A PROPOSTA INDECENTE DO CEO
Sofia jogou as chaves na mesinha que ficava na entrada da casa, sentia-se muito cansada, seus pés doíam pelas horas que ficara em pé na cozinha do restaurante.
Sofia Bianco era a proprietária de um pequeno estabelecimento gastronômico na cidade de Istambul, o local era especializado em comidas típicas italianas, afinal a mulher era da região da Sicília e amava cada prato, fazia tudo com carinho e cuidado e, ao contrário de alguns proprietários de restaurante que conhecia, não se limitava à parte burocrática da empresa, gostava também de estar com “a mão na massa”, cozinhando e, às vezes, até atendendo aos clientes pessoalmente.
A família de Sofia se mudara para Istambul quando ela ainda era apenas um bebê, sua mãe morrera quando a moça nascera e o pai havia sido transferido para o outro país. Apesar de não lembrar nada de sua terra natal, ela aprendeu a amar a gastronomia do seu país.
A moça aprendera a cozinhar com o pai e a irmã quando ainda era pequena e sempre amara preparar refeições. O pai dizia que ela herdara o dom da mãe, o dom de cozinhar e Sofia gostava de pensar que tinha esse elo com a mulher que nunca conhecera. Ela adorava ver as pessoas deliciando a comida que preparava, acreditava que a melhor forma de agradar alguém era lhe oferecer uma comida confortável e saborosa, que enchesse não só o estômago, mas também o coração.
Quando o pai e a irmã faleceram num trágico acidente de carro, Sofia sentiu-se desamparada, sem o apoio deles achou que não conseguiria mais seguir em frente, tinha se formado em gastronomia há alguns meses e decidiu que não desistiria, principalmente por eles. Arranjou um emprego em um pequeno restaurante da cidade, começou como garçonete e, pouco tempo depois, tornou-se chef. Durante o período que esteve neste restaurante, juntou dinheiro e conhecimento suficientes para abrir seu próprio negócio que começara despretensioso, mas atualmente era bem frequentado, com quase todas as noites lotadas.
“La Cucina” era um pequeno restaurante no centro, decorado com as cores da bandeira italiana e cada vez mais estava cheio de reservas e alguns elogios de críticos de gastronomia. Nos últimos meses até contratara uma outra cozinheira para ajudá-la, assim poderia sair mais cedo naqueles dias mais pesados.
Jogou o casaco no corrimão da escada e percebeu que o casaco do esposo já estava ali. Olhou para o relógio, 18:30, naquele dia ele chegara cedo do trabalho, uma vez que ele, quase todas as noites, chegava às 20:00.
A mulher foi em direção à cozinha onde encontrou o homem sentado à mesa, olhando o celular. Vários papéis estavam espalhados e o marido parecia bastante concentrado. O cabelo negro estava desarrumado e uma mecha caía sob o olho do homem, enquanto ele escrevia algo em um papel. O marido apoiava uma mão, a mão com a aliança, na testa, como se estivesse resolvendo algum problema muito sério. Ela sorriu, enquanto o olhava, ele parecia mais atraente quando estava no modo empresário sério e responsável.
“Você chegou cedo.” - ela disse enquanto se colocava atrás do homem e abraçava seu pescoço. Sofia gostava de inalar o cheiro dele, por isso encaixou o rosto em sua nuca e inspirou o odor do perfume dele.
Marcus segurou os braços da esposa e beijou-lhe as mãos com carinho.
“Trouxe um pouco de trabalho para casa.”
Sofia aproximou-se, sentou-se no colo do homem, envolveu o pescoço dele com os braços e o beijou. Os dois eram casados há dois anos, mas estavam apaixonados como no primeiro dia. O fogo que queimava entre eles nunca diminuía, pelo contrário, aumentava cada vez mais.
A primeira vez em que se viram foi no restaurante que Sofia era apenas uma cozinheira, ele ficara tão impressionado com a comida que quis falar pessoalmente com o chef e, então, a magia aconteceu.
Eles logo saíram para um encontro e em três meses estavam no cartório, se casando. Marcus queria uma festa com toda a pompa que um empresário como ele merecia, mas Sofia o convenceu do contrário. Uma pequena cerimônia no cartório, com suas testemunhas, foi o bastante.
Quando a bocas se separaram em busca de ar, ela permaneceu em seus braços e olhou os documentos que estavam espalhados pela mesa. Sofia não entendia nada sobre contabilidade, para isso tinha um contador no restaurante, mas aquelas informações pareciam muito sérias e, pior, pareciam muito ruins.
“O que são esses gráficos?” - ela perguntou, apontando para uma figura em vermelho – “A Construtora não vai bem?” – disse, preocupada.
“Nada demais.” - Marcus respondeu, beijando seu rosto e descendo para o pescoço, atrás da orelha, inclusive o homem mordiscou a ponta da orelha da moça que deu um gritinho de susto. Ele riu com a reação da esposa e levantou-se, com a mulher nos braços. Sofia colocou as mãos em volta do pescoço do homem e o observou com carinho. Os cabelos negros e fartos estavam desarrumados depois do beijo que trocaram há poucos instantes, ela adorava quando os fios escuros estavam daquele jeito, soltos e revoltos. Os olhos estavam cheios de amor enquanto a fitava, a barba sempre aparada que escondia a boca maravilhosa que a levava sempre ao céu. Ela o achava maravilhoso e não cansava de admirá-lo. Ela o amava tanto que às vezes seu coração doía.
“Eu te amo.” - ela disse quando chegaram no quarto e o marido a colocou com delicadeza na cama.
Ele sorriu e a beijou. Um beijo cheio de amor e paixão, como sempre. Parecia que eles sempre estavam famintos um pelo outro. Marcus finalizou o beijo puxando o lábio inferior da esposa, mostrando o quanto ele estava “animado”.
Sofia sorriu antes de empurrá-lo e assim, os dois trocaram de posição. Ela sempre achava maravilhoso observá-lo daquela forma, ele submisso a ela, os olhos escuros cheios de desejo, a boca vermelha pelos beijos trocados. Ela espalhou vários beijos pelo pescoço do homem, a pele suave dela contra o contato áspero dele, Marcus que gemia de satisfação. Até que em certo ponto, ela mordeu seu pescoço e o homem riu, satisfeito. Marcus lhe acariciava as costas, deixando em brasa todos os locais que tocava.
Sofia, não aguentando mais o desejo, puxou a camisa pelos lados, fazendo os botões pular.
“Mais uma?” – o marido disse, fingindo preocupação, enquanto Sofia tentava arrancar a peça de roupa do corpo dele, com urgência.
“Você devia tirar antes se não quer perder a camisa.” - ela o beijou novamente e Marcus aproveitou o momento de distração para trocar as posições de novo. Retirou o resto da camisa, enquanto a esposa passava os dedos pelo torso do homem.
O homem abaixou cada alça da blusa dela e distribuiu beijos pelos ombros alvos da mulher que suspirava a cada toque.
“Marcus...” – ela gemeu quando o homem tirou seu sutiã e sugou os seios dela, alternando até deixar sua pele em chamas.
Marcus adorava cada canto do corpo dela com a boca, arrepiando sua pele e enlouquecendo sua mente, Sofia implorava para que ele acabasse com aquela tortura deliciosa e unisse os corpos dos dois em um só, mas o homem gostava de deixá-la daquele jeito, desesperada por ele.
A mulher aproveitou um momento em que o marido estava distraído e mudou a posição dos dois novamente, ela segurou as mãos de Marcus e o guiou para dentro dela. Sofia começou a se movimentar lentamente, sem deixar de encará-lo, por nem um segundo sequer.
Quando alcançaram o ponto mais alto, sentiram que eram um do outro, para sempre. Exaustos, Marcus a abraçou e deitou sua cabeça em seu peito, Sofia adormeceu instantaneamente inalando o cheiro da pele do homem que amava. Aquele era o melhor lugar para estar: nos braços dele.
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Atualizado até capítulo 20
Comments
Solange Coutinho
Começando a ler agora em 6 de Setembro de 2023 às 18h05min
2023-09-07
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