Encarei meu chefe estirado no sofá sem camisa, até morrendo ele dava um jeito se exibir. Quando olhei o termômetro pude perceber que não era só dengo dele, estava ardendo em febre. Fui até a cozinha preparar umas compressas de água fria, e pegar o chá.
— Toma tudo, eu vou colocar esse paninho na sua teste para baixar a temperatura.
Ele tomou num único gole colocando a xícara na mesinha de centro, e quando toquei na sua testa para por o pano umedecido notei que sua temperatura corporal estava normal para uma pessoa com mais de 38° como marcava no termômetro.
— O quê foi?
Ele me olhou de um jeito, eu soltei o pano na sua testa e me distanciei.
— Nada, só achei estranho sua temperatura, nem parece estar com tanta febre assim.
— Coff! Coff! Hum... Já ouviu falar em febre interna?
Falou arqueando a sobrancelha, eu tomei o termômetro dele desconfiada.
— Claro e ao contrário do que diz no termômetro, a febre interna não aumenta a temperatura corporal, apesar do adoentado sentir-se muito quente.
— Eu não sou todo mundo, cada corpo reage de maneira diferente.
Ok, ele tinha razão, cada organismo era diferente, peguei a xícara da mesa e levei a pia que por sinal estava um terror.
— Assina os papéis que vou lavar sua louça, e não, eu não tenho obrigação de fazer isso, mas eu odeio sujeira e bagunça.
— Não precisa se incomodar, depois eu cuido disso. Fica aqui comigo, eu posso sentir náuseas ou falta de ar.
Disse com uma voz tão fraca que me convenceu que ele realmente estava mal.
— Eu não posso ficar, tenho que voltar ao trabalho, preciso levar suas assinaturas. Se está se sentindo tão ruim assim é melhor ir ao médico, talvez esteja com uma virose.
Ele terminou de assinar os papéis e quando levantou o rosto os cabelos caíram nos olhos, ele fez um movimento com as mãos para prender os cabelos e pude ver o quanto era forte no peitoral. Rapidamente mudei o foco e encarei a louça imunda.
— Acho melhor vestir uma camisa já que está com muito frio.
Droga... eu podia sentir o sorriso zombeteiro dele por trás das minhas costas. Eu não devia ter falado nada, mordi os lábios tentando acabar o mais rápido possível com aquela louça podre.
— Eu nem reparei que estava sem camisa.
Eu revirei os olhos, era sério? O super ego devia ser o sobre nome dele e não Grey. Enquanto terminava com a louça, Taylor veio para perto com um pano para enxugar os pratos, com um sorriso no rosto. Desde quando ele se preocupava em secar a louça? Se ao menos se dava o trabalho de lavalas.
— Deixa que eu ajudo. Hum... se você quiser eu te libero pela manhã e a gente pode trabalhar daqui de casa, assim eu não atrapalho o seu trabalho e nem atraso o meu.
— Eu preciso levar os papéis, e você... acho que já está melhor, pelos menos não está mais gemendo nem tossindo.
— Cof! Cof! Hum...!
Eu revirei os olhos, não sei por que, mas tinha a sensação que ele não estava tão mal assim como dizia.
— Interessante que só lembra de tossir quando eu falo.
Ele sorriu de um jeito sacana, aquilo me deu vontade de quebrar esse prato que tenho nas mãos na cabeça dele.
— É porque não quero contaminar o ar com as gotículas do meu resfriado. Mas se ficar trabalhando comigo eu prometo manter distância.
— Você me ganha pelo cansaço sabia? Tá bom, mas só terminar de colher algumas opiniões sua que ia precisar mesmo para fechar a campanha.
— Tudo bem, vamos até o meu escritório lá podemos ter acesso aos dados da campanha.
Ele saiu me guiando até o escritório, eu dei uma olhada e achei tudo tão desorganizado, homens...
— Pode sentar aqui, eu vou só vestir uma camisa e já venho.
Assim que Taylor saiu vi que tinha uma mensagem do Bê, me convidando para almoçar com ele. Talvez nem iria dar tempo, então resolvi mandar um áudio.
— Oi Bê, eu não estou na empresa. Mas amanhã almoçamos juntos, de qualquer forma vamos sair hoje a noite para dançar.
— Vai com quem?
Levei um susto ao ver a cara do meu chefe na porta feito uma assombração, desde quando ele estava aí?
— Não é nada, vamos começar com isso que eu preciso voltar para a empresa.
Guardei o celular na bolsa, ele colocou as duas mãos na mesa me encarando sério.
— Você vai sair com quem, Suely?
Dei um sorriso nervoso, por que de repente meu chefe galinha andava querendo se intrometer na minha vida desse jeito? Estava pior que meu irmão.
— Oi?
Falei com ironia, ele bufou me encarando.
— Você vai com quem? Quero dizer, vai sair acompanhada?
— Uer vou, mas não é nada de mais.
Ele deu uma risada nervosa.
— Nada de mais? Você não sabe as intenções de um homem Suely, e quando ele convida pra sair a noite pode se preparar que é muito mais que uma saída de amigo.
— É... eu sei!
Disse sem entender onde ele queria ir com aquela conversa maluca. O Bê era tipo meu irmão! Balancei a cabeça dando risadas das sandices do meu chefe neurótico.
— Não parece que sabe, você vai que horas? Eu vou com você, sabe que é perigoso andar a noite com desconhecidos, e aliás nem era pra andar de noite com desconhecidos.
Eu dei uma risada sem dó, acho que a febre tinha queimado todos os seus neurônios.
— Tá maluco? Eu sou maior de idade e vacinada, não preciso de guarda-costas não. E você está doente e acamado, e outra que nem em sonho eu quero que você fique atrás de mim nos lugares.
Taylor andou de um lado a outro me parecia agitado.
— Maldita invenção!
Esbravejou irritado, eu encarei ele com meus olhos franzidos tentando entender o contexto daquilo.
— Que invenção?
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Atualizado até capítulo 90
Comments
Princesa Barbie
Mais é burro msm neh?
Agora tú apanha seu escroto 🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
2024-05-02
1
User12345678
Taylor vai apanhar agora kkkkkk
2024-01-02
3
Helena
kkkkkk tá enrolado e tá lascado Taylor.
2023-10-21
2