Capítulo 7

Naquela mesma noite, Markus retornou à casa de Dona Rena, parecendo confuso por precisar de um corpo de Marvin para convencer seu chefe de que havia matido Marvin.

Markus lembrou-se dos três corpos de crianças em seu carro que ele planejava enterrar. Ele fazia parte da gangue The Bloods, envolvida no tráfico humano, incluindo sequestro de crianças e remoção de órgãos dos infantes sequestrados. E o chefe dessa gangue não era outro senão Erza.

Markus abriu o porta-malas do carro, olhou para os três corpos de crianças já sem vida por terem seus órgãos removidos. Ele escolheu o corpo de um menino cujo tamanho era quase igual ao de Marvin, para que as pessoas acreditassem que Marvin estava morto.

Markus levou o corpo do menino, deitando-o ao lado de Dona Rena, já sem vida. Então, buscou um galão com gasolina, derramando-a sobre os corpos de Dona Rena e do menino.

Depois, derramou o resto da gasolina ao redor daquela humilde casa, um lar que guardava inúmeras memórias entre Marvin e sua mãe durante os três meses em que viveram lá.

"Espero que vocês descansem no inferno, seu filho me deu muito trabalho!" Markus disse isso enquanto olhava para o corpo de Dona Rena, sem sentir qualquer culpa pelo que havia feito a Dona Rena e Marvin.

Em seguida, Markus acendeu um isqueiro, e assim que a chama surgiu, jogou-o nos corpos de Dona Rena e do menino. Markus saiu rapidamente antes que as chamas aumentassem.

De fora, Markus viu o fogo se alastrar, engolindo tudo ao redor, até que a casa foi completamente consumida pelas chamas, assegurando que os corpos de Dona Rena e do menino desconhecido se tornariam cinzas.

No dia seguinte...

A notícia do incêndio chegou aos ouvidos do Senhor Rama, que só pôde suspirar ao saber da morte de sua ex-esposa e de seu filho. Ele nem mesmo teve a chance de ver os corpos, pois haviam se tornado cinza, restando apenas ossos.

"Que tragédia, Senhor. Eles tiveram um fim tão horrível," Sonya fingiu tristeza diante de seu marido.

O Senhor Rama permaneceu em silêncio, afinal, ele era um pai, e certamente a notícia da morte trágica de sua ex-esposa e de seu filho o atingiu profundamente.

No fundo, Sonya ria satisfeita, pois com a morte de Dona Rena e Marvin, nada mais perturbaria o Grupo Leon, que eventualmente seria dela.

O Senhor Rama observou Nadine brincando de bicicleta no jardim, sorriu ao vê-la, considerando-se sortudo por ainda a ter, ao menos ela o fazia esquecer a culpa que sentia em relação à ex-esposa e ao filho que se foram.

Nadine, a filha obediente, era o motivo do crescente afeto que o Senhor Rama sentia por ela. Enquanto Marvin sempre estivera do lado da mãe, fazendo-o sentir-se desvalorizado. Afinal, que criança permaneceria impassível vendo sua mãe sofrer, mesmo que por ações do próprio pai?

...****************...

Enquanto isso, Markus ainda estava inquieto por não ter encontrado o corpo de Marvin. Quando a situação acalmou, ele percorreu o rio, talvez encontrasse o corpo de Marvin, mas não havia notícias de pessoas do vilarejo encontrando o corpo de um menino no rio.

"Por onde andará aquele garoto?" Markus resmungou, frustrado.

"Hmm... talvez tenha sido devorado por crocodilos ou animais selvagens?" Essa hipótese fez sentido para Markus, considerando que o rio ainda era selvagem, pouco explorado pelo homem. Diziam que crocodilos ainda habitavam aquelas águas.

Com o entardecer chegando, Markus foi forçado a encerrar a busca, convencido de que Marvin não teria sobrevivido, era improvável que o menino conseguisse nadar em um rio tão profundo.

Ao chegar na capital, Markus encontrou-se com Sonya e Erza, na base da The Bloods.

Sonya entregou a Markus 100 milhões, como bônus por ter conseguido matar Dona Rena e Marvin, elevando o total entregue a Markus para 300 milhões.

"Excelente trabalho, Markus. Estou sempre satisfeita com seus serviços," elogiou Sonya.

Enquanto isso, Erza continuava abraçando Sonya, beijando-a no rosto, mesmo que antes da chegada de Markus, eles já tivessem tido seus momentos íntimos.

Markus riu, segurando a bolsa de dinheiro, "Claro, estarei sempre disponível quando vocês precisarem. Hmm... como vai aquela criança?" De repente, Markus perguntou a Sonya sobre Nadine.

Sonya estava relutante em responder à pergunta de Markus sobre Nadine, "Às vezes aquela criança me irrita, mas tenho que suportar até conseguir o controle do Grupo Leon. Um dia, precisarei que você elimine mais duas pessoas, mas ainda não é a hora."

"Claro, sempre estarei pronto, não posso desobedecer as ordens do chefe Erza." Markus era fiel a seu chefe, especialmente porque sempre lucrava com suas missões.

O Grupo Leon era a principal empresa do país, compreendendo vários hospitais, hotéis de luxo e restaurantes.

Erza riu, pegando uma garrafa de vodka na mesa, servindo-a em três copos, convidando Markus e Sonya para um brinde. "Vamos celebrar a nossa vitória, enviando mãe e filho para o inferno hahaha..."

Sonya riu do comentário de seu amante, beijando-o na boca, sem se envergonhar na frente de Markus.

Eles brindaram.

Cling...

E beberam juntos um gole de vodka.

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