Capítulo Antonella Ferrari 6.1

Eu já estava nos bastidores o maquiador fez a minha make, mas ele disse que eu já estava linda não precisa de muito para realçar a minha pele já que iria usar um colar!

 Meus cabelos ficariam presos em um coque para deixar o meu pescoço livre para ser destacado o colar.

 Estava com um friozinho na barriga, todas estava lá na frente para minha torcida, e o meu bebê estava lá para ver a mamãe desfilando pela primeira vez, eu já tinha feito alguns ensaios quando fiz a foto com o colar para não cair na passarela.

Saio da cabine e vou em direção ao palco para entrar e desfilar, eu sou a segunda a entrar e isso me sobe um friozinho muito grande na minha barriga minhas mãos começam a suar tento respirar fundo e manter o mantra de que tudo dará certo e me sairei bem.

Quando a modelo estiver voltando-a me dá um sinal para que eu siga, eu entro tento focar no ponto vazio no final da passarela vou o caminho todo da passarela andando do jeito que ensaiei, quando eu chego no

final da passarela olho para meu pequeno dou um sorriso e volto arrastando uma salve de palmas me fazendo abrir um sorriso feliz por ter conseguido, e não ter feito nenhuma besteira!!

Fico no corredor para esperar até a última modelo desfilar e assim entramos todas juntas com a Charlote dando um salve de palmas pelo sucesso de suas joias só aí reparei o quanto estava lotado o salão!

Depois que fizemos isso vou para cabine e começo a retirar a joia e guardo a Charlote entra me dando parabéns mais que essa joia é a minha, fico agradecida pelo mimo e sigo para perto do meu pequeno príncipe!

Essa tinha sido a primeira vez que tinha posado como modelo, até que gostei mais só faço trabalho exclusivo para Charlote! Acreditoque não tenho esse pique para ser modelo não!

Nesses meses que passaram a Katia se casou e teve que ser transferida pois o seu esposo não era daqui, chorei muito pois iria sentir muita falta da Katia, ela tinha me ajudado muito desde que entrei na  joalheria, só tinha de agradecer a ela por todo apoio e carinho que teve por mim e por Anthony nesses meses todos, ela é uma pessoa com o coração muito grade e especial.

Com a saída da Katia fiquei como gerente, sei que é muito trabalho mais estava dando o meu sangue, tinha muitos clientes que só queria ser atendido por mim, então sempre dava motivo para acionar a gerência.

Comecei a ensinar as meninas que chegaram agora como abordar o cliente e mostrar a eles que elas tinham capacidade de atender cada um deles, eu sabia como ela se sentiam quando eles rejeitavam os seus atendimentos, pois já passei por isso no começo ensinei o mesmo que a senhora Charlote fez comigo alguns meses.

Nesse período eu estava trabalhando que nem uma louca, estudando, pois tinha iniciado a faculdade de administração e ainda cuidado do meu pequeno porque eu não abriria mão dele, quando eu chegava em casa e se ele estivesse acordado eu só ia estudar depois que o colocasse para dormir aquele momento de mamãe e filho eu não perderia por nada, tudo que eu estava fazendo o motivo era Anthony e não iria colocar de lado por conta da minha correria do dia-dia para o nosso futuro.

E assim anos foram se passando, foi conquistando o meu espaço na loja, o pequeno príncipe foi para escolinha o meu coração se enchia de orgulho toda vez que o deixa na escolinha, sempre quem ia buscar era a senhora Carmem, ou a menina que eu tinha contratado a Bia para ficar com ele em casa, mais sempre com a senhora Carmem de olho, pense numa vó coruja!

Eu ainda não confiava muito por meu pacotinho ser pequenino, o meu príncipe já tinha três anos, ele já falava algumas palavras e uma que me deixava muito emocionada era mamãe, eu ficava boba toda vez que ele

me chamava de mama ou mamãe, ele estava ficando um hominho muito lindo, para minha sorte o Anthony tinha mais traços meus do que o genitor dele, o que me deixa grata por isso, só assim ele não teria os traços daquele babaca dos infernos! Gosto nem de lembrar.

Sempre que tinha apresentação eu me desdobrava mais sempre estava presente em todas elas, eu iria até a escolinha para ver que sempre teria o meu apoio, não só o meu mais o da Cecilia e senhora Carmem, e até mesmo a Charlote ia, me deixando com o coração aquecido, o meu pequeno era rodeado de pessoas que o amava muito, e não precisava ter o sangue para demonstrar o quanto é querido.

Quando chega no do mês do Dia dos Pais, eu não permitia que ele participasse dessas festividades, por que poderia despertar a curiosidade sobre o pai dele que até então ele nunca tinha em perguntado nada, então simplesmente sempre nesse período eu não o autorizava ir assim preservando de ter curiosidade sobre o seu genitor, porque o Daniel não pode ser chamado de pai.

Mas acredito de que eu tinha falhado, por que quando ele fez 6 anos ele me perguntou quem era o pai dele, eu não poderia chegar e dizer que o pai dele o rejeitou antes mesmo dele nascer. Mas teria que dizer algo que eu pudesse sustentar e que não se transformasse em problemão no futuro, pois não posso brincar com a cabecinha do Anthony, e teria que ser algo que eu não pudesse negar.

Respirei fundo e me sentei junto a ele.  Expliquei que eu não tinha muito contato com o pai dele, pois ele era de outra cidade, mas que eu não tinha conseguido entrar em contato com ele.

Sei que errei, mas foi o que pensei na hora, e só de ver a carinha do meu pequeno triste isso me deixou com coração partido. Mais o questionei o porquê dessa perguntinha ele disse que todos os amiguinhos deles tinham pai ou o papai foi morar no céu.

Por pouco eu não disse que o dele também foi, já que ele renegou o meu filho não tinha direito algum de saber da existência do Anthony, e nem o meu filho a dele.

Mas era algo a se pensar mais disse que o melhor era esquecer porque o pai dele era uma pessoa com coração ruim e não merecia o filho lindo e fofo como ele.

 Ele disse que não tinha problema, pois eu sempre fazia o papel de pai também com ele, e que me amava muito.

Quando ele disse isso me deixou mais tranquila e me encheu de orgulho só mostrou que eu estava indo no caminho certo, mas sabia que quando chegasse a uma certa idade, eu teria que falar com ele sobre Daniel, e o

real motivo que o pai nem se quer o ter aceitado.

Depois desse questionário o meu pequeno esqueceu um pouco sobre o Daniel, não citei nome por que seria melhor, assim ele não ficaria se iludindo de um dia encontra com ele, eu só pedia a deus que tirasse isso dá cabecinha dele. Ele não merecia ser desprezado por uma pessoa como Daniel e isso eu não iria permitir antes que isso acontecesse eu acabaria com a vida do Daniel, pois eu não conseguiria ver o meu pacotinho triste.

Pode dizer que estou sendo egoísta porque o meu pequeno tem o direito de conhecer o pai, mas convenhamos que o Daniel nem pode ser chamado disso, e espero que ele se mantenha longe para o resto de nossas

vidas, Amém!

Só assim conseguirei viver em paz com meu filho, só esperava que demorasse pois não estava pronta para ter essa conversa com ele. Saberia que o meu filho ficaria triste e até mesmo magoado e eu não suportaria

o ver assim.

Com o passar dos anos só mostrava o quanto eu tinha amadurecido, eu estava disposta a enfrentar o mundo se fosse preciso, meu filho sempre soube o que é certo e errado, eu sempre pus limite a eles, e sabia da essência que tinha a sua mãe, eu sempre fui humilde e sempre mostrava o meu pequeno o valor das coisas e a importância do respeito ao próximo!

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