Eu estava um pouco animada para hoje a noite, tentar distrair a mente, beber e dançar era tudo que eu precisava depois de um dia estressante de trabalho.
Optei em vestir um vestido de alcinhas, bem apertado no busto e na cintura, porém soltinho na saia. Deixei os cabelos soltos, só dei uma acentuada nos cachos, me olhei no espelho e lembrei de colocar meu colar que dava um relance a mais no meu decote.
— Prontinho!
Dei um sorriso e peguei minha bolsinha para colocar o celular e um batom caso precisasse retocar a cor. Se bem que eu não ia com pretensões de ficar com ninguém, só quero me divertir com o Bê e dançar, conversar igual como faço com a Peh.
Depois de uma decepção como a qual tive com o Luka, a palavra relacionamento e conhecer novas pessoas vem me bloqueando. Eu não me sinto confortável em entrar num novo relacionamento, por receio e medo do que me aconteceu. Ter sido enrolada, enganada por dez anos em um relacionamento no qual eu amei sozinha foi frustrante.
Suspirei fundo, meus olhos encheram de lágrimas, eu olhei para cima tentando não deixá-las cair, ou iria borrar toda a maquiagem que tinha feito.
— Filha o Blake, chegou.
Minha mãe falou da porta, e quando me viu arrumada sorriu andando até mim.
— Como estou mãe?
Tentei disfarçar os olhos lacrimejando dando uma voltinha, e sorrindo para dona Meredtih.
— Linda como sempre filha. Vai com Deus, aproveita como qualquer jovem da sua idade, se divirta bastante, não vou pedir para ter juízo porque isso você tem que sobra.
Ela fez o sinal da cruz em minha testa me dando sua benção. Acho que não existia mãe mais liberal que dona Meredtih, ela adorava me ver sair, me ver produzida. Depois da decepção com o Luka deixei de frequentar barzinhos, baladas e me afundei no trabalho e fiquei mais caseira do que já sou, isso fez minha mãe achar que estava entrando em depressão.
— Está bem mãe, volto às três.
Vou ficar até mais tarde hoje, aproveitando que amanhã é sábado. Saímos do quarto e Bê assim que me viu brincou assobiando como um bobo.
— Fiu.. fiu! Tia acho que vou ter trabalho com a proteção da Suely hoje.
Dei risadas, minha mãe foi até ele dar sua benção e saímos animados até o carro do Bê. Eu notei que no percurso para a balada ele havia olhado para o relógio de pulso diversas vezes, e quando chegamos ele quis ficar numa mesa com vista para a entrada da balada, tendo acesso a quem passava pela porta.
— Oh Bê, você está esperando alguém?
Perguntei curiosa, ele me deu um sorriso e se aproximou ao falar.
— Eu convidei a Beck tudo bem pra você?
Tomei de um só gole o drink que havia pedido, e encarei meu primo já entendendo o motivo de sua inquietação.
— A Beck? O que está rolando entre vocês afinal?
Ele arranhou a garganta com um misto de um sorriso entre os lábios.
— Digamos que estamos nos conhecendo, ela é uma linda mulher, com um papo bacana, e não descarto a possibilidade de surgir uma afinidade entre a gente.
Ouvi calada o que Blake me dizia, e um pouco assustada também, porque acho que ele não conhece a Beck que eu conheço. Se bem que nem conheço a Beck de verdade, ao não ser o que ela demostra na empresa, uma mulher interesseira, fútil e esnobe, e arca inimiga de insultos da minha melhor amiga Penélope.
— Pela cara parece que não gostou nem um pouco de saber disso?
Perguntou me fitando, enquanto eu brincava com o gelo que restou do meu drink.
— Hum... eu não tenho nada contra a Beck, só acho que ela não é o tipo de mulher ideal para você Bê. Mas longe de mim se meter na sua vida, eu só não quero que você se machuque.
Suspirei, nem iria falar do caso que ela tem com o nosso chefe ou seria bom falar? Droga... eu não quero que o Bê pense que estou envenenando ele contra ela.
— Relaxa eu sei o que estou fazendo Su. Se quiser dançar enquanto ela não vem... você não se importaria dela ficar com a gente né?
Perguntou apreensivo. Sorri sem mostrar os dentes, esse não era o desfecho de uma sexta-feira à noite que eu esperava, de todo caso iria dançar com Bê e quando ela chegasse iria sair de fininho.
— Tudo bem vamos dançar! Mas quando ela chegar creio que queira ficar sozinhos, certo?
— De jeito nenhum, você veio comigo e vamos ficar juntos até o final da noite. Ao não ser que você queira a companhia de alguém que não seja eu, mas faço questão de você ir embora comigo.
Ele segurou na minha mão me guiando até a pista, lá dançamos uma música eletrônica muito animada.
— Está se divertindo?
Perguntou me girando, eu balancei a cabeça em positivo, Bê fez bico em negação e falou no meu ouvido.
— Eu não acho que você esteja se divertindo Su, e olha se não sorri agora eu vou fazer você pagar o maior mico da sua vida.
— Bê você é maluco o que vai fazer?
Perguntei rindo sem querer, quando vi o Bê tentando sexualizar de um jeito divertido.
— Para, não faz isso assim está muito afeminado.
Dei risadas quase chorando.
— Tá bom, vou parar ou vou acabar queimando meu filme, mas se eu achar que não está se divertindo eu vou te fazer chorar de rir.
Bati no peito dele em meio a risadas, as pessoas que estão por perto não estavam entendendo nada, como um homem daquele porte se deslizou daquele jeito e logo recupero a pose de machão?
— Vão pensar que você é gay!
Disse tentando parar de ri, mas não dava.
— Não ligo, eu não sou. Mas pelo menos te fiz sorrir.
A música eletrônica parou e acabou tocando uma mais romântica, Bê pegou na minha mão me convidando para dançar mais essa.
— Vem aqui vamos dançar essa coladinho para recuperar minha honra.
Ainda tentando engolir as risadas eu abracei ele, Bê segurou na minha cintura me guiando e dava risadas. Quando de repente eu senti uma mão forte tocar no meu braço e a voz que vinha de trás de mim estava dura e áspera.
— Eu atrapalho os dois?
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Atualizado até capítulo 90
Comments
Princesa Barbie
Foi p Su saiu p se divertir e agora vai ter que aguentar os pela sacos do chefe puteiro ambulante e da água de salsicha
2024-05-02
1
Helena
tô falando.......ohhhhh povo doido
2023-10-21
5
Wilma Lima dos Santos
tadinha
2023-10-01
3