Quando Sofia abriu os olhos no dia seguinte, Marcus já estava acordado, mas continuava deitado ao seu lado, um braço ao redor dela, aquecendo-a. Ele olhava para o teto do quarto, enquanto descrevia pequenos círculos na pele do braço da esposa.
“Bom dia.” - ela disse, dando-lhe um beijo na bochecha.
“Bom dia.” - respondeu, sorrindo, porém, a mulher percebeu que seu sorriso não chegava aos olhos, ele parecia muito preocupado com alguma coisa.
“Aconteceu algo na empresa?” – perguntou, lembrando dos documentos que ele estava vendo no dia anterior.
“Nada demais… algumas inconsistências nos relatórios que estava vendo ontem.” - ele garantiu – “Mas eu vou resolver isso.”
“Você sabe que pode contar comigo. Para tudo.” – ela deu mais um beijo no rosto dele “Preciso me levantar. Hoje estamos com as reservas lotadas no restaurante, não posso deixar Amanda sozinha por muito tempo.” - Sofia disse, já levantando, mas foi impedida pelo marido que a puxou pela cintura.
“Espere. Fique mais um pouco.” - ele a abraçou com força, colocou o rosto em seu pescoço e distribuiu beijinhos pela pele dela – “Você me amaria mesmo que eu fosse pobre?”
Sofia não entendeu a pergunta, pois sempre deixou claro que amava o marido e não sua fortuna. Ela não era interesseira, nunca se preocupou com isso, amava Marcus pelo que ele era e não pelo que ele tinha na conta bancária.
“Eu teria amado você mesmo que morasse numa caixa de papelão na rua, Marcus.” – respondeu, séria – “Amo você, o que você é, não o que você tem.” - disse, ofendida pelo marido ter insinuado que seria diferente.
O homem suspirou e a estreitou mais nos braços.
“Desculpe, sou um idiota.” – ele beijou o pescoço dela, subindo para o rosto – “Eu sou um grande idiota.”
“Ainda bem que você já sabe, querido.” - Sofia disse enquanto virava o rosto para ele e o beijava com força. Sofia começou o beijo com raiva, mas logo o toque mudou, tornou-se suave, cheio de ternura.
Marcus ficou por cima da esposa e a penetrou com urgência, como se precisasse daquele contato para sobreviver.
“Eu te amo.” – ele disse enquanto os movimentos ficavam mais urgentes e apressados. Sofia gritou quando atingiu o êxtase e logo tudo se acalmou novamente, o conflito anterior esquecido, apenas o amor entre eles era importante naquele momento.
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Sofia resolvia problemas na cozinha quando o garçom avisou que havia um cliente querendo vê-la.
“Não posso ir agora, Can.” - disse para o rapaz – “Estou ocupada.”
“Ele disse que quer falar com a chef. Sobre o prato.” – o jovem garçom explicou.
A mulher jogou o avental com força no balcão e saiu. Aquele era um dia em que não podia perder tempo com essas coisas, era uma situação em que não gostava de ser dona do restaurante ou cozinheira. Sempre tinha que lidar com clientes inconvenientes. Sabia que os clientes tinham direito de reclamar ou elogiar os pratos, mas não era necessário que fizessem isso diretamente com ela.
“É aquele.” – o garçom disse quando se aproximaram da mesa em que o cliente estava.
“Pois não?” – perguntou, séria, ao homem sentado à mesa 06.
O rapaz não tinha mais do que trinta anos. Era um homem alto e forte, com cabelos e olhos castanhos e uma barba cheia. Era atraente, mas nada fora do normal. Não igual ao seu marido.
“Você é a chefe?” - o homem perguntou, como se não fosse possível que ela fosse a dona daquele lugar.
Segurou-se para não revirar os olhos naquele momento. Era comum que clientes arrogantes duvidassem da capacidade dela, afinal tinha a aparência frágil, era uma mulher baixinha, magra com pele pálida, poderia até ser confundida com uma boneca de porcelana, mas a verdade era que era totalmente o contrário disso.
“Sim. Sou eu.” – falou rispidamente.
O homem riu, um sorriso de lado, cheio de malícia, levantou-se e estendeu a mão para ela.
“Prazer, meu nome é Furkan.” - ele disse oferecendo a mão – “Queria parabenizá-la pelo cardápio. A comida é excelente.”
Sofia ignorou a mão do homem e assentiu.
“Obrigada.” - agradeceu, secamente, não gostava de ser ignorante, principalmente com clientes, mas estava cheia de coisas para resolver – “Agora preciso voltar para a minha cozinha.”
“Espere. Fique mais um pouco. Tome um café comigo.” – ele tentou puxá-la pelo braço, mas a mulher se afastou, com raiva.
Sofia observou a audácia daquele homem. Ele não percebera que ela era casada? Olhou para a mão e lembrou que tirava os anéis quando entrava na cozinha, então retirou o cordão com as alianças de dentro da blusa e o mostrou.
“Não, obrigada. Sou casada e muito bem-casada. Além disso, estou ocupada, tenho muito o que fazer na cozinha.” - ela guardou o item novamente – “Pedirei que mandem uma sobremesa para o senhor, por conta da casa. Até mais.” - e saiu, sem deixar que ele falasse novamente.
Às vezes se surpreendia com a audácia das pessoas. Muitas vezes percebia que os homens jogavam indiretas para ela, mas logo tratava de dar fora. Amava o marido e não se imaginava com nenhum outro. Ele fora seu primeiro e único amor. Nunca trocaria Marcus por outro, ele era o homem da sua vida e sempre seria.
Quando Sofia chegou em casa, encontrou Marcus deitado no sofá, cochilando. Ela foi até o homem e, devagar, aproximou o rosto , deu-lhe um beijo no rosto, no canto da boca, o contato foi suficiente para despertar o marido, a mulher viu quando os olhos negros se abriram e a fitaram, sonolentos.
“Desculpa, te acordei.” – embora não se arrependesse, era sempre maravilhoso estar sob a mira daquele olhar. Ele a puxou para si e a mulher deitou-se em cima dele.
“Não me incomoda acordar assim. Todo dia.” - respondeu e juntou o lábio dos dois em um beijo. Sofia se sentia cansada e só queria dormir, mas no instante em que Marcus a tocava tudo nela se acendia e o cansaço era esquecido. Um dia sem vê-lo parecia uma eternidade, então a cada noite que se juntavam, a necessidade de um pelo outro crescia.
O homem se sentou no sofá e Sofia, em seu colo, entrelaçou as pernas em volta de seus quadris. Ele se levantou e assim, sem se soltar, foram para a cama. Marcus a deitou com todo o cuidado, enquanto a mulher puxou sua blusa com urgência. Ele riu e ajudou tirando o item por cima da cabeça, ficando com o torso nu.
Sofia adorava admirá-lo daquela maneira e tocá-lo também, por isso passou as mãos pelo peito do marido, sentindo que ele se arrepiava com seu toque.
O homem retirou o vestido que ela usara naquele dia e distribuiu beijos por todo o seu pescoço, descendo pelo colo, deixando rastros de desejo em cada local que sua boca tocava. Sofia suspirava de satisfação, enquanto iam se perdendo no corpo um do outro.
Quando os corpos estavam unidos e Sofia não aguentava mais de tanto desejo, Marcus segurou seu rosto e fez com que a mulher o fitasse.
Sofia não queria olhá-lo, só queria que ele a preenchesse até que delirasse e perdesse os sentidos, mas o homem parou de se mexer dentro dela e disse:
“Você nunca vai me deixar. Prometa.”
“Marcus…” - ela gemeu, tentou forçá-lo a se mexer, ofegante, mas o homem estava resoluto, queria uma resposta – “Nunca vou te deixar. Eu te amo.”
Então ele fechou os olhos, voltou a mexer os quadris, com força e urgência, e juntos atingiram o ápice. Pouco tempo depois, o homem deitou-se ao seu lado e a puxou para seus braços, como fazia sempre, em todas as noites.
“Eu te amo.” - ele disse e adormeceu.
Naquele momento, ela não tentou entender o que estava acontecendo, o marido tinha algum problema, algo estava errado, mas Sofia estava envolta pelo torpor do amor e pelo cansaço, não tinha forças para raciocinar, por isso, adormeceu.
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Atualizado até capítulo 20
Comments
Neuzinha Rosa
eu também acho
2024-08-26
0
Solange Coutinho
Acho que a empresa dele está mal e ele não está conseguindo resover provavelmente está a beira da falência
2023-09-07
0
User123456 0000000000000000000
O que será que ele está escondendo da esposa? Até eu fiquei curiosa!
2023-07-27
0