. Eu só focava em minha coisas.

-Será que ele sabe? O filho do rock star vai assumir a responsabilidade? Ele está mentindo, Ali. O bebê vai chegar aqui e ele vai correr. Ele não será capaz de lidar com isso. Um bebê não se encaixa na sua vida. Você sabe disso. O inferno, o mundo sabe disso. Ele poderia muito bem ser uma estrela do rock. Vi sua casa de praia. Ele não é alguém que vai estar lá quando as coisas ficarem difíceis. Ele vai coloca-la para fora. Posso ter feito besteira, mas não vou correr. Sempre estarei aqui.

Eu me virei.

-Ele não sabe, ok. Não tenho certeza se vou mesmo dizê-la. não quero alguém para me salvar. Posso fazer isso. Não sou impotente.

Ele começou a abrir a boca para argumentar quando vovó entrou na sala. Não tinha percebido que ela estava aqui.

-Pare de implorar, Louis! Você fez sua cama filho, agora deite nela. Ela seguiu em frente. Seu coração mudou. Ela já nos mostrou tudo o que pode fazer, indo para a escola e cuidando da mãe doente e dela mesma.

Ela olhou para Louis para mim e um sorriso triste tocou seus lábios.

-Quebra meu coração que você tem um outro obstáculo como esse pra pular, tão jovem. Este quarto é seu se você precisar dele. Mas se você está determinada a sair, então eu abençoou isso também. Você simplesmente está segura.

Ela se aproximou e me puxou para um abraço.

-Eu amo você como se fosse minha. Sempre amei.

Sussurrou em meu cabelo. Os meus olhos encheram de lágrimas.

-Eu também te amo.

Ela se afastou e fungou.

-Você fique em contato.

Disse ela e começou a sair, em seguida, olhou para mim.

-'Todo homem merece saber que ele tem um filho. Mesmo que ele não seja uma parte de sua vida ele precisa saber sobre isso. Você só mantenha isso em mente.

Ela saiu do quarto deixando e eu sozinhos novamente.

Coloquei a última das minhas coisas na mala e a fechei. Agarrando a alça, carreguei. Minha náusea tinha piorado. Cobri a boca com uma mão.

-Droga, Ali! Você não pode fazer isso. De-me. Não deveria pegar coisas pesadas. Veja, não pode fazer isso. Quem vai se certificar que você está tomando conta de si mesma?

O melhor amigo que eu tive tida a minha vida estava de volta e o menino louco que achava que ele estava apaixonado e pronto para sacrificar sua vida tinha ido embora.

-Eu disse a Yngrid. Ela sabe e eu serei cuidadosa. Eu não estava pensando. Isso tudo é novo para mim. E acho que vou vomitar.

-O que posso fazer?

Ele perguntou comum olhar de pânico em seu rosto.

-Bolacha de água e sal ajudaria.

Ele colocou a mala no chão e correu para fora do quarto para pegar bolacha de água e sal. Ele estava de volta em nos de um minuto, com uma caixa de salgadinhos e um copo.

-Vovó ouviu.

Ela já tinha a caixa e um copo de água tônica prontos. Ela disse que a água tônica poderia acalma seu estômago.

-Obrigada.

Eu respondi e sentei na cama para comer um biscoito e saborear a água tônica.

Nenhum de nós falou. Minha náusea começou a diminuir bastante e eu tinha aprendido com a experiencia a parar de comer depois.

Se comesse muito, estaria vendo isso novamente em breve. levantando-me, entreguei a caixa e o copo de volta a Louis.

-Basta colocá-lo aí. Eu vou pegar mais tarde.

Ele pegou minha mala.

-De-me essa caixa também. Você não pode pegá-la.

Disse ele pegando a caixa de coisas que não tinha desempacotado da minha última viagem.

Puxei o último saco pequeno no meu braço e andei para a porta sem dizer uma palavra. Segui-o rezando para que ele não fizesse algo estúpido quando visse Scott.

Allison

Chegamos á porta de tela que dava para a varanda da frente e ele parou. Colocou a mala no chão, ele virou-se para olhar para mim.

-Você não tem que ir com ele. Eu lhe disse que eu poderia corrigir isso. Você me tem, Ali.Você sempre me teve.

Louis acreditava no que estava dizendo. Eu podia ver em seu rosto. Mas eu sabia melhor. Se eu precisasse de um amigo, Igor estaria lá, mas ele não era um salvador. De qualquer maneira eu não precisava de um.Eu tinha-me.

Peguei minha mala maior no meu ombro e pensei cuidadosamente sobre como explicar isso a ele mais uma vez. Eu tentei de tudo. Ele não iria compreender a verdade.

Trazer de volta como ele tinha me falhado quando a minha mãe estava doente e eu estava tão sozinha só iria machucá-lo.

-Eu preciso fazer isso.

Louis soltou um grunhido frustrado e passou a mão pelo cabelo.

-Você não confia em mim para cuidar de você. Isso dói pra caramba.

Derrotado, ele soltou uma risada.

-Mas então por que deveria? Decepcionei-te antes. Com a sua mãe... eu era uma criança, Ali! Quantas vezes tenho que dizer-lhe que as coisas são diferentes agora? Eu sei o que quero. Deus, Ali eu quero você. Sempre foi você.

Um nó se formou na minha garganta. Não porque eu o amava, mas porque me importava com ele. Igor foi uma grande parte da minha vida.

Ele tinha sido por tanto tempo quanto eu conseguia me lembrar. Fechei a distância entre nós e peguei sua mão.

-Por favor, compreenda. Isso é algo que tenho que fazer. Eu tenho que enfrentar isso. Deixe-me ir.

Louis deixou escapar um suspiro cansado.

-Eu sempre estou deixando você ir, Allison. Você já me pediu isso antes. Eu continuo tentando, mas está lentamente me destruindo.

Um dia ele iria me agradecer por deixa-lo.

-Sinto muito, Louis. Mas preciso ir. Ele está esperando por mim.

Louis pegou a mala de volta e abriu a porta de tela com o ombro.

Scott saiu do carro assim que nos viu.

-Não diga nada a ele, Louis.

Sussurrei.

Louis balançou a cabeça e o segui descendo os degraus. Scott encontrou-nos no fundo e olhou para mim.

-É isso todas as suas coisas?

Ele perguntou.

Sim.

Eu respondi.

Louis não fez nenhum movimento para dar-lhe a mala e a caixa. Um músculo na mandíbula de Scott pulou e eu sabia que ele estava tentando muito ser bom.

-Dê as coisa pra ele, Louis.

Falei cutucando-o nas costas. Louis suspirou e entregou a caixa e a mala para Scott que pegou ambos os itens e se dirigiu para o carro.

-Precisa dizer a ele.

Louis murmurou quando ele se virou para olhar para mim.

-Eu vou, eventualmente. Preciso pensar sobre isso.

Louis olhou de mim para a minha caminhonete.

-Você vai deixar a sua caminhonete?

-Eu estava esperando que você pudesse colocá-la na oficina e coloca-la a venda. Talvez pegar uns mil por ela. Então você pode pegar metade e me enviar a outra metade.

Louis fez uma careta.

-Eu vou vender a caminhonete, Ali, mas não estou pegando nenhum dinheiro. Vou mandar tudo.

Eu não discuti com ele. Ele precisava ser capaz de fazer isso e eu deixei.

-Tudo bem, Tudo bem. Mas você poderia pelo menos dar alguma coisa a vovó? Por me deixar ficar aqui e tudo mais.

As sobrancelhas de Louis se ergueram.

-Você quer que a minha avó viaje até Roseville para bronzear sua pele?

Sorrindo, fechei a distância entre  nós segurei em seus ombros e na pontas dos pés dei um beijo em sua bochecha.

-Obrigado por tudo.

Eu sussurrei.

-Você pode voltar se você precisar de mim. Sempre.

Sua voz falhou e eu sabia que precisava ir. Dei um passo para trás e acenei uma vez antes de ir para o carro.

Scott deixou a porta do lado do passageiro aberta e quando cheguei lá ele fechou-a atrás de mim. Eu vi quando ele olhou para Louis antes de entrar em seu lado.

Eu estava realmente fazendo isso. Deixando de lado o que estava a salvo e dando o primeiro passo para encontrar o meu lugar no mundo.

Scott

Parecia que ela estava prestes a chorar e eu tinha medo de perguntar se ela estava bem. Meu medo de que ela poderia mudar de ideia e ficar em Suntall me manteve tranquilo até que estivéssemos em segurança, fora dos limites da cidade.

Vendo as mãos atadas firmemente em seu colo me incomodou. Gostaria que ela dissesse alguma coisa.

-Você está bem?

Perguntei, incapaz de parar. Minha necessidade de protege-la assumiu.

Ela assentiu com a cabeça.

-Sim. É um pouco assustador e, eu acho. Desta vez, sei que não volto. Eu também sei que não tenho um esperando para me ajudar. Partir é mais difícil neste momento

-Você me tem.

Eu respondi.

Ela inclinou a cabeça para o lado e olhou para mim.

-Obrigada. Eu precisava ouvir isso agora.

Inferno, eu iria gravar para que ela pudesse reproduzi-lo mais e mais se isso iria ajudá-la.

-Nunca pense que você está sozinha.

Ela me deu um sorriso fraco, então voltou sua atenção para a estrada.

-Você sabe que eu poderia dirigir se você quiser dormir um pouco.

A ideia de ser livre para olhar pra ela o quanto eu quisesse era tentadora. Mas ela esperava que eu dormisse e eu não perderia o tempo que tinha com ela dormindo.

-Eu estou bem. Obrigado! No entanto, eu tinha passado por um drive-thru e pego algo para comer na ida. Ela estava dormindo e eu não queria incomodá-la, mas ela tinha que estar com fome.

-Estou morrendo de fome. O que soa bem para você?'

Perguntei, puxando de volta para a interestadual que nos levaria de volta para a Briunfd.

-Hum... eu... eu não sei. Talvez sopa.

Sopa? Isso foi um pedido estranho. Mas o inferno, se ela queria sopa eu lhe daria um pouco de sopa.

-Será sopa. Eu vou manter meus olhos abertos para um restaurante que conheço que tem sopa.

-Se você está morrendo de fome, por favor pare onde quiser. Posso encontrar algo para comer em qualquer lugar.

Ela parecia nervosa novamente.

-Ali, eu vou te dar sopa.

Eu respondi, olhando para ela. Fiz questão de sorrir para que ela soubesse que eu queria dar a sopa para ela.

-Obrigado.

Ela disse, e estudou as mãos em seu colo novamente.

Nós não falamos por algum tempo, mas foi bom apenas te-la no carro comigo. Eu não queria que ela se sentisse como se tivesse que falar.

O acostamento sinalizava restaurante e eu apontei a placa.

-Parece que há boas opções aqui. Escolha um lugar.

Eu disse a ela.

Ela encolheu os ombros.

-Não importa. Você sabe, se você não quer sair e quer continuar na estrada eu poderia comer algo propicio no carro.

Queria extrair tudo que pudesse desse dia.

-Nós estamos recebendo sopa.

Respondi. Uma pequena risada me assustou e eu olhei para vê-la realmente sorrindo. Faze-la fazer isso mais vezes era um novo objetivo.

Allison estava dormindo novamente quando entramos no estacionamento do apartamento da Yngrid tarde naquela noite. Eu tinha tido o cuidado de manter a nossa conversa fácil.

Depois de algum tempo nós tínhamos estabelecido um silencio confortável, então ela tinha adormecido.

Coloquei o carro no estacionamento, em seguida, sentei-me e olhei para ela.

Olhei para ela dormindo um milhão de vezes na volta para casa. Apenas por alguns minutos, eu queria a liberdade de vê-la dormir.

Os círculos escuros sob seus olhos me preocupava. Ela não estava dormindo o suficiente? Yngrid poderia saber. Eu poderia falar com ela sobre isso. Fazer perguntas a Allison sobre agora, provavelmente, não era sábio.

Uma leve batida na minha janela tirou a minha atenção de Allison para Cooper que estava do lado de fora do carro com um olhar divertido no rosto.

Abri a porta e sai antes que ele pudesse acordá-la. Eu queria acordá-la e eu não quera uma plateia quando eu fizesse isso.

-Você está pensando em acordá-la ou está considerando sequestra-la?

Perguntou Cooper.

-Cala a boca, idiota.

Cooper riu.

-Yngrid está ansiosa para que ela volte e possa ouvir sobre a viagem. Vou te ajudar com as coisas dela, se você acordá-la e leva-la para dentro.

-Ela está cansada. Yngrid pode esperar até amanhã.

Não queria que ele tivesse que acordar para falar com a Yngrid.

Ela, obviamente, precisava de mais horas de sono e ela precisava de mais comida. Ela mal tinha comido a sopa antes.Tentei alimentá-la novamente, mas ela disse que não estava com fome. Isso precisava mudar.

Era como aqueles malditos sanduíches de manteiga de amendoim mais uma vez.

-Então você diz isso a Yngrid.

Cooper respondeu enquanto eu empurrava a caixa em suas mãos e puxava a mala para fora da parte traseira.

- Eu tenho a mala, você leva a caixa e eu vou acordá-la.

-Momento privado?

Cooper sorriu e empurrou a caixa em suas mãos um pouco demais.

Ele tropeçou para trás o que só o fez cacarejar de tanto rir.

O ignorei e caminhei até o lado do passageiro.

Acordá-la para ela deixar-me não era exatamente o que eu queria fazer. Isso me assustava. E se fosse isso? E se Yngrid nunca me permitisse ficar perto dela desse jeito de novo? Não. Eu não deixaria isso acontecer.

Eu trabalharia lentamente, mas iria ter certeza que isso não aconteceria com a gente. Apesar de ter tido ela pra mim o dia todo estava se tornando realmente difícil voltar a ser como era.

Soltei seu cinto. Ela mal se mexeu. Uma mecha de cabelo caiu em seu rosto e eu senti o desejo de tocá-la. Chegando coloquei o seu cabelo atrás da orelha. Ela era tão maldita mente linda. Eu nunca seguiria além dela.

Não era possível. Eu tinha que encontrar uma maneira de recuperá-la. Para ajudá-la a se curar. Suas pálpebras se abriram e seu olhar travou com o meu.

-Nós estamos aqui.

Sussurrei, não querendo assustá-la.

Ela se sentou e me deu um sorriso tímido.

-Desculpe, adormeci com você de novo.

-Você deve ter o descanso necessário. Eu não me importei.

Eu queria ficar lá e mante-la no meu carro, mas não podia fazer isso. Eu me mudei de volta para que ela pudesse sair. Queria perguntar se eu poderia vê-la amanhã, estava ali na ponta da minha língua. Mas não fiz.

Ela não estava pronta para isso. Eu tinha que dar-lhe espaço.

-Eu te vejo por aí, então.

Eu disse, e seu sorriso vacilou.

-Certo, sim, te vejo por aí. E mais uma vez obrigada por me ajudar hoje. Vou te pagar o combustível.

Como o inferno.

-Não, você não vai. Eu não quero seu dinheiro. Fiquei contente de ajudar.

Ela começou a dizer mais, mas fechou a boca.

Com um aceno de cabeça firme, ela se virou e foi para o apartamento.

Allison

O primeiro dia de volta ao trabalho e Fernando me atribui a sala de jantar. Para café da manhã e almoço. Não é bom. Eu estava fora da cozinha me preparando mentalmente para não pensar sobre o cheiro.

Eu tinha acordado enjoada e forcei duas bolachas água e sal e um pouco de refresco de gengibre para baixo, mas isso foi tudo o que eu consegui.

O momento que eu entrasse na cozinha o cheiro bateria em mim. O bacon... oh Deus, o bacon...

-Você sabe, doçura que você realmente tem que ir lá para trabalhar.

Duncan falou lentamente atrás de mim. Eu me virei, assustada da minha batalha interna para vê-lo sorrindo para mim com um sorriso divertido.

-Os cozinheiros não são tão ruins. Eles não vão parar de gritar em tempo algum. Além disso, a última vez você os teve enrolado em seus lindos dedinhos.

Forcei um sorriso.

-Você está certo. Eu posso fazer isso. Apenas não estou pronta para as pessoas fazendo perguntas, eu acho.

Isso não era exatamente a verdade, mas então também não era uma mentira.

Duncan abriu a porta e o cheiro bateu em mim. Ovos, bacon, salsicha, gordura. Oh, não. Meu corpo começou a suar frio e meu estomago revirou.

-Uh, preciso usar o banheiro primeiro.

Expliquei e fiz meu caminho para o banheiro de empregado o mais rápido que pude, Sem entrar em corrida. eu pareceria muito mais suspeito.

Fechei a porta atrás de mim e cliquei a trava no lugar enquanto caía de joelhos no azulejo.

Encostei no vaso sanitário e então tudo o que eu tinha comido na noite passada e esta manhã voltou.

Vários lenços de papel depois, levantei ainda sentindo-me franca. Peguei o papel toalha para limpar meu rosto. Minha camisa polo branca estava agarrada a mim por conta do suor que tinha molhado tudo em mim. Eu precisava me trocar.

Lavei minha boca com o antisséptico bucal no balcão e endireitei minha camisa o melhor que pude. Talvez ninguém notasse. Poderia fazer isso. Prenderia a minha respiração enquanto eu estivesse na cozinha. É o que eu faria. Respirei profundamente antes de ir em frente. Tive que fazer isso. Quando abrir a porta os meus olhos fixaram em Fernando.

Ele estava de pé contra a parede de frente para o banheiro com os braços cruzados sobre o peito, me estudando. Eu estava atrasada.

-Sinto muito. Eu sei que estou atrasada. Eu só precisava fazer uma pausa rápida antes que eu começasse. Eu prometo que não vai acontecer novamente. Eu vou ficar até mais tarde para compensar isso.

-Meu escritório. Agora.

Ele estalou e se virou para espreitar pelo corredor.

Meu coração acelerou e eu segui rapidamente atrás dele. Não queria que Fernando ficasse com raiva de mim. Este trabalho era a minha resposta para os próximos meses.

Agora que me convenci a ficar aqui, descobri que realmente não queria sair. Ainda não. Fernando abriu a porta para mim e entrei.

-Eu realmente sinto muito. Por favor, não me despeça ainda. Eu só...

-Eu não vou demitir você.

Fernando me interrompeu.

Oh...

-Você já viu um médico? Eu estou presumindo que é do Scott. Será que ele sabe? Porque se ele souber e ainda assim você está aqui trabalhando para mim nesta condição então, eu pessoalmente vou quebrar a porra do pescoço dele.

Ele sabia. Oh não, oh não.

Eu balancei a cabeça freneticamente. Eu tive que parar com isso.

Fernando não poderia saber. Ninguém deveria saber, além da Yngrid.

-Eu não sei o que você está falando.

Fernando, levantou uma sobrancelha.

— Sério?

A incredulidade em sua voz era irritante. Ele não cairia numa mentira. Mas eu tinha um bebê para proteger.

Ele não sabe.

A verdade saiu da minha boca antes que pudesse impedi-la.

-Eu não quero que ele saiba, ainda. Preciso encontrar uma maneira de fazer isso por conta própria. Nós dois sabemos que Scott não quer isso. Sua família odiaria isso. Não posso ter o meu bebê odiado por ninguém. Por favor, entenda.

Implorei.

Fernando murmurou uma maldição e passou as mãos pelo cabelo.

-Ele merece saber isso, Allison.

Sim, ele merece. Mas, quando o bebe tinha sido concebido eu não sabia o quão contaminado nossos mundos eram. Como seria impossível para nós ter um relacionamento.

-Eles me odeiam. Eles odeiam a minha mãe. Não posso. Assim, por favor, me de um tempo para provar que posso fazer isso sem ajuda. Eu vou dizer-lhe, Eventualmente, mas preciso estar estável e pronta para sair depois que disser. Desta vez os meus desejos e suas vontades não vem em primeiro lugar. Estou fazendo o que é melhor para o bebê!

A carranca de Fernando se aprofundou. Ficamos em silencio por alguns minutos.

-Eu não gosto, mas não é a minha historia para contar. Mude-se e saia para ver Carla. Você pode fazer compras hoje. Avise-me quando o cheiro da cozinha não for um grande problema.

Eu queria jogar meus braços em torno dele e abraçá-lo. Ele não estava me forçando a dizer a ninguém, e ele estava me dispensando de servir café da manhã.

Eu costumava amar o bacon, mas agora... simplesmente não conseguia lidar com isso.

-Obrigada. O jantar não é ruim. É só pela manhã e ás vezes á tarde.

-Anotado. Eu só vou colocá-la em turnos de noite na sala de jantar. Esta semana você trabalha apenas no salão. Mas não fique superaquecida. Mantenha um pouco de gelo ou algo para se refrescar. Posso dizer a Carla?

-Não.

Eu respondi antes que ele pudesse terminar.

-Ela não pode saber. Ninguém pode saber. Por favor.

Fernando suspirou e assentiu com a cabeça.

-Certo. Vou manter o seu segredo. Mas se você precisar de alguma coisa é melhor você me deixar saber, se você não vai deixar Scott saber.

-Certo. Obrigada.

Fernando me deu um sorriso apertado.

-Eu te vejo mais tarde então.

Eu fui dispensada.

A escala para o resto da semana me tinha trabalhando no carrinho de cerveja. Houve torneio uma semana depois de sábado e, eu estava trabalhando o dia inteiro. Eu não poderia estar mais feliz com isso.

O dinheiro seria ótimo. E, embora o calor do lado de fora do campo, fosse intenso durante todo o dia, era melhor do que estar no ar condicionado sentido cheiro de toucinho ou qualquer carne gordurosa e correndo para vomitar.

Foi ficando progressivamente cheio desde que voltei. De acordo com Carla, os sócios que só vinham durante as férias de verão estavam agora morando. Yngrid e eu corríamos dois carrinhos diferentes, a fim de manter o local hidratado. Fernando ia raramente ao clube, então não tinha que me preocupar com seus  olhos curiosos. Ele estava ocupado trabalhando.

Cooper tinha dito a Yngrid que Fernando estava tentando provar a seu pai que ele estava pronto para uma promoção.

Depois do reabastecimento do meu carrinho pela terceira vez hoje, voltei para o primeiro grupo para fazer minha próxima rodada. Eu reconheci a parte de trás da cabeça de Gustavo imediatamente. Ele estava brincando com Giovanna.

Eu sabia que este dia chegaria, mas não estava preparada para isso. Eu sempre poderia ignorar essa área e, deixar Yngrid pegá-los em seu próximo turno, mas isso só seria adiar o inevitável.

Puxei o carro para cima e Gustavo virou em minha direção. Parecia que ele estava em uma conversaria com Giovanna.

A carranca frustrada em seu rosto não era reconfortante. Ele sorriu, mas eu poderia dizer que foi forçado.

-Nós estamos bem, Allison. Você pode ir para o próximo grupo.

Gustavo chamou.

A cabeça de Giovanna virou ao som de meu nome e, o ódio que havia em seu rosto fez-me deslocar o carro em sentido inverso. Talvez meu primeiro instinto estivesse certo. Eu não deveria ter parado.

-Espere. Eu quero alguma coisa.

Ao som da voz do Scott meu coração fez uma pequena vibração louca que só ele poderia fazer acontecer. Eu virei minha cabeça em direção ao som da voz dele para ve-lo correr em minha direção em um par de tênis brancos, e shorts azul claro e uma camisa polo branca.

Nunca deixou de me surpreender que ele pudesse parecer tão ridiculamente bom em roupas de treino.

Meninos de Banthei não se vestiam assim para qualquer coisa. Eles jogavam golfe em seus jeans, bonés e qualquer camiseta ou camisa de flanela que com sorte conseguisse sair do secador naquele dia. Mas Scott fez com que parecesse algo sexy de dar água na boca.

-Preciso de uma bebida.

Ele disse com um sorriso fácil, uma vez que ele alcançou o meu carrinho. Ele parou bem na minha frente. Não tinha visto ele em um par de dias. Não, desde a nossa viagem.

-O de sempre?

Perguntei parando o carro só para estar ainda mais perto dele. Ele não se afastou e os nossos peitos estavam perto de roçar um contra o outro.

Olhei para ele.

-Sim. Isso seria ótimo.

Respondeu, mas não se mexeu. Ele também manteve os olhos fixos nos meus. Um de nós ia ter de se mover e quebrar este concurso de encarar. Sabia que deveria ser eu. Não podia levá-lo a acreditar em qualquer coisa estava diferente.

Deslizei por ele e caminhei até a parte de trás do carro para entregá-lo um Corona. Abaixei me para tirá-lo do gelo e senti-lo mover-se atrás de mim. Inferno. Ele não estava fazendo isso fácil. Endireitando-me, não olhei para trás ou virei. Ele estava muito perto.

-O que você está fazendo?

Perguntei em voz baixa. Não queria Giovanna ou Gustavo ouvindo-nos.

-Sinto falta de você.

Foi sua simples resposta.

Fechando os olhos com força, respirei fundo e tentei acalmar o frenesi que ele estava enviando para o meu coração. Eu também sentia falta dele. Mas isso não fez a verdade ir embora.

Dizer-lhe que eu sentia falta dele não era inteligente. Eu não precisa deixá-lo acreditar que as coisas poderiam voltar a ser como eram.

-Pegue sua bebida e vamos lá.

Giovanna agarrou por trás dele. Isso foi o suficiente para que me movesse. Eu não estava pronta para um ataque verbal com Giovanna. Não hoje.

-Para trás, Gi.

Scott rosnou e empurrei Corona para ele e me movi rapidamente de volta para o banco do motorista.

-Allison, espere.

Scott disse, mais uma vez me seguindo.

-Não faça isso.

Implorei.

-Não posso lidar com ela.

Ele fez uma careta e depois acenou com a cabeça antes de se afastar. Tirei meus olhos dele e coloquei o carro na unidade.

Sem olhar para trás fui para o próximo grupo.

Scott

-Você não se lembra do que eu pedi outro dia, Gi?'' Eu rosnei uma vez que Allison e seu carrinho estavam fora de vista.

-Você estava sendo patético. Eu estava tentando ajudá-lo a não olhar como um perdedor apaixonado.

Virei-me e caminhei em sua direção. Ela foi me empurrando. Nunca tive essa raiva me consumindo, que a maioria dos irmãos tem de prejudicar fisicamente suas irmãs quando éramos mais jovens.

Mas agora eu estava experimentando isso. Gustavo entrou na minha frente colocando uma barreira entre nós.

-Nossa. Você precisa recuar e se acalmar.

Mudei meu olhar de Gi para Gustavo. Que diabos ele estava fazendo? Ele odiava Gi.

-'Saia. Isso é entre eu e minha irmã.

Lembrei a ele. Ele nunca a tinha defendido antes. Mesmo quando seu pai tinha sido casado com nossa mãe.

Ele tinha feito todos nós acreditarmos que ele seguramente odiava Gi.

Nunca tinha havido uma remota aproximação entre os dois.

-E você vai ter que passar por mim para chegar á sua irmã.

Gustavo respondeu dando um passo em minha direção.

-Porque agora você não está pensando sobre os sentimentos de ninguém, apenas os de Allison. Lembre-se como a presença de Allison afeta Gi. A princípio você se preocupava com isso.

Que porra é essa. Eu estava tendo alucinações?

Quando Gustavo começou a defender Gi?

-Eu sei exatamente como Allison afeta Gi. Mas o que estou tentando fazer é mostrar a ela que nada foi culpa de Allison. Gi odiou a pessoa errada por tanto maldito tempo, que ela não pode deixar para lé. O que diabos está errado com você, afinal? Você já sabia disso, foi o único que defendeu Allison quando ela apareceu pela primeira vez aqui. Você nunca acreditou que isto era culpa dela. Você viu sua inocência nisso desde o início.

Gustavo se mexeu desconfortavelmente e, em seguida, olhou para Gi cujos olhos ficaram redondos como pires.

-Você a deixou fraca, Scott.Toda sua vida você a protegeu. Ela confiou em você. Então você vai e a deixa e concentra toda a sua atenção em Allison e espera que Gi fique bem. Ela pode ser adulta, mas ela foi tão co-dependente de você toda a sua vida, ela não conhece outra maneira. Se você não estivesse tão focado em ter Allison de volta, veria isso.

Botei Gustavo fora do meu caminho e nivelei meu olhar sobre a minha irmã. Eu não precisava desta palestra dele mesmo se houvesse alguma verdade nisso.

No fundo, eu estava contente que estes dois finalmente tinham encontrado um terreno comum.

Talvez Gustavo cuidasse dela afinal. Nós vivemos na mesma casa há anos. Nós fomos negligenciados juntos.

-Eu te amo, Gi. Você sabe disso. Mas você não pode me pedir para escolher. Não é justo.

Gi colocou as duas mãos nos quadris. Era a sua posição desafiadora.

-Você não pode amar a nós duas. Eu nunca vou aceitá-la. Ela apontou uma arma para mim, Scott Você a viu. Ela é louca. Ela ia atirar em mim. Como você pode amá-la e me amar? Isso não faz sentido.

-Ela nunca teria atirado em você. Ela apontava uma arma para Gustavo também. Ele superou isso. E sim, eu posso amar vocês duas. Eu te amo de maneira diferente.

Gi desviou o olhar para Gustavo e deu um sorriso triste. Isso foi ainda mais estranho.

-Ele não vai me ouvir, Gustavo. Eu desisto. Ele está escolhendo seu amor por ela a cima de mim e dos meus sentimentos.

-Gi, apenas o ouça. Vamos. Ele tem um ponto.

Gustavo disse-lhe em um tom suave que eu nunca tinha ouvido usar com ela. Eu estava na minha pior fase, era uma zona de declínio.

Gi bateu o pé.

-Não. Eu a odeio. Eu não posso ficar olhando para ela. Ela o está, machucando e agora eu a odeio mais por isso.

' Gi gritou. Olhei em volta para ver se alguém a tinha ouvido falar e vi Fernando vindo em nossa direção. Bosta.

Gustavo se virou e seguiu o meu olhar.

-Ah, inferno.

Ele murmurou.

Fernando parou na nossa frente e olhou de Gi, a Gustavo depois para mim.

-Eu ouvi o suficiente para saber o que é essa conversa.

Disse, mantendo seu foco fechado em mim.

-Deixem-me ser muito claro. Todos nós temos sido amigos a maioria de nossas vidas. Eu conheço a dinâmica de sua família.

Ele desviou o olhar para Gi com um grunhido de nojo em seus lábios, em seguida, voltou para mim.

-Se alguém tem um problema com Allison, então precisam traze-lo a mim. Ela tem um trabalho aqui, enquanto ela quiser. Vocês três podem não gostar, mas eu pessoalmente não dou a mínima. Então superem isso. Ela não precisa dessa droga agora. Recuem. Estamos entendidos?

Estudei-o. O que ele quis dizer e por que ele estava agindo como protetor de Allison? Eu não gosto disso.

Meu sangue começou a ferver e fechei minhas mãos ao meu lado em punhos. Será que ele pensa que pode fazer a sua jogada agora?

Mostrar-se quando ela esta fraca e ser o herói? Claro que não. Isso não estava acontecendo. Allison era minha.

Fernando não esperou por uma resposta. Ele se afastou.

-Parece que você tem concorrência.

Gi provocou.

Gustavo se aproximou dela e colocou-a atrás dele novamente.

Isso é o suficiente, Gi.

Ele sussurrou, então ele olhou para mim.

Eu acabei com isso. Eu não conseguia lidar com os dois agora. Joguei meu drinque para baixo e fui atrás de Fernando.

Ele me ouviu ou sentiu a raiva saindo de mim, porque ele parou antes de chegar ao clube e se virou para olhar-me. Uma de suas sobrancelhas se ergueram como se estivesse se divertindo. Isso só me irritava mais.

-Nós dois queremos a mesma coisa. Por que você não respira fundo e acalmar-se?

Fernando disse enquanto cruzava os braços sobre o peito.

-Você fique longe dela. Você pode me ouvir?

Recue Allison me ama, ela está apenas confusa e magoada. Ela também está muito vulnerável. Se você acha que vai tirar vantagem do seu estado atual, Deus me ajude, porque vou bater a bosta de dentro de você.

Fernando inclinou a cabeça para o lado e fez uma careta. Ela não ficou muito afetado pela minha advertência.

Talvez eu precisasse afetá-lo.

-Eu sei que você a ama. Eu nunca vi você agir assim enlouquecido em sua vida. Eu entendo isso. Mas Gi a odeia. Se você ama a Ali então a proteja do veneno que está escorrendo das presas de sua irmã. Ou eu vou.

Senti-me como se ele tivesse me dado um tapa no rosto. Antes que pudesse responder, ele abriu a porta e entrou. Olhei para a porta fechada por alguns minutos antes de passar. Eu ia perder um delas.

Amava minha irmã, mas com o tempo ela me perdoaria. Não poderia perder Allison para sempre. Não ia permitir que isso acontecesse.

Allison

Yngrid estendeu a mão e apertou a minha. Ela estava de pé ao meu lado enquanto eu me sentava a mesa do médico esperando.

Fiz xixi em um copo e agora nós esperamos para ouvir os resultados oficiais. Meu coração estava disparado. Havia uma pequena possibilidade de que eu poderia não estar grávida.

Pesquisei no Google ontem á noite. Os testes caseiros de gravidez poderiam estar errados e eu poderia estar ficando doente, porque o meu chefe achava que eu estava grávida.

Aporta se abriu e uma enfermeira entrou, ela estava sorrindo quando olhou de Yngrid para mim.

-Parabéns. É positivo. Você está grávida.

A mão de Yngrid apertou a minha mais forte. Eu sabia disso, no fundo, mas só de ouvir a enfermeira dizer tornou mais real. Eu não iria chorar.

Meu bebê não precisa saber que eu tinha chorado quando eu descobri que estava grávida. Eu queria que ele ou ela se sentisse amado sempre. Isso não era uma coisa ruim. Ele nunca poderia ser uma coisa ruim. Eu precisava de família. Logo teria uma de novo. Alguém que me amaria incondicionalmente.

-O médico virá checar como estão as coisa em poucos minutos. Precisamos trabalhar o sangue também. Você tem experimentado qualquer cólicas ou sangramento?

-Não. Apenas realmente enjoo. Sentir cheiros me detona.

Expliquei.

A enfermeira concordou e escreveu em sua prancheta.

-Pode não parecer, mas isso é uma coisa boa. Sentir enjoo é bom.

Bufou.

-Você não a viu suando frio. Nada é bom nisso.

A enfermeira sorriu.

-Sim, eu me lembro daqueles dias. Isso não é divertido.

Ela desviou o olhar para mim.

-O pai se envolverá?

Será que ele se envolverá? Eu poderia dizer-lhe? Eu balancei minha cabeça.

-Não, eu não acho que ele estará.

O sorriso triste no rosto da enfermeira quando ela balançou a cabeça e fez outra nota em sua pra prancheta me disse que viu isso muitas vezes.

-Você estava usando qualquer forma de controlar de natalidade, quando você concebeu? A pílula talvez'

Perguntou a enfermeira.

Eu não olhei para Yngrid. Talvez não quisesse que ela aqui afinal. Eu balancei minha cabeça.

A enfermeira levantou as sobrancelhas.

-Nada?

Perguntou.

-Não, nada, Quero dizer, nós usamos camisinha algumas vezes, mas houve algumas vezes que não fizemos. Ele puxou uma vez... mas houve uma vez que ele não fez.

Yngrid ficou tensa ao meu lado. Eu sabia o que ela estava pensando. Como eu pude ser tão estúpida? Isso tinha sido um fato que eu tinha deixado de fora da história.

A enfermeira assentiu.

-Certo. O médico estará aqui em pouco tempo. Ela respondeu e saiu da sala.

Yngrid puxou meu braço me fazendo olhar para ela.

-Ele não usou camisinha? Ele é louco? Droga! Ele deveria ter pensado em te perguntar se estava grávida. Que idiota. Eu aqui sentindo pena dele, porque ele não sabe que vai ser papai e ele não usou um maldito preservativo. Ele deveria ter feito um contato com você em quatro semanas para se certificar de que você não estava grávida. Que idiota.

Yngrid estava andando na minha frente agora. Eu só assistia. O que eu digo disso? Eu estava tão errada na situação.

Fui eu que me despi, fiquei em cima dele e ferrei com seus miolos naquela noite. Ele era homem e a última coisa em sua mente tinha sido parar para colocar uma camisinha. Eu não lhe tinha dado muito tempo para pensar. Mas compartilhar os detalhes da minha vida sexual e do Scott com Yngrid não ia acontecer. Então, mantive minha boca fechada.

-Ele merece isso. Ele deveria ter verificado com você. Não diga ao idiota. Se ele acha que pode usar aquela coisa e não colocar uma proteção sobre ele, então ele pode viver na ignorância que eu cuido. Estarei aqui para você. Eu e você. Temos isso.

Ela parecia pronta para enfrentar o mundo nesse momento. Isso me fez sorrir. Eu não estaria em Roseville quando o bebê nascesse. Eu desejaria estar. Eu queria que meu bebê tivesse alguém a mais para amá-lo.

Yngrid seria uma excelente tia. O pensamento me deixou triste. Meu sorriso desapareceu.

-Sinto muito. Eu não queria incomodá-la.

Disse Yngrid soltando as mãos da cintura, com um olhar preocupado no rosto.

-Não. Você não fez isso. Eu só queria... Eu só gostaria de não ter que sair. Eu quero que o meu bebe conheça você.

Yngrid se aproximou e colocou os braços em volta dos meus ombros e apertou.

-Você vai me dizer onde vai morar e vou ver vocês dois o tempo todo. Ou você pode ficar e viver comigo. Quando o bebê nascer Scott estará fora. Ele não fica em Roseville depois do verão. Teríamos tempo para que vocês tivessem tudo resolvido na vida, antes que ele voltasse. Basta pensar nisso. Não se preocupe sobre quaisquer decisões finais agora.

Scott partiria? Será que ele desistiria de mim e deixaria Roseville? Ou será que ele ficaria? Meu coração doeu pensando nele se afastando de mim. Por mais que eu soubesse que não ia funcionar, eu queria que ele lutasse por mim. Eu queria que ele encontrasse uma maneira de podermos estar juntos, mesmo que eu soubesse que era impossível.

Duas horas mais tarde estávamos de volta no apartamento da Yngrid e eu tinha vitaminas pré-natal e vários panfletos sobre ter uma gravidez saudável. Os meti em minha bolsa.

Precisava de um banho quente e uma soneca.

Yngrid bateu uma vez na porta do banheiro e entrou. Ela estava segurando o telefone na mão e sorrindo como uma idiota.

-Você não vai acreditar nisso.

Fez uma pausa e balançou a cabeça como se ainda estivesse em descrença.

-Fernando acabou de ligar. Disse que o apartamento é nosso pelo mesmo custo que estou pagando agora neste. Ele disse que é um privilégio já que ter dois de seus empregados na área do clube será útil. Também disse que nós duas estaríamos sem emprego se tentássemos declinar a oferta.

Afundei no assento do vaso sanitário e olhei para ela. Ele estava fazendo isso porque eu estava grávida.

Esta era sua maneira de ajudar. Eu queria gritar para ele e abraçar o pescoço de uma só vez. Meus olhos encheram de lágrimas.

-Ele ainda está o telefone?

Eu perguntei quando percebi que Yngrid ainda estava segurando-o perto de sua orelha.

''Não é o Cooper. Ele disse que isso tem a ver com você. Você está... tipo saindo com ele ou qualquer coisa, está?'

Ela perguntou lentamente. Isso deve ter sido a pergunta do Cooper.

Ela ficou repetindo que ele não acreditava nisso, mesmo quando ela disse isso.

-Você pode colocar o telefone no mundo?

Perguntei-lhe em voz baixa.

Seus olhos se arregalaram e ela balançou a cabeça.

Uma vez que ele estava em segurança silenciado, ela olhou para mim como se não me reconhecesse. O que ela pensa?

Que eu estava saindo com Fernando enquanto estava grávida de Scott? Certamente que não.

-Yngrid, ele sabe. Fernando sabe.

Compreensão caiu sobre ela e seu queixo caiu.

-Como?

Perguntou ela.

''Ele me colocou no turno da manhã na sala de jantar. A cozinha... cheirava a bacon.

Yngrid fez um grande ''O'' com a boca e assentiu.

Ela conseguiu.

Estendeu a mão e tirou o telefone do mudo.

''Não há nada acontecendo com Fernando e Allison! Ele acaba de se tornar um amigo dela e quer ajudar. Isso é tudo.

Yngrid revirou os olhos para que Cooper disse, em seguida, O chamou de louco e desligou.

-Ok, então ele sabe que você está grávida de Scott e ele está nos dando um apartamento por uma merreca? Esta é a melhor coisa de todas. Espere até você ver este lugar. Se ele nos permitir ficar até depois que o bebe nascer, seu quarto é grande o suficiente para um berço! Ele é perfeito.

'

Eu não conseguia pensar muito á frente.

Agora eu só precisava ir encontrar Fernando e falar com ele. Se eu saísse em quatro meses não queria que esse acordo acabasse para Yngrid.

Eu precisava ter certeza disso, antes de deixá-la ficar muto animada.

Scott

Cooper ligou para me avisar que as meninas estavam se mudando para um apartamento na propriedade do clube hoje.

Não tinha visto desde o incidente no campo de golfe. Não por falta de tentativa. Tentei me colocar no caminho dela no clube várias vezes e nunca funcionou.

Até passei por lá ontem e ela tinha ido embora. Carla tinha dito que ela e Yngrid já tinham saído, então presumi que elas tinham ido fazer alguma coisa juntas.

Eu fui até o apartamento de Yngrid e imediatamente percebi o carro do Fernando. Que diabos ele estava fazendo aqui?

Abri minha porta e me dirigi para a porta do apartamento, quando ouvi a voz da Allison.

Voltei e caminhei em direção ao carro do Fernando até que eu vi Fernando encostado na parede ao lado de onde ele havia estacionado e ouvindo Allison com um sorriso no rosto.

Um sorriso que eu estava prestes a fazer desaparecer.

-Se você tem certeza, então obrigada.

Allison disse discretamente como se ela não quisesse que ninguém ouvisse.

-Positivo.

Fernando respondeu enquanto seus olhos se levantaram para encontrar os meus. O sorriso em seu rosto desapareceu.

Allison virou a cabeça para olhar por cima do ombro. A surpresa no rosto dela quando seus olhos encontraram os meus machucou.

Talvez eu não deveria estar aqui agora. Eu não queria perder a cabeça e assustá-la, mas eu estava bem perto de entrar em uma fúria cega. Por que eles estavam conversando sozinhos?

O que ele estava certo?

-Scott?

Allison disse, afastando-se de Fernando e vindo até mim.

-O que você está fazendo aqui?

Fernando riu e balançou a cabeça, em seguida, abriu a porta do carro.

-Tenho certeza que ele veio para ajudar. Vou embora antes que ele desconte essa carranca feia em mim.

Ele estava indo embora. Ótimo.

-Você está aqui para nos ajudar a mudar?

Perguntou, olhando-me com cuidado.

-Sim, estou.

Respondi.

A tensão me deixou assim que o carro do Fernando rugiu e ele partiu.

-Como você sabia que estávamos nos mudando?

Cooper me ligou.

Respondi.

Ela mexeu os pés nervosamente.

Eu odiava o fato de deixá-la nervosa.

-Eu queria ajudar, Ali. Sinto muito por Gi no outro dia. Eu conversei com ela. Ela não será...

-Não se preocupe com isso. Você não tem que se desculpar por ela. Não culpo você por isso. Eu entendo.

Não, ela não entendia.

Eu podia ver nos olhos dela que ela não entendia. Estendi a mão e peguei a dela. Eu só precisava tocá-la de alguma forma.

Ela tremeu quando meus dedos rocaram a palma da mão dela. Seus dentes morderam seu lábios inferior do mesmo jeito que eu queria fazer.

-Ali..

Disse, e parei porque não estava certo do que mais dizer. A verdade era tudo nesse momento.

Ela levantou os olhos de nossas mãos e pude ver o desejo lá. Sério?

Eu estava sonhando sobre isso ou ela estava... ela realmente estava?

Eu deslizei um dedo sobre a palma de sua mão e acariciei o interior de seu pulso. Ela tremeu novamente. Me*da!

Ela estava estremecida pelo meu toque. Eu me aproximei dela e corri minha mão lentamente por seu braço.

Eu estava esperando que ela me empurrasse e colocasse a distância entre nós que eu imaginava.

Quando cheguei alto o suficiente, meu polegar roçou o lado de seu peito e ela agarrou meu braço livre no momento em que ela estremeceu. Que droga é essa?

-Ali...

Sussurrei, pressionando-a para trás até que ela estava contra a parede de tijolos do prédio e meu peito estava a centímetros de tocar o dela.

Ela não me empurrou e as pálpebras dela pareciam pesadas, enquanto ela olhava para meu peito.

Sua respiração era pesada, O decote que o pequeno vestido de verão rosa pálido exibiu estava ali debaixo do meu nariz. Subindo e descendo como se fosse um convite. Um impossível.

Alguma coisa estava errada aqui.

Coloquei minha outra mão em sua cintura e lentamente deslizei por seus corpo até que meu outro polegar estava debaixo do seu peito. Ela não estava usando sutiã.

Seu ma*,milos estavam duros e eretos cutucando contra o fino tecido do vestido. Não consegui me conter. Levantei minha mão e cobri o sei,*o direito apertando-o suavemente.

Lua gemeu e seus joelhos começaram a se entregar.

Ela deixou sua cabeça cair para trás na parede a fechou os olhos. Eu a segurei firme e deslizei minha pernas entre as dela para impedi-la de afundar no chão.

Com a outra mão, eu cobri seu peito esquerdo e corri as pontas dos meus dedos sobre seus mam*ilos firmes.

-Oh Deus, Scott

Ela gemeu, abrindo os  olhos e olhando para mim através de seu olhos semicerrados.

Caramba. Eu estava em algum tipo de céu torturante. Se isso fosse um outro sonho eu ia ficar furioso. Parecia muito real.

-Isso é bom, querida?

Perguntei, baixando a cabeça para sussurrar em seu ouvido.

-Sim.

Ela suspirou, afundando ainda mais no meu joelho. Quando seu centro quente pressionou contra a minha perna, ela suspirou e segurou meus braços com mais força.

-Ahhhh.

Gritou.

Eu ia chegar ao ápice na minha calça. Nunca tinha ficado tão animado na minha vida.

Alguma coisa estava diferente. Isso não era a mesma coisa.

Ela estava quase desesperada. Eu podia sentir o medo dela, mas sua necessidade era mais forte.

-Allison, me diga o que você quer que eu faça. Farei qualquer coisa que você precise.

Prometi a ela, beijando a pele macia debaixo de seu ouvido. Ela tinha um cheiro tão bom.

Massageei seus seios em minhas mãos novamente e ela soltou um gemido suplicante. Minha doce Allison estava extremamente animada.

Isso era de verdade. Isso não era um maldito sonho. Mais que droga!

-Allison.

O chamado estridente da voz da Yngrid foi como um balde de água fria jogando sobre Allison.

Ela enrijeceu, depois se levantou retirando as mãos de mim e fugiu para longe. Ela não podia olhar para mim.

-Uh!.. Sinto muito. Eu não sei...

Ela balançou a cabeça e correu para longe de mim.

Observei até que ela estava na porta e Yngrid estava falando com ela com firmeza.

Allison estava assentido com a cabeça.

Uma vez que elas entraram eu bati as mãos contra o tijolo e murmurei uma série de maldições, enquanto tentava desesperadamente colocar meu tesão sob controle.

Depois de alguns minutos, a porta se abriu novamente e me virei para ver Cooper saindo. Ele olhou para mim e soltou um assobio.

-Maldição cara, você trabalha rápido.

Eu nem sequer respondi a isso. Ele não sabia o que estava falando. Allison tinha estado sedenta pelo meu toque. Ela não tinha me afastado.

Ela tinha quase me implorado silenciosamente. Não tinha feito sentido, mas ela tinha me desejado. Deus sabe que eu queria. Sempre a quis.

-Vamos lá. Temos um sofá para carregar. Preciso de sua ajuda.

Cooper disse, segurando a porta aberta.

                                                                   

 

                                                                           

                                                 

                                                                       

                                                                       

                                               

                                                                                   

                                                                                                   

                                                                                         

                                                                                                                     

                                                                                     

                                                                                             

                                                                                               

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Comments

Rosimary Da silva

Rosimary Da silva

Demorou demais, deveria ter devorado os lábios dela com um beijo apaixonado

2023-03-11

1

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