Sete Passos Para A Liberdade. Fallown 2.0

Uma mochila com respostas e um necrotério com perguntas.

Sken e Tom param olhando uma briga entre mulheres no saguão do hospital. Bren para ao lado deles: O que aconteceu? Sken: Acho que as viúvas não são sabem conversar. – Uh! Os três exclamam! Sken: Se eu levasse um tapa daquele daqui dois anos eu ainda tava no chão. Aham! Tom balança a cabeça concordando que ele também.

Bren anda pelo hospital falando com seu pai ao telefone. Não pai, eu tô bem.. Tá, tá tudo bem.. Eles estão tentando me animar.. Foram procurar madeira.. É, pra fogueira.. Aham.. Ok.. Te amo..

Sken está voltando do banheiro e ouve alguém chamar seu nome, ele olha pra trás achando que é Tom ou Isaac e o corredor está vazio. Ele para em frente a porta, alguma coisa o atrai naquela porta, ele está começando a ficar assustado. Ele toca na maçaneta e espera um pouco, ele da um passo pra trás e desiste de abrir. Ele só para em frente a porta curioso e desconfiado e presta atenção em uma prego antigo e enferrujado, sendo que a porta é uma porta de madeira branca novinha e restaurada. Sken! Sken ouve Isaac chamar. Isaac aparece no corredor diz que a Bren está conseguindo falar com a mulher que estavam procurando. Eu já tô indo, diz Sken ainda meio aereo. Isaac vai embora do corredor voltando pro saguão onde encontra Tom e os dois esperam Bren que esta com alguém. Sken sai andando para se encontrar com os outros mas, antes ele para e observa uma última vez.

Bren: Oi, boa noite. – Oi garotinha. Bren: Eu.. Bren olha pro lado como se quisesse chorar.. Eu vim pegar as coisas do meu tio. Eu sei que ele morreu aqui há poucas semanas. – Oh, querida! E quem era o seu tio? Bren: Viktor. Viktor Brenski. – Pensei que Viktor não tinha família. Bren: Não restou muitos. – Seus pais sabem que está aqui? Bren: Só pai. – Ah. Bren: Eu falei que queria ver a casa dele uma última vez mas, aí eu descobri o hospital e achei que valia a pena tentar. Eu sei que as coisas mais importantes pra ele estão aqui não na casa. – Entendo. Você tem documentos? Bren: Claro. – Você tem certeza que esse é o seu tio? Bren: É, não temos o mesmo sobrenome. Ele foi o que me restou pra um desfecho. – Ah, entendo. Bren: Então entende o porque manter essa mochila é importante pra mim. – Eu vou ver o que posso fazer. Bren: Obrigada.

Isaac: Porque? Bren: Eu não preciso de um motivo pra ajudar alguém.

Sken: Aí! Bren vê o dedo de Sken sangrando: O que aconteceu? Sken: Eu furei o dedo nesse prego. Tom: Devia pedir uma enfermeira pra desinfectar. Sken: Sério? Tom: A gente tá num hospital, não tá? Sken: É, aham. Tom: Cara, tá sangrando muito. Você não viu o prego? Sken olha com indignação.. É claro que eu vi o prego! Eu bati meu dedo só pra ver se furava! Fala Sken, com sarcasmo. Tom: Porque faria isso? Isaac: Quem faria isso? Ah, o Sken faria! Sken olha pra Bren: Sério? Bren disfarça e sai rindo.

Isaac: Pra onde é que ela tá levando a gente? Bren: Eu acho que é o necrotério. Isaac: Ah sim, o necro.. O necro o que? Bren: O que? Ela disfarçando. Isaac: Tá explicado porque o Sken ficou tão de boa quando eu disse que vinha com você. Bren: Tipo isso. Isaac: Filho da mãe. – por aqui, querida.

Isaac: Ah, caramba! Bren: Isaac! Isaac: E porque teria um esqueleto olhando pra sua cara num necrotério? – A enfermeira sorri e diz, eu também sempre me perguntei isso. Bren: Acho que é coisa de médico legista. – Provavelmente. Bren olha pra Isaac, dizendo não mexe em nada. – Aqui está, meu bem. A mochila é essa. Tudo de Viktor Brenski está aí. Bren: Eu agradeço, muito mesmo! Você não tem ideia do quanto isso significa pra mim. – Eu posso imaginar. Bren: Obrigada. Vamos embora. Isaac: Não precisa falar duas vezes... Ah! Bren: Deu de cara com o mesmo esqueleto. Isaac: É um necrotério!

Eles estão saindo da sala e Bren volta por último e tenta levantar o lençol de alguém que está em uma das mesas... Isaac volta atrás dela, Não! Nem pensa nisso! Isaac coloca Bren na costas e tira ela do necrotério. Bren: Ah, mas eu só queria..

Sken: E aí, conseguiram? Diz que conseguiram. Eu não tenho mais unha, nem nos pés. Isaac: Como conseguiu comer as unhas dos pés? Sken: Todo mundo consegue comer as unhas dos pés. Isaac: Eu não consigo. Sken: Você tentou roer as unhas dos pés? Isaac: Não, pra que? Bren: Enfim, Tá aqui. Essa é a mochila! O que tem do Viktor tá aí. Seja lá o que Viktor queria que chegasse a mim está aqui. Todos ficam tensos e ansiosos. Bren quebra o clima de drama.. Mas, acho bom verificar que o que a gente quer tá mesmo aqui antes de ir. Vamos procurar uma sala no sexto andar.

Isaac: No sexto andar? Bren: É. Sken: Significa o número seis, Sken diz com sarcasmo. Isaac: Eu sei o que significa! Isaac responde nervoso! Significa o andar do necrotério! Tom: Andar do que? Bren: É o andar que tem menos pessoas passando, dá pra ficar mais a vontade e se esconder. Isaac: Ficar a vontade? E se esconder com os mortos. Bren: É uma opção. Quem procuraria lá, não é mesmo? E se a gente se mexer das gavetas todo mundo sai correndo, Bren diz rindo. Sken: Tá imaginando né? Bren: Aham. Isaac: Eu não tô rindo, porquê eu não tô rindo? Bren: Não se preocupa se um fantasma aparecer eu te salvo. Bren fala olhando bem fofa para Isaac e ele sorri, Tom olha para os dois e Sken observa e tenta amenizar, Então você vai salvar a gente de fantasmas e demônios, você vai né? Eu vim preparada! Sken: Flechas não acertam espíritos, atravessa! Bren: Eu ia dizer que trouxe sal e água benta. – Ah.