No mesmo instante, porém numa cidade diferente, o aperto daquela noite era sufocante—uma noite que Marvin talvez jamais conseguisse esquecer. Ele foi forçado a assistir ao assassinato brutal de sua mãe, que se desenrolava bem diante de seus olhos.
"Marvin, corre!" A condição da Sra. Rena era crítica; com suas forças se esvaindo rapidamente, ela se agarrava desesperadamente à perna direita de Markus. Seu objetivo era impedir que ele perseguisse Marvin.
"Mamãe!" Soluços irromperam de Marvin; a ideia de abandonar sua mãe era insuportável.
Markus se debatia, sua perna esquerda chutando o corpo da Sra. Rena com uma intensidade brutal, tentando libertar sua perna direita de suas mãos.
Bugh...
Bugh...
"Solta a minha perna, sua vadia!"
Mas a Sra. Rena não se rendeu. Com o resto de suas energias, ela agarrou a perna direita de Markus com ainda mais força, embora seu corpo estivesse cada vez mais fraco devido à perda excessiva de sangue.
"Marvin, eu imploro!" A voz da Sra. Rena estava fraca e rouca, implorando para que seu filho escapasse.
Marvin chorou ainda mais alto, seu coração doendo ao ver a Sra. Rena em tal situação desesperadora, mas o que ele poderia fazer? Com apenas dez anos de idade, ele não tinha chance contra Markus, um homem de estatura considerável.
Com grande relutância, Marvin abriu a janela com dificuldade, deslizando para fora e escapando por ela, suas lágrimas vindo em soluços trêmulos.
"Socorro!"
"Alguém, nos ajude!"
Marvin correu pela escuridão, seus gritos por socorro ecoando em vão, esperando contra todas as probabilidades ser ouvido. Infelizmente, em 2005, o bairro era pouco povoado, e até mesmo seu caminho para a escola o levava por áreas arborizadas.
"Droga!"
A paciência escapou de Markus, que rapidamente enfiou sua faca nas costas e no ombro da Sra. Rena várias vezes, até que ela desabou, incapaz de resistir.
A Sra. Rena não tinha mais forças para se defender de Markus. Ela tossiu violentamente, sangue escorrendo de sua boca.
Seu corpo cedeu, a vida se esvaindo, sua respiração ficando mais pesada a cada segundo. Sua visão ficou turva enquanto ela observava Markus perseguir Marvin, passando pela mesma janela que seu filho havia passado momentos antes.
Lágrimas caíram—provavelmente pela última vez—para lamentar a última noite em que ela veria Marvin, uma dor que a feria mais profundamente do que os ferimentos que se espalhavam por seu corpo.
"Ma-Marvin..."
Essas foram suas últimas palavras, pronunciadas fracamente, antes que sua vida escapasse, deixando para trás seu filho infeliz.
...****************...
Agora, em meio à floresta, Marvin continuava a gritar por socorro, na esperança inútil de que alguém pudesse estar passando.
"Socorro!"
"Por favor, nos ajude!"
"Minha mãe está ferida!"
A voz de Marvin falhou em lágrimas enquanto ele forçava suas pernas ao limite.
Mas sua esperança diminuía; ele estava perdido, sem saber para onde correr, a floresta escura como breu, exceto pelos vislumbres da luz da lua.
"Ei, seu moleque desgraçado, venha aqui!"
Assustado, Marvin percebeu que Markus havia o alcançado. Olhando para trás, Markus se aproximava a meros 15 metros de distância.
"Hahaha...!" A risada de Markus encheu o ar, deleitando-se com o medo de Marvin.
Marvin acelerou o passo. Sua respiração estava irregular, mas ele seguiu em frente, desesperado para escapar.
Markus também era implacável, perseguindo-o sem parar.
O pânico tomou conta de Marvin quando ele tropeçou na beira de um penhasco, um rio serpenteando abaixo. Preso, não havia mais para onde correr.
"Hahaha..." Markus riu sinistramente, "Você não tem para onde correr agora, seu desgraçado. Prepare-se para seguir sua mãe para o inferno!" Ele brandiu a faca que segurava.
Marvin estava apavorado. Se ele fosse mais velho, mataria o homem à sua frente sem hesitação.
Recuando enquanto Markus avançava, Marvin olhou para o rio abaixo, calculando. Afogar-se parecia preferível a morrer nas mãos daquele vilão, embora sua curiosidade o corroesse—por que aquele homem os queria mortos?
Com uma resolução repentina, Marvin se virou e saltou do penhasco, mergulhando no rio abaixo.
Byurr...
Marvin quebrou a superfície do rio com um splash.
"Droga!" Markus praguejou. Ele foi muito lento, agora apenas uma figura na beira do penhasco. Apontando sua lanterna para baixo, ele tentou confirmar o destino de Marvin na água.
"O pirralho teve a audácia de pular!"
A frustração borbulhou enquanto Markus olhava para a água plácida, quase certo do afogamento de Marvin. Amanhã, ele pensou, as notícias certamente relatariam o corpo de um garoto de dez anos encontrado.
Drrrtt... Drrrtt...
O telefone de Markus vibrou, uma chamada recebida de Erza.
Depois de respirar fundo para se recompor, inseguro sobre a morte de Marvin, Markus atendeu a chamada hesitante.
"Alô, chefe."
"Está feito? Você matou os dois?" A voz de Erza veio do outro lado da linha.
Com medo de perder os 200 milhões que Erza havia lhe pagado, Markus se viu mentindo, convencido de que Marvin estava praticamente morto. "Está feito, chefe. Os dois estão mortos."
"Hahaha..." A risada de Erza transmitiu sua satisfação. "Incendeie o lugar, faça a polícia pensar que foi um incêndio que os matou."
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Atualizado até capítulo 85
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