Taylor e suas paranóias

Ao chegar na balada com Kelly eu tentava procurar um rosto familiar, quando Kelly me chamou atenção.

— Taylor o que você tanto procura?

Perguntou curiosa, eu suspirei entediado. Eu tinha que me livrar da Kelly o quanto antes, ou seria impossível tentar falar com a Suely.

— Vamos deixar de perguntas e vai se divertir Kelly, eu vou pegar uma bebida.

Saí em direção ao bar, Kelly veio atrás de mim resmungando.

— Espera Taylor, eu vou também nem pense em me dar um perdido como na outra vez que a gente veio aqui.

— Gata relaxa, sem estresse, lembra? Vamos curtir, você pode ir dançar se quiser, eu vou ficar aqui bebendo.

Acenei para o barman e pedi para servir uma bebida para mim, quando Kelly falou animada apontando para a multidão no meio da pista.

— Achei eles, estão ali dançando. Hum... pelo clima está rolando algo ali, acho melhor a gente ficar por aqui e quando eles saírem da pista a gente se junta a eles.

Paguei pela bebida e tomei um gole, quando virei para ver que diabos Kelly estava falando quase cuspi o álcool de minha boca em cima dela. Eu franzi os olhos ao ver o que estava acontecendo ali, e o gosto amargo da bebida que nem engoli direito queimou o meu estômago, corroendo tudo. Era minha deusa nos braços do tal Blake, agarrados pareciam se divertir. Ele estava com a maldita mão agarrado na cintura dela.

— Olha o que você fez Taylor, ficou doido? Quase cospe em mim toda a bebida.

Kelly reclamava, mas minha única atenção era na pista. Fechei o punho com uma sensação amarga na boca, a pulsação do meu coração estava fora do normal. Deixei minha bebida no balcão e fui até o maldito que ousava a tocar nela, Kelly agarrou no meu braço, me fazendo praticamente arrastá-la por entre as pessoas, a medida que andava a passos largos até onde os dois estavam.

— Eu atrapalho os dois?

Rosnei irritado tocando no braço dela, exigindo o mínimo de atenção possível. Ela me olhou rapidamente assustada, talvez por ver minha presença ali e o tal Blake sorriu, parecia gostar de se exibir com a minha deusa.

— Taylor!

Ela franziu o cenho ao falar, eu visivelmente irritado não conseguia domar minhas emoções. Kelly puxou meu braço, talvez tentando entender o motivo pelo qual eu nem sabia de ter ficado daquele jeito por ver uma funcionária minha se divertindo com outro.

— Oi Suely, eu convidei o Taylor para vir comigo. Taylor vamos dançar também.

Falou sorrindo, Suely me olhou de um jeito e olhou para o tal Blake parecia querer sair dali.

— Hum... legal, eu estou com sede, Bê vamos pegar um drink?

— Vamos Su.

Bê de novo? Su? Mais que merda está rolando entre esses dois agora? Por que estão se chamando assim? Maldito novato mal entrou e já está se assanhando para cima da MINHA deusa.

— Se meche Taylor, vamos dançar?

Tentou puxar meu braço, eu me soltei irritado vendo os dois se distanciar.

— Me larga Kelly, eu lá quero dançar.

— Que grosso! O que está acontecendo com você? Mudou da água pro vinho. Está insuportável agora, quer saber fica aí com seu mau-humor.

Falou saindo de perto de mim.

— Vai pra onde? Me espera!

Perguntei ao ver ela indo em direção a eles. Ao chegar na mesa, Kelly sentou sorrindo para os dois. Eu revirei os olhos ao perceber que estavam cheios de mi mi mi um para o outro, e o maldito pegando sempre nela, e diferente de mim não levava nenhum tapa.

— Eu vou ao banheiro, Bê!

Falou se levantando, em seguida foi ele.

— Eu também vou, vocês ficando olhando a nossa bebida?

Perguntou, eu quiser jogar a bebida na cara dele, ao ver os dois indo em direção ao banheiro já imaginei o que iam fazer. E fiquei inquieto, encarei Kelly e falei rabugento.

— Vai também!

— Mas eu não estou com vontade de fazer xixi.

Eu tentei não perder a calma, enquanto eu discutia com a Kelly ele já deviam está com a porcaria das mãos sujas na minha deusa.

— Só vai Kelly, a Suely pode precisar de você no banheiro.

Rosnei irritado, ela bufou se levantando.

— Mais que coisa! Eu vou e para de dar piti você está parecendo um lunático.

Enquanto eles não chegam do maldito banheiro eu tentava não perder a pouca calma que me restava. Com raiva dei uma cuspida na bebida dele, quando fui surpreendido pela Beck.

— Seu porco de quem é isso que você infectou?

— Não te interessa, o que você fez aqui veio atrás de mim também?

Perguntei já de saco de cheio da Beck, da Kelly.

Ela deu uma risada sarcástica e sentou ao meu lado.

— Se acha e não é pouco não né você? Aiai... eu vim para um encontro acredite ou não baby.

Falou toda cheia de si.

— Tá ok, mais cadê o velho?

Ela me deu um tapa me xingando, exalando o seu veneno.

— Idiota, para seu governo ele é mais bonito e mais novo que você tiozão.

Enquanto Beck falava, eu estava quase indo até aquele banheiro para ver se realmente minha deusa só tinha indo fazer suas necessidades ou estava fazendo outras coisas. Quando para meu alívio eu avistei o tal Blake vir sozinho, e isso indicava que eles não estavam juntos.

— Vaza, chegou minha companhia!

Ela falou me dando bolçadas, então eu pude ver que se tratava do tal Blake o mesmo que estava agarrando minha Deusa. Que safado! Mas isso não ia ficar assim. Eu ia ter o prazer de falar para Suely o que seu paquerazinho andava aprontando. Eu sim, sou um homem de palavras e sincero, e justo e sensato.

Tenho certeza que após abrir os olhos dela, ela vai perceber que eu não sou o babaca que ela pensa, e sim esse tal Blake que fingi ser um cordeiro em pele de lobo.

Caminhava em direção aos reservados quando avistei ela saindo com Kelly, mas para minha sorte parecia que Kelly havia esquecido algo no banheiro, então me aproximei dela e a peguei pelo braço tirando ela dali.

— Você vem comigo, agora!

— O quê? Taylor me solta ou eu vou gritar.

Tentou me bater, eu soltei seu braço e a levei para uma área mais escura, tentando domar a fera.

— Calma eu preciso te contar quem é o tal Blake de verdade!

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